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C a r i t a t i v a
S e n t i d o
d a
d a
C a r i t a t i v a
S e n t i d o
O Sentido da Caritativa
D . L u i g i G i u s s a n i
O
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24
O
C a r i t a t i v a
S e n t i d o
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O Sentido da Caritativa
D . L u i g i G i u s s a n i
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C a r i t a t i v a
S e n t i d o
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C a r i t a t i v a
S e n t i d o
Na Capa:
Fotografia de vista sobre Sidney
O
Página 21:
Fotografia de Caritativa em Chelas
Na Contra Capa:
Fotografia de D. Giussani
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2 23
O
C a r i t a t i v a
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C a r i t a t i v a
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Na Capa:
Fotografia de vista sobre Sidney
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Página 21:
Fotografia de Caritativa em Chelas
Na Contra Capa:
Fotografia de D. Giussani
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S e n t i d o
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Preâmbulo
d a
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C a r i t a t i v a
_________________________________ Milão em 1961 por obra da Juventude Estudantil —
S e n t i d o
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C a r i t a t i v a
S e n t i d o
Notas
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O
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Notas
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C a r i t a t i v a
Objectivo
S e n t i d o
I
Antes de mais a nossa natureza dá-nos a exigência
de nos interessarmos pelos outros.
Quando há algo de belo em nós, sentimo-nos impe-
d a
d a
C a r i t a t i v a
outras pessoas que estão pior que nós, sentimo-
S e n t i d o
gência.
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Objectivo
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I
Antes de mais a nossa natureza dá-nos a exigência
de nos interessarmos pelos outros.
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gência.
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C a r i t a t i v a
II 3. Ordem
S e n t i d o
Quanto mais vivemos esta exigência e este dever, O que devemos comprometer é o tempo livre (e o
mais nos realizamos a nós mesmos; comunicar aos mais a fundo possível). Duplo é o limite que man-
outros, dá-nos precisamente a experiência de nos tém na ordem a genialidade do tempo livre:
completarmos a nós próprios. É tanto assim que, se a) Não prejudicar o estudo (o trabalho)
não conseguimos dar, sentimo-nos diminuídos.
d a
d a
C a r i t a t i v a
aos outros, permite-nos cumprir o dever supremo –
S e n t i d o
mais ainda, único – da vida, que é realizarmo-nos a Também aqui será o diálogo pessoal com a autori-
nós próprios. dade familiar e com a autoridade no Movimento que
te ajudará a alcançar um critério para definir o teu
Nós vamos à “caritativa” para aprender a cumprir tempo livre.
este dever.
O
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C a r i t a t i v a
II 3. Ordem
S e n t i d o
Quanto mais vivemos esta exigência e este dever, O que devemos comprometer é o tempo livre (e o
mais nos realizamos a nós mesmos; comunicar aos mais a fundo possível). Duplo é o limite que man-
outros, dá-nos precisamente a experiência de nos tém na ordem a genialidade do tempo livre:
completarmos a nós próprios. É tanto assim que, se a) Não prejudicar o estudo (o trabalho)
não conseguimos dar, sentimo-nos diminuídos.
d a
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mais ainda, único – da vida, que é realizarmo-nos a Também aqui será o diálogo pessoal com a autori-
nós próprios. dade familiar e com a autoridade no Movimento que
te ajudará a alcançar um critério para definir o teu
Nós vamos à “caritativa” para aprender a cumprir tempo livre.
este dever.
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C a r i t a t i v a
III
S e n t i d o
O momento único no qual podemos assimilar esta
Mas Cristo fez-nos perceber o porquê profundo de
mentalidade com agilidade, pelo menos normal-
tudo isto ao revelar-nos a lei última do ser e da
mente, é a juventude. É unicamente começando a
vida: a caridade. Ou seja, a lei suprema do nosso
fazer, a dar tempo livre como gesto integral da liber-
ser é partilhar do ser dos outros, é pôr em comum a
dade, é um modo como a caridade cristã se conver-
si próprio.
d a
terá em mentalidade, em convicção, em dimensão
d a
permanente. Só Jesus Cristo nos diz tudo isto, porque Ele sabe
C a r i t a t i v a
Deve-se notar que a nós não nos interessa tanto a o que é cada coisa, quem é Deus, de quem nasce-
S e n t i d o
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III
S e n t i d o
O momento único no qual podemos assimilar esta
Mas Cristo fez-nos perceber o porquê profundo de
mentalidade com agilidade, pelo menos normal-
tudo isto ao revelar-nos a lei última do ser e da
mente, é a juventude. É unicamente começando a
vida: a caridade. Ou seja, a lei suprema do nosso
fazer, a dar tempo livre como gesto integral da liber-
ser é partilhar do ser dos outros, é pôr em comum a
dade, é um modo como a caridade cristã se conver-
si próprio.
d a
permanente. Só Jesus Cristo nos diz tudo isto, porque Ele sabe
C a r i t a t i v a
Deve-se notar que a nós não nos interessa tanto a o que é cada coisa, quem é Deus, de quem nasce-
S e n t i d o
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C a r i t a t i v a
2. Fazer para compreender
S e n t i d o
Para compreender não basta saber, é preciso
fazer, com aquela coragem da liberdade que con-
siste em aderir ao ser que vemos, ou seja à verda-
de.
Esta é a maturidade suprema, que se chama huma-
d a
d a
C a r i t a t i v a
ideal, é mais difícil que seja útil o estar obrigado
S e n t i d o
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Para compreender não basta saber, é preciso
fazer, com aquela coragem da liberdade que con-
siste em aderir ao ser que vemos, ou seja à verda-
de.
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C a r i t a t i v a
1. Saber porquê Consequências
S e n t i d o
Até que não saibamos bem, com clareza e simplici- I
dade o porquê último, a finalidade do nosso fazer,
não devemos estar tranquilos. O nosso objectivo é A caridade é lei do ser e vem antes de qualquer
extrair de tudo o que fazemos o sentido, a ideia simpatia e qualquer comoção. Por isso trabalhar
pela qual exclusivamente poderemos conseguir ser pelos outros é nu e pode ser privado de entusias-
d a
mo. Até se poderia perfeitamente não produzir
d a
C a r i t a t i v a
Para nós a única atitude “concreta” é a atenção à
S e n t i d o
Por conseguinte é necessário dialogar. Nas nossas pessoa, a consideração da pessoa, ou seja, o
assembleias, em grupos pequenos, com os respon- amor.
sáveis da comunidade, com as pessoas mais
maduras e vivas. É sobretudo necessário estar em Tudo o resto pode vir como consequência: tal como
contacto e confrontar-se de tempos a tempos com Jesus que depois fez milagres e deu de comer às
O
o “centro”. pessoas.
Devemos advertir para dois pontos de partida não
claros para a nossa abertura aos outros.
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O
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S e n t i d o
Até que não saibamos bem, com clareza e simplici- I
dade o porquê último, a finalidade do nosso fazer,
não devemos estar tranquilos. O nosso objectivo é A caridade é lei do ser e vem antes de qualquer
extrair de tudo o que fazemos o sentido, a ideia simpatia e qualquer comoção. Por isso trabalhar
pela qual exclusivamente poderemos conseguir ser pelos outros é nu e pode ser privado de entusias-
d a
Por conseguinte é necessário dialogar. Nas nossas pessoa, a consideração da pessoa, ou seja, o
assembleias, em grupos pequenos, com os respon- amor.
sáveis da comunidade, com as pessoas mais
maduras e vivas. É sobretudo necessário estar em Tudo o resto pode vir como consequência: tal como
contacto e confrontar-se de tempos a tempos com Jesus que depois fez milagres e deu de comer às
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o “centro”. pessoas.
Devemos advertir para dois pontos de partida não
claros para a nossa abertura aos outros.
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C a r i t a t i v a
1. Ajudar o outro nas suas Directrizes
S e n t i d o
necessidades
Referir-se continuamente ao movimento, de outra
É um ponto de partida ainda incompleto! Qual é a forma é maior o perigo de perder a força na procura
necessidade do outro? da ideia profunda que nos sustém no fazer pelos
outros e é maior o perigo de desânimo, cansaço e
Vê-se claramente que é um posicionamento ambí-
infidelidade.
d a
guo, pois depende daquilo que nós queremos que
d a
seja a necessidade alheia: e se aquilo que eu levo A fidelidade em confiar nas indicações do movimen-
C a r i t a t i v a
não é verdadeiramente aquilo de que têm mais to e daqueles que são dele responsáveis, é o pri-
S e n t i d o
necessidade? Aquilo de que têm verdadeiramente meiro método e dará os seus frutos.
mais necessidade não o sei eu, não o meço eu,
As directrizes que a este respeito Comunhão e
não o tenho eu. É uma medida que não possuo; é
Libertação dá:
uma medida que está em Deus. Por isso as “leis”,
as “justiças” podem chegar a esmagar, se esque-
O
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S e n t i d o
necessidades
Referir-se continuamente ao movimento, de outra
É um ponto de partida ainda incompleto! Qual é a forma é maior o perigo de perder a força na procura
necessidade do outro? da ideia profunda que nos sustém no fazer pelos
outros e é maior o perigo de desânimo, cansaço e
Vê-se claramente que é um posicionamento ambí-
infidelidade.
d a
seja a necessidade alheia: e se aquilo que eu levo A fidelidade em confiar nas indicações do movimen-
C a r i t a t i v a
não é verdadeiramente aquilo de que têm mais to e daqueles que são dele responsáveis, é o pri-
S e n t i d o
necessidade? Aquilo de que têm verdadeiramente meiro método e dará os seus frutos.
mais necessidade não o sei eu, não o meço eu,
As directrizes que a este respeito Comunhão e
não o tenho eu. É uma medida que não possuo; é
Libertação dá:
uma medida que está em Deus. Por isso as “leis”,
as “justiças” podem chegar a esmagar, se esque-
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C a r i t a t i v a
III 2. A Amizade
S e n t i d o
Mas Cristo está presente agora: Não “esteve”, não Também começar apontando para a amizade, com
“nasceu”, mas sim “está”, “nasce” hoje: é a Igreja. A toda a ambiguidade que isso pode comportar é
Igreja é Cristo, presente agora tal como Ele quis. incompleto.
E a Igreja é a comunidade que nós formamos: jus- A amizade é uma correspondência que se pode
d a
tamente nós, pobres ligados a Ele. encontrar ou não, um acontecimento não essencial
d a
C a r i t a t i v a
o nosso destino final.
S e n t i d o
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14 11
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III 2. A Amizade
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Mas Cristo está presente agora: Não “esteve”, não Também começar apontando para a amizade, com
“nasceu”, mas sim “está”, “nasce” hoje: é a Igreja. A toda a ambiguidade que isso pode comportar é
Igreja é Cristo, presente agora tal como Ele quis. incompleto.
E a Igreja é a comunidade que nós formamos: jus- A amizade é uma correspondência que se pode
d a
tamente nós, pobres ligados a Ele. encontrar ou não, um acontecimento não essencial
d a
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C a r i t a t i v a
II O testemunho de quem experimentou este valor é
S e n t i d o
belíssimo: “Eu continuo a ir à caritativa porque todo
Ir junto dos outros livremente, o compartilhar um
o meu sofrimento e o deles tem um sentido”.
pouco da sua vida e pôr em comum um pouco da
nossa, faz-nos descobrir uma coisa sublime e mis- Quando se espera em Cristo, tudo tem um sentido,
teriosa (isto compreende-se fazendo!). Cristo.
d a
E a descoberta do facto de que precisamente por- Isto é o que eu descubro, finalmente, no âmbito
d a
que os amamos, não somos nós quem os faz feli- onde vou à “caritativa”, precisamente através da
C a r i t a t i v a
zes; e que nem sequer a sociedade mais perfeita, o impotência última do meu amor: e é a experiência
S e n t i d o
organismo legalmente mais sólido e com a estrutu- através da qual a inteligência entra a fundo na
ra mais inteligente, a riqueza mais ingente, a saúde sabedoria, na verdadeira cultura.
mais férrea, a beleza mais pura e a civilização mais
educada, poderá jamais fazê-los felizes.
O
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C a r i t a t i v a
S e n t i d o
belíssimo: “Eu continuo a ir à caritativa porque todo
Ir junto dos outros livremente, o compartilhar um
o meu sofrimento e o deles tem um sentido”.
pouco da sua vida e pôr em comum um pouco da
nossa, faz-nos descobrir uma coisa sublime e mis- Quando se espera em Cristo, tudo tem um sentido,
teriosa (isto compreende-se fazendo!). Cristo.
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E a descoberta do facto de que precisamente por- Isto é o que eu descubro, finalmente, no âmbito
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que os amamos, não somos nós quem os faz feli- onde vou à “caritativa”, precisamente através da
C a r i t a t i v a
zes; e que nem sequer a sociedade mais perfeita, o impotência última do meu amor: e é a experiência
S e n t i d o
organismo legalmente mais sólido e com a estrutu- através da qual a inteligência entra a fundo na
ra mais inteligente, a riqueza mais ingente, a saúde sabedoria, na verdadeira cultura.
mais férrea, a beleza mais pura e a civilização mais
educada, poderá jamais fazê-los felizes.
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