Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
ESQUEMA DO
REGIMENTO INTERNO DO TRF DA 1ª REGIÃO
Apresentação:
Visando a preparação para o concurso de Analista Judiciário – Área Judiciária do TRF da 1ª Região,
elaboramos o presente esquema do Regimento Interno do Tribunal como forma de registrar,
resumidamente, os principais pontos do programa com probabilidade de serem cobrados na prova.
É claro que a leitura do esquema não dispensa o estudo do Regimento Interno na íntegra. A finalidade
desse trabalho é apenas complementar o estudo do candidato, almejando a memorização dos pontos
mais relevantes do programa, bem como disponibilizar o estudo rápido de última hora às vésperas da
prova.
Por isso o estudo do Regimento Interno se torna peça fundamental para a boa preparação e para que o
candidato possa fazer parte do “batalhão de elite”!
Marcos Boechat
Coordenador do ESINF
www.esinf.com.br
1
Estudo Sistematizado de Informativos
Conteúdo Programático:
Abreviaturas e Siglas:
MI = Mandado de Injunção
MPF = Ministério Público Federal
MS = Mandado de Segurança
OAB = Ordem dos Advogados do Brasil
OBS = Observação
PAD = Processo Administrativo Disciplinar
PGR = Procurador Geral da República
PR = Presidente da República
RE = Recurso Extraordinário
RESE = Recurso em Sentido Estrito
REsp = Recurso Especial
RGPS = Regime Geral de Previdência Social
RISTF = Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal
RISTJ = Regimento Interno do Superior Tribunal de Justiça
RITRF = Regimento Interno do Tribunal Regional Federal
RPPS = Regime Próprio de Previdência Social
STF = Supremo Tribunal Federal
STJ = Superior Tribunal de Justiça
TRE = Tribunal Regional Eleitoral
TRF = Tribunal Regional Federal
TRF-1 = Tribunal Regional Federal da 1ª Região
www.esinf.com.br
3
Estudo Sistematizado de Informativos
ESQUEMATIZAÇÃO DA MATÉRIA:
1) Composição do TRF-1:
Estados: Centro-Oeste (DF, GO e MT); Nordeste (BA, PI e MA); Sudeste (MG); Norte (todos)
Integrantes: 27 desembargadores federais (vitalícios) nomeados pelo PR, sendo 21 da carreira + 3
advogados + 3 MPF
Órgãos:
Turmas: 3 desembargadores cada uma (presididas pelo Des. mais antigo, pelo prazo de 2 anos,
desde que já tenha 2 anos no cargo);
www.esinf.com.br
4
Estudo Sistematizado de Informativos
Corte Especial: julgar crimes comuns e de responsabilidade e AIA dos Juízes Federais (inclusive
da JM e da JT) e dos membros do MPF, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral; julgar MS
e HD contra atos do tribunal, seus órgãos ou desembargadores; julgar arguição de
inconstitucionalidade; julgar incidente de uniformização de jurisprudência; julgar pedido de
desaforamento no Júri.
Corte Especial Administrativa: dirimir dúvidas sobre norma regimental ou ordem dos processos;
conceder licença aos desembargadores; organizar concurso para Juiz Federal Substituto;
remoção e permuta de juízes; ordenar a instauração de PAD especial para perda do cargo de
Juiz Federal; decidir por remoção, disponibilidade ou aposentaria de Juiz Federal ou
Desembargador por interesse público; eleger dentre os Desembargadores os componentes do
TRE/DF e dentre os Juízes de cada Seção Judiciária os componentes do respectivo TRE; declarar
a vitaliciedade dos juízes.
2ª Seção (além das já citadas): crimes comuns e de responsabilidade e AIA das autoridades com
foro por prerrogativa de função; revisões criminais de seus julgados, das suas turmas e de Juízes
Federais.
Turmas: HC contra ato de Juiz Federal ou de autoridades sujeitas ao TRF-1; recurso contra
decisão de Juiz Federal ou Juiz de Direito no exercício de jurisdição federal; exceções de
suspeição e impedimento contra Juiz Federal. OBS: a turma que primeiro conhecer de um
processo ou de qualquer incidente ou recurso ficará preventa para novos incidentes ou
recursos, salvo se não conhecer do recurso ou declará-lo prejudicado.
Plenário, Corte Especial, Seções e Turmas: agravo regimental; embargos de declaração; arguição
de falsidade; medidas cautelares.
OBS: as Seções e Turmas poderão remeter o julgamento à Corte Especial quando: houver relevante
arguição de inconstitucionalidade (desde que não haja prévia decisão da CE ou do STF); revisão de
súmula ou de matéria constitucional; questão relevante divergente entre as seções ou entre uma dessas
e a CE; convier pronunciamento da CE em questão relevante para prevenir divergências.
Conselho de Administração:
Composição: Presidente do TRF, Vice-Presidente, Corregedor Regional, 3 desembargadores mais
antigos e 3 desembargadores (em rodízio) eleitos dentre os integrantes da CE. O mandato
destes últimos será de 2 anos; os demais, são membros permanentes. As substituições, nos
casos de ausência ou impedimento, serão por ordem de antiguidade. Coordenador dos JEF e
Diretor da ESMAF participarão, apenas com direito a voz, nos julgamentos que os interessem.
Os presidentes da AJUFE e da AJUFER também terão apenas direito a assento e voz nos
julgamentos que interessem à magistratura federal.
Presidência: Presidente do TRF-1.
www.esinf.com.br
5
Estudo Sistematizado de Informativos
Recursos: decisão unânime (não cabe recurso); decisão não unânime (cabe recurso do
interessado à CE Administrativa).
Comissões Permanentes e Temporárias:
Comissões Temporárias: poderão ser criadas pelo Plenário ou pelo Presidente do TRF com
qualquer número de membros.
Presidência das Comissões: desembargador mais antigo, salvo a comissão de promoção, cuja
presidência será do Corregedor Regional.
Comissão de Regimento (atribuições): zelar pela atualização do regimento; opinar em
procedimento administrativo, quando consultada pelo Presidente do TRF.
www.esinf.com.br
6
Estudo Sistematizado de Informativos
Voto secreto do Plenário, presentes ao menos 2/3 dos membros efetivos do TRF-1
Indicação: pelo TRF, dentre Juízes Federais com mais de 30 anos de idade e 5 de exercício, que
tenham manifestado interesse, atendendo edital com prazo de 15 dias, por antiguidade e por
merecimento (alternadamente). A indicação de advogados e membros do MPF é feita na forma
dos arts. 94 e 107, I, ambos da CR/88.
Lista Tríplice: será formada pelo TRF no caso de indicação de desembargador por merecimento
ou de advogado/membro do MPF. Será incluído na lista o candidato que obtiver maioria
absoluta de votos dos membros efetivos do TRF aptos a votar, em sessão especialmente
convocada, presentes a maioria de dois terços. A votação será nominal, aberta e
fundamentada, até que se obtenha a maioria absoluta dos votos. Cada desembargador votará
em três nomes, figurando na lista, em ordem decrescente, os três mais votados. Havendo mais
de uma vaga, pode ser feita uma única lista tríplice ou uma lista tríplice para cada vaga. No caso
de empate, o desempate será feito de acordo com ato normativo do TRF se a vaga for
preenchida por Juiz Federal; nos demais casos, prevalecerá o candidato mais idoso.
Nomeação: pelo PR, conforme art. 107, da CR/88.
www.esinf.com.br
7
Estudo Sistematizado de Informativos
Convocar Juiz Federal para substituição e auxílio, com mais de 30 anos de idade e 5 de exercício,
desde que não seja o único na vara, após aprovação da CE Administrativa ou, havendo urgência,
“ad referendum” desta.
Presidir as sessões;
Prestar informações em HC quando o feito já tiver sido julgado1;
OBS: são vedados atos regulamentares das turmas que impliquem em mudança nos padrões
organizacionais da Secretaria Judiciária do Tribunal.
Relator: principais atribuições (ver art. 29)
Dar provimento a recurso quando a decisão recorrida estiver em manifesto confronto com
súmula ou jurisprudência dominante do STF ou Tribunal Superior;
1
Estranha essa redação, mas é assim que está no RITRF. Parece que o correto deveria ser “quando o feito ainda não tiver sido
julgado”, como é dito nas competências do relator, logo abaixo.
www.esinf.com.br
9
Estudo Sistematizado de Informativos
4) Sessões de Julgamento:
Disposições gerais:
O presidente do órgão tem assento na parte central da mesa, ficando a sua direita o procurador
regional. Os demais componentes do órgão sentarão nos lugares laterais, pela ordem de
antiguidade, alternadamente, iniciando pela direita do presidente. Havendo juiz convocado,
sentará na posição de desembargador menos antigo; havendo dois ou mais juízes convocados,
sentarão conforme suas antiguidades na JF (ordem decrescente).
Se o Presidente do TRF participar do julgamento a que esteja vinculado, assumirá a presidência
do órgão julgador;
As sessões ordinárias iniciarão às 09h00 ou às 14h00, com duração de 04h00 e intervalos,
sempre que possível, de 0h15, podendo ser prorrogadas. As sessões extraordinárias começarão
no horário designado e encerrarão quando cumprido o fim a que se destinam.
As sessões são públicas, salvo nos casos previstos no RITRF e quando o órgão julgador resolver
que sejam reservadas por motivo relevante.
Os advogados ocuparão a tribuna, sempre com beca, para sustentação oral ou para responder
às perguntas feitas pelos desembargadores. Os processos com advogado para sustentação oral
poderão ter preferência se estes assim pedirem com antecedência ao secretário do órgão,
preferindo, dentre eles, os causídicos com residência em local diverso da sede do TRF.
Na sustentação oral será dada a palavra para o autor/recorrente/impetrante e, depois, para o
réu/recorrido/impetrado, pelo prazo de 0h15 ou, no caso de ação penal originária, por 01h00,
para cada um. O MPF terá prazo igual ao das partes, tendo a palavra antes do réu quando for
www.esinf.com.br
10
Estudo Sistematizado de Informativos
apelante, e depois do impetrante, no caso de HC. Quando fiscal da lei, o MPF falará após a
defesa. Em ação penal privada, o MPF falará após o querelante. O assistente de acusação falará
após o MPF, a menos que o recurso seja dele. No caso de oposição (espécie de intervenção de
terceiro), o opoente terá prazo próprio igual ao das partes.
Havendo litisconsortes com diversos procuradores, o prazo da sustentação oral será contado em
dobro e dividido igualmente entre eles, salvo convenção em contrário (processos cíveis e
criminais). Em processo criminal, havendo recursos de corréus em posições antagônicas, cada
grupo terá prazo completo para falar.
Não haverá sustentação oral: remessa necessária, agravo, embargos declaratórios, arguição de
suspeição ou no prosseguimento de qualquer julgamento quando do voto-vista.
Os processos conexos podem ser objeto de um só julgamento, assim como os processos que
versarem sobre a mesma questão jurídica.
Cada desembargador poderá falar duas vezes, depois mais uma vez para explicar a modificação
de seu voto (se for o caso), sempre com autorização prévia do presidente, não podendo
interferir na fala de outro, nem fazer apartes.
Qualquer desembargador poderá pedir vista dos autos, pelo prazo de 10 dias, antes de proferir
seu voto, sendo que o feito será julgado na sessão ordinária subsequente à devolução
dispensada nova publicação em pauta. O pedido de vista deve ser pedido no momento do voto
do desembargador, não podendo pedi-lo antecipadamente, e não impede que os demais
desembargadores votem. Se os autos não forem devolvidos no prazo, nem houver pedido de
prorrogação do prazo, o presidente requisitá-los-á e reabrirá o julgamento na sessão ordinária
seguinte, com publicação em pauta.
Não participará do julgamento desembargador que não tenha assistido ao relatório ou às
discussões, salvo se der-se por esclarecido.
www.esinf.com.br
11
Estudo Sistematizado de Informativos
Principais casos (ver art. 55): dar posse a desembargador federal, aos titulares da direção do
Plenário ou a juiz federal substituto; prestar homenagem a desembargador.
Sessões do Plenário e da CE:
Quorum de instalação: maioria absoluta de seus membros (regra). Exceção: para julgamento de
matéria constitucional, ação penal originária, uniformização de jurisprudência, sumulação de
jurisprudência uniforme, alteração ou cancelamento de enunciado de súmula, perda do cargo
de magistrado, eleição dos titulares de sua direção e elaboração de listas tríplices, o quorum é
de dois terços de seus membros efetivos aptos a votar, não considerados os cargos vagos, os
casos de suspeição e impedimento nem os cargos cujos titulares estejam afastados por tempo
indeterminado.
Quorum de votação: maioria simples (regra). Exceção: maioria qualificada (quando o RITRF o
exigir).
A sessão será presidida pelo Presidente do TRF. Na sua ausência, assume, sucessivamente, o
Vice-Presidente, o Corregedor Regional ou o desembargador mais antigo no tribunal.
Prioridade de julgamento na CE: HC, ações criminais (primeiro as de réu preso); HD, MS, MI, CC,
incidente de uniformização de jurisprudência e de inconstitucionalidade.
Sessões das Seções:
Quorum de Instalação: maioria absoluta (regra). Exceção: maioria de dois terços para:
uniformização de jurisprudência; e edição, alteração ou cancelamento de súmula.
Quorum de votação: maioria simples (regra). Exceção: maioria absoluta (quando o RITRF o
exigir).
Presidência: desembargador mais antigo na seção (rodízio a cada 2 anos). Na sua ausência, o
desembargador mais antigo que lhe seguir no órgão.
O presidente participa da distribuição e profere votos quando relator, revisor ou vogal. Havendo
empate, proferirá o voto de desempate. Nos agravos contra decisões do presidente, havendo
empate, prevalece a decisão agravada.
5) Processos Originários:
Habeas Corpus:
Competência: turmas especializadas em matéria Penal.
Providências do Relator: requisitar informações da autoridade impetrada no prazo que fixar (ou
48h se não houver fixação de prazo); nomear advogado (se o impetrante não for bacharel em
Direito); ordenar diligências; ouvir o paciente; expedir salvo-conduto (no HC preventivo, até a
decisão do feito, se houver grave risco de se consumar a violência). Quando o pedido for
manifestamente incabível, constituir reiteração de outro HC com os mesmos fundamentos ou
for manifesta a incompetência do órgão, o Relator poderá indeferir de plano o HC ou remetê-lo
ao juízo competente, cabendo agravo regimental da decisão.
Procedimento: ultimadas as providências do Relator, ouve-se o MPF em 2 dias e o Relator
colocará o feito em mesa na primeira sessão para julgamento com prioridade. Concedido o HC,
a autoridade coatora será imediatamente comunicada (havendo má-fé, a autoridade será
condenada nas custas e cópias dos autos serão remetidas ao MPF para propositura de ação
penal). Na hipótese de anulação do processo, o juiz aguardará a cópia do acórdão para renovar
os atos processuais.
Providências de ofício da Turma: determinar a apresentação do paciente na sessão de
julgamento; conceder HC em qualquer processo, verificando a que alguém sofre ou está na
iminência de sofrer coação ilegal.
Perda do Objeto: se, pendente o HC, cessar a violência ou a coação, o Relator pode julgar
prejudicado o pedido ou apresentá-lo à Turma para declaração de ilegalidade do ato e tomada
de providências para a punição do responsável.
Mandado de Segurança:
www.esinf.com.br
13
Estudo Sistematizado de Informativos
Julgamento: com ou sem parecer do MPF, o Relator colocará o processo em pauta ou, quando a
matéria for objeto de jurisprudência consolidada do TRF, julgará o pedido. O MS tem prioridade
de julgamento, salvo em relação ao HC. Não são cabíveis embargos infringentes, nem
condenação em honorários no julgamento do MS.
Habeas Data e Mandado de Injunção:
Competência e Julgamento: CE ou Seções, aplicando-se as normas do MS. Terão prioridade
sobre os demais processos, exceto HC e MS.
Ação Rescisória:
www.esinf.com.br
14
Estudo Sistematizado de Informativos
Propositura: distribuído o IP, o Relator o encaminhará ao MPF que oferecerá a denúncia (5 dias,
indiciado preso, ou 15 dias, indiciado solto), ou poderá requerer o arquivamento ou diligências
complementares.
Providências do Relator: poderá determinar diligências complementares, a pedido do MPF,
interrompendo-se o prazo para oferecimento da denúncia apenas se o indiciado estiver solto.
Poderá determinar o relaxamento da prisão se as diligências complementares forem
imprescindíveis para o oferecimento da denúncia. Se a ação penal não for pública, determinará
que se aguarde a iniciativa do ofendido ou seu representante legal.
Competências do Relator: será o juiz da instrução e terá as mesmas atribuições conferidas por
lei ao juiz singular. Compete-lhe, ainda: i) determinar o arquivamento do IP, a pedido do MPF,
ou submeter a apreciação à CE ou à Seção; ii) decretar a extinção da punibilidade; iii) conceder,
arbitrar ou denegar fiança; iv) decretar prisão temporária ou preventiva; v) conceder liberdade
provisória. Caberá agravo regimental para a CE ou Seção, sem efeito suspensivo, das decisões
do relator que: i) conceder, arbitrar ou denegar fiança; ii) decretar prisão temporária ou
preventiva; iii) recusar produção de prova ou diligência; iv) determinar busca e apreensão ou
quebra de sigilos.
Procedimento inicial: oferecida a denúncia, o Relator mandará notificar o acusado para oferecer
resposta no prazo de 15 dias2, com cópia da peça acusatória, do despacho do Relator e dos
documentos. Desconhecido o paradeiro do acusado ou frustrada a diligência, será notificado
por edital para comparecer ao TRF em 05 dias, onde terá vista dos autos por 15 dias para
oferecer sua resposta. Não apresenta resposta, o Relator encaminhará os autos à Defensoria
Pública e, se esta não apresentar resposta, o Relator nomeará defensor. Apresentada, em
qualquer caso, resposta com novos documentos, a acusação terá vista por 05 dias para se
manifestar. Após, o Relator lançará relatório e determinará a inclusão do feito em pauta para
que a CE ou a Seção delibere sobre o recebimento ou rejeição da denúncia, ou sobre a
improcedência da acusação. Serão distribuídas cópias dos relatórios aos demais
desembargadores com antecedência mínima de 05 dias. É facultada sustentação oral por 15
minutos (acusação, depois defesa). Após, presentes a maioria absoluta, o órgão deliberará por
maioria simples. Da decisão não será lavrado acórdão, salvo no caso de rejeição da
denúncia/queixa ou improcedência da acusação.
2
Trata-se de “resposta preliminar”, ou seja, aquela que ocorre antes do recebimento da denúncia. Não se confunde com a
“resposta à acusação” prevista no rito comum ordinário (art. 396-A, do CPP).
www.esinf.com.br
15
Estudo Sistematizado de Informativos
3
Note que, até aqui, ainda se mantém rito semelhante ao que era previsto no CPP antes da reforma de 2008, com previsão de
interrogatório, depois defesa prévia (e não resposta à acusação) e audiência das testemunhas.
4
Observe que o prazo é comum! Não se trata de prazo sucessivo!
www.esinf.com.br
16
Estudo Sistematizado de Informativos
Providências do Relator: poderá determinar o apensamento dos autos originais ou, se isto for
inconveniente ao interesse da Justiça, indeferirá a petição inicial se esta não estiver
suficientemente instruída, cabendo desta decisão agravo regimental.
Procedimento: instruído o feito, serão ouvidos o requerente e o MPF, no prazo de 05 dias. Após,
o relator lançará o relatório em 30 dias e encaminhará os autos ao revisor que, no mesmo
prazo, determinará a inclusão do feito em pauta.
Julgamento: julgada procedente a revisão criminal, o TRF poderá: i) absolver o acusado; ii)
alterar a classificação da infração; iii) modificar a pena; iv) anular o processo. Em todo caso, a
decisão não poderá agravar a pena imposta. Havendo empate, o Presidente proferirá voto de
desempate (se não tiver participado da votação). Caso contrário, prevalecerá a decisão mais
favorável ao revisionando. Se o interessado o requerer, o órgão poderá, ainda, conceder justa
indenização pelos prejuízos sofridos.
Distribuída a apelação, se não for o caso de negar seguimento ou negar provimento, na forma
do art. 557, “caput” e § 1º-A, CPC), o Relator dará vista ao MPF por 30 dias (se for o caso) e,
após, incluirá os autos em pauta. Se houver agravo de instrumento, proceder-se-á na forma do
art. 280, do RITRF.
Apelação em MS, HD e MI:
Distribuída a apelação, os autos serão conclusos ao Relator em 48 horas que, se não for o caso
de negar seguimento ou negar provimento (art. 557, § 1º-A, CPC), dará vista ao MPF pelo prazo
de 20 dias. Após, o Relator incluirá os autos em pauta para julgamento em 30 dias.
No mais, a apelação no MS segue, no que couber, as normas da apelação cível. A apelação em
HD ou MI segue as normas da apelação em MS.
Remessa “Ex Officio”:
Trata-se da remessa em razão do duplo grau de jurisdição que conterá a indicação do Juízo
remetente e das partes interessadas.
Quando houver simultaneamente apelação voluntária e remessa “ex officio”, o feito será
autuado como apelação cível ou apelação em MS, mas deverá conter indicação do Juízo
remetente.
Após a distribuição, será dada vista ao MPF por 20 dias (se for o caso) e, em seguida, o relator os
incluirá em pauta para julgamento em 30 dias.
Se os autos subirem em razão de pedido de avocação, será feita a autuação e distribuição como
remessa “ex officio”, apensando-se o expediente que a motivou.
www.esinf.com.br
17
Estudo Sistematizado de Informativos
Quando o agravado for o MPF, será intimado o Procurador da República que atuar no 1º Grau
para apresentar contraminuta;
Após a distribuição, o Relator, se não negar seguimento ou dar provimento ao recurso
liminarmente: i) converterá o AI em AgR, salvo quando se tratar de decisão suscetível de causar
à parte lesão grave e de difícil reparação, bem como nos casos de inadmissão da apelação ou
relativamente aos efeitos em que ela é recebida; ii) poderá atribuir efeito suspensivo ou deferir
antecipação de tutela da pretensão recursal; iii) poderá requisitar informações ao juiz da causa
com prazo de 10 dias; iv) mandará intimar o agravado, por seu advogado, para responder em 10
dias; v) dará vista ao MPF por 10 dias (se for o caso). As decisões liminares dos incisos I e II só
são passíveis de reforma por ocasião do julgamento, salvo se o Relator as reconsiderar, não
sendo cabível agravo regimental. A intimação do advogado será feita, em regra, por publicação
no órgão oficial.
Após, os autos serão conclusos ao Relator que, em até 30 dias, os examinará e os incluirá em
pauta.
O Agravo Retido será julgado preliminarmente ao julgamento da respectiva apelação, apenas se
o agravante assim o requerer.
A Apelação não será incluída em pauta antes do Agravo de Instrumento interposto no mesmo
processo, mas terá precedência o Agravo se ambos os recursos forem julgados na mesma
sessão.
www.esinf.com.br
18
Estudo Sistematizado de Informativos
Apelação Criminal:
Em Contravenção ou Crime punido com Detenção: após a distribuição, vista ao MPF por 05 dias
e, em seguida, conclusão ao relator que, em 05 dias, determinará a inclusão do feito em pauta
para julgamento.
Crimes punidos com Reclusão: após a distribuição, vista ao MPF por 10 dias e, em seguida,
conclusão ao relator que, em 10 dias, lançará o relatório e remeterá os autos ao revisor, o qual,
em 10 dias, determinará a inclusão do feito em pauta para julgamento.
9) Recursos:
Recursos Admissíveis e Competência para Julgamento:
Para a CE são cabíveis: a) Agravo Regimental (das decisões do Presidente do TRF ou de Relator
dos processos da CE); b) Embargos de Declaração; c) Embargos Infringentes (nas ações
rescisórias de julgados da CE);
Para as Seções são cabíveis: a) Agravo Regimental (de decisão do Presidente da Seção ou de
Relator dos processos das Seções); b) Embargos de Declaração; c) Embargos Infringentes ou
Embargos de Divergência (das decisões das Turmas da respectiva Seção); d) Embargos
Infringentes (nas ações rescisórias de julgados das Seções).
Para as Turmas são cabíveis: a) Agravo Regimental (de decisões do Presidente da Turma ou de
Relatores de processos da Turma); b) Embargos de Declaração.
www.esinf.com.br
19
Estudo Sistematizado de Informativos
Para o STJ são cabíveis: a) Recurso Especial (conforme CF/88 e RISTJ); b) Recurso Ordinário (em
decisões denegatórias de HC, conforme CF/88 e RISTJ); c) Recurso Ordinário (em decisões
denegatórias de MS em única instância); d) Agravo de Instrumento (de decisão que não admita
REsp).
Para o STF são cabíveis: a) Recurso Extraordinário (conforme CF/88 e RISTF); b) Agravo de
Instrumento (de decisão que não admita RE).
Recursos das Decisões do Tribunal:
www.esinf.com.br
20
Estudo Sistematizado de Informativos
Embargos de Declaração: são cabíveis em 05 dias (ou 02 dias, em processo penal) em petição
dirigida ao Relator com indicação do ponto obscuro, contraditório ou omisso. O relator
apresentará o recurso em mesa na primeira sessão subsequente, proferindo voto. Os embargos
interrompem o prazo para outros recursos de quaisquer das partes. Se manifestamente
protelatórios, o órgão julgador condenará o embargante em multa de até 1% sobre o valor da
causa; sendo reiterados os embargos, a multa será elevada até 10%, condicionando a
interposição de outros recursos ao pagamento da multa.
Embargos de Divergência: cabíveis das decisões das Turmas em recursos ordinários, no prazo de
15 dias, quando divergirem entre si ou contrariarem decisão da Seção. Serão julgados pela
respectiva Seção. A divergência deve ser comprovada pelo embargante por certidão, cópia
autenticada ou citação do repositório de jurisprudência, com transcrição dos trechos
divergentes e a identificação com os casos confrontados. Os embargos serão juntados,
independentemente de despacho, e serão distribuídos, excluindo-se o relator que lavrou o
acórdão impugnado. O relator sorteado poderá indeferir liminarmente o recurso quando
intempestivo ou contrariar súmula do TRF, STJ ou STF, ou, ainda, quando não se comprovar ou
não se configurar a divergência jurisprudencial apontada. Admitidos, será publicada no DJe do
TRF-1 o termo de vista ao embargado para apresentar impugnação em 15 dias. Com ou sem
impugnação, o relator pedirá a inclusão do feito em pauta para julgamento.
Recurso Extraordinário para o STF: é cabível nos casos previstos na CF/88, no prazo de 15 dias,
por petição dirigida ao Presidente do TRF que deverá conter: a) preliminar demonstrando a
repercussão geral da questão constitucional discutida; b) exposição do fato e do direito; c)
demonstração do cabimento do RE; d) razões do pedido de reforma. Recebida a petição pela
Coordenadoria da CE, Seção ou Turma, o recorrido será intimado para oferecer contrarrazões
em 15 dias. Sendo admitido o recurso, os autos sobem para o STF. Se forem admitidos RE e
REsp, os autos sobem primeiro para o STJ; se ambos forem inadmitidos, o recorrente pode
interpor Agravo de Instrumento, para cada recurso, remetendo-se os Agravos ao STF e ao STJ,
sobrestando-se os autos principais. Se for admitido apenas o REsp, aguarda-se o prazo do AI
para o STF e, após, remetem-se os autos ao STJ. Se for admitido apenas o RE e for interposto AI
para o STJ, os autos aguardarão o julgamento do AI pelo STJ, após o que os autos serão
remetidos ao STF com cópia da decisão do STJ. Em todo caso, o AI deve vir acompanhado,
obrigatoriamente, de cópia: a) do acórdão recorrido; b) da petição do recurso denegado; c) das
www.esinf.com.br
21
Estudo Sistematizado de Informativos
O provimento do cargo de Juiz Federal Substituto será dado por concurso público de provas e
títulos, devendo o candidato atender aos requisitos de idoneidade moral e outros previstos em
lei. O concurso será realizado conforme regulamento aprovado pela CE Administrativa, sendo
que a Corregedoria Regional fará sindicância da vida pregressa dos candidatos, após o que a
Comissão Examinadora admitirá ou denegará a inscrição definitiva fundamentadamente. Os
candidatos admitidos submeter-se-ão a exame psicotécnico. O concurso terá validade de 2
anos, prorrogável por igual período.
Comissão Examinadora: será composta: a) pelo Vice-Presidente do TRF (que a presidirá); b) pelo
desembargador diretor da ESMAF; c) por um Juiz Federal com mais de 10 anos de magistratura
www.esinf.com.br
22
Estudo Sistematizado de Informativos
Nomeação: é dada pelo Presidente do TRF em sessão solene do Plenário ou no seu gabinete,
sendo que o candidato indicará a Seção ou Subseção de sua preferência, conforme a ordem de
classificação no concurso.
Vitaliciedade: será adquirida mediante procedimento próprio em que seja demonstrada a
vocação para ser juiz perante a Comissão de Promoção e o Plenário. Enquanto não adquirida a
vitaliciedade, o Juiz Federal Substituto só poderá perder o cargo mediante proposta do TRF com
voto de dois terços de seus membros.
Remoção a Pedido e Permuta:
Pedido: Os Juízes Federais (inclusive substitutos) poderão requerer remoção a pedido ou
permuta, mediante requerimento dirigido ao Presidente do TRF, para outra vara da mesma
Seção ou outra da mesma Região. Os pedidos devem ser formulados por escrito, no prazo de 05
dias, contados da publicação do edital de vacância do cargo, sendo que, havendo mais de um
pedido, terá preferência o magistrado mais antigo, salvo se o interesse do serviço assim não o
recomendar, a critério da CE Administrativa. No caso de permuta, a remoção independe de
edital. Os Juízes Federais Substitutos, enquanto não adquirida a vitaliciedade, não poderão ser
removidos, salvo no interesse do serviço e a critério da CE Administrativa.
www.esinf.com.br
23
Estudo Sistematizado de Informativos
Cabimento: os Juízes Federais (vitalícios ou não) estão sujeitos à perda do cargo nas hipóteses
previstas na CF/88 e na LOMAN.
Procedimento: o PAD para juiz não vitalício terá início por determinação da CE Administrativa,
mediante indicação do Corregedor Regional e será dada conforme resolução específica. Em todo
caso, a instauração será precedida de defesa prévia do magistrado, a ser apresentada em 15
dias, a contar da entrega de cópia da acusação e das provas existentes que lhe serão remetidas
por ofício do Presidente do TRF em 48 horas da apresentação da acusação. Em seguida, o
Presidente convocará a CE Administrativa que, se admitir a instauração, distribuirá o feito e o
encaminhará ao relator no mesmo dia. A qualquer tempo a CE Administrativa poderá decidir
pelo afastamento do magistrado, sem prejuízo dos vencimentos e das vantagens, até decisão
final. O relator presidirá o processo e determinará as provas, cientes o MPF, o magistrado ou
seu procurador constituído, a fim de que delas possam participar. Finda a instrução, vista
sucessiva às partes para razões finais por 10 dias. O julgamento será realizado pela CE
Administrativa, sendo que a perda do cargo depende do voto da maioria absoluta de seus
membros e será formalizada por ato do Presidente do TRF. Será publicada somente a conclusão
da decisão.
Prazo do PAD: é de 90 dias para sua conclusão, podendo ser prorrogado pelo dobro ou mais,
quando a delonga decorrer do exercício do direito de defesa.
Remoção, Disponibilidade e Aposentadoria Compulsórias:
Cabimento: a CE Administrativa, por motivo de interesse público, poderá determinar a remoção,
disponibilidade ou aposentadoria de Juiz Federal (inclusive substitutos), com vencimentos
proporcionais ao tempo de serviço, assegurada a ampla defesa, mediante o voto da maioria
absoluta de seus membros. Da mesma forma, mediante proposta do Presidente do TRF, poderá
ser determinada a medida em relação aos membros do TRF, no que se refere à disponibilidade
e aposentadoria.
Procedimento: será o mesmo previsto para a perda do cargo (visto acima), sendo que no caso de
remoção será determinada, desde logo, a vara em que o juiz passará a servir. Se o juiz não a
aceitar ou deixar de assumir após 30 dias do prazo fixado, será considerado em disponibilidade,
suspendendo-se seus vencimentos até a expedição do ato necessário. Havendo indícios de ilícito
penal, o TRF remeterá cópia das peças pertinentes ao MPF.
Pena de Advertência: aplica-se por escrito no caso de negligência dos deveres do cargo.
Pena de Censura: aplica-se por escrito no caso de reiterada negligência dos deveres do cargo ou
no de procedimento incorreto, se a infração não justificar punição mais grave.
www.esinf.com.br
24
Estudo Sistematizado de Informativos
Verificação de Invalidez:
Cabimento: a verificação de invalidez para fins de aposentadoria terá início por requerimento do
interessado ou mediante ordem do Presidente, de ofício ou em cumprimento de determinação
do TRF.
Procedimento: instaurado o processo, o paciente será afastado até decisão final, devendo ser
concluído o processo em 60 dias. Tratando-se de incapacidade mental, o Presidente nomeará
curador especial, sem prejuízo da autodefesa ou defesa por procurador constituído. O
Presidente funcionará como preparador do processo até as razões finais, efetuando depois dela
a distribuição. O paciente, de início, será notificado por ofício (com cópia da ordem inicial) para
apresentar sua defesa em 10 dias, prorrogáveis por mais 10, podendo juntar documentos. Em
seguida, o Presidente nomeará uma junta de 03 médicos para examinar o paciente,
determinando as demais diligências necessárias. A recusa ao exame permitirá o julgamento
baseado em outras provas. Após, poderá o paciente ou seu curador apresentar alegações em 10
dias, ouvido, a seguir, o MPF. Os autos serão, então, informados à Secretaria do Tribunal,
distribuídos e julgados. Se o procedimento for instaurado a pedido do magistrado, após o
parecer da junta médica, os autos serão submetidos à Secretaria do Tribunal e distribuídos,
sendo ouvido o MPF, seguindo-se para o julgamento.
Julgamento: é dado pela CE Administrativa, sendo que o presidente participará da votação. A
decisão pela incapacidade depende do voto da maioria absoluta.
Exame Obrigatório: o magistrado que, no período de dois anos consecutivos, afastar-se por 06
meses ou mais, para tratamento de saúde, deverá submeter-se a exame para verificação de
invalidez, quando requerer, dentro de dois anos, nova licença para igual fim.
www.esinf.com.br
25