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ORDEM DOS ADVOGADOS

CNEF / CNA
Comissão Nacional de Estágio e Formação / Comissão Nacional de Avaliação

PROVA ESCRITA NACIONAL DO


EXAME FINAL DE AVALIAÇÃO E
AGREGAÇÃO
(RNE)
ÁREAS OPCIONAIS
(3 valores)

18 de Julho de 2009
Das áreas seguintes deverá responder apenas a duas:

P.P. TRIBUTÁRIAS – 1,5 valores

A sociedade XPTO, Lda. foi notificada de uma liquidação adicional de IRC,


relativamente à qual não apresentou qualquer meio de defesa administrativa ou
judicial, conformando-se com a mesma.
Entretanto, já em sede de execução fiscal para cobrança coerciva do IRC não pago, a
XPTO, Lda. apresentou oposição à execução, recebida pelo juiz do TAF competente.
Posteriormente, Joaquim, gerente da sociedade XPTO, Lda., foi citado como revertido,
enquanto responsável subsidiário (artigos 23.º e 24.º da LGT), no processo de
execução fiscal movido pelo Fisco contra a dita sociedade, para pagar a dívida
tributária principal.

Pergunta-se:
a) Imagine que, pretendendo a sociedade XPTO, Lda. obter efeito suspensivo da
oposição à execução fiscal por si deduzida, o valor da garantia a prestar que
lhe foi notificado pelo órgão de execução fiscal era bastante superior àquele
que decorre do artigo 199.º n.º 5 do CPPT. Como, e em que prazo, pode a
XPTO, Lda. reagir contra a mencionada decisão do órgão de execução fiscal?
(0,50v)

b) Admita que a oposição deduzida pela XPTO, Lda. veio a ser julgada
improcedente no TAF. Havendo alçada para recurso e pretendendo a
sociedade oponente obter a alteração da matéria de facto (e de direito)
decidida em 1ª instância, qual o tribunal ad quem competente para o recurso?
(0,50v)

c) Entendendo o revertido, gerente da XPTO, Lda., haver várias ilegalidades em


concreto na liquidação adicional de IRC notificada à sociedade, poderá aquele
responsável subsidiário reagir judicialmente contra tal acto tributário e, na
afirmativa, através de que meio processual e em que prazo? (0,50v)

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P.P. ADMINISTRATIVAS – 1,5 valores

1.Imagine que, em 10 de Julho de 2009, o Conselho de Ministros praticou um


acto administrativo de declaração de utilidade pública urgente de um terreno situado
no concelho de Coimbra, para efeitos da sua expropriação, em ordem à construção da
linha do TGV.
Afonso, proprietário do terreno, considera que o acto de declaração de utilidade
pública é ilegal e receia que, a qualquer momento, o seu terreno possa ser invadido.

Diga o que pode ele fazer junto dos tribunais administrativos, tanto no plano da
tutela declarativa, como no plano da tutela cautelar, não deixando de se referir aos
pressupostos processuais de que depende a actuação a adoptar. (1,00 v)

2. Admita agora que, mesmo na ausência da prática e publicação do acto de


declaração de utilidade pública, a Administração já está prestes a invadir a
propriedade de Afonso e o advogado de Afonso interpõe junto do tribunal competente
uma intimação para protecção de direitos, liberdades e garantias.
A Administração vem alegar inadequação do meio processual utilizado.
Pronuncie-se sobre o preenchimento dos pressupostos processuais da acção,
tendo em consideração os argumentos invocados pela Administração e indique, caso
representasse Afonso, qual ou quais o(s) mecanismo(s) de que lançaria mão para
tutelar os interesses do seu Constituinte. (0,50v)

P.P. LABORAIS – 1,5 valores

Pronuncie-se sobre a correcção/incorrecção das afirmações abaixo enunciadas.

Deverá fazê-lo de forma sintética (não devendo exceder em cada resposta 8 linhas) e
com menção dos preceitos legais aplicáveis.

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1) Nas empresas que empregam de 20 a 50 trabalhadores, no caso de
despedimento ilícito, o empregador nunca pode requerer ao Tribunal que
exclua a reintegração do trabalhador. (0,50 v)

2) No caso de existir acordo entre empregador e trabalhador nos termos do qual o


trabalhador se vincule a aceitar toda e qualquer transferência de local de
trabalho, o empregador pode livremente transferir definitivamente pela primeira
vez o trabalhador quatro anos após a celebração do acordo. (0, 50 v)

3) No caso de o trabalhador faltar justificadamente ao trabalho durante 90 dias


seguidos num ano civil por motivo de doença, nesse ano, o subsídio de Natal
que é devido é proporcional ao tempo de serviço prestado nesse ano. (0, 50 v)

P. INSOLVÊNCIA – 1,5 valores

António, Bernardo e Catarina são trabalhadores da sociedade ABC, Confecções, Lda,


que se dedica a confecções têxteis e exercem a sua actividade no imóvel que integra
a sede da empresa, localizado em Matosinhos.

A empresa entrou em dificuldades financeiras e os referidos trabalhadores têm já dois


meses de salários em atraso.

Entretanto, tomaram conhecimento através da gerência que a sociedade se


apresentou em Tribunal requerendo a sua insolvência, a qual viria a ser decretada
pelo 1º Juízo do Tribunal de Comércio de Vila Nova de Gaia, no dia 1 de Julho de
2009. O anúncio da insolvência foi publicado no Diário da República de 15 de Julho.

Na sentença que decretou a insolvência, o juiz fixou o prazo de 20 dias para os


credores reclamarem os seus créditos e marcou o dia 20 de Agosto para realização da
assembleia de apreciação do relatório, tendo nomeado Administrador de Insolvência o
Senhor Dr. Duarte Torres, com escritório na Rua de Santa Catarina, nº 2 no Porto.

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Suponha que os trabalhadores acima referidos o contactam no seu escritório e
solicitam que os patrocine neste processo. Assim:

a) Perguntado(a) sobre os efeitos da sentença de insolvência no contrato de


trabalho, o que responderia? (0,50v)

b) Que documentos e informações pediria aos seus clientes para poder actuar no
processo, em sua representação? (0,50v)

c) Qual a primeira atitude que tomaria no processo, e de que forma? (0,50v)

CONTRATOS – 1,5 valores

Em 5 de Março de 2008, Aníbal e Belchior celebraram um contrato nos termos


do qual o primeiro se compromete a vender ao segundo e este se obriga a comprar,
pelo preço de 100.000 euros, um estabelecimento comercial de restauração,
propriedade de Aníbal.
Belchior entregou de imediato a quantia de 70.000 euros, tendo ocorrido de
imediato a entrega do estabelecimento comercial.
Foi estipulado o dia 10 de Maio de 2008 para a celebração do contrato definitivo,
que Aníbal se recusou, séria e definitivamente, a concluir.

a) Qual a forma a que deve obedecer o contrato-promessa em causa? É


possível atribuir eficácia real a tal promessa? (0,50 v)
b) Sabendo que Belchior pretende obter o pagamento do dobro do sinal e
que invoca o direito de retenção no sentido de obstar à restituição da coisa,
diga se Aníbal se pode opor ao exercício de tais pretensões. (1,00v)

5
REGISTOS E NOTARIADO – 1,5 valores

Pondere a seguinte situação:

Em 12 de Janeiro de 2007 Ana e João, ambos solteiros e maiores adquiriram, por


contrato de compra e venda, uma fracção autónoma designada pela letra “O”
destinada exclusivamente à sua habitação própria e permanente de um prédio urbano
submetido ao regime de propriedade horizontal sito na Rua de Cedofeita, n.º2009,
inscrito na matriz predial urbana sob o artigo 11410 com o valor patrimonial tributário
de €150.000,00 e descrito na Segunda Conservatória do Registo Predial do Porto sob
o número 890 da freguesia de Cedofeita com autorização de utilização emitida pela
Câmara Municipal do Porto em 07 de Novembro de 2006;

No dia 13 de Maio de 2008 a Ana e o João casaram sob o regime da comunhão de


adquiridos.

Hoje estão divorciados por decisão proferida e transitada em julgado em 02 de


Fevereiro de 2009 no âmbito de um processo de divórcio por mútuo consentimento
que correu termos na Primeira Conservatória do Registo Civil do Porto.

E porque pretendem transferir a propriedade plena do referido imóvel para a esfera


jurídica da Ana comparecem no seu escritório com o código de acesso à certidão de
registo predial permanente.

Ao consultar a referida certidão conclui:

O registo de aquisição da fracção “O” está lavrado a favor da Ana e do João, mas
ainda no estado civil de solteiros, maiores

São - lhe colocadas as seguintes questões:

a) A que tipos de contrato podem recorrer para dar cumprimento à sua


pretensão? E a que forma devem obedecer? Justifique (0,50 v)

Imagine que o meio adoptado para formalizar o contrato é o documento


particular autenticado.

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b) Sabendo que o registo do facto que está a titular é obrigatório como deve
proceder para a realização do mesmo e quais as obrigações fiscais a cumprir?
(1,00 v)

DIREITO DAS SOCIEDADES – 1,5 valores

A, B, C e D querem iniciar um negócio próprio e abrir um restaurante/bar. Para o


efeito, decidem constituir uma sociedade comercial por quotas, com o capital social de
€ 40.000, dividido da seguinte forma: A (€ 5.000), B (€ 20.000), C (€ 10.000) e D (€
5.000). Pretendem que do contrato de sociedade constem, entre outras, as seguintes
cláusulas:

1) A entrada da sócia D será no valor de € 15.000,00. (0,50v)

2) O direito dos sócios à informação só será satisfeito se estes indicarem o motivo por
que desejam obtê-la. (0,50v)

3) A cessão de quotas é livre entre os sócios; no caso de cedência a estranhos a


sociedade terá obrigatoriamente preferência na aquisição e se algum dos sócios
pretender desistir da sua posição social sem alienar a quota ou não der o seu
contributo para a realização do objecto social, pode ser excluído sem direito a
indemnização, mediante deliberação dos votos correspondentes a 3/4 do capital
social. (0,50v)

• Analise, com referências às relevantes disposições legais, a validade das supra


transcritas cláusulas.

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