(não haverá crase) (haverá crase) (a crase será facultativa)
1- Antes de nomes masculinos. 1- Moda, estilo 1- Não houve crase porque crase é Ex: Admiro ao José. Ex: Escrevi um texto à Machado de Assis. fusão de a+a ao = a + o Não estou dizendo que escrevi um texto p/ M. Quem admira, admira a alguma coisa. Somando esse “a” que é de Assis, mas sim ao seu estilo, por isso há preposição + “o”, que é artigo de José, fica “ao”. crase (a palavra moda está subentendida). Ex: Cortou o cabelo à Ronaldinho. 2- Palavras repetidas 2- Ex1: De 2ª a 6ª. Ex: Contou as alunas uma a uma. Esse ex. ñ tem crase porque “de” é Tomou o remédio gota a gota. preposição e “a” significa até, que também é preposição, então ñ houve fusão de a+a, mas sim de “de+até”. Ex2: Das 14 h às 16 h. Aqui tem crase porque “das” é de+as, e “às” é “a(de até)+as”, então houve fusão de 2 vogais “a”. Basta olhar a 1ª preposição ou subentendê-la. 3- Verbos 3- Ex: “O viver” Ao conjugar um verbo, o que ele pede é pronome e não artigo. Aqui houve uma substantivação do Ex: eu canto, ela dança, etc. Verbo não tem artigo. verbo. Ex: Estou a cantar. Esse “a” é preposição, então não há crase. *Atenção! Os próximos 3 casos são fatais, sempre caem em prova. 4- a + nome plural. 4- Quando o artigo vem expresso, determina-se Esse “a” é preposição. a “quais festas irei”, então haverá crase. Ex: Vou a festas. (festas indeterminadas) Ex: “Eu vou às festas” (àquelas determinadas Quem vai, vai a algum lugar, esse “a” é simples preposição. O festas) artigo de festas é “as”, mas na frase esse artigo não está às = a (de ir a algum lugar)+as(art. de festas) escrito. 5- a + uma (artigo indefinido) Ex: Vou a uma festa. O artigo definido de festa é “a” e o artigo indefinido é “uma”. O art. que apareceu na frase foi “uma”, ou seja, seu art. Indefinido. Para saber se um art. é indefinido, a frase subentende, por ex., que é uma festa qualquer. NÃO SIM FACULTATIVO OBSERVAÇÕES (não haverá crase) (haverá crase) (a crase será facultativa) 6- a distância 6- Se a palavra distância vier determinada Ex da UNB: “Estou do Mineirão à uma Ex: Cursos a distância. então haverá crase. distância de 5.000m.” C ou E Na expressão “a distancia”, distância é uma palavra Ex: Estou do Mineirão à distancia de 5.000m. Como a questão colocou o “uma” na indeterminada, então não há crase. Na frase do ex. ñ está se frete, a frase voltou a ser determinando qual é a distância, nós ñ sabemos qual é essa indeterminada, então não tem crase. distância. Está errado. Essa questão juntou o item 5 c/ o 6. *Os próximos são casos normais, qualquer livro tem. 7- Casa = significa lar 7- casa + determinante = edificação 7- Vou à casa de Maria. ≠ Vou à casa A palavra casa sozinha significa lar. Nesse caso não há crase. Quando a palavra casa vier seguida de uma da Maria. Ex: Vou a casa. determinante, significa edificação. Nesse caso “de”- tem a posse, mas não tem a há crase. Ex: Vou à casa de Maria. propriedade. “da”- tem a posse e a propriedade. 8- Terra = chão 8- Terra + determinante A palavra terra sozinha significa chão, solo. Nesse caso não Se terra vier acompanhada de determinante, haverá crase. então passará a ter valor conotativo, afetivo. Ex: Os marinheiros voltaram a terra. Nesse caso há crase. Ex: Vou à terra de meus pais. Nesse ex. eu ñ estou falando q/ vou pisar o chão q/ eles pisaram, mas sim que vou conhecer o local onde nasceram. 9- Instrumento feminino 9- Ex: “Houve um atentado à bomba.” Ex: Matei-o. Está errado. Escrevendo assim, o Estou dizendo que o matei. Se mencionar o instrumento que significado é q/ o atentado foi contra a usei, fica assim: bomba, entretanto, o que a frase quis Ex: Matei-o a faca. dizer é que houve um atentado e o Atenção! Ñ podemos confundir “faca” c/ “facada”, pois essa é a instrumento utilizado foi a bomba. 1ª associação q/ nós fazemos. Na frase nós ñ falamos “Matei-o Quem atenta, atenta a alguém, a vida a facada”, o q/ nós falamos foi o instrumento utilizado: Eu de alguém. O correto seria por ex.: matei ele e o instrumento utilizado por mim foi a faca. Por isso “Houve um atentado às Torres não tem crase. Gêmeas com dois aviões”; ou mesmo, “Houve um atentado com bomba”. * Casos difíceis (cai mais na CESPE) 10- a noite = de noite 10.1- Quando quizermos falar que foi a noite 10- “Paulo saiu à noite” – o que se “a”(de “a noite”) é uma preposição, e “de” (de “de noite”) inteira, então haverá crase (mas tem que saber entende se houver crase, é que ele também é uma preposição. que foi a noite inteira). saiu a noite inteira. A expressão “a noite” significa “de noite”. “de” é preposição, Ex: “Tomei soro à noite”. então “a” também é preposição. Logo, ñ há crase na expressão Como saber q/ é a noite inteira? Soro demora, “a noite”. é de gota em gota, logo, está implícito q/ é a Ex: “Ele saiu a noite” – estamos dizendo que ele saiu de noite. noite inteira. 10.2- Para evitar ambigüidade. Ex: “Saiu a noite”. Essa frase pode ter o sentido de q/ “a noite saiu”, ou que ele, que é o sujeito que está elíptico ali na frase, saiu a noite. Então p/ evitar aquele 1º sentido, usamos crase: “Saiu à noite”. 11- a vista X a prazo 11- Se a expressão “a vista” estiver ligada à Na expressão “a vista”, contrário de “a prazo”, ñ há crase. Se visão, ao ato de ver, então haverá crase. nós falarmos por ex. “Ele vende ao prazo”, estamos dizendo Exs: “Eu compro à vista da mercadoria”. “Ela que ele vende p/ o prazo. Se a “palavra” prazo rejeita artigo, comeu o bolo à vista dos netos”. então a expressão “a vista”, que é seu oposto, também irá rejeitar artigo. “Ele vende a prazo” e não “Ele vende ao prazo”, logo: “Ele vende a vista” e não “Ele vende à vista” 12- Nome próprio de famosa. 12- Nome próprio de não Ex: Refiro-me a Joana d’Darc. famosa. Ex: Se no remetente vier: À Regina ≠ A Regina Se houver crase, então é porque há intimidade, o assunto é intimo, caso contrário, então é porque o assunto é formal. 13- Pronomes não têm crase. 13.1- Apesar de, via de regra, os pronomes não 13- Pronome possessivo 13.2- “O juiz Paulo condenou àquela 13.1- Pronomes oblíquos ñ levam crase. terem crase, DONA, SENHORA e SENHORITA feminino (minha, tua, ré”. Ex: Ele deu o livro a mim. têm crase. sua, nossa, etc) Em prova costuma vir c/ crase, mas Ele deu o livro a nós. Ex: Refiro-me à dona da pensão. O porquê essa crase é está errado. O verbo condenar ñ pede Ele deu o livro a tu. 13.2- Pronomes demonstrativos começados c/ facultativa cai muito: Os preposição: quem condena, condena 13.2- Pronomes de tratamento “a”: a (+ difícil, ver ex); aquele(s); aquela(s); pronomes possessivos alguém, e não a alguém. Então aquela (ver 13.1 do “SIM”) aquilo. são os únicos que ré é objeto direto. Ex: A você. Quando encontramos esses pronomes aceitam artigo. Ex2: “Eu obedeço àquela ré”. A V. Ex.ª (vossa excelência) demonstrativos, coloca-se crase. Ex: Meu pai é lindo. Esse ex. tem crase. Quem obedece, A V. S.ª (vossa senhoria) Ex: “Vou àquele cinema”. O meu pai é lindo. obedece a alguém. 13.3- Pronome demonstrativo A princípio, o aluno erraria porque iria olhar a Ñ poderia falar: “O este Só haverá crase se o pronome demonstrativo começar com palavra “cinema” e, vendo q/ é masculino, ñ iria livro”. “a”. colocar crase. Mas, nesta frase, o problema ñ Ex: Vou à minha loja. Ex: “Vou a esta festa”. (a+e, então ñ há crase) está na palavra “cinema”, mas sim no “a”. Vou a minha loja. (Ver SIM 13.2.) Quem vai, vai a algum lugar. Esse “a” + o “a” de Se usamos crase, então é 13.4- Pronome indefinido (alguém, quem, ninguém, cada) aquele, formam a crase. É como se a frase porque estamos Ex: Dei um livro a alguém. terminasse aqui: “Vou à/quele cinema”. determinando a loja, Mas devemos ter atenção, pois o verbo tem caso contrario, então é que pedir a preposição (ver obs. 13.2). porque não estamos Ex c/ o pronome demonstrativo a: “Esta blusa é determinando a loja. igual à que estou usando”. A palavra “igual” pediu a preposição “a”. Além disso, é como se uníssemos 2 frases: “Esta blusa é igual a” “a que estou usando”. A 1ª frase termina c/ a preposição “a” e a 2ª começa c/ o pronome demonstrativo “a” (a blusa que estou usando). Dica: Sempre há um nome antecedente. Ex: igual a; obediente a; apto a; respeito a; acesso a; etc. 14- Nome feminino 14- Não pode ser nome feminino: Só haverá crase diante de nome feminino. Mas - sujeito; atenção: não é qualquer nome feminino, só - objeto direto. quando for: Não pode porque nem sujeito, nem - objeto indireto; objeto direto pedem preposição, - complemento; então não há com o que se fazer - circunstância (adjunto adnominal); fusão. Obj. direto e sujeito tem é Para esses 3 casos há um macete (mas não artigo, mas como não pedem pode aplicar esse macete nos casos de “não” e preposição, não há fusão. “facultativo”). Ex: Pedro condenou a ré. Macete: substitui o obj. indireto, o “a ré” é objeto direto, pois quem complemento ou a circunstancia por um nome condena, condena alguém, e não a masculino, se continuar com coesão haverá alguém, não há preposição, logo, não crase. haverá crase. Ex objeto indireto: Ex: Ela visitou a Rainha-Mãe. (rainha- Dei um livro à professora. mãe é obj. direto) Dei um livro ao menino. (ao = a – preposição + Ex. com sujeito: o - artigo) A frase continuou c/ sentido, então Dormiu a Rainha-Mãe. há crase. Quem dormiu? A rainha-mãe. Então Ex. complemento nominal: rainha-mãe é sujeito, logo, não há Sou fiel à namorada. crase. Esse “a” é artigo e o verbo dessa Sou fiel ao menino. (ao = preposição + artigo). frase não pede preposição. Continua c/ sentido, então há crase. Ex. Circunstância: Vou à cidade. Vou ao lugarejo. (ao = preposição + artigo). Continua c/ sentido, então há crase. 15- Nome próprio de: cidade, país, estado. (é o 15- Atenção! Se o nome próprio de nome próprio, não é a palavra “cidade”). cidade, país ou estado vier Macete: Quando aparecerem, nós devemos acompanhado de determinante, então criar uma frase c/ o verbo “voltar”. Se, ao haverá crase. voltarmos, nós voltarmos “de”, de é Ex: Vou à Brasília de JK. preposição, então não haverá crase. Se, ao voltarmos, voltarmos “da”, da é preposição + artigo, então haverá crase. Ex: Vou a Brasília. – Voltei de Brasília. Vou à França. – Voltei da França. Vou à Bahia. – Voltei da Bahia. Vou a Campinas. – Voltei de Campinas.