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Belém - Pará
2
Junho de 2003
Banca Examinadora:
AGRADECIMENTOS
À Deus, por ser a base de alcance à essa vitória dando-nos: sabedoria, paz, saúde e determinação.
Aos familiares possibilitaram um ambiente propício ao nosso estudo e conquista desse sonho.
Ao coordenador do curso André Clementino por todo o esforço e dedicação com a turma.
RESUMO
TRINDADE, Lílian Ariadne. O CRM como Tecnologia Estratégica para uma Empresa de
Telefonia Móvel, 2003. 55 f. Monografia (Graduação em Engenharia de Produção) - Curso de
Engenharia de Produção, UEPA. Belém.
A monografia: O CRM como Tecnologia Estratégica para uma Empresa de Telefonia Móvel
faz um estudo sobre a filosofia do CRM (Customer Relationship Management) fornecendo
histórico, conceito, objetivo, vantagens e fatores essenciais para o sucesso da empresa. Mostra por
que as empresas estão focalizando suas ações estratégias no cliente e como o marketing pode
colaborar na estratégia de obter informações desses clientes. O presente estudo apresenta a Oi
Operadora Móvel da Telemar, empresas de Telefonia Móvel com sede regional no Estado do Pará,
para fazer a análise do estudo da viabilidade de implantação do CRM como ferramenta tecnológica
estratégica.
ABSTRACT
TRINDADE, Lílian Ariadne. O CRM como Tecnologia Estratégica para uma Empresa de
Telefonia Móvel, 2003. 55 f. Monografia (Graduação em Engenharia de Produção) - Curso de
Engenharia de Produção, UEPA. Belém.
The monograph: CRM as Strategic Technology for a Company of Mobile Telephony does a
study on CRM's Philosophy (Customer Relationship Management) supplying historical, concept,
goal, advantages and essential factors for the success of the company. Exhibition why the
companies are focalizing their strategies actions in the client and as the marketing can collaborate in
the strategy of geting information of these clients. The present study introduces the Oi Operadora
Móvel da Telemar, companies of Mobile Telephony with regional thirst in Pará State, to do the
analysis of the study of the implantation viability of CRM as strategic technological tool.
SUMÁRIO
Capítulo 1...........................................................................................................................................11
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................11
Capítulo 2...........................................................................................................................................13
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS.....................................................................................13
2.1- PROBLEMATIZAÇÃO.............................................................................................................13
2.2- JUSTIFICATIVA......................................................................................................................14
2.3- OBJETIVOS..............................................................................................................................15
2.3.1-Objetivo Geral.................................................................................................................................16
2.3.2-Objetivos Específicos.......................................................................................................................16
2.4- TRAJETÓRIA METODOLÓGICA..........................................................................................16
2.5- DELIMITAÇÃO DO ESTUDO.................................................................................................17
2.6- ESTRUTURA DA MONOGRAFIA..........................................................................................17
Capítulo 3...........................................................................................................................................18
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.....................................................................................................18
3.1- INTRODUÇÃO..........................................................................................................................18
3.2- UMA ANÁLISE DO AMBIENTE ORGANIZACIONAL E DA INFLUÊNCIA
TECNOLÓGICA...............................................................................................................................19
3.3- MARKETING E TECNOLOGIA..............................................................................................20
3.4- OS CONCEITOS DE CRM.......................................................................................................23
3.4.1- Tipos de CRM.................................................................................................................................24
CRM operacional...................................................................................................................................25
3.5- IMPLEMENTANDO O CRM...................................................................................................26
3.5.1 – Foco no Produto X Foco no Cliente.............................................................................................30
3.5.2- Etapas de Desenvolvimento...........................................................................................................33
3.5.1.1- Estabelecer Metas Precisas:.........................................................................................................................33
3.5.1.2- Envolver Todos Os Departamentos Afetados..............................................................................................33
3.5.1.3- Saber Escolher Os Funcionários..................................................................................................................33
3.5.1.4- Influenciar A Organização...........................................................................................................................34
3.5.1.5- Coordenar com outras Iniciativas da Empresa............................................................................................34
3.5.1.6- Acompanhar o Progresso do Projeto Cuidadosamente................................................................................34
3.5.1.7- Respeitar Interfaces, Conversões e Transferência de Dados.......................................................................34
3.5.1.8- Envolver Muitos Indivíduos........................................................................................................................35
3.5.1.9- Encontrar Um Patrocinador.........................................................................................................................35
9
3.5.1.10- Acelerar o Progresso por Meio de um Senso de Urgência........................................................................35
3.5.1.11- Tornar a Participação No Projeto Atraente................................................................................................35
3.5.1.12- Comunicar-se Continuamente com as Partes Interessadas........................................................................36
3.5.1.13- Manter A Cabeça No Lugar (Fique Calmo)..............................................................................................36
3.5.1.14- Não Economizar em Treinamento e Aprendizado.....................................................................................36
3.5.1.15- Considerar o Uso do Projeto de Aplicação Rápida (Par)..........................................................................37
3.5.1.16- A Lucratividade Da Implementação..........................................................................................................37
3.5.1.17- Evitar Soluções Especializadas Demais....................................................................................................37
3.5.1.18- Ser Crítico Na Escolha Da Metodologia...................................................................................................37
3.5.1.19- Preparar Ondas de Implementação............................................................................................................38
3.5.1.20- Enfoque Nos Sucessos Rápidos.................................................................................................................38
3.6- CONSIDERAÇÕES GERAIS...................................................................................................38
Capítulo 4...........................................................................................................................................39
ESTUDO DE CASO REALIZADO NA EMPRESA DE TELEFONIA MÓVEL OI....................39
4.1- INTRODUÇÃO..........................................................................................................................39
4.1.1-Cenário das Telecomunicações.......................................................................................................39
4.1.2- A OI – Operadora Móvel da Telemar...........................................................................................40
4.2- A VISÃO ESTRATÉGICA DA EMPRESA OI........................................................................41
4.2.1- Missão da Empresa........................................................................................................................42
4.2.2- Visão do Futuro..............................................................................................................................42
4.3- Estratégias de penetração no mercado DA EMPRESA OI......................................................43
4.4- tecnologia DA EMPRESA OI...................................................................................................44
4.5- diferenciais competitivas DA EMPRESA OI............................................................................46
4.6- relacionamento com clientes DA EMPRESA OI.....................................................................48
4.7- gerenciamento de clientes DA EMPRESA OI..........................................................................49
Capítulo 5...........................................................................................................................................52
CONCLUSÕES, RECOMENDAÇÕES E SUGESTÕES PARA PESQUISAS FUTURAS..........52
5.1- CONCLUSÕES..........................................................................................................................52
5.2- RECOMENDAÇÕES................................................................................................................53
5.3-SUGESTÕES PARA PESQUISAS FUTURAS.........................................................................54
BIBLIOGRAFIA...............................................................................................................................55
10
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
11
Capítulo 1
INTRODUÇÃO
O setor de marketing das empresas busca ao longo de sua trajetória desenvolver estratégias
que visem estimular o relacionamento duradouros que estabeleçam conexões diretas entre
fornecedor e cliente final sem barreiras e distorções criadas por intermediários. É importante que
haja dentro da filosofia da empresa um acompanhamento especializado durante todo o ciclo de
venda (pré-venda, venda e pós-venda), para que o cliente sinta-se parte integrante da empresa.
Por ser um setor que investe maciçamente em marketing, o setor das telecomunicações, em
especial o da telefonia móvel, passou a ser foco do estudo apresentado, principalmente pelas
similaridades dos produtos e serviços oferecidos pela concorrência.
No Estado do Pará existem quatro empresas de telefonia móvel, sendo que estão divididas
em duas que apresentam a mesma tecnologia TDMA (Time Division Múltiplo Access-padrão digital
de telefonia celular) e duas que apresentam a mais recente tecnologia utilizada em 70% da rede de
telefones móveis no mundo, o GSM (Global System Mobile – sistema global móvel). Os produtos,
serviços e os diferenciais competitivos são mínimos aos olhos do cliente tornando difícil fidelizá-
los, já que estes são possuidores de todas as informações dessas empresas, tornando possível a
escolha de acordo com sua preferência.
Capítulo 2
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
2.1- PROBLEMATIZAÇÃO
O contexto globalizado das empresas de telefonia móvel faz com que as operadoras
consigam garantir fácil penetração em mercados distintos, garantidos por lei através do poder
público baseada no princípio da livre, ampla e justa competição o que antes eram dificultados pelas
legislações do Governo Federal.
Para garantir o domínio do mercado, empresas buscam sair da visão míope que a maioria
dos mercados se encontram: a focalização no produto para a focalização no cliente.
Uma das abordagens mais adotadas ainda hoje pela maioria das empresas é a focalização no
produto, ou seja, empresas tentam estabelecer parâmetros voltados para antigas práticas
competitivas como qualidade total, reengenharia de processos, produtividades, gerenciamento dos
custos e tempos, por exemplo, ações que se assemelham entre empresas de mesmos serviços e
produtos. Nesse cenário a fidelidade e a retenção de cliente é um desafio para empresas que se
utilizam o marketing tradicional e das velhas práticas competitivas, hoje o cliente quer sentir-se
parte da empresa.
14
Focalizar no cliente não é apenas um modismo da tecnologia da informação, mas sim, uma
necessidade para empresas que buscam diferenciar-se no atual mercado, a sociedade esta retornando
a uma prática muito antiga, às vezes feitas de maneira intuitiva, mas que sempre norteou o caminho
das empresas de sucesso.
Com o aumento das complexidades das transações comerciais, seja pela diversidade na
oferta de produtos e serviços, seja pela especificidade que cada cliente solicita, a gestão das
informações que auxiliam no relacionamento com o cliente tornou-se onerosa e, por vezes,
tecnicamente impraticável.
Com as ferramentas existentes, os dados estão à disposição para serem tratados, analisados e
utilizados em favor de um atendimento muito mais personalizado e adequado ao perfil e as
expectativas de cada cliente.
Mesmo sabendo que a prática da focalização no cliente é o diferencial estratégico que deve
ser amadurecido pelas empresas, há dificuldades de adoção desta, visto que o investimento em
tecnologia, mudança organizacional e mesmo reestrutura no marketing, são visualizados como
despesas e não investimentos.
2.2- JUSTIFICATIVA
Este trabalho propende expor uma ferramenta estratégica centrada na focalização no cliente
e seu relacionamento com a empresa, o CRM, que é a união dos avanços da tecnologia que
permitem analisar e avaliar a base de dados dos clientes, possibilitando a realização do tão sonhado
atendimento personalizado, um a um, onde um dos seus maiores objetivos está em conquistar, reter
e fidelizar os clientes.
A base de dados completa com todas as informações a respeito dos clientes permite que as
empresas acompanhem o valor que cada cliente possui dentro da sua estrutura o que permite uma
melhor realocação de investimento destinados ao marketing de seus produtos/serviços. Conhecer
seus valores de aquisição ao longo de suas vidas de consumo em termos de lucratividade (LTV-Life
Time Value – Valor Vitalício do Cliente) faz possível com que a empresa consiga diferenciar os três
tipos básicos de classificação de cliente:
2.3- OBJETIVOS
Este estudo tem como seu grande objetivo viabilizar as organizações a compreensão da
importância de se ter um instrumento capaz de visualizar a complexidade das inter-relações
existentes no ambiente empresarial em que estas se encontram inseridas. Assim, se tem como foco
neste trabalho evidenciar o CRM, como um instrumento de crucial importância para o
desenvolvimento de estratégias pelas empresas. Para conseguir realizar este estudo a seguir se
apresenta o desdobramento do objetivo norteador desta monografia que são os seus objetivos gerais
e específicos.
16
2.3.1-Objetivo Geral
2.3.2-Objetivos Específicos
Este estudo apresenta uma proposta para a análise sobre a viabilidade da implantação do
CRM na empresa Oi, fundamentado em um breve histórico de suas atuações e tecnologias
praticadas. Assim, este trabalho apresenta como sustentáculo os seguintes passos metodológicos:
17
Estudo Exploratório: Observações aplicadas na Oi (escritório e lojas), funcionários, clientes
e call-center (matriz-Rio de Janeiro).
Análise documental: Pesquisa em teses, artigos, internet, revistas, legislações e documentos
da empresa.
1. Introdução
2. Procedimentos Metodológicos
3. Fundamentação Teórica
4. Estudo de Caso – Oi Operadora Móvel da Telemar
5. Conclusões, Recomendações e Considerações Finais.
18
Capítulo 3
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
3.1- INTRODUÇÃO
O que em sua maioria leva ao fracasso e descrença na ferramenta. O que essas organizações
não entendem é que o problema está em um investimento estreito, em fragmentações do projeto e
na falta de focalização no cliente. Não conseguem perceber o valor do CRM para o seu negocio e
nem o retorno tangível do investimento (ROI).
19
O CRM exige uma abordagem de empreendimento para o atendimento do cliente. Envolve
uma interação entre os pontos de contato e as operações de retaguarda. Requer a concentração no
cliente e a capacidade de aprender com cada interação que venha manter.
Segundo Shumpeter (apud Canesso, 2003) “a esfera produtiva é que conduz todo o processo
econômico. Para produzir coisas novas ou as mesmas coisas de forma diferente, a empresa deve
combinar diferentemente materiais e forças que estão ao seu alcance”. Hoje, a comunicação e o
marketing parecem reconfigurar este pensamento. O produto não é mais o centro das atenções, mas
sim, o cliente. As empresas devem tentar aumentar a percepção de valor dos seus produtos e
serviços e atender às expectativas do consumidor, que com a nova era da economia, ficou mais
exigente com relação à qualidade, confiabilidade, grau de interação e velocidade nas respostas. Os
materiais e as forças disponíveis se multiplicaram. Para a empresa, o problema agora é como
administrar informações complexas, interessantes, importantes e sem se perder no meio delas.
20
Análises dos tipos de comunicações existentes e da evolução do marketing e da tecnologia
estão sendo propostas para a melhor compreensão do ambiente organizacional e do cliente na era
digital por muitos consultores. Pressupõe-se que a tecnologia de CRM, além de ser uma forma
eficiente de organizar e gerenciar a informação, é uma ferramenta imprescindível à orientação das
estratégias de marketing e à escolha do modelo ideal de comunicação para cada situação.
A recomendação feita por Davidow (apud Canesso, 2003) sobre a necessidade de não
considerarmos mais o marketing como apenas o que é visível, a exemplo da publicidade e da
promoção de vendas, mas sim, como o saber cumprir as promessas feitas aos clientes e descobrir o
que eles realmente querem, indica que a comunicação com informação precisa e retorno imediato é
imprescindível às organizações que desejam sucesso no mercado. Isso também fica claro se for
analisado a progressão do marketing década a década e algumas inovações tecnológicas
concomitantes.
Canesso (2003, p.4) faz uma análise sublime sobre a evolução do ambiente organizacional,
e a influência dos “gurus” do marketing e da tecnologia. A história do marketing parece evoluir a
cada década com maior força e revoluções baseados nas necessidades do mercado, na tecnologia da
informação e nos clientes. Os pais do marketing Philip Kotler, Theodore Levitt, Peter Drucker e
Tom Peters foram os grandes precursores de uma gama de consultores e pesquisadores que nascem
a cada dia com inovações, técnicas e armadilhas para as empresas sobreviverem diante da enorme
concorrência.
A “Era do Indivíduo” chega ao marketing nos anos 90. Assim, se evidencia que as TIs
segundo Rapp e Collins (1999, p. 56) são fundamentais para:
Neste momento buscou-se segmentar os clientes de acordo com seu valor representativo
para a empresa, com a finalidade fundamental de conquista, manutenção e redução de custos por
cliente.
Para a adoção de uma ferramenta estratégica como o CRM é necessário que as idéias
principais da organização (desmembramento do produto, redefinição do mercado e fomentação de
comunidades de clientes) estejam bem definidos, pois se trata da nova tecnologia do séc. XXI, que
depois do ERP (Enterprise Resource Planning - Planejamento de Recursos Empresariais), final do
séc. XX tornou-se a “menina dos olhos” de muitas empresas.
O que Davidow (2001) ressalta é que agora as empresas e os profissionais de marketing têm
as ferramentas da informação para a realização de pesquisas sobre os desejos e necessidades dos
clientes e para o cumprimento das promessas, o CRM.
22
O estudo propõe três idéias principais: desmembramento do produto, redefinição do
mercado e fomentação de comunidades de clientes.
Um processo de trabalho orientado para o cliente que permeia e é compartilhado por toda a
empresa;
CRM é estratégia sim, mas também é informação, e a principal questão está em transformar
a ferramenta tecnológica da informação em uma ferramenta estratégica para obter relacionamentos
duradouros e lucrativos. Está também em perceber o que o cliente deseja hoje, mas também o que
vai precisar daqui a algum tempo. É envolvê-lo, fazê-lo acreditar e confiar no seu negócio. É
surpreendê-lo, entendê-lo e seduzi-lo.
Só tecnologia e informação são capazes de tudo isso? Não. A empresa toda precisa estar
comprometida e entendendo a cultura da organização. Os funcionários devem estar envolvidos no
processo e devem receber treinamentos.
Outro aspecto importante no desenvolvimento dos projetos de CRM é o envolvimento da
alta diretoria da empresa. Segundo Rosenwald (apud Portal Exame, 2002), este é um dos problemas
do CRM no Brasil. Os executivos das áreas de administração e marketing têm delegado cada vez
24
mais o trabalho a seus subordinados. Eles dedicam muito pouco tempo aos detalhes. Perdem
grandes oportunidades, porque os subordinados tendem a optar pela segurança, e não pela inovação.
De grosso modo, pode-se reavivar a necessidade de um empresário que arrisque na mudança, um
empreendedor, que opera novas combinações de fatores produtivos, que é capaz de coordenar
tarefas jamais vistas, num ambiente incerto e confuso e que usa de iniciativa, previsão, intuição e
liderança para enfrentar o desconhecido. Trata-se de um construtor de novas vias que também deve
evitar discussões internas e disputas de clientes, comuns à implementação de programas de
marketing direto ou de relacionamento.
É importante considerar, antes de tudo, a necessidade de cada empresa. O CRM só deve ser
aplicado com planejamento e objetivos concretos, e não simplesmente, “porque meu concorrente
tem” ou “porque minha empresa precisa de status tecnológico”. O CRM pode ser implementado
gradativamente, atendendo às necessidades de cada departamento, como afirma Bruno Rossi, do
instituto de pesquisas de mercado IDC (apud Brown, 2001) “a era dos grandes projetos de CRM
está chegando ao fim”. Projetos menores, com prazos mais curtos de implementação podem ser
avaliados melhor e causam menos desconfiança e resistência interna. E sobre a avaliação, esta deve
evitar confrontos entre as áreas de tecnologia e do negócio propriamente dito.
Os autores Jack Schmid e Alan Webber (apud Rosenwald, 2002), demonstram que um
aumento de 5% no volume de negócios realizados hoje pode resultar em um aumento de 50% nos
lucros.
Para garantir um melhor funcionamento da interação entre cliente e empresa, são adotados
alguns produtos tecnológicos tais como: de SFA (Sales Force Automation - automação de força de
vendas), SCA (Sales Channel Automation - automação de canais de venda), sistemas de comércio
eletrônico e call centers.
CRM colaborativo
Após a captura das informações pelo CRM operacional, a próxima etapa é segmentar as
informações e direcionar às demais áreas da empresa, através dos mais diversos canais de
transmissão como e-mail, FAX, carta, WAP, mala direta, telefone, URA (Unidade de Resposta
Audível) entre outros. A figura a seguir apresenta os canais mais convenientes aos clientes no
momento em que os clientes desejam manter contato com a empresa.
CRM Analítico
Dessa forma, o CRM Analítico trata as informações captadas pelo CRM Operacional,
transformando-as em ações geradoras de rentabilidade, motivadoras de satisfação ou indicadoras de
oportunidades futuras.
No CRM Analítico, reside a principal promessa do CRM, que é reter e fidelizar os clientes
através da segmentação e personalização por perfil, valor de contribuição, valor potencial, etc.
Para se implementar uma filosofia moderna de uma estratégia de negócios em uma empresa,
existem muitas dificuldades que vão da aceitação dos funcionários até à utilização das tecnologias
que hão de ser adotadas. Handen (apud Brown, 2001, p.14-17), mostra os cinco elementos
essenciais para se implementar um programa de CRM em uma empresa, são eles: estratégia,
segmentação, tecnologia, processo e organização.Para se implementar uma filosofia moderna de
uma estratégia de negócios em uma empresa, existe muitas dificuldades que vão da aceitação dos
funcionários até à utilização das tecnologias que hão de ser adotadas. Handen (apud Brown, 2001,
27
p.14-17), mostra os cinco elementos essenciais para se implementar um programa de CRM em uma
empresa, são eles: estratégia, segmentação, tecnologia, processo e organização.
1. Estratégia:
2. Segmentação:
As empresas usam a segmentação para avaliar o valor dos tipos de clientes para seus
negócios, aproveitando para a redução de custos de investimentos em marketing para clientes de
acordo com suas necessidades. Para uma melhor eficácia da segmentação do cliente, a empresa
deve estar atenta à maneira e ao modo que classifica seus clientes, que pode ser através do: histórico
de compra, psicográficos, dados demográficos, idade do cliente, comportamento, ou seja, de acordo
com a ferramenta o ideal é que seja implementado um algoritmo que junte diversos tipos de
adequação de clientes para melhor indicar e encaixar seus clientes em suas categorias, finalizando
como uma ferramenta estratégica para a manipulação de dados dos clientes.
Como os CMV’s são aqueles clientes que compram freqüentemente na empresa são também
os clientes que se deve implantar programas de retenção. Programas que possibilitem o
reconhecimento e utilização de canais de comunicação exclusivos, um relacionamento de
aprendizado e personalizado, ou seja, deve tratá-los proporcionalmente em relação ao seu valor
representativo visando retê-los.
Os CMP’s são os tipos de clientes que se deve estimular, pois necessitam de tratamentos
privilegiados, pois é perceptível que são clientes que podem oferecer investimentos à empresa,
podendo tornar-se um cliente CMV. Os estímulos podem ser dados através de up-selling e do cross-
selling, desenvolvendo assim o potencial destes tipos de clientes.
BZ’s estes são os tipos de clientes que possuem valores reais e estratégicos abaixo do custo
de atendimento por isso deve ser gerenciado de forma que esses custos sejam cobrados em serviços
oferecidos a eles, para que a empresa venha a ter prejuízos, os investimentos de marketing em
malas-diretas e outras tentativas de contato devem ser sucumbidos.
Algumas empresas evitam a adoção de clientes BZ’s e criam estratégias que os façam
ingressar para a carteira de clientes de outras empresas. A preocupação é qual é a melhor maneira a
ser adotada para fazer a transferência dos BZ’s.
Veja o gráfico 01, que mostra a relação entre a estratificação do cliente e o seu valor para a
empresa e a estratégia que esta deverá adotar para manter uma ótima relação sem deixar de lucrar.
Todo o processo de CRM precisa analisar dados de clientes e administrá-los. Para essa
administração é necessária a criação de um banco de dados que esteja funcionando com enfoque nas
operações, integrado e lógico, este banco de dados pode ser feito de acordo com a aquisição de um
programa de uma empresa implementadora de sistemas, ou através da adaptação do sistema interno
já existente, ou até mesmo de um simples banco de dados feito no excel (poderá não ser tão
eficiente na velocidade da resposta quanto de um sistema desenvolvido exclusivamente para o
gerenciamento dos dados do cliente).
4. Processo
5. Organização
A estrutura da organização deve ser capaz de diferir o marketing direto e marketing indireto,
ser perspicaz na adoção de ações que venham a reconquistar ou salvar clientes, prospecting,
fidelidade, e cross-seling e up-seling. A escolha da equipe envolvida no processo do CRM deve
estar apta a transmitir o conhecimento dos processos que serão utilizados em suas respectivas áreas,
30
assim como exercitar e ser capaz de adaptá-los à estrutura já existente. Vale lembrar que o maior
obstáculos das empresas é a disponibilidade das informações da carteira de cliente entre sua equipe
de vendas, que pode vir de contra com a filosofia do CRM, pois esta requer compartilhamento das
informações entre todos os segmentos da empresa.
É visível que muitas empresas criadoras de sistemas em geral propagam a versatilidade das
instalações de software e hardware como solução ideal para gerir algumas estratégias empresariais,
porém, é necessário mais que um equipamento e uma solução para um perfeito funcionamento de
uma tecnologia da informação, é necessário principalmente um amplo desenvolvimento na equipe
que trabalhará com o projeto e o funcionamento do sistema na empresa. Faz-se também preciso
obter um grande foco no negócio para assegurar a mudança, sem ela não será possível à
implantação da nova ferramenta estratégica. Veja como Andersen e Jacobsen (apud Brown, 2001,
p.255) pensam sobre a implantação do CRM, através da formulação, na equação 01.
Um produto é algo tangível que se pode agarrar, tocar e vender. É mais rápida a percepção
do retorno de investimentos neles, uma vez que as empresas ao longo da historia competem em
seus setores através de preços, qualidade, entrega, flexibilidade, inovações enfim com as mesmas
estratégias. Porém o mercado está exigindo diferenciais competitivos em meio a tantas marcas com
características semelhantes, afim de que este produto não venha apresentar prejuízos. Em meio a
tentativas de competições, o mercado esta exigindo que empresas mudem seu direcionamento
focalizando o cliente, através do gerenciamento da relação do cliente e empresa.
A empresa focada no cliente medirá sua performance mediante a retenção de seus clientes,
pela repetição de suas compras, pelo número de novos negócios abertos por seus clientes por meio
de indicações e/ou referências e também pelo número de clientes perdidos para concorrência.
31
Para que realmente a empresa tenha foco no cliente e tire proveito do poder dos sistemas de
CRM de hoje, os processos devem ser adaptados à experiência do cliente em relação a compra,
avaliação e pós-venda. A melhor forma de fazê-lo é através da construção de um mapa de contatos
detalhado, que define cada interação com a empresa ao longo da vida do relacionamento com
cliente. O cliente pode ser evidenciado pela figura 02 que segue, nela é possível que a empresa
acompanhe e entenda toda a experiência de relação com o cliente.
Pesquisas diversas mostram que a nova face do mercado está voltada a se concentrar nas
necessidades do cliente, o mito de que uma empresa é líder no mercado por causa de seu
produto/serviço está por desabar, hoje os clientes estão cada vez mais agressivos em sua exigência,
é através da adoção da nova filosofia empresarial que a ferramenta estratégica CRM traz, que as
empresas podem administrar melhor os seus negócios, sabendo focalizar e administrar
eficientemente seu relacionamento com os clientes. Não basta adotar a filosofia, tem que entender,
praticar e se dedicar.
O foco do produto não pode ser esquecido, tudo funciona se estiver em equilíbrio, não existe
um excelente CRM em funcionamento se o produto é de péssima qualidade, ou se o serviço de
entrega é demorado, deve haver conciliação entre as focalizações ou tudo tende a dar errado.
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Comodismo não combina com mudança. Mudança é sinônimo de reestruturação e
comprometimento de todos para o alcance do objetivo máximo. Para o alcance do sucesso a
empresa deve investir seu potencial em uma nova tecnologia aliada a uma nova organização.
A seguir algumas razões para que o sucesso do projeto possa acontecer em um maior tempo
e com um maior custo.
1-Ancoragem: o projeto a partir de sua inicialização deve ser ancorado numa base sólida,
que vai desde a alta gerência até aos demais departamentos que utilizarão o sistema quando
instalado, ou seja, o projeto não poderá restringir-se a apenas ao departamento de TI, caso contrário
existirá resistência por parte dos colaboradores, por se tratar de uma nova mudança na empresa, o
que retardará o processo de pleno funcionamento do sistema.
4-Falta de treinamento suficiente: não há porque ter pressa em apresentar o sistema instalado
e em funcionamento e não treinar os colaboradores com eficácia. No treinamento não deve ser
ensinado apenas o básico de CRM, faz-se necessário que o sistema seja amplamente detalhado, pois
os prejuízos em posteriores treinamentos podem sair muito mais caros do que o treinamento durante
o projeto de inicialização.
33
3.5.2- Etapas de Desenvolvimento
Nesta parte do trabalho é possível identificar como Andersen e Jacob (apud Brown, 2001, p.
253-267) defendem algumas soluções orientadas aos negócios fundamentais para seguir as etapas
de desenvolvimento do projeto de CRM com sucesso.
A equipe de projeto da empresa terá que aliar todos os projetos aos já existentes na empresa,
tais como o ERP, o BI (Business Inteligence – Inteligência de Negócios), por exemplo, para que o
sistema de informação da empresa possa ficar integrado em voltado a um único objetivo. Partes
externas como fornecedores e consultores externos de CRM e TI também devem ser incluídas no
projeto.
A equipe de projeto deve ter muito cuidado com os contra-tempos do projeto, por mais que o
gerenciamento seja de altíssimo nível, feito com uma equipe especialista e softwares voltados a
projetos, inúmeras falhas podem acontecer, principalmente porque a implantação depende de
fatores externos. Um dos pontos que precisa ser levado em consideração nessa fase é o
gerenciamento da mudança. As etapas devem ser acompanhadas pelos especialistas a fim de evitar
o menor número de erros possíveis, caso isso ocorra só tenderá a atrasar ainda mais as fases do
projeto e encarecê-lo.
No início do projeto é fundamental que todos possam colaborar, através de opiniões, testes,
palestras, enfim o colaborador deve sentir-se parte importante no projeto e conseqüentemente
comprometidos com o sistema passo a passo, só assim os envolvidos conseguirão aceitar as
mudanças.
O indivíduo que será o patrocinador do CRM, geralmente é alguém da alta gerência, alguém
que exerça uma liderança ímpar e que seja bom entendedor do negócio da empresa. Este indivíduo é
o patrocinador que sustentará os objetivos do CRM após a implantação, depois que os especialistas
do CRM deixarem a empresa, por exemplo. O cargo é da mais alta responsabilidade, pois fazer
perpetuar uma mudança estratégica não é fácil, o patrocinador deve conhecer como gerenciar a
mudança na íntegra para obter o melhor sucesso em seu empreendimento.
Os gerentes devem dar segurança e disponibilizar sempre todos os recursos necessários para
agilizar o progresso do projeto. O envolvimento direto da gerência no projeto e a comunicação
contínua sobre a importância da iniciativa do CRM são decisivos para o sucesso do projeto.
Sem comunicação, impossível obter informações. As partes interessadas sempre devem estar
bem informadas sobre qualquer tipo de modificação e ação no projeto. Os coletadores das
informações devem ser bem selecionados, e demonstrarem confiança nas revelações dos dados,
busca-se evitar pessoas muito próximas à empresa porque fica muito mais difícil de controlar as
informações, a gerência não deve ter medo de repetir a mensagem quando isso for preciso, os
colaboradores devem ter a oportunidade de contribuírem com informações, a linguagem por meio
de figuras pode facilitar a comunicação e reduzir o tempo de resposta e todas as informações devem
reunir-se depois de filtrada e tornarem-se disponíveis para todos os envolvidos.
Para considerar o uso do Projeto de Aplicação Rápida (PAR), os gerentes do projeto devem
arriscar adequando a ferramenta aos setores com uma maior praticidade a quem vai utilizá-lo. Os
riscos diferem-se muito entre si neste processo, para isso o projeto deve ser continuamente
analisado para uma busca ideal e padrão para a empresa. Os técnicos devem estar aptos para
fazerem modificações de acordo com o pedido da empresa.
Soluções especializadas demais de acordo com visão da empresa que está adquirindo o
sistema podem complicar os efeitos de atualização de software assim como dificultar os métodos de
implantação diante dos técnicos, além de tornarem-se caros demais devido à alta customização. Os
técnicos especialistas e os gerentes de projetos devem aliar as práticas e a teoria do CRM, à melhor
maneira de escolher os métodos e processo adequado para a empresa.
Cada setor que começará a implementar o projeto deve estar a tento aos hardwares, e prever
se os colaboradores obtêm habilidades de CRM e TI.
No primeiro setor que será desenvolvido o projeto de CRM deverá propiciar a construção de
uma imagem de sucesso desde o início do projeto, para que no término o setor possa exibir o CRM
como exemplo e garantir aos envolvidos um maior comprometimento. Um caso de sucesso é mais
confiável se este vier de dentro da própria empresa, porém não basta só o primeiro setor para
garantir o sucesso no projeto, mas sim todos os demais se comprometerem para alcançar o objetivo
máximo de toda a empresa.
Este capítulo é fundamental para o estudo, no momento em que viabiliza a base conceitual
de suporte para que se possa compreender se a empresa foco desta monografia utiliza os
pressupostos do CRM na sua filosofia empresarial.
A empresa em estudo não possui o CRM como estratégia em sua organização, a base
conceitual abordada nesta monografia irá viabilizar os subsídios para que se possa direcionar um
estudo da viabilização implantação de um CRM.
39
Capítulo 4
4.1- INTRODUÇÃO
Em 1998, a privatização marcou uma nova era para o setor de telefonia móvel no Brasil,
inaugurando um panorama de concorrência acirrada e surpreendente avanço tecnológico. O
aumento da competitividade surgiu como conseqüência natural deste processo, gerando uma
explosão na entrada de novos usuários.
No final do ano 2001, este nicho de mercado passou a contribuir com o aumento de receita
das operadoras, fortalecendo a sua atuação e desenvolvimento.
40
Também merece destaque o desempenho do serviço pré-pago, que em 2000 passou de
coadjuvante à protagonista no cenário brasileiro da telefonia móvel. Ao final do ano, 59% da base
das operadoras do Brasil era composta por usuários do sistema pré-pago. Pode-se atribuir a este
serviço a expansão sofrida pelo setor de telefonia móvel brasileiro, a partir da maciça redução da
barreira de entrada a novos consumidores.
Em 2002 empresas com a tecnologia TDMA (Time Division Múltiplo Access- padrão digital
de telefonia celular) começaram a sofrer impactos por causa da nova tecnologias que estavam
entrando no mercado como o GSM (Global System Mobile – sistema global móvel).
Em 2003 o mercado ficou dividido entre empresas que possuem tanto serviços como TDMA
quanto as que possuem serviços como GSM, que é a tecnologia que domina 70 % de todos os
usuários do mundo inteiro. A estratégias da empresas de telefonia móvel no atual cenário é a de se
consolidar com sedes localizadas em todo o Brasil, através de compras e concessões de outras
empresas. Algumas empresas desenvolveram melhor sua estratégia competitiva através da aquisição
do CRM, focalizando o cliente como principal objeto de ação, além de terceirizar e diminuir os
custos com call center.
A empresa de telefonia móvel Oi iniciou sua operação em Junho de 2002, nos estados de
Rio de janeiro, Fortaleza e Salvador, depois que cumpriu a metas do segmento de telefonia móvel
imposta pela ANATEL (Agência Nacional de Telecomunicações), sendo subsidiária Integral da
empresa TELE NORTE LESTE Participações, holding do grupo Telemar, até Maio de 2003, onde a
Telemar Norte Leste, maior operadora de telefonia fixa do país, adquiriu a empresa celular do
grupo, devido principalmente á dívida que esta adquiria para a Tele Norte Leste. Com a aquisição a
Tele Norte Leste postergava débitos, assumia despesas financeiras e minimizava os tributos, haja
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vista que a empresa ainda gera prejuízo de 4,8 bilhões de reais, com vencimentos até 2012 e
permanecem com créditos fiscais futuros.
A empresa Oi, atualmente é a única operadora móvel 100% brasileira, é dona da primeira
rede GSM no Brasil, onde representou a maior empresa do mundo que utiliza a tecnologia GSM
com 2,4 mil torres instaladas (ERB’s-Estação de Rádio Base). Até Maio de 2003, já havia
conquistado 2 milhões de clientes.
Além da Oi o Estado do Pará conta com mais 3 empresas de telefonia móvel, a Tim
(Telecom Italia Mobile), a Vivo (empresa do grupo TCO) e a Amazônia Celular (grupo Telemig, e
líder de mercado).
Para desenvolver o nome e a marca comercial Oi, a Telemar contratou a Wolff Olins,
agência inglesa, que é especialista em desenvolver produtos e marcas inovadoras para o mercado, o
qual apresenta-se complicado e poluído de marcas, produtos, promoções, ofertas, panfletos, displays
e serviços que não conseguem transmitir o sentido do que vem a ser a empresa e para que serve,
porque comprar um telefone deveria ser muito simples, segundo a assessoria de imprensa da Oi.
Em toda a sua campanha a Oi sempre deixou transparecer ao consumidor que ela é uma
empresa que teve a coragem retirar tudo que fosse desnecessário, descomplicando os serviços e os
acessos aos usuários, com um perfil inteligente, radicalmente simples, espirituosa e corajosa.
Mostrou-se uma empresa transparente onde o simples nome deflagra a sua cultura e sua imagem.
42
A Wolff Olins inicilamente pesquisou 250 nomes. A expressão Oi ficou entre as finalistas e
foi escolhida por exprimir de forma muito clara como a Telemar vê a telefonia móvel do futuro.
A Oi procura oferecer meios de comunicações para os seus clientes, para isso oferece
serviços de telefonia móvel, com possibilidade da tecnologia GSM, que permite a transferência de
dados em velocidade de até 144 kbps, 10 vezes maior que a permitida pelas atuais operadoras de
telefonia móvel do país.
A Oi pretende ser a maior prestadora de serviços de telefonia móvel na América Latina. Para
tanto, pretende investir continuamente em qualidade e tecnologia do produto, para sempre estar à
frente de suas concorrentes.
Objetivos
Com uma estratégia ousada e inovadora a Oi entrou no mercado, como pioneira ao adotar a
tecnologia de telefone móvel GSM. As principais vantagens de se ter uma tecnologia GSM são as
seguintes:
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Aparelhos e acessórios
Por ser uma tecnologia usada por mais de 650 milhões de usuários em todo o mundo é fácil
de encontrar fornecedores que apresentem menu de variedades de aparelhos e acessórios que vão
desde câmera fotográfica e vídeo que podem ser acopladas ao aparelho até dispositivos de MP3.
Encontram-se modelos com design arrojado e funções diferenciadas que vão muito além dos já
conhecidos serviços WAP e acesso à Internet em alta velocidade. Graças ao GPRS, evolução do
GSM, os novos terminais permitirão transmissão ininterrupta de dados em alta velocidade. Basta
ligar o aparelho para estar conectado à Internet. Chat móvel, proteção de tela, utilização de ícones
divertidos da Web e até mesmo resistência a choques e à água, são outras vantagens dessa
revolução.
Cobertura no exterior
A tecnologia GSM representa 70% das redes de telefonia móvel do mundo, o que permite a
utilização em área de mobilidade internacional, Roaming International, com maior comodidade
com a utilização do mesmo aparelho de Roaming National, sem burocracias por apresentar acordos
com outras operadoras.
Este sistema permite uma conexão em alta velocidade e ininterruptas vantagens para quem
utilizar este recurso haja vista que com esta tecnologia o usuário é cobrado pela quantidade de
informações que acessa e não o tempo de conexão.
Liberdade
A liberdade propiciada por esta tecnologia esta no ato de que poderá utilizar qualquer
aparelho com tecnologia similar com o seu chip onde estão armazenados serviços, mensagens de
texto e informações pessoais.
Segurança
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O chip utilizado no aparelho é um microprocessador capaz de codificar dados e realizar
assinatura digital. O que permite maior segurança e a inexistência de clonagens o SIM Card
(Subscriber Identity Communications - chip que armazena as informações do aparelho). Os serviços
prestados são:
Além da tecnologia de alto impacto inovador como o GSM, a Oi trouxe serviços tais como:
Saldo Oi – Permite ao cliente aos clientes dos planos Oi Cartão (pré-pago) e Oi Conta (pós-
pago) controlar seus gastos gratuitamente sempre que quiserem. O serviço pode ser acessado via
Internet no site da operadora (www.oi.com.br), no próprio celular, no call center ou pelo *144 do
próprio Oi para pós-pago e * 801 no caso de pré-pago.
Loja virtual – Permite a compra de celular via Web. A loja virtual funciona no endereço
www.Oi.com.br
Recarga cartão – A recarga pode ser feita via caixa eletrônico, Internet (Internet Banking) e
telefone (call center dos bancos). A recarga virtual é on line e os créditos são inseridos diretamente
no telefone do cliente. Serão beneficiados com o novo serviço os usuários do Oi cartão que têm
conta no Banco do Brasil ou no Bradesco.
Promoções
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As promoções feitas pela empresa Oi são vistas como uma forma de selecionar focalizando
o nicho de mercado em que pretende atuar. Graças ao GSM, a Oi é a primeira companhia de
telefonia móvel a oferecer produtos para segmentos de mercado. “Com o GSM, inovamos criando
ofertas específicas para diferentes públicos, pois só com o chip é possível desenvolver um menu de
serviços focado numa determinada faixa de público”, explica Alberto Blanco, diretor de marketing
da Oi. Em pouco menos de dois meses de lançamento, o Oi MTV já representa de 15% a 20% das
vendas da Oi. No início, foi lançado somente no Rio, Espírito Santo e Minas Gerais, mas, a
aceitação do consumidor foi tão grande, que expandimos a oferta para toda a área de atuação da
Oi”, completa.
Planos para telefones pré-pagos: neste os planos foram divididos por hora em que a pessoa
mais utiliza como o Oi Manhã, Oi Tarde, Oi Noite e Oi toda Hora, nesses horários a tarifa é
reduzida.
Em análise da empresa Oi, na sua sede regional no Pará fora observado que a empresa não
possui um call center para auxiliar nas dúvidas, reclamações e qualquer tipo de relacionamento de
clientes com a empresa. Existe em algumas lojas o agente de soluções, que é um profissional
especializado em auxiliar e encaminhar o cliente no que for preciso, este profissional trabalha
diretamente no front-office (atendimento direto de clientes)de serviço, acaso este não consiga
resolver qualquer dúvida do cliente, a informação é registrada no sistema de atendimento (Siebel –
sistema de informações da Oi). Algumas reclamações são tratadas no 1o. nível ( atendimento
operador ), outras são enviadas para o back Office (setor de soluções indiretas ao cliente) do
atendimento (que necessitam de uma avaliação maior,ou o operador não tem acesso à solução ) e
existe também aquelas que são encaminhadas para outras áreas, quando o call center não tem
acesso ou autonomia para estas informações. O prazo de resolução das reclamações é de no máximo
5 dias (prazo estabelecido pela Anatel). Os clientes normalmente recebem algum contato sobre a
resolução do problema, seja por SMS, e-mail ou por contato telefônico.
Através dos planos são segmentados alguns tipos de clientes, como os corporativos, os
especiais e os reincidentes, mas o que se observa é que mesmo a empresa conhecendo quais são
seus clientes potenciais através das amostras de vendas de planos e outros tipos de dados, ainda não
há um planejamento de marketing individual para cada cliente afim de que possa existir o processo
de fidelização e conseqüentemente a manutenção deste cliente, com uma ferramenta estratégica, tal
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qual o CRM, pode ser feita uma minimização dos investimentos em marketing, que muitas vezes
são lançados sem uma excelente análise do mercado que se deseja atingir, o que acarreta em
investimentos além do que o necessário e muitas vezes acaba até por perder o cliente que já está
fidelizado, tudo deve ser dosado na medida certa sem erros, qualquer perda de cliente pode levar a
um novo custo, o custo da reconquista.
A Oi por ser uma nova empresa na região no ramo de telefonia móvel não mostra aos
clientes uma forte preocupação em manter e fidelizar seus clientes. Outra questão muito importante
é que a empresa não se preocupou em manter características regionais, tal qual a empresa líder do
mercado e sim características da empresa matriz.
As características regionais e culturais em uma empresa são muito importantes quando esta
se deseja instalar em uma região com características cultural muito forte, como no Estado do Pará.
A ausência destas características acaba por deixar de conquistar muitos clientes que esperam
campanhas voltadas associadas ás suas características locais e culturais.
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Capítulo 5
5.1- CONCLUSÕES
O mercado está mudando rapidamente nos últimos anos, conceitos estão sendo revistos.
Antes, as empresas pensavam que vendiam, mas eram os clientes que compravam, com o mercado
retraído, clientes mais exigentes e conhecedores de seus direitos, deve-se desenvolver novos
conceitos, novas estratégias para sobreviver nessa era de cliente.
Já não basta apenas satisfazer os clientes, mas, buscar maneiras de ultrapassar suas
expectativas para uma diferenciação da concorrência.
O segredo está em estabelecer um diálogo que flua bem; trata-se de uma lógica que reúne
empresa e consumidor, o que muitos consultores chamam de relação de aprendizados, ou seja, uma
conexão contínua que enriqueça a medida em que ambas as partes interagem. Cria-se uma
engrenagem na qual os empreendedores passam a buscar continuamente produtos para seus clientes
e não mais clientes para seus produtos.
O cliente seja consumidores, seja empresas não estão mais em busca de opções. Querem
encontrar no mercado exatamente o que desejam; por isso vender mais produtos para um número de
clientes fiéis pode ser mais lucrativo.
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O vendedor clássico está sendo substituído por executivos capazes de vincular parcerias com
os clientes. O termo vendedor ou o pessoal de vendas está cada vez mais em desuso. Em seu lugar
estão surgindo o gerente de contas, consultor de vendas ou o gerente de cliente. Os nomes mudam
porque a natureza da função mudou, pois hoje o profissional tem que acima de tudo, captar a real
necessidade do cliente, saber o que dará lucro ou agregar valor, não vender apenas o valor, mas, o
conjunto de qualidade e por último conquistar a confiança do consumidor transformando-o em um
parceiro a longo prazo.
A partir dos estudos foi possível observar que o CRM não dará todas as soluções, mas uma
vez implantada sua filosofia, irá selecionar quais os clientes a empresa deverá abordar e quais se
classificarão entre o CMP’s, CMV’s e os BZ’s. Com esta classificação tornar-se-á possível indicar
onde está indo o verdadeiro investimento de marketing e será visto como gerenciar melhor os
custos, ao mesmo tempo a empresa ganhará novos aliados, podendo até mesmo tornar-se líder de
mercado, que são os clientes sempre fiéis.
5.2- RECOMENDAÇÕES
LIVROS
BRETZKE, Miriam. Marketing de relacionamento e competição em tempo real com CRM
(Customer relationship management). São Paulo: Atlas, 2000.
BROWN, Stanley A. CRM Customer Relationship Management. São Paulo: Makron Books, 2001.
CASTELLS, Manuel. A Sociedade em Rede. A era da informação: economia, sociedade e cultura.
Vol. 1. São Paulo: Paz e Terra, 1999.
DAVIDOW, W. H. Marketing de Alta Tecnologia: uma visão de dentro. Rio de Janeiro: Campus,
2001.
MCKENNA, Regis . Marketing de relacionamento estratégias bem-sucedidas para a era do cliente.
Rio de Janeiro: Campus, 1993.
PEPPERS, DON e MARTHA ROGERS, Ph.D. Enterprise one to one: tools for competing in the
Interactive age. Nova York, Currency/Doubleday, 1997.
RAPP, Stan e COLLINS, Tom. A Grande Virada do Marketing. São Paulo: Futura, 1999.
RAPP, Stan e COLLINS, Tom. 5ª Geração do marketing. - maximarketing II. São Paulo: McGrow
Hill, 1991.
ZENONE, Luiz Cláudio (coordenador). Customer Relationship Management (CRM): Conceitos e
estratégias. São Paulo: Atlas, 2001.
TESES E DISSERTAÇÕES
ADATI, Nanci et al. CRM – Pessoas, Processos e Tecnologia. 2001. Trabalho de Conclusão de
Curso (Graduação em Administração de Empresas com Ênfase em Gestão Avançada) - Fundação
Armando Álvares Penteado – FAAP, São Paulo.
ANESSO, Natasha. Comunicação e marketing na Internet: uma análise do Ambiente organizacional
e da influência Tecnológica. 2002. Dissertação (Mestrado em Comunicação e Culturas
Contemporâneas) – Programa de Comunicação e Culturas Contemporâneas, UFBA, Salvador.
SANTOS, Helder de Menezes. Relacionamento com clientes em mercados globalizados e
competitivos, 2002 . Monografia (Graduação em Administração)- Curso de Administração, UFPA,
Belém.