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Estudo Sistematizado de Informativos

ESQUEMA DO
REGIMENTO INTERNO DO TRF DA 1ª REGIÃO

Esquema elaborado em março/2011


Conforme Edital para Analista Judiciário – Área Judiciária

Apresentação:

Visando a preparação para o concurso de Analista Judiciário – Área Judiciária do TRF da 1ª Região,
elaboramos o presente esquema do Regimento Interno do Tribunal como forma de registrar,
resumidamente, os principais pontos do programa com probabilidade de serem cobrados na prova.

É claro que a leitura do esquema não dispensa o estudo do Regimento Interno na íntegra. A finalidade
desse trabalho é apenas complementar o estudo do candidato, almejando a memorização dos pontos
mais relevantes do programa, bem como disponibilizar o estudo rápido de última hora às vésperas da
prova.

Considerando que o concurso em questão é de grande concorrência e que, possivelmente, apenas os


primeiros colocados terão chances efetivas de serem nomeados, é justamente em matérias específicas,
como a que aqui se estuda, que o candidato poderá fazer a diferença e se destacar sobre seus
concorrentes.

Por isso o estudo do Regimento Interno se torna peça fundamental para a boa preparação e para que o
candidato possa fazer parte do “batalhão de elite”!

Bons estudos e boa sorte!

Marcos Boechat
Coordenador do ESINF

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Conteúdo Programático:

REGIMENTO INTERNO DO TRF − 1ª REGIÃO: Organização e competência do TRF − 1a Região: Órgãos


jurisdicionais, Corregedoria da Justiça Federal, Conselho de Administração, Comissões Permanentes e
Temporárias. Competência dos órgãos jurisdicionais: competência originária, competência recursal. Dos
Desembargadores Federais: escolha, nomeação, posse e antiguidade. Atribuições e competência dos
membros do Tribunal: do Presidente do Tribunal, do Vice-Presidente, do Corregedor-Regional, do
Relator e do Revisor. Sessões de julgamento: Plenário, Corte Especial, Seções e Turmas. Processos
originários: habeas corpus, mandado de segurança, habeas data, mandato de injunção, ação rescisória,
conflito de competência, ação penal originária e revisão criminal. Recursos: em matéria cível, em
matéria penal e em matéria trabalhista. Dos recursos das decisões do Tribunal: agravos, embargos,
recurso extraordinário, recurso especial, recurso ordinário em habeas corpus e em mandado de
segurança. Dos Juízes Federais de Primeira Instância.

Abreviaturas e Siglas:

A.R. = Aviso de Recebimento


AgR = Agravo Retido
AI = Agravo de Instrumento
AIA = Ação de Improbidade Administrativa
AJUFE = Associação dos Juízes Federais do Brasil
AJUFER = Associação dos Juízes Federais da 1ª Região
Art. = Artigo
Arts. = Artigos
CC = Conflito de Competência
CE = Corte Especial
CE Administrativa = Corte Especial Administrativa
CF/88 = Constituição Federal de 1988
CPC = Código de Processo Civil
CPP = Código de Processo Penal
Des. = desembargador
DJe = Diário de Justiça Eletrônico
ESMAF = Escola de Magistratura Federal da 1ª Região
FGTS = Fundo de Garantia por Tempo de Serviço
HC = Habeas Corpus
HD = Habeas Data
IP = Inquérito Policial
JEF = Juizados Especiais Federais
JF = Justiça Federal
JM = Justiça Militar
JT = Justiça do Trabalho
LOMAN = Lei Orgânica da Magistratura Nacional
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MI = Mandado de Injunção
MPF = Ministério Público Federal
MS = Mandado de Segurança
OAB = Ordem dos Advogados do Brasil
OBS = Observação
PAD = Processo Administrativo Disciplinar
PGR = Procurador Geral da República
PR = Presidente da República
RE = Recurso Extraordinário
RESE = Recurso em Sentido Estrito
REsp = Recurso Especial
RGPS = Regime Geral de Previdência Social
RISTF = Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal
RISTJ = Regimento Interno do Superior Tribunal de Justiça
RITRF = Regimento Interno do Tribunal Regional Federal
RPPS = Regime Próprio de Previdência Social
STF = Supremo Tribunal Federal
STJ = Superior Tribunal de Justiça
TRE = Tribunal Regional Eleitoral
TRF = Tribunal Regional Federal
TRF-1 = Tribunal Regional Federal da 1ª Região

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ESQUEMATIZAÇÃO DA MATÉRIA:

1) Composição do TRF-1:
Estados: Centro-Oeste (DF, GO e MT); Nordeste (BA, PI e MA); Sudeste (MG); Norte (todos)
Integrantes: 27 desembargadores federais (vitalícios) nomeados pelo PR, sendo 21 da carreira + 3
advogados + 3 MPF
Órgãos:

 Plenário: todos os desembargadores (presidido pelo Presidente do TRF-1);


 Corte Especial: 18 desembargadores (1/2 por antiguidade; 1/2 por eleição do Pleno), sendo
presidido pelo Presidente do TRF-1. O Coordenador dos JEF e o Diretor da ESMAF tem direito à
voz na CE quando o assunto os interesse.
 4 Seções especializadas: 1ª Seção (integrantes da 1ª e 2ª turmas); 2ª Seção (integrantes da 3ª e
4ª turmas); 3ª Seção (integrantes da 5ª e 6ª turmas); 4ª Seção (integrantes da 7ª e 8ª turmas). O
Presidente, Vice-Presidente e Corregedor Regional não integram seções ou turmas. Presididas
pelo Des. mais antigo, pelo prazo de 2 anos, desde que já tenha 2 anos no cargo de
desembargador.

 Turmas: 3 desembargadores cada uma (presididas pelo Des. mais antigo, pelo prazo de 2 anos,
desde que já tenha 2 anos no cargo);

 Conselho de Administração: formulação e implantação de políticas administrativas


Áreas de Especialização:
 1ª Seção: Servidores Públicos (civis e militares), Benefícios assistenciais; previdenciários do RGPS
e RPPS;
 2ª Seção: Penal, Improbidade Administrativa e Desapropriação;
 3ª Seção: Administrativo, Civil e Comercial + FGTS + Previdência Complementar;
 4ª Seção: Tributário, Financeiro e Conselhos Profissionais + Execução Fiscal Tributária ou Não
Tributária (exceto FGTS);

 Plenário e Corte Especial: não ficam sujeitos à área de especialização


OBS: a nulidade e anulabilidade de atos administrativos, bem como as multas, serão de competência da
seção a cuja área de especialização esteja afeta a matéria de fundo. Em qualquer caso, havendo
cumulação de pedidos, prevalecerá o principal para fixação da competência de acordo com a área de
especialização.
Principais Competências:

 Plenário: dar posse aos novos desembargadores; eleger Presidente, Vice-Presidente e


Corregedor Regional (preferência pela antiguidade, mandato de 2 anos, vedada recondução);
formar lista tríplice para escolha de novo desembargador.

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 Corte Especial: julgar crimes comuns e de responsabilidade e AIA dos Juízes Federais (inclusive
da JM e da JT) e dos membros do MPF, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral; julgar MS
e HD contra atos do tribunal, seus órgãos ou desembargadores; julgar arguição de
inconstitucionalidade; julgar incidente de uniformização de jurisprudência; julgar pedido de
desaforamento no Júri.
 Corte Especial Administrativa: dirimir dúvidas sobre norma regimental ou ordem dos processos;
conceder licença aos desembargadores; organizar concurso para Juiz Federal Substituto;
remoção e permuta de juízes; ordenar a instauração de PAD especial para perda do cargo de
Juiz Federal; decidir por remoção, disponibilidade ou aposentaria de Juiz Federal ou
Desembargador por interesse público; eleger dentre os Desembargadores os componentes do
TRE/DF e dentre os Juízes de cada Seção Judiciária os componentes do respectivo TRE; declarar
a vitaliciedade dos juízes.

 Seções: embargos infringentes e de divergência em matéria trabalhista; incidentes de


uniformização de jurisprudência de suas respectivas turmas; MS e HD contra ato de Juiz Federal;
embargos infringentes em ação rescisória; ação rescisória dos seus julgados, das suas turmas ou
de Juiz Federal; suspeição contra Juiz Federal; sumular a jurisprudência das suas turmas.

 2ª Seção (além das já citadas): crimes comuns e de responsabilidade e AIA das autoridades com
foro por prerrogativa de função; revisões criminais de seus julgados, das suas turmas e de Juízes
Federais.
 Turmas: HC contra ato de Juiz Federal ou de autoridades sujeitas ao TRF-1; recurso contra
decisão de Juiz Federal ou Juiz de Direito no exercício de jurisdição federal; exceções de
suspeição e impedimento contra Juiz Federal. OBS: a turma que primeiro conhecer de um
processo ou de qualquer incidente ou recurso ficará preventa para novos incidentes ou
recursos, salvo se não conhecer do recurso ou declará-lo prejudicado.

 Plenário, Corte Especial, Seções e Turmas: agravo regimental; embargos de declaração; arguição
de falsidade; medidas cautelares.
OBS: as Seções e Turmas poderão remeter o julgamento à Corte Especial quando: houver relevante
arguição de inconstitucionalidade (desde que não haja prévia decisão da CE ou do STF); revisão de
súmula ou de matéria constitucional; questão relevante divergente entre as seções ou entre uma dessas
e a CE; convier pronunciamento da CE em questão relevante para prevenir divergências.
Conselho de Administração:
 Composição: Presidente do TRF, Vice-Presidente, Corregedor Regional, 3 desembargadores mais
antigos e 3 desembargadores (em rodízio) eleitos dentre os integrantes da CE. O mandato
destes últimos será de 2 anos; os demais, são membros permanentes. As substituições, nos
casos de ausência ou impedimento, serão por ordem de antiguidade. Coordenador dos JEF e
Diretor da ESMAF participarão, apenas com direito a voz, nos julgamentos que os interessem.
Os presidentes da AJUFE e da AJUFER também terão apenas direito a assento e voz nos
julgamentos que interessem à magistratura federal.
 Presidência: Presidente do TRF-1.

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 Reuniões: ordinárias (1ª e 3ª semanas de cada mês). Extraordinárias: quando o Presidente


convocar.
 Principais atribuições (ver art. 74): estabelecimento de normas, orientação e controle
administrativo-financeiro do TRF; deliberar sobre a política administrativa do TRF e sobre a
organização dos serviços administrativos da JF de 1º grau (ex: horário de funcionamento e
normas para distribuição de feitos); aprovar e alterar propostas de criação e extinção de cargos
e fixação de vencimentos; analisar e aprovar critérios para promoção de servidores; impor
penas de demissão, cassação de aposentadoria e disponibilidade aos servidores do TRF e da JF
de 1º grau; atuar como instância recursal de decisões administrativas.
 Quorum de Instalação: maioria de dois terços.
 Quorum de Votação: maioria simples, prevalecendo o voto do presidente no caso de empate.

 Recursos: decisão unânime (não cabe recurso); decisão não unânime (cabe recurso do
interessado à CE Administrativa).
Comissões Permanentes e Temporárias:

 Comissões Permanentes: i) comissão de regimento; ii) comissão de jurisprudência; iii) comissão


de promoção; iv) comissão de acervo jurídico.
 Composição: comissão de promoção (Corregedor Regional + presidentes das turmas). Demais
comissões (3 membros efetivos + 1 suplente, podendo funcionar, excepcionalmente, com a
presença de 2 desembargadores).

 Comissões Temporárias: poderão ser criadas pelo Plenário ou pelo Presidente do TRF com
qualquer número de membros.
 Presidência das Comissões: desembargador mais antigo, salvo a comissão de promoção, cuja
presidência será do Corregedor Regional.
 Comissão de Regimento (atribuições): zelar pela atualização do regimento; opinar em
procedimento administrativo, quando consultada pelo Presidente do TRF.

 Comissão de Jurisprudência (principais atribuições): zelar pela expansão, atualização e


publicação da súmula de jurisprudência; supervisionar os serviços de sistematização da
jurisprudência do TRF.

 Comissão de Acervo Jurídico (principais atribuições): propor a aquisição de material bibliográfico


jurídico; zelar pela atualização do acervo jurídico da biblioteca do TRF; analisar propostas de
descarte de material bibliográfico.

2) Escolha dos membros do TRF-1:


Presidente, Vice-Presidente e Corregedor Regional:
 Eleitos dentre os membros mais antigos;
 Mandato de 2 anos, vedada reeleição;

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 Voto secreto do Plenário, presentes ao menos 2/3 dos membros efetivos do TRF-1

 Ordem da eleição: Presidente, depois Vice-Presidente, depois Corregedor Regional


 Vencedor: o que obtiver maioria absoluta. Se ninguém conseguir, faz-se nova eleição com os
mais votados. Se ninguém obtiver maioria absoluta, será eleito o mais votado.
 Impedimento: não pode ser eleito que exerceu qualquer desses cargos no período de 4 anos,
até que se esgotem todos os nomes na ordem de antiguidade, salvo para aquele eleito para
completar mandado por menos de 1 ano.
OBS: se vagar a presidência, assumirá o Vice, o qual convocará o Plenário para nova eleição em 30 dias
para que o eleito complete o mandato. Pode ser eleito o Vice ou o Corregedor Regional e, nesse caso,
eleger-se-á seu substituto. Vagando o cargo de Vice ou de Corregedor, também haverá eleição em 30
dias para escolha do substituto para completar o mandato.
Indicação, Nomeação, Posse e Antiguidade dos Desembargadores Federais:

 Indicação: pelo TRF, dentre Juízes Federais com mais de 30 anos de idade e 5 de exercício, que
tenham manifestado interesse, atendendo edital com prazo de 15 dias, por antiguidade e por
merecimento (alternadamente). A indicação de advogados e membros do MPF é feita na forma
dos arts. 94 e 107, I, ambos da CR/88.
 Lista Tríplice: será formada pelo TRF no caso de indicação de desembargador por merecimento
ou de advogado/membro do MPF. Será incluído na lista o candidato que obtiver maioria
absoluta de votos dos membros efetivos do TRF aptos a votar, em sessão especialmente
convocada, presentes a maioria de dois terços. A votação será nominal, aberta e
fundamentada, até que se obtenha a maioria absoluta dos votos. Cada desembargador votará
em três nomes, figurando na lista, em ordem decrescente, os três mais votados. Havendo mais
de uma vaga, pode ser feita uma única lista tríplice ou uma lista tríplice para cada vaga. No caso
de empate, o desempate será feito de acordo com ato normativo do TRF se a vaga for
preenchida por Juiz Federal; nos demais casos, prevalecerá o candidato mais idoso.
 Nomeação: pelo PR, conforme art. 107, da CR/88.

 Posse: prazo de 30 dias da nomeação, em sessão plenária solene do TRF ou no gabinete do


Presidente do TRF (no período de recesso). Antes da posse, deve-se provar: a nacionalidade
brasileira e a idade (mínimo de 30 e máximo de 65 anos, salvo no caso de juiz de carreira).
 Ordem de Antiguidade: i) posse; ii) investidura na magistratura federal; iii) inscrição na OAB; iv)
posse no MPF; v) idade.

3) Atribuição e Competência dos Membros do TRF-1:


Presidente: Principais atribuições (ver art. 21)

 Convocar sessões extraordinárias do Plenário, da CE e do Conselho de Administração;


 Presidir as sessões do Plenário, da CE e do Conselho de Administração;

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 Baixar resoluções e instruções normativas;

 Proferir voto de desempate no Plenário e na CE, quando não participar da votação;


 Relatar o agravo interposto contra suas decisões e proferir seu voto;

 Convocar Juiz Federal para substituição e auxílio, com mais de 30 anos de idade e 5 de exercício,
desde que não seja o único na vara, após aprovação da CE Administrativa ou, havendo urgência,
“ad referendum” desta.

 Decidir: antes da distribuição, os pedidos de assistência judiciária; os pedidos de suspensão de


medida cautelar, tutela antecipada ou sentença; os pedidos de livramento condicional, indulto,
graça e anistia; as petições de RE ou REsp; a expedição de ordem de pagamento de precatórios
e o pedido de sequestro (art. 731, do CPC); processos disciplinares, remetendo à CE
Administrativa os que importem em penas de demissão, cassação de aposentadoria ou
disponibilidade dos servidores do TRF e da JF de 1º grau;
 Propor à CE Administrativa a instauração de PAD contra membro do TRF.
Vice-Presidente: principais atribuições (vide art. 22)
 Substituir o presidente;
 Decidir, por delegação, sobre admissibilidade de RE ou REsp;
 Compor, como membro nato, a presidência da comissão do concurso para cargo de Juiz Federal
Substituto;
 Integrar a CE também nas funções de relator e revisor.
Corregedor Regional: principais atribuições (ver art. 23)
 Exercer atividade de correição na JF de 1º grau;
 Proceder a sindicâncias e correições (gerais ou parciais);

 Examinar e relatar pedidos de correição parcial e de justificação de conduta de Juízes Federais;


 Proceder a sindicâncias por faltas praticadas por Juiz Federal e propor à CE Administrativa a
instauração de PAD;
 Determinar a sindicância de vida pregressa e a providenciar o exame psicotécnico de candidatos
ao cargo de Juiz Federal Substituto;

 Autorizar o afastamento de Juiz Federal por prazo inferior a 30 dias;


 Integrar a CE também como relator e revisor;

 Baixar provimentos “ad referendum” do Conselho de Administração em caso de urgência.


Presidentes das Seções: principais atribuições (ver art. 27)
 Presidir as sessões, nas quais terá voto de desempate;
 Relatar, com voto, os agravos regimentais contra suas decisões, prevalecendo a decisão
agravada no caso de empate;
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 Determinar o levantamento de depósito nas ações rescisórias;

 Presidir a execução de título judicial em processo de competência originária da Seção;


Presidentes das Turmas: principais atribuições (ver art. 28)

 Presidir as sessões;
 Prestar informações em HC quando o feito já tiver sido julgado1;
OBS: são vedados atos regulamentares das turmas que impliquem em mudança nos padrões
organizacionais da Secretaria Judiciária do Tribunal.
Relator: principais atribuições (ver art. 29)

 Delegar atribuições a juízes federais de instância inferior;

 Submeter questão de ordem ao Plenário, CE, Seção, Turma ou ao respectivo presidente;


 Submeter medida cautelar à Seção ou Turma para proteger direito suscetível a grave dano de
incerta reparação ou para garantir a eficácia da ulterior decisão;
 Homologar desistências;
 Determinar o arquivamento de IP ou submeter tal pedido ao órgão competente;
 Decretar a extinção da punibilidade;
 Decidir impugnação ao valor da causa;

 Confirmar a sentença em reexame necessário, quando proferida de acordo com súmula de


Tribunal Superior ou do TRF-1, ou jurisprudência uniforme deste;

 Antecipar os efeitos da tutela em ações de competência originária;


 Dispensar o revisor em Execução Fiscal quando a matéria for predominantemente de direito ou
a sentença recorrida estiver apoiada em precedentes do TRF-1, STJ ou STF;
 Julgar de plano os Conflitos de Competência quando houver jurisprudência dominante do TRF-1
ou decisão da CE;
 Dar efeito suspensivo a recurso ou suspender o cumprimento de decisão nos casos de prisão
civil, adjudicação, remição de bens, levantamento de dinheiro sem caução e casos que possam
causar lesão grave e de difícil reparação, sendo relevante a fundamentação;

 Deferir antecipação de tutela recursal;


 Negar seguimento a recurso manifestamente inadmissível, improcedente, prejudicado ou em
confronto com súmula ou jurisprudência dominante do TRF-1, STF ou Tribunal Superior;

 Dar provimento a recurso quando a decisão recorrida estiver em manifesto confronto com
súmula ou jurisprudência dominante do STF ou Tribunal Superior;

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Estranha essa redação, mas é assim que está no RITRF. Parece que o correto deveria ser “quando o feito ainda não tiver sido
julgado”, como é dito nas competências do relator, logo abaixo.

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 Converter o agravo de instrumento em retido (nos termos do CPC);

 Prestar informações em HC quando o feito ainda não tiver sido julgado;


OBS: o relator que for empossado como Presidente, Vice ou Corregedor Regional continuará revisor nos
processos já incluídos em pauta.
Revisor: principais atribuições (ver arts. 30/32)
 Sugerir medidas ordinatórias ao relator;

 Confirmar, completar ou retificar o relatório;


 Determinar a inclusão do feito em pauta para julgamento
OBS: estão sujeitas à revisão: ação rescisória, ação penal originária, embargos infringentes, apelação
criminal e revisão criminal. Não estão sujeitas à revisão: causas de procedimento sumário, execução
fiscal; ação de despejo; apelações cíveis; indeferimento liminar de petição inicial e ação de
desapropriação para reforma agrária. O relator poderá dispensar o revisor nas ações rescisórias e nos
embargos infringentes. Será revisor o desembargador federal seguinte ao relator na ordem de
antiguidade no órgão julgador.

4) Sessões de Julgamento:
Disposições gerais:
 O presidente do órgão tem assento na parte central da mesa, ficando a sua direita o procurador
regional. Os demais componentes do órgão sentarão nos lugares laterais, pela ordem de
antiguidade, alternadamente, iniciando pela direita do presidente. Havendo juiz convocado,
sentará na posição de desembargador menos antigo; havendo dois ou mais juízes convocados,
sentarão conforme suas antiguidades na JF (ordem decrescente).
 Se o Presidente do TRF participar do julgamento a que esteja vinculado, assumirá a presidência
do órgão julgador;
 As sessões ordinárias iniciarão às 09h00 ou às 14h00, com duração de 04h00 e intervalos,
sempre que possível, de 0h15, podendo ser prorrogadas. As sessões extraordinárias começarão
no horário designado e encerrarão quando cumprido o fim a que se destinam.
 As sessões são públicas, salvo nos casos previstos no RITRF e quando o órgão julgador resolver
que sejam reservadas por motivo relevante.

 Os advogados ocuparão a tribuna, sempre com beca, para sustentação oral ou para responder
às perguntas feitas pelos desembargadores. Os processos com advogado para sustentação oral
poderão ter preferência se estes assim pedirem com antecedência ao secretário do órgão,
preferindo, dentre eles, os causídicos com residência em local diverso da sede do TRF.
 Na sustentação oral será dada a palavra para o autor/recorrente/impetrante e, depois, para o
réu/recorrido/impetrado, pelo prazo de 0h15 ou, no caso de ação penal originária, por 01h00,
para cada um. O MPF terá prazo igual ao das partes, tendo a palavra antes do réu quando for

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apelante, e depois do impetrante, no caso de HC. Quando fiscal da lei, o MPF falará após a
defesa. Em ação penal privada, o MPF falará após o querelante. O assistente de acusação falará
após o MPF, a menos que o recurso seja dele. No caso de oposição (espécie de intervenção de
terceiro), o opoente terá prazo próprio igual ao das partes.

 Havendo litisconsortes com diversos procuradores, o prazo da sustentação oral será contado em
dobro e dividido igualmente entre eles, salvo convenção em contrário (processos cíveis e
criminais). Em processo criminal, havendo recursos de corréus em posições antagônicas, cada
grupo terá prazo completo para falar.
 Não haverá sustentação oral: remessa necessária, agravo, embargos declaratórios, arguição de
suspeição ou no prosseguimento de qualquer julgamento quando do voto-vista.

 Ordem do procedimento nas sessões: i) verificação do número de desembargadores; ii) leitura,


discussão e aprovação da ata da sessão anterior; iii) indicações e propostas; iv) julgamento dos
processos em pauta, tendo preferência: processos com réu preso, incidentes de uniformização
de jurisprudência e de declaração de inconstitucionalidade, e MS; v) julgamento dos processos
em mesa. Estes últimos devem ser informados ao Presidente do órgão com 24h de
antecedência, exceto HC.

 Os processos conexos podem ser objeto de um só julgamento, assim como os processos que
versarem sobre a mesma questão jurídica.

 Cada desembargador poderá falar duas vezes, depois mais uma vez para explicar a modificação
de seu voto (se for o caso), sempre com autorização prévia do presidente, não podendo
interferir na fala de outro, nem fazer apartes.
 Qualquer desembargador poderá pedir vista dos autos, pelo prazo de 10 dias, antes de proferir
seu voto, sendo que o feito será julgado na sessão ordinária subsequente à devolução
dispensada nova publicação em pauta. O pedido de vista deve ser pedido no momento do voto
do desembargador, não podendo pedi-lo antecipadamente, e não impede que os demais
desembargadores votem. Se os autos não forem devolvidos no prazo, nem houver pedido de
prorrogação do prazo, o presidente requisitá-los-á e reabrirá o julgamento na sessão ordinária
seguinte, com publicação em pauta.
 Não participará do julgamento desembargador que não tenha assistido ao relatório ou às
discussões, salvo se der-se por esclarecido.

 Concluído o debate, o Presidente do órgão colherá os votos do relator, do revisor e demais


desembargadores (se for o caso) que lhes seguirem na ordem decrescente de antiguidade,
proclamando a decisão. Se o relator for vencido, o revisor (ou o 1º desembargador que tiver
proferido o voto vencedor) redigirá o acórdão.
 As questões preliminares serão julgadas antes do mérito. No caso de nulidade suprível,
converter-se-á o julgamento em diligência e o relator poderá remeter os autos à instância
inferior para os fins de direito.
Sessões solenes do Plenário:

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 Principais casos (ver art. 55): dar posse a desembargador federal, aos titulares da direção do
Plenário ou a juiz federal substituto; prestar homenagem a desembargador.
Sessões do Plenário e da CE:
 Quorum de instalação: maioria absoluta de seus membros (regra). Exceção: para julgamento de
matéria constitucional, ação penal originária, uniformização de jurisprudência, sumulação de
jurisprudência uniforme, alteração ou cancelamento de enunciado de súmula, perda do cargo
de magistrado, eleição dos titulares de sua direção e elaboração de listas tríplices, o quorum é
de dois terços de seus membros efetivos aptos a votar, não considerados os cargos vagos, os
casos de suspeição e impedimento nem os cargos cujos titulares estejam afastados por tempo
indeterminado.

 Quorum de votação: maioria simples (regra). Exceção: maioria qualificada (quando o RITRF o
exigir).

 A sessão será presidida pelo Presidente do TRF. Na sua ausência, assume, sucessivamente, o
Vice-Presidente, o Corregedor Regional ou o desembargador mais antigo no tribunal.

 O Presidente do TRF proferirá voto apenas em matéria constitucional, administrativa e nos


agravos contra suas decisões. Nos demais casos, proferirá apenas voto de desempate. No caso
de ação penal, se com o voto do Presidente persistir o empate, prevalecerá o voto mais
favorável ao réu. No caso de HC e recursos criminais prevalece sempre a decisão mais favorável
ao réu no caso de empate. Nas demais decisões em que tenha participado prevalecerá o voto do
Presidente no caso de empate.

 Prioridade de julgamento na CE: HC, ações criminais (primeiro as de réu preso); HD, MS, MI, CC,
incidente de uniformização de jurisprudência e de inconstitucionalidade.
Sessões das Seções:
 Quorum de Instalação: maioria absoluta (regra). Exceção: maioria de dois terços para:
uniformização de jurisprudência; e edição, alteração ou cancelamento de súmula.
 Quorum de votação: maioria simples (regra). Exceção: maioria absoluta (quando o RITRF o
exigir).
 Presidência: desembargador mais antigo na seção (rodízio a cada 2 anos). Na sua ausência, o
desembargador mais antigo que lhe seguir no órgão.

 O presidente participa da distribuição e profere votos quando relator, revisor ou vogal. Havendo
empate, proferirá o voto de desempate. Nos agravos contra decisões do presidente, havendo
empate, prevalece a decisão agravada.

 Prioridade de julgamento: ações penais (primeiro as com réu preso), MS e CC.


Sessões das Turmas:
 Quorum de instalação: três desembargadores. Podem ser convocados juízes federais, desde que
a turma seja presidida por um desembargador federal.

 Quorum de votação: voto de três desembargadores.


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 Presidente: participa dos julgamentos como relator, revisor ou vogal.

 Prioridade: HC; ações criminais (primeiro as com réu preso).

5) Processos Originários:
Habeas Corpus:
 Competência: turmas especializadas em matéria Penal.

 Providências do Relator: requisitar informações da autoridade impetrada no prazo que fixar (ou
48h se não houver fixação de prazo); nomear advogado (se o impetrante não for bacharel em
Direito); ordenar diligências; ouvir o paciente; expedir salvo-conduto (no HC preventivo, até a
decisão do feito, se houver grave risco de se consumar a violência). Quando o pedido for
manifestamente incabível, constituir reiteração de outro HC com os mesmos fundamentos ou
for manifesta a incompetência do órgão, o Relator poderá indeferir de plano o HC ou remetê-lo
ao juízo competente, cabendo agravo regimental da decisão.
 Procedimento: ultimadas as providências do Relator, ouve-se o MPF em 2 dias e o Relator
colocará o feito em mesa na primeira sessão para julgamento com prioridade. Concedido o HC,
a autoridade coatora será imediatamente comunicada (havendo má-fé, a autoridade será
condenada nas custas e cópias dos autos serão remetidas ao MPF para propositura de ação
penal). Na hipótese de anulação do processo, o juiz aguardará a cópia do acórdão para renovar
os atos processuais.
 Providências de ofício da Turma: determinar a apresentação do paciente na sessão de
julgamento; conceder HC em qualquer processo, verificando a que alguém sofre ou está na
iminência de sofrer coação ilegal.
 Perda do Objeto: se, pendente o HC, cessar a violência ou a coação, o Relator pode julgar
prejudicado o pedido ou apresentá-lo à Turma para declaração de ilegalidade do ato e tomada
de providências para a punição do responsável.
Mandado de Segurança:

 Competência: CE ou Seções (conforme arts. 10 e 12 do RITRF).


 Petição Inicial: além dos requisitos legais típicos, deve vir acompanhada de tantas vias quanto
seja o número de autoridades impetradas e/ou de litisconsortes passivos, todas acompanhadas
de cópias dos documentos, autenticadas pelo impetrante e conferidas pela Secretaria do
Tribunal.
 Providências do Relator: i) determinará a notificação da autoridade impetrada para prestar
informações em 10 dias (remetendo uma via da petição com cópia dos documentos); ii)
determinará que se dê ciência ao órgão de representação da pessoa jurídica interessada (com
cópia da petição sem documentos). Poderá o Relator, liminarmente, suspender o ato
impugnado, sendo relevante o fundamento e puder resultar ineficácia da medida, caso seja a
final deferida. Poderá, também, determinar a apresentação de documentos que estejam em

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Estudo Sistematizado de Informativos

poder de autoridade pública, inclusive a impetrada (nesse caso, a determinação constará da


notificação para prestar informações). Poderá, ainda, indeferir de plano o pedido quando: i)
evidente incompetência do Tribunal; ii) manifestamente incabível a segurança; iii) petição não
atender aos requisitos legais; iv) vencimento do prazo de 120 dias para a impetração. Caberá
agravo regimental desta decisão.
 Citação: havendo litisconsorte passivo, a citação será por oficial de justiça ou ofício (via postal,
com A.R.), para serem posteriormente juntados aos autos. O prazo para manifestação do
litisconsorte é de 10 dias.
 Ministério Público: deve oferecer parecer no prazo de 10 dias.

 Julgamento: com ou sem parecer do MPF, o Relator colocará o processo em pauta ou, quando a
matéria for objeto de jurisprudência consolidada do TRF, julgará o pedido. O MS tem prioridade
de julgamento, salvo em relação ao HC. Não são cabíveis embargos infringentes, nem
condenação em honorários no julgamento do MS.
Habeas Data e Mandado de Injunção:
 Competência e Julgamento: CE ou Seções, aplicando-se as normas do MS. Terão prioridade
sobre os demais processos, exceto HC e MS.
Ação Rescisória:

 Petição Inicial: escrita e acompanhada de tantas cópias quanto forem os réus.


 Providências do Relator: mandará citar o(s) réu(s), assinando prazo entre 15 e 30 dias para
resposta. Poderá indeferir de plano a petição quando: i) não atendidos os requisitos legais; ii)
não efetuado o depósito exigido por lei; iii) vencimento do prazo decadencial. Da decisão caberá
agravo regimental.
 Saneamento: contestada a ação, o relator saneará o processo, deliberando sobre as provas,
podendo delegar competência a juiz de 1º grau do local onde deva ser produzida a prova,
fixando prazo para devolução dos autos ou da carta de ordem.
 Procedimentos finais: concluída a instrução, abre-se vista sucessiva às partes para razões finais
em 10 dias, após, vista ao MPF por igual prazo. O relator lançará o relatório e remeterá os autos
ao revisor (se for o caso), o qual determinará a inclusão do feito em pauta. A Secretaria
distribuirá cópias dos relatórios aos desembargadores componentes do órgão, sendo que do
julgamento não participará desembargador que funcionou como relator do acórdão
rescindendo.
Conflito de Competência:

 Ocorrências: i) conflito de competência ou de jurisdição (entre órgãos judicantes do Tribunal); ii)


conflito de atribuições (entre autoridade judiciária e administrativa).

 Providências do Relator: no caso de CC negativo, designará desembargador ou juiz para resolver,


provisoriamente, medidas urgentes. Poderá decidir de plano o CC se houver jurisprudência

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dominante do TRF ou decisão da CE sobre a questão suscitada, cabendo agravo regimental. No


mais, ordenará as medidas processuais cabíveis.
 Processamento: tomado parecer do MPF em 05 dias, o Relator apresentará o feito em mesa na
primeira sessão seguinte. Da decisão, imediatamente e antes da lavratura do acórdão, será dada
ciência aos magistrados envolvidos (por telegrama ou outro meio mais expedito). A decisão da
CE em CC, na mesma matéria, é vinculativa para ela e para os demais órgãos do TRF.
Ação Penal Originária:

 Propositura: distribuído o IP, o Relator o encaminhará ao MPF que oferecerá a denúncia (5 dias,
indiciado preso, ou 15 dias, indiciado solto), ou poderá requerer o arquivamento ou diligências
complementares.
 Providências do Relator: poderá determinar diligências complementares, a pedido do MPF,
interrompendo-se o prazo para oferecimento da denúncia apenas se o indiciado estiver solto.
Poderá determinar o relaxamento da prisão se as diligências complementares forem
imprescindíveis para o oferecimento da denúncia. Se a ação penal não for pública, determinará
que se aguarde a iniciativa do ofendido ou seu representante legal.
 Competências do Relator: será o juiz da instrução e terá as mesmas atribuições conferidas por
lei ao juiz singular. Compete-lhe, ainda: i) determinar o arquivamento do IP, a pedido do MPF,
ou submeter a apreciação à CE ou à Seção; ii) decretar a extinção da punibilidade; iii) conceder,
arbitrar ou denegar fiança; iv) decretar prisão temporária ou preventiva; v) conceder liberdade
provisória. Caberá agravo regimental para a CE ou Seção, sem efeito suspensivo, das decisões
do relator que: i) conceder, arbitrar ou denegar fiança; ii) decretar prisão temporária ou
preventiva; iii) recusar produção de prova ou diligência; iv) determinar busca e apreensão ou
quebra de sigilos.
 Procedimento inicial: oferecida a denúncia, o Relator mandará notificar o acusado para oferecer
resposta no prazo de 15 dias2, com cópia da peça acusatória, do despacho do Relator e dos
documentos. Desconhecido o paradeiro do acusado ou frustrada a diligência, será notificado
por edital para comparecer ao TRF em 05 dias, onde terá vista dos autos por 15 dias para
oferecer sua resposta. Não apresenta resposta, o Relator encaminhará os autos à Defensoria
Pública e, se esta não apresentar resposta, o Relator nomeará defensor. Apresentada, em
qualquer caso, resposta com novos documentos, a acusação terá vista por 05 dias para se
manifestar. Após, o Relator lançará relatório e determinará a inclusão do feito em pauta para
que a CE ou a Seção delibere sobre o recebimento ou rejeição da denúncia, ou sobre a
improcedência da acusação. Serão distribuídas cópias dos relatórios aos demais
desembargadores com antecedência mínima de 05 dias. É facultada sustentação oral por 15
minutos (acusação, depois defesa). Após, presentes a maioria absoluta, o órgão deliberará por
maioria simples. Da decisão não será lavrado acórdão, salvo no caso de rejeição da
denúncia/queixa ou improcedência da acusação.

2
Trata-se de “resposta preliminar”, ou seja, aquela que ocorre antes do recebimento da denúncia. Não se confunde com a
“resposta à acusação” prevista no rito comum ordinário (art. 396-A, do CPP).

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 Procedimento: recebida a denúncia, o Relator designará dia e hora para interrogatório,


mandando citar o acusado e intimar o MPF, o assistente ou o querelante. Se o acusado, citado
por edital, não comparecer, nem constituir advogado, ficarão suspensos o processo e o curso da
prescrição (art. 366, CPP). Após o interrogatório, defesa prévia em 05 dias. Em seguida, será
realizada audiência para oitiva das testemunhas (acusação, depois defesa), no máximo 08 para
cada parte3. No mais, a instrução observará o rito comum do CPP. O Relator poderá delegar o
interrogatório ou ato de instrução a juiz ou membro de tribunal do local de cumprimento da
carta de ordem ou precatória. As intimações poderão ser feitas por carta com A.R., por expressa
determinação do Relator. Após a inquirição das testemunhas, as partes poderão requerer
diligências em 05 dias. Realizadas estas, abre-se vista às partes (acusação, corréus e assistente)
pelo prazo comum4 de 15 dias para alegações finais. Se for ação penal privada, o MPF terá vista
por igual prazo após as partes. Em seguida, o Relator, de ofício, poderá determinar a produção
de prova indispensável, concedendo, depois, vista às partes por 05 dias para se manifestarem
sobre elas.
 Preparação para Julgamento: o Relator lançará relatório em 30 dias, encaminhando os autos ao
Revisor que, em 30 dias, determinará a inclusão do feito em pauta. As partes serão intimadas
pessoalmente da data, sendo distribuídas cópias do relatório aos desembargadores.
 Sessão de Julgamento: quórum de instalação de dois terços e de votação de maioria absoluta
dos presentes. Apregoadas as partes, será dada a palavra à acusação, depois à defesa, pelo
prazo de 1 hora (para cada), prorrogável por 15 minutos. O assistente de acusação terá a
palavra por 15 minutos. Na ação penal privada, o MPF terá a palavra por 30 minutos após as
partes, sendo que a ação será considerada perempta se o querelante deixar de comparecer a
qualquer ato a que deva estar presente ou deixar de requerer a condenação do réu em suas
alegações finais.
Revisão Criminal:
 Competência: CE (revisão de seus julgados) ou Seções (revisões de seus julgados, das turmas ou
de julgados de 1º grau).
 Legitimidade Ativa: condenado, seu procurador habilitado ou, se falecido, o cônjuge,
ascendente, descendente ou irmão do condenado.
 Petição Inicial: pode ser oferecida a qualquer tempo, extinta ou não a pena, instruída com o
inteiro teor autenticado da decisão condenatória e da respectiva certidão do trânsito em
julgado, bem como com os documentos comprobatórios dos fatos alegados, indicadas as provas
que deverão ser produzidas. Será dirigida ao Presidente do TRF que a distribuirá a um relator
que será um desembargador que não tenha proferido decisão em nenhuma fase do processo.

3
Note que, até aqui, ainda se mantém rito semelhante ao que era previsto no CPP antes da reforma de 2008, com previsão de
interrogatório, depois defesa prévia (e não resposta à acusação) e audiência das testemunhas.
4
Observe que o prazo é comum! Não se trata de prazo sucessivo!

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 Providências do Relator: poderá determinar o apensamento dos autos originais ou, se isto for
inconveniente ao interesse da Justiça, indeferirá a petição inicial se esta não estiver
suficientemente instruída, cabendo desta decisão agravo regimental.
 Procedimento: instruído o feito, serão ouvidos o requerente e o MPF, no prazo de 05 dias. Após,
o relator lançará o relatório em 30 dias e encaminhará os autos ao revisor que, no mesmo
prazo, determinará a inclusão do feito em pauta.

 Julgamento: julgada procedente a revisão criminal, o TRF poderá: i) absolver o acusado; ii)
alterar a classificação da infração; iii) modificar a pena; iv) anular o processo. Em todo caso, a
decisão não poderá agravar a pena imposta. Havendo empate, o Presidente proferirá voto de
desempate (se não tiver participado da votação). Caso contrário, prevalecerá a decisão mais
favorável ao revisionando. Se o interessado o requerer, o órgão poderá, ainda, conceder justa
indenização pelos prejuízos sofridos.

 Curador: falecendo o revisionando, o Presidente da CE ou da Seção nomeará curador para a


defesa.

6) Recursos em Matéria Cível:


Apelação Cível:

 Distribuída a apelação, se não for o caso de negar seguimento ou negar provimento, na forma
do art. 557, “caput” e § 1º-A, CPC), o Relator dará vista ao MPF por 30 dias (se for o caso) e,
após, incluirá os autos em pauta. Se houver agravo de instrumento, proceder-se-á na forma do
art. 280, do RITRF.
Apelação em MS, HD e MI:
 Distribuída a apelação, os autos serão conclusos ao Relator em 48 horas que, se não for o caso
de negar seguimento ou negar provimento (art. 557, § 1º-A, CPC), dará vista ao MPF pelo prazo
de 20 dias. Após, o Relator incluirá os autos em pauta para julgamento em 30 dias.
 No mais, a apelação no MS segue, no que couber, as normas da apelação cível. A apelação em
HD ou MI segue as normas da apelação em MS.
Remessa “Ex Officio”:
 Trata-se da remessa em razão do duplo grau de jurisdição que conterá a indicação do Juízo
remetente e das partes interessadas.
 Quando houver simultaneamente apelação voluntária e remessa “ex officio”, o feito será
autuado como apelação cível ou apelação em MS, mas deverá conter indicação do Juízo
remetente.
 Após a distribuição, será dada vista ao MPF por 20 dias (se for o caso) e, em seguida, o relator os
incluirá em pauta para julgamento em 30 dias.
 Se os autos subirem em razão de pedido de avocação, será feita a autuação e distribuição como
remessa “ex officio”, apensando-se o expediente que a motivou.

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Agravo de Instrumento do 1º Grau para o Tribunal:

 Quando o agravado for o MPF, será intimado o Procurador da República que atuar no 1º Grau
para apresentar contraminuta;
 Após a distribuição, o Relator, se não negar seguimento ou dar provimento ao recurso
liminarmente: i) converterá o AI em AgR, salvo quando se tratar de decisão suscetível de causar
à parte lesão grave e de difícil reparação, bem como nos casos de inadmissão da apelação ou
relativamente aos efeitos em que ela é recebida; ii) poderá atribuir efeito suspensivo ou deferir
antecipação de tutela da pretensão recursal; iii) poderá requisitar informações ao juiz da causa
com prazo de 10 dias; iv) mandará intimar o agravado, por seu advogado, para responder em 10
dias; v) dará vista ao MPF por 10 dias (se for o caso). As decisões liminares dos incisos I e II só
são passíveis de reforma por ocasião do julgamento, salvo se o Relator as reconsiderar, não
sendo cabível agravo regimental. A intimação do advogado será feita, em regra, por publicação
no órgão oficial.
 Após, os autos serão conclusos ao Relator que, em até 30 dias, os examinará e os incluirá em
pauta.
 O Agravo Retido será julgado preliminarmente ao julgamento da respectiva apelação, apenas se
o agravante assim o requerer.

 A Apelação não será incluída em pauta antes do Agravo de Instrumento interposto no mesmo
processo, mas terá precedência o Agravo se ambos os recursos forem julgados na mesma
sessão.

 Julgado o Agravo, será remetido ao Juízo de origem para arquivamento.

7) Recursos em Matéria Penal:


Recurso em Sentido Estrito:
 Serão autuados e distribuídos como Recurso Criminal e irão, imediatamente, ao MPF pelo prazo
de 05 dias. Após, seguem para o Relator que, em 05 dias, determinará a inclusão do feito em
pauta para julgamento.
 O Agravo na Execução Penal (art. 297, da LEP) seguirá o mesmo rito do RESE.
Recurso em HC:
 Devem ser interpostos nos próprios autos contra a decisão que conceder ou denegar HC ou no
caso de recurso de ofício. Serão autuados e distribuídos como Recurso em “Habeas Corpus”.
 O recurso será apresentado no TRF em 05 dias da publicação da resposta do juiz “a quo” ou
entregue em agência dos Correios no mesmo prazo.
 Procedimento: observa-se, no que couber, o rito do HC originário do TRF, sendo que, após
parecer do MPF, o recurso será julgado na primeira sessão.

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Apelação Criminal:

 Em Contravenção ou Crime punido com Detenção: após a distribuição, vista ao MPF por 05 dias
e, em seguida, conclusão ao relator que, em 05 dias, determinará a inclusão do feito em pauta
para julgamento.
 Crimes punidos com Reclusão: após a distribuição, vista ao MPF por 10 dias e, em seguida,
conclusão ao relator que, em 10 dias, lançará o relatório e remeterá os autos ao revisor, o qual,
em 10 dias, determinará a inclusão do feito em pauta para julgamento.

 Sessão de Julgamento: havendo empate e tendo o presidente participado da votação,


prevalecerá o voto mais favorável ao acusado. Em qualquer caso, não havendo recurso da
acusação, a pena não poderá ser agravada.
Carta Testemunhável:

 Na distribuição, processo e julgamento, observa-se o rito do recurso denegado. A CE, Seção ou


Turma mandará processar o recurso ou decidirá o mérito desde logo, se suficientemente
instruído, sendo que a Carta Testemunhável não tem efeito suspensivo.

8) Recursos em Matéria Trabalhista:


Recurso Ordinário, Agravo de Petição e Agravo de Instrumento:

 Os recursos em matéria trabalhista serão autuados e distribuídos como Recurso Ordinário,


Agravo de Petição ou Agravo de Instrumento, sob numeração comum.
 Procedimento: após a distribuição, vista ao MPF para emitir parecer em 20 dias e, em seguida,
conclusão ao relator que determinará a inclusão do feito em pauta para julgamento.

9) Recursos:
Recursos Admissíveis e Competência para Julgamento:
 Para a CE são cabíveis: a) Agravo Regimental (das decisões do Presidente do TRF ou de Relator
dos processos da CE); b) Embargos de Declaração; c) Embargos Infringentes (nas ações
rescisórias de julgados da CE);

 Para as Seções são cabíveis: a) Agravo Regimental (de decisão do Presidente da Seção ou de
Relator dos processos das Seções); b) Embargos de Declaração; c) Embargos Infringentes ou
Embargos de Divergência (das decisões das Turmas da respectiva Seção); d) Embargos
Infringentes (nas ações rescisórias de julgados das Seções).

 Para as Turmas são cabíveis: a) Agravo Regimental (de decisões do Presidente da Turma ou de
Relatores de processos da Turma); b) Embargos de Declaração.

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 Para o STJ são cabíveis: a) Recurso Especial (conforme CF/88 e RISTJ); b) Recurso Ordinário (em
decisões denegatórias de HC, conforme CF/88 e RISTJ); c) Recurso Ordinário (em decisões
denegatórias de MS em única instância); d) Agravo de Instrumento (de decisão que não admita
REsp).
 Para o STF são cabíveis: a) Recurso Extraordinário (conforme CF/88 e RISTF); b) Agravo de
Instrumento (de decisão que não admita RE).
Recursos das Decisões do Tribunal:

 Agravo Regimental: é cabível, em 05 dias, de decisão do Presidente do TRF, da Seção, da Turma


ou de Relator, para que a CE, Seção ou Turma o aprecie, confirmando ou reformando a decisão.
Não é cabível da decisão que converte AI em AgR ou da que concede efeito suspensivo ao AI
ou mesmo da que antecipa a pretensão recursal em AI, bem como da que deferir ou indeferir
liminar em MS, da que inadmitir RE ou REsp ou, ainda, da que indeferir o pedido de suspensão
da execução da liminar ou sentença em MS. O relator não poderá negar seguimento ao Agravo
Regimental, ainda que intempestivo. O recurso não tem efeito suspensivo e será submetido ao
prolator da decisão que poderá reconsiderá-la ou submetê-la ao julgamento, computando-se
também o seu voto. Mantida a decisão agravada, o relator lavrará o acórdão; caso contrário,
assim o fará o desembargador que, primeiramente, tiver votado pelo provimento do recurso.
 Agravo de Instrumento: cabível das decisões que inadmitirem RE ou REsp, no prazo de 10 dias,
cuja petição conterá a exposição de fato e de direito, assim como as razões do pedido, e virá
acompanhada, obrigatoriamente, das seguintes cópias: a) acórdão recorrido; b) certidão da
respectiva intimação; c) petição do recurso denegado; d) das contrarrazões do recurso
denegado; e) da decisão agravada; f) certidão da respectiva intimação; g) procurações dos
advogados do agravante e agravado. Facultativamente, podem ser anexadas outras cópias. As
cópias podem ser autenticadas pelo advogado, sob sua responsabilidade. A petição será dirigida
ao Presidente do TRF e será protocolizada no TRF ou enviada pelo correio com A.R. ou
interposta por outra forma prevista em lei. A petição não dependerá do pagamento de custas
ou de despesas postais. O agravado será intimado para oferecer resposta em 10 dias, podendo
juntar cópias que entender convenientes. Em seguida, o agravo subirá para o tribunal superior.
 Embargos Infringentes: são cabíveis, independentemente de preparo, no prazo de 15 dias de
acórdão não unânime que tiver reformado sentença de mérito em grau de apelação ou julgado
procedente ação rescisória, exceto no caso de apelação em MS, MI e HD. Entregues os
embargos no protocolo do TRF, será dada vista ao embargado para contrarrazões em 15 dias e,
se seguida, conclusão ao relator do acórdão embargado, o qual apreciará a admissibilidade do
recurso, negando seguimento quando incabível ou quando, nas questões predominantemente
de direito, contrariar súmula do TRF, STJ ou STF, hipóteses em que caberá Agravo Regimental,
em 05 dias. Admitidos os embargos, será sorteado seu relator que não poderá ter proferido
voto, nem sido relator, da apelação ou da ação rescisória. O relator lançará relatório em 30 dias
e remeterá os autos ao revisor (se for o caso), o qual, em 30 dias, determinará a inclusão do
feito em pauta para julgamento.

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 Embargos de Declaração: são cabíveis em 05 dias (ou 02 dias, em processo penal) em petição
dirigida ao Relator com indicação do ponto obscuro, contraditório ou omisso. O relator
apresentará o recurso em mesa na primeira sessão subsequente, proferindo voto. Os embargos
interrompem o prazo para outros recursos de quaisquer das partes. Se manifestamente
protelatórios, o órgão julgador condenará o embargante em multa de até 1% sobre o valor da
causa; sendo reiterados os embargos, a multa será elevada até 10%, condicionando a
interposição de outros recursos ao pagamento da multa.

 Embargos Infringentes e de Nulidade em Processo Penal: cabíveis de acórdão não unânime em


apelação criminal ou RESE no prazo de 10 dias. Os autos serão conclusos ao relator do acórdão
recorrido que indeferirá o recurso intempestivo, incabível ou que, em questões
predominantemente de direito, contrariar súmula do TRF, STJ ou STF, hipóteses em que caberá
Agravo Regimental. Admitido o recurso, será sorteado um relator que, se possível, não terá
participado do julgamento anterior, ficando excluído o desembargador que tiver sido relator do
julgamento anterior. Após, vista ao MPF por 10 dias; conclusão ao relator por 10 dias; remessa
ao revisor por 10 dias (se for o caso), o qual determinará a inclusão do feito em pauta para
julgamento. Havendo empate, prevalecerá o voto do presidente, se este não tiver participado
do julgamento, do contrário, prevalecerá o voto mais favorável ao acusado. Em qualquer caso, a
pena não poderá ser agravada.

 Embargos de Divergência: cabíveis das decisões das Turmas em recursos ordinários, no prazo de
15 dias, quando divergirem entre si ou contrariarem decisão da Seção. Serão julgados pela
respectiva Seção. A divergência deve ser comprovada pelo embargante por certidão, cópia
autenticada ou citação do repositório de jurisprudência, com transcrição dos trechos
divergentes e a identificação com os casos confrontados. Os embargos serão juntados,
independentemente de despacho, e serão distribuídos, excluindo-se o relator que lavrou o
acórdão impugnado. O relator sorteado poderá indeferir liminarmente o recurso quando
intempestivo ou contrariar súmula do TRF, STJ ou STF, ou, ainda, quando não se comprovar ou
não se configurar a divergência jurisprudencial apontada. Admitidos, será publicada no DJe do
TRF-1 o termo de vista ao embargado para apresentar impugnação em 15 dias. Com ou sem
impugnação, o relator pedirá a inclusão do feito em pauta para julgamento.
 Recurso Extraordinário para o STF: é cabível nos casos previstos na CF/88, no prazo de 15 dias,
por petição dirigida ao Presidente do TRF que deverá conter: a) preliminar demonstrando a
repercussão geral da questão constitucional discutida; b) exposição do fato e do direito; c)
demonstração do cabimento do RE; d) razões do pedido de reforma. Recebida a petição pela
Coordenadoria da CE, Seção ou Turma, o recorrido será intimado para oferecer contrarrazões
em 15 dias. Sendo admitido o recurso, os autos sobem para o STF. Se forem admitidos RE e
REsp, os autos sobem primeiro para o STJ; se ambos forem inadmitidos, o recorrente pode
interpor Agravo de Instrumento, para cada recurso, remetendo-se os Agravos ao STF e ao STJ,
sobrestando-se os autos principais. Se for admitido apenas o REsp, aguarda-se o prazo do AI
para o STF e, após, remetem-se os autos ao STJ. Se for admitido apenas o RE e for interposto AI
para o STJ, os autos aguardarão o julgamento do AI pelo STJ, após o que os autos serão
remetidos ao STF com cópia da decisão do STJ. Em todo caso, o AI deve vir acompanhado,
obrigatoriamente, de cópia: a) do acórdão recorrido; b) da petição do recurso denegado; c) das
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contrarrazões; d) da decisão agravada; e) da certidão de intimação; f) das procurações aos


advogados. O RE quando interposto de decisão interlocutória no processo de conhecimento,
cautelar ou embargos à execução ficará retido nos autos e só será processado se a parte o
requerer quando da interposição do recurso da decisão final ou do oferecimento de
contrarrazões.
 Recurso Especial para o STJ: será cabível nos casos previstos na CF/88, no prazo de 15 dias, em
petição dirigida ao Presidente do TRF que deverá conter: a) exposição do fato e do direito; b)
demonstração do cabimento; c) razões do pedido de reforma. Quando o REsp fundar-se em
dissídio jurisprudencial, o recorrente deverá, ainda, fazer prova da divergência mediante
certidão ou indicação do repositório de jurisprudência. Recebida a petição pela Coordenadoria
da CE, Seção ou Turma, será intimado o recorrido para oferecer contrarrazões em 15 dias. Após,
será feito o juízo de admissibilidade no prazo de 05 dias. Admitido o REsp, os autos subirão
imediatamente ao STJ. Quando interposto de decisão interlocutória em processo de
conhecimento, cautelar ou embargos à execução, o REsp ficará retido nos autos e só será
processado se a parte assim o requerer quando da interposição do recurso da decisão final ou
do oferecimento de contrarrazões.

 Recurso Ordinário em HC: é cabível contra decisão do TRF denegatória de HC em última ou


única instância, no prazo de 05 dias, em petição nos próprios autos com as razões do pedido de
reforma. Os autos serão conclusos ao Presidente do TRF, até o dia seguinte ao término do prazo
de interposição, o qual decidirá sobre o recebimento do recurso. Ordenada a remessa, os autos
subirão ao STJ em 48 horas.

 Recurso Ordinário em MS: é cabível contra decisão do TRF denegatória de MS em única


instância, no prazo de 15 dias, em petição nos próprios autos com as razões do pedido de
reforma, assegurando-se ao recorrido igual prazo para resposta. Os autos serão conclusos ao
Presidente do TRF, até o dia seguinte ao último dia do prazo, que decidirá sobre o recebimento
do recurso.

10) Juízes Federais de Primeira Instância:


Nomeação:

 O provimento do cargo de Juiz Federal Substituto será dado por concurso público de provas e
títulos, devendo o candidato atender aos requisitos de idoneidade moral e outros previstos em
lei. O concurso será realizado conforme regulamento aprovado pela CE Administrativa, sendo
que a Corregedoria Regional fará sindicância da vida pregressa dos candidatos, após o que a
Comissão Examinadora admitirá ou denegará a inscrição definitiva fundamentadamente. Os
candidatos admitidos submeter-se-ão a exame psicotécnico. O concurso terá validade de 2
anos, prorrogável por igual período.
 Comissão Examinadora: será composta: a) pelo Vice-Presidente do TRF (que a presidirá); b) pelo
desembargador diretor da ESMAF; c) por um Juiz Federal com mais de 10 anos de magistratura

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Estudo Sistematizado de Informativos

eleito pela CE Administrativa; d) por um professor de faculdade de Direito; e) por um advogado


indicado pelo Conselho Federal da OAB. Nas Seções e Subseções do TRF-1 haverá uma Comissão
de Execução e Fiscalização do concurso, designada pelo presidente da Comissão Examinadora,
composta: a) pelo Diretor do foro local (que a presidirá); b) por um Procurador da República
(indicado pelo PGR); c) por um advogado (indicado pelo Conselho Seccional da OAB). Cada
membro efetivo terá um suplente.

 Nomeação: é dada pelo Presidente do TRF em sessão solene do Plenário ou no seu gabinete,
sendo que o candidato indicará a Seção ou Subseção de sua preferência, conforme a ordem de
classificação no concurso.
 Vitaliciedade: será adquirida mediante procedimento próprio em que seja demonstrada a
vocação para ser juiz perante a Comissão de Promoção e o Plenário. Enquanto não adquirida a
vitaliciedade, o Juiz Federal Substituto só poderá perder o cargo mediante proposta do TRF com
voto de dois terços de seus membros.
Remoção a Pedido e Permuta:
 Pedido: Os Juízes Federais (inclusive substitutos) poderão requerer remoção a pedido ou
permuta, mediante requerimento dirigido ao Presidente do TRF, para outra vara da mesma
Seção ou outra da mesma Região. Os pedidos devem ser formulados por escrito, no prazo de 05
dias, contados da publicação do edital de vacância do cargo, sendo que, havendo mais de um
pedido, terá preferência o magistrado mais antigo, salvo se o interesse do serviço assim não o
recomendar, a critério da CE Administrativa. No caso de permuta, a remoção independe de
edital. Os Juízes Federais Substitutos, enquanto não adquirida a vitaliciedade, não poderão ser
removidos, salvo no interesse do serviço e a critério da CE Administrativa.

 Procedimento: o Presidente do TRF, ouvida a Corregedoria Regional, submeterá o pedido à


decisão da CE Administrativa, sendo que o seu deferimento é condicionado à aceitação pelo
interessado de sua inserção no final da respectiva lista de antiguidade. O pedido poderá ser
recusado quando inconveniente ao serviço, o que ocorre quando o interessado ou um dos
permutantes estiver às vésperas de aposentadoria, exoneração a pedido, ou promoção por
antiguidade ou merecimento. Nestes casos, se já concedida, a remoção será obrigatoriamente
revogada.
 Novo pedido: os Juízes Federais (inclusive substitutos) só poderão obter nova remoção (a pedido
ou por permuta) após decorrido um ano da última remoção, sendo que este prazo poderá ser
reduzido se não houver candidato que preencha o requisito do interstício. O prazo será
suspenso na superveniência de licença a qualquer título ou qualquer afastamento que implique
na interrupção da atividade judicante, exceto férias regulamentares.
 Remoção para outra Região da Justiça Federal: deve atender às seguintes condições: a) não
haver prejuízo da prestação jurisdicional onde o juiz estiver em exercício; b) ser o interessado
magistrado vitalício; c) absoluto interesse do serviço para onde for solicitada.
Perda do Cargo:

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 Cabimento: os Juízes Federais (vitalícios ou não) estão sujeitos à perda do cargo nas hipóteses
previstas na CF/88 e na LOMAN.
 Procedimento: o PAD para juiz não vitalício terá início por determinação da CE Administrativa,
mediante indicação do Corregedor Regional e será dada conforme resolução específica. Em todo
caso, a instauração será precedida de defesa prévia do magistrado, a ser apresentada em 15
dias, a contar da entrega de cópia da acusação e das provas existentes que lhe serão remetidas
por ofício do Presidente do TRF em 48 horas da apresentação da acusação. Em seguida, o
Presidente convocará a CE Administrativa que, se admitir a instauração, distribuirá o feito e o
encaminhará ao relator no mesmo dia. A qualquer tempo a CE Administrativa poderá decidir
pelo afastamento do magistrado, sem prejuízo dos vencimentos e das vantagens, até decisão
final. O relator presidirá o processo e determinará as provas, cientes o MPF, o magistrado ou
seu procurador constituído, a fim de que delas possam participar. Finda a instrução, vista
sucessiva às partes para razões finais por 10 dias. O julgamento será realizado pela CE
Administrativa, sendo que a perda do cargo depende do voto da maioria absoluta de seus
membros e será formalizada por ato do Presidente do TRF. Será publicada somente a conclusão
da decisão.
 Prazo do PAD: é de 90 dias para sua conclusão, podendo ser prorrogado pelo dobro ou mais,
quando a delonga decorrer do exercício do direito de defesa.
Remoção, Disponibilidade e Aposentadoria Compulsórias:
 Cabimento: a CE Administrativa, por motivo de interesse público, poderá determinar a remoção,
disponibilidade ou aposentadoria de Juiz Federal (inclusive substitutos), com vencimentos
proporcionais ao tempo de serviço, assegurada a ampla defesa, mediante o voto da maioria
absoluta de seus membros. Da mesma forma, mediante proposta do Presidente do TRF, poderá
ser determinada a medida em relação aos membros do TRF, no que se refere à disponibilidade
e aposentadoria.
 Procedimento: será o mesmo previsto para a perda do cargo (visto acima), sendo que no caso de
remoção será determinada, desde logo, a vara em que o juiz passará a servir. Se o juiz não a
aceitar ou deixar de assumir após 30 dias do prazo fixado, será considerado em disponibilidade,
suspendendo-se seus vencimentos até a expedição do ato necessário. Havendo indícios de ilícito
penal, o TRF remeterá cópia das peças pertinentes ao MPF.

 Aposentadoria: os juízes aposentados conservarão o título, as prerrogativas e as honras do


cargo.
Penas de Advertência e Censura:

 Pena de Advertência: aplica-se por escrito no caso de negligência dos deveres do cargo.
 Pena de Censura: aplica-se por escrito no caso de reiterada negligência dos deveres do cargo ou
no de procedimento incorreto, se a infração não justificar punição mais grave.

 Procedimento: terá início pela CE Administrativa, mediante proposta do Corregedor Regional, e


será dada na forma de resolução específica, com garantia de defesa. A punição dependerá do
voto da maioria absoluta dos membros da CE Administrativa.

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Verificação de Invalidez:

 Cabimento: a verificação de invalidez para fins de aposentadoria terá início por requerimento do
interessado ou mediante ordem do Presidente, de ofício ou em cumprimento de determinação
do TRF.
 Procedimento: instaurado o processo, o paciente será afastado até decisão final, devendo ser
concluído o processo em 60 dias. Tratando-se de incapacidade mental, o Presidente nomeará
curador especial, sem prejuízo da autodefesa ou defesa por procurador constituído. O
Presidente funcionará como preparador do processo até as razões finais, efetuando depois dela
a distribuição. O paciente, de início, será notificado por ofício (com cópia da ordem inicial) para
apresentar sua defesa em 10 dias, prorrogáveis por mais 10, podendo juntar documentos. Em
seguida, o Presidente nomeará uma junta de 03 médicos para examinar o paciente,
determinando as demais diligências necessárias. A recusa ao exame permitirá o julgamento
baseado em outras provas. Após, poderá o paciente ou seu curador apresentar alegações em 10
dias, ouvido, a seguir, o MPF. Os autos serão, então, informados à Secretaria do Tribunal,
distribuídos e julgados. Se o procedimento for instaurado a pedido do magistrado, após o
parecer da junta médica, os autos serão submetidos à Secretaria do Tribunal e distribuídos,
sendo ouvido o MPF, seguindo-se para o julgamento.
 Julgamento: é dado pela CE Administrativa, sendo que o presidente participará da votação. A
decisão pela incapacidade depende do voto da maioria absoluta.
 Exame Obrigatório: o magistrado que, no período de dois anos consecutivos, afastar-se por 06
meses ou mais, para tratamento de saúde, deverá submeter-se a exame para verificação de
invalidez, quando requerer, dentro de dois anos, nova licença para igual fim.

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