INSTITUTO MÉDIO POLITÉCNICO DO LOBITO

FICHA DE INFORMAÇÃO TECNOLÓGICA

Área: Mecânica Curso: Metalomecanica Disciplina: Práticas Oficinais

Módulo:5 Conteúdo Prog: 2.1 Medição e verificação

Medir e verificar são operações tão correntes em técnica oficinal que nenhum técnico poderá
considerar-se digno do nome sem que seja capaz de realizar, pelo menos, algumas destas operações,
com verdadeira perfeição.
Medir uma grandeza é compará-la com outra da mesma espécie, tomada para termo da comparação.
Verificar é confirmar se a peça acabada tem as medidas e a forma indicadas no modelo ou no
desenho.
A verificação torna-se indispensável para evitar que uma peça acabada, satisfazendo embora à
forma desejada, apresente uma ou várias medidas não correspondendo às que se pretendiam.
Sistemas de medidas.- Para medir temos de escolher uma unidade de medida, o termo de
comparação; há várias espécies de grandezas e, cada grandeza terá de ser comparada com uma
unidade da sua espécie.
Para a escolha destas unidades não se deixa a critério de cada um, pois dificilmente se entenderiam
os homens nas suas relações.
Houve, necessidade de se fixarem unidades para todas as grandezas e, tais, que fossem usadas por
todos, ou pelo menos, por aqueles que têm relações de técnica.
Assim se estabeleceuum grupos de unidades , um para cada espécie de grandezas, que constitui o
que se chama um sistema de unidades. Há mais que um grupo dessas unidades, isto é, há mais que
um sistema de unidades usadas internacionalmente.
È assim que há unidades que de se fixar por escolha, são chamadas unidades fundamentais, e as
que derivam das fundamentais por relação de dependência, são as unidades derivadas. Por exemplo,
fixada a unidade de comprimento, a unidade de superfície fica determinada pelo facto de ser S=
axb;
Em cada sistema, é apenas necessário fixar três unidades, resultando, dessas, todas as outras, por
relações de dependência.
Dos sistemas de unidades internacionais, os mais importantes são: O sistema C.G.S., o sistema
M.Kp.S., também designado sistema prático, e o sistema Giorgi M.K.S. O sistema C.G.S considera
como unidades fundamentais: o centimero (C) para unidade de comprimento, o grama-massa (G)
unidade de massa e o segundo (S) para unidade de tempo.
O sitema prático tem como unidade fundamental o metro (M) para unidade de comprimento, o
quilograma-peso (Kp) para unidade de força e o segundo (S) para unidade de tempo.
O sistema Giorgi considera fundamentais: o metro (M) como unidade de comprimento, o
quilograma-massa (K) como unidade de massa e o segundo (S) como unidade de tempo.

UNIDADES DE MEDIDA
Unidade de medidas lineares._ A unidade fundamental é metro: em técnica oficinal, exprimem-se
as grandezas lineares, quase exclusivamente, em milímetros. Isto resulta do facto de as grandezas a
medir serem, geralmente pequenas. Portanto, salvo indicação expressas em contrário, as grandezas
lineares, em técnica, entendem-se sempre expressas em milímetros.

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Se bem que a tendência seja para o seu desaparecimento, ainda hoje se usa, com certa frequência, a
unidade inglesa polegada. A polegada não pertence a qualquer sistema de unidades, é uma medida
usada na Inglaterra e que se relaciona com os seus submúltiplos por fracções cujos denominadores
são sucessivas potências de 2. Os submúltiplos da polegada são, portanto 1 1 1
2 , 4 , 8 da
polegada , etc. Assim, cada unidade vale metade da imediatamente superior. A utilização desta
unidade obriga, muitas vezes, à conversão da polegada em medidas decimais e a operação inversa.

Tipos de medição

Medição indirecta ou por transferência, onde os instrumentos utilizados na medição não

permitem fazer a leitura do valor medido por não serem graduados, para conhecermos o valor é
preciso transferir a medida tirada para um instrumento graduado.

Medição directa, onde utilizamos instrumentos graduados, que nos permitem fazer a leitura do
valor da medida tirada no mesmo momento em que se efectua a medição.

Instrumentos de medição e verificação correntes.

Régua graduada, fita métrica, fita métrica articulada, paquímetro, micrómetro, suta graduada.
Calibres, esquadros, esquadros falsos.

INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO PRECISA

Em técnica oficinal as grandezas que mais se medem são comprimentos ( medidas lineares) e
ângulos.
Para medidas lineares utiliza-se o paquímetro e o micrómetro.

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Para a medição de ângulos utiliza-se o goniómetro ou suta universal.

Este instrumento mede com a precisão de graus e minutos

A suta universal é um goniómetro especial que permite a leitura de ângulos compreendidos entre 0º
e 360º e é costituída pela seguintes peças:
1- Corpo com o limbo graduado.
2- Disco para o nónio.
3- Sector do nónio.
4- Articulação.
5- Régua móvel.
6- Parafusos, anilhas e porcas.

O corpo com o limbo graduado está dividido em quatro quadrantes de 90º.

A figura representa uma suta universal com a régua móvel fazendo um ângolo α=45º com a régua
fixa do corpo e, numa escala mais pequena a graduação correspondente do limbo graduado para
melhor se poder apreciar a sua distribuição assim como a localização do seu nónio.

O nónio circular, aparafusado no disco abrange 23º para

a direita e 23º para a esquerda do zero do limbo graduado.
Portanto, cada divisão do nónio equivale a:
23 º 11 º
=1 , Deste modo, fazendo coincidir o zero do nónio
12 12
Com o zero da escala principal (limbo graduado dividido em
Quatro quadrantesde 90º) existe uma diferença entre a primeira
Divisão do nónio e a divisão imediata da escala principal de:

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1º 60′
= = 5′
12 12

É esta ba natureza do nónio que é o mesmo que vdizer que se podem avaliar com ele ângulos de 5′
( cinco minutos de grau).

Exemplos de leitura.

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