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DESEMPENHO DE PAINEL FOTOVOLTAICO EM UM SISTEMA

ISOLADO
ESTOR GNOATTO;
YURI FERRUZZI;
REINALDO P. RICIERI;
MIGUEL M. JUNIOR;
ADRIANA T.E. DE OLIVEIRA

Mestre em Engenharia Agrícola UNIOESTE/Cascavel/PR, Prof. CEFET –


Medianeira/PR. E-mail: estor@unioeste.br
Mestrando em Engenharia Agrícola UNIOESTE/Cascavel/PR, Prof. FAG –
Cascavel/PR. E-mail: yuri@unioeste.br
Prof. Dr. do Curso de Mestrado e Graduação em Eng. Agrícola da
UNIOESTE/Cascavel/PR, Cascavel/PR E-mail: ricieri@unioeste.br
Mestrando em Engenharia Agrícola UNIOESTE/Cascavel/PR, Prof. FAG –
Cascavel/PR. E-mail: miguel@fag.edu.br
Licenciada em Matemática UNIOESTE/Cascavel/Pr, --Cascavel/PR. E-mail:
atoliveira@unioeste.Br

RESUMO: A instalação de módulos fotovoltaicos tem se tornado uma fonte alternativa de


fornecimento de energia elétrica. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a eficiência de
painéis fotovoltaicos de silício policristalino, através de sua instalação em um sistema isolado, em
condições meteorológicas naturais da região, e dispondo de um sistema de aquisição de dados
automático, para os índices de tensão, corrente e temperatura do painel e a irradiação solar
incidente no mesmo plano dos módulos, durante o ano de 2002.

PALAVRAS-CHAVE: radiação solar, energia, sistema fotovoltaico isolado, recursos


renováveis.

PERFORMANCE OF PANEL FOTOVOLTAICO IN AN ISOLATED SYSTEM

SUMMARY: The installation of photovoltaic modules has if turned an alternative source of


supply of electric energy, the present work had as objective to evaluate the efficiency of
photovoltaic panels of multicrystalline silicon, through its installation in an isolated system, in
conditions natural meteorological of the region, and having an automatic system of acquisition of
data, for the tension indexes, current, and temperature, of the panel and the incident solar
irradiation in the same inclination of the cells, during the year of 2002.

KEYWORDS: solar radiation, energy, isolated photovoltaic system, renewable resources.

1 INTRODUÇÃO:

Mediante o avanço de fontes alternativas de energia elétrica, a aplicação da energia solar através
de módulos fotovoltaicos tem se tornado uma opção para os consumidores. Para melhor
dimensionar tais dispositivos, é de grande importância a determinação das suas características
sob condições reais de funcionamento. As características elétricas dos módulos são geralmente
estimadas de acordo com sua potência máxima de saída, sob condições de teste padrão (STC -
Standard Test Conditions), irradiação solar 1000W/m2, temperatura da célula de 25 oC e
distribuição espectral AM=1,5. Como essa temperatura raramente é atingida em condições reais
de operação, em dias de sol claro é tipicamente de 20 a 40 oC maior que a ambiente.
(CEPEL/CRESESB, 1999, OVERSTRAETEN; MERTENS, 1996). Um módulo fotovoltaico não é
fonte linear de potência, depende da temperatura e do nível de radiação. A radiação solar e
temperatura ambiente determinam o ponto de operação para o módulo, sendo assim, há
necessidade de conhecer o comportamento de operação do painel. A performance dos painéis
fotovoltaicos, segundo (TREBLE, 1991, p. 25-30), está relacionada a fatores construtivos das
células, bem como a fatores externos.

2 MATERIAL E MÉTODOS

2.1Localização do Experimento

O presente trabalho é referente a parte da dissertação (GNOATTO, 2003), realizado na Estação


Experimental Agrometeorológica da UNIOESTE – Universidade Estadual do Oeste do Paraná –
Campus Cascavel, a uma latitude 24º 59’ Sul, longitude de 53º26’ Oeste com altitude de 682
metros, no período de 01 de janeiro de 2002 a 31 de dezembro de 2002. Onde foi montado o
sistema fotovoltaico isolado (stand alone), com sistema de armazenamento de energia, composto
de :
• 02 painéis fotovoltaicos, marca Solarex, modelo MSX-56, tensão padrão 12V, corrente padrão
3,35A, potência 56W;
• 2 baterias recarregáveis estacionárias de chumbo-cálcio, marca Concorde, modelo PVX-1285
(85Ah/12V);
• Controlador de carga e descarga do sistema de armazenamento, marca Morningstar Prostar
30 (30A);
Os painéis fotovoltaicos foram ligados em paralelo, onde os módulos operam a uma tensão
regulada mantida pelo controlador de carga e descarga que alimenta o banco de baterias (ligadas
em paralelo) e a carga. A carga é representada por uma resistência fixa que é acionada através de
um controlador horário digital, para intervalos de tempo pré definidos, de tal modo que toda a
energia fornecida pelos painéis fotovoltaicos é armazenada no banco de baterias ou utilizada pela
carga . O esquema simplificado do sistema é mostrado na Figura 1.

FIGURA 1 - CONFIGURAÇÃO BÁSICA DE UM SISTEMA FOTOVOLTAICO ISOLADO

CONJUNTO
FOTOVOLTAICO

CONTROLADOR
DE
CARGA

BATERIAS CARGA
RESISTIVA

2.2Montagem do Experimento

Os painéis fotovoltaicos foram instalados com face voltada para o norte geográfico, a uma altura
de 1 metro do solo (parte mais baixa do conjunto) com ângulo de inclinação igual à latitude local.
Foram instalados 10 módulos fotovoltaicos, entretanto no objeto em estudo foram analisados dois
painéis fotovoltaicos, conforme indicado na Figura 2 e denominados de painel 1 e painel 2.
FIGURA 2 - VISTA PARCIAL DA ESTAÇÃO EXPERIMENTAL AGROMETEOROLÓGICA.

2.3 SISTEMA DE PROTEÇÃO E CONTROLE

O painel de controle e proteção do sistema fotovoltaico, composto por: cinco disjuntores


termomagnético SIEMENS, para proteção do sistema contra sobrecarga e curto circuito; um
controlador horário COEL; controlador de carga e descarga Morningstar Prostar 30 (30A) e um
contator 3TB-40 SIEMENS para o acionamento da carga resistiva, o controlador é programado
para acionar o contator durante um período pré determinado, para que as baterias fiquem sempre
em carga e, desta forma toda potência gerada pelos painéis possa ser medida. A Figura 3 detalha
o diagrama unifilar do experimento.

FIGURA 3 - DIAGRAMA UNIFILAR DO EXPERIMENTO

DIAGRAMA UNIFILAR SIMBOLOGIA

- TEMPORIZADOR
FV/2x56 W
- PAINEL FOTOVOLTAICO

RS +
- BANCO DE BATERIAS
-

- BORNE 1
2 com 10 A
- DISJUNTOR MONOPOLAR

PROSTAR 30 - CONTATOR

TEMP COEL - CARGA

40 A REDE - TERRA
40 A

- RESISTOR SHUNT
CARGA
RESISTIVA
+
-

40 A CONTACTOR - CONTROLADOR DE CARGA


2.4. Conjunto Fotovoltaico

O conjunto fotovoltaico avaliado é formado por dois painéis da marca SOLAREX, modelo MSX–56,
cada um é composto de 36 células de silício policristalino ligadas em série, podendo fornecer até
112,2 W em condições STC.

2.5. Aquisição De Dados

O sistema de aquisição de dados é constituido por um "micrologger" da CAMPBELL SCIENTIFIC-


INC modelo CR10X, programado para realizar uma leitura por segundo de cada canal e
armazenar a média aritmética de cinco minutos dos dados das componentes de radiação solar
direta, difusa, global no plano horizontal e global na incidência do painel; temperatura bulbo úmido,
bulbo seco, e temperatura de operação do painel; tensão e corrente do sistema fotovoltaico.
Os dados de temperatura de operação do painel fotovoltaico foram obtidos por um termopar do
tipo K, instalado na parte de trás do mesmo (medida de temperatura do painel).

2.5 Determinação Da Eficiência Do Módulo Fotovoltaico

A eficiência do módulo fotovoltaico é definida pela relação entre a potência gerada pelo módulo e
a irradiação incidente sobre o módulo. Segundo (OVERSTRAETEN e MERTENS, 1996);
(TREBLE, 1980), pode ser obtida pela seguinte equação:

(Im p × Vmp)
η= × 100 (1)
( Ic × A)
Onde: Ic = Irradiância solar (W.m-2)
A = área útil do módulo (m2)
Imp= Corrente máxima de pico
Vmp= Tensão máxima de pico

(SANDNES e RESKSTAD, 2002) utilizaram esta equação para calcular a eficiência do painel
fotovoltaico em um sistema experimental híbrido, Fotovoltaico/coletor solar gerando eletricidade e
água a baixa temperatura. Onde o experimento foi efetuado em condições diferentes das de teste
(STC). (HADY e AL-JANABY, 1998) estudou durante dois anos o efeito do clima do Kuwait na
eficiência de dois tipos de células fotovoltaicas, onde também utilizou a mesma técnica.
De acordo com (CARDONA e LÓPEZ, 1999), a eficiência de um conjunto fotovoltaico em um
sistema de geração de energia elétrica pode ser obtida numa relação entre toda energia diária
produzida e a energia diária incidente na superfície do módulo. O rendimento diário do conjunto
fotovoltaico é representado pela seguinte equação:

Epv, d
ηpvd = (2)
Er, d

Onde: EPv,d= Energia diária fornecida pelo módulo.


Er,d= Irradiação diária na superfície do conjunto fotovoltaico.

A média mensal do rendimento diário é obtida por:


D

∑ηpvd
η= D =1
(3)
D

Onde: D é o número de dias com dados.


3 RESULTADOS E DISCUSSÃO:

A temperatura e a irradiação solar são os dois principais fatores que influenciam na produção de
energia por módulos fotovoltaicos. A corrente gerada pelo módulo varia linearmente com a
irradiância, enquanto que a tensão varia logaritmicamente. O rendimento diário foi calculado pela
Equação (2). Na Figura 1, encontra-se a eficiência diária dos módulos fotovoltaicos.

FIGURA - 4 EFICIÊNCIA DIÁRIA DOS MÓDULOS FOTOVOLTAICOS.

E f ic iê n c ia p a in e l
10

6
EFICIÊNCIA (%)

0
50 100 150 200 250 300 350
D IA J U L IA N O

A Figura 4 mostra o comportamento diário da eficiência no ano de 2002, em que foram analisados
349 dias registrados. Tendo o ponto de eficiência máxima de 9,46%, em 14 de fevereiro de 2002 e
o ponto de eficiência mínima 6,03%, em 12 de agosto de 2002. Com base na análise diária,
observou-se o comportamento da freqüência de ocorrências em relação à eficiência média diária.
Foi possível observar que 81,9 % das ocorrências registraram valores entre 8,6% e 9,2% de
eficiência, 4,6% entre 9,2 e 9,46% e os demais ficaram entre 6,0% e 8,6% de eficiência. Os
valores de baixa eficiência estão relacionados com dias nublados. Os índices podem ser melhor
observados no gráfico da Figura 2.

FIGURA – 5 PERCENTUAL DE OCORRÊNCIAS X EFICIÊNCIA DIÁRIA.

35
Percentual
30

25
Ocorrências (%)

20

15

10

0
6,0 6,2 6,4 6,6 6,8 7,0 7,2 7,4 7,6 7,8 8,0 8,2 8,4 8,6 8,8 9,0 9,2 9,4 9,6
Eficiência (%)

Podemos visualizar, na Figura 5, que a eficiência sofre uma pequena variação, como a quantidade
de dias que apresentam essa variação não é significativa, para melhor visualizar os índices de
eficiência média mensal traçamos o gráfico da Figura 6, que reflete a média mensal da eficiência.
Numa partição sazonal, os valores de eficiência média obtidos foram: 8,82% na primavera, 8,91%
no verão, 8,90% no outono e 8,67% no inverno, com um desvio padrão de ± 0,11, não
representando uma variação significativa entre as estações, para a região de cascavel. A
eficiência média mensal foi calculada de acordo com a Equação (3).

FIGURA 6 – GRÁFICO DA EFICIÊNCIA MÉDIA MENSAL DOS MÓDULOS FOTOVOLTAICOS

10

6
Eficiência %

0
jan/02

fev/02

mar/02

abr/02

mai/02

jun/02

jul/02

ago/02

set/02

out/02

nov/02

dez/02
M ê s

Observa-se, no Gráfico 6, que o valor de eficiência mínima foi de 8,65%, em julho e a máxima de
9,17%, em fevereiro, com uma média de 8,84%. Salientando dessa forma que há uma variação
percentual entre os valores máximo e mínimo de 5,67% , demonstrando que a eficiência do
sistema fotovoltaico não apresenta uma variação significativa, durante o período de janeiro a
dezembro de 2002, possibilitando desta forma a aplicação desses índices para um
dimensionamento otimizado de sistemas fotovoltaicos. A análise mostra um percentual inferior ao
encontrado por (CARDONA e LÓPEZ, 1999) e por (CAMARGO, 2000), demonstrando que
Cascavel apresenta uma condição mais estável para esse tipo de sistema fotovoltaico.

4 CONCLUSÕES:

A eficiência média mensal dos módulos é de 8,84%, em condições reais de campo, o que significa
71,12% da eficiência, segundo o padrão de teste STC, dessa forma pode-se melhor dimensionar
os sistemas fotovoltaicos para a localidade de Cascavel – Paraná, otimizando essa forma de
geração alternativa de energia elétrica.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CAMARGO, J. C. Medidas do potencial fotovoltaico na região das bacias dos rios Piracicaba
e Capivari. Campinas, 2000. 107 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Mecânica) -
Universidade Estadual de Campinas.
CARDONA, M, S; LÓPEZ, M, L. Performance analysis of a grid-connected photovoltaic
system. Energy, Local, v. 24, p. 93-102, 1999.
CEPEL/CRESESB. Manual de engenharia para sistemas fotovoltaicos. Rio de Janeiro:
CEPEL/CRESESB, 1999.
HADY, A, A; AL-JANABY. M. The effects of Kuwaiti climate on the efficiency of photovoltaic
cells, Renovable Energy, v. 14, 1998, P 173-178.
OVERSTRAETEN, R. W.; MERTENS, R. P. Physics, technology and use of fhotovoltaics.
Londres:. Modern Energy Studies, 1996, 277p.
SANDNES, B; RESKSTAD, J. A photovoltaic/thermal (PV/T) collector with a polymer absorber
plate. Experimental study and analytical model. Solar Energy, Local, n. 72. p.63-73, 2002.
TREBLE, F. C. Generating electricity from the sun. New York: Pergamon Press, 1991.
GNOATTO, E. Desenpenho de painel fotovoltaico para geração de energia elétrica na região
de Cascavel. Dissertação de Mestrado em Engenharia Agricola, UNIOESTE, 2003.

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