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SISTEMAS EMBARCADOS

Ernesto Schimidt Oleques1

RESUMO: Nos últimos anos temos visto uma crescente utilização de sistemas embarcados em praticamente
todos os dispositivos eletrônicos. Antes eles eram utilizados apenas em sistemas complexos como
sistemas industriais, aeronaves e navios. Hoje vemos sistemas embarcados em geladeiras,
televisores entre outros.
PALAVRAS-CHAVE: Sistemas, dispositivos eletrônicos, Sistemas embarcados.

EMBEDDED SYSTEMS
ABSTRACT: In recent years we have seen an increasing use of embedded systems in practically all the
electronic devices. Before they were used only in complex systems as industrial systems, aircraft
and ships. Today we see embedded systems in refrigerators, television sets among others.
KEYWORDS: System, electronic device, embedded system.

1. INTRODUÇÃO

Sistemas embarcados são sistemas ou dispositivos que executam funções dedicadas,


ou seja, são responsáveis por uma função especifica ou um conjunto restrito de funções
específicas e co-relacionadas. São encontrados na maioria dos equipamentos, na maioria das
vezes “escondidos”.

2. SISTEMAS EMBARCADOS

Ao contrário de um computador, que pode executar diversos programas,


desempenhando diversas funções, os sistemas embarcados são dispositivos que se fundem no
nosso cotidiano, de forma que muitas vezes sequer percebemos que eles existem. Eles são
formados basicamente pelos mesmos componentes de um computador: processador, memória,
dispositivo de armazenamento, interfaces e demais componentes. Porém a principal diferença
é que, ao contrário de um computador, eles se limitam a executar bem uma única tarefa ou
poucas tarefas.

1
Acadêmico do Curso de Sistemas de
Informação
Universidade da Região da Campanha – Alegrete-RS.
2

O fato de ser um sistema embarcado, não diz muito sobre a importância do sistema,
que pode ser desde um simples sistema para um brinquedo, até uma máquina com centenas de
processadores, destinada a criar previsões sobre mercados de capitais, ou controlar o tráfego
aéreo. Basicamente, qualquer equipamento autônomo que não é um computador, acaba caindo
nesta categoria.

Os sistemas embarcados fizeram com que processadores simples sejam os mais


produzidos, não só pelo baixíssimo custo, mas também por não ser necessário um processador
potente para um simples controle remoto, por exemplo. O processador Z80 é um bom
exemplo de processador que usa sistemas embarcados, ele está presente em games, Mp3
players. Outro processador muito usado é o Motorola 68000, o mesmo chip de 32 bits
utilizado nos primeiros Macintoshs, porém em versões "modernizadas", que conservam o
mesmo design básico, mas são produzidas usando tecnologia atual e operam a freqüências
mais altas.

Enquanto em dispositivos que precisam de mais processamento, usam-se


processadores ARM, chips RISC de 32 bits. Possuem um design simples, se comparado aos
processadores x86, mas conservam um bom desempenho. Um Treo 650, por exemplo, que é
baseado num Intel Xscale de 312 MHz, consegue exibir vídeos em Divx com resolução de
320x240 sem falhas, tarefa que mesmo um Pentium II 266 tem dificuldades para realizar.

Se usarmos um processador ARM e pelo menos 4 MB de memória, um sistema


embarcado pode rodar Linux, o que abre grandes possibilidades em termos de softwares e
ferramentas de desenvolvimento. Adicionando um pouco mais de memória, é possível rodar o
Windows Mobile ou o Symbian.

Embora operem a freqüências relativamente baixas se comparados aos processadores


x86 (na maioria dos casos apenas 300, 400 ou 500 MHz), os chips ARM são baratos e
possuem um baixo consumo elétrico, por isso são extremamente populares em celulares,
PDAs, pontos de acesso, modems ADSL, centrais telefônicas, sistemas de automatização em
geral, videogames e assim por diante. Cerca de 75% de todos os processadores de 32 bits
usados em sistemas embarcados são processadores ARM.
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Além dos chips ARM e Z80, existem inúmeros outros chips e controladores. Cada
uma conta com um conjunto próprio de ferramentas de desenvolvimento, que incluem
compiladores, debuggers, documentação e ferramentas úteis. Em alguns casos o conjunto de
ferramentas de desenvolvimento é distribuído gratuitamente, mas em outras precisa ser
comprado ou licenciado, tornando um projeto um pouco caro.

Normalmente, podemos rodar as ferramentas de desenvolvimento em um computador


e transferir o software para o sistema que se está desenvolvendo apenas nos estágios finais do
desenvolvimento. Essa transferência é feita através de uma porta USB ou de uma porta serial,
porém, em alguns casos é necessário gravar um chip de EPROM ou memória flash e transferir
o chip para o sistema embarcado para poder testar o software.

Para exemplo de sistema embarcado podemos citar um MP4 player. Ele utiliza apenas
dois ou três chips, sendo um o controlador principal, outro um chip de memória flash (usado
para armazenamento) e em alguns casos um terceiro, um sintonizador de rádio AM/FM, que
poderia muito bem ser retirado do projeto sem prejuízo para as demais funções do aparelho,
pois existe um chip principal, um microcontrolador que desempenha sozinho todas as funções
do aparelho, incluindo controladores para as diversas funções disponíveis e até mesmo uma
pequena quantidade de memória RAM. É este tipo de microcontrolador que permite que
modems ADSL, MP3 players, celulares e outros aparelhos que usamos no dia a dia sejam tão
baratos em relação ao que custavam há alguns anos atrás. Com menos chips, o custo cai
proporcionalmente.

Existem no mercado os mais diversos tipos de microcontroladores, cada um com um


conjunto próprio de periféricos e funções. Atualmente, as empresas estão cada vez mais
utilizando componentes disponíveis no mercado, que são fabricados em massa e vendidos a
preços incrivelmente baixos, ao invés de desenvolver e fabricar seus próprios chips.

A maior parte do custo de um processador está em seu desenvolvimento, mesmo um


microcontrolador simples pode ser relativamente caro para ser desenvolvido, entretanto o
custo de produção é relativamente baixo, de forma que os chips mais vendidos acabam tendo
o custo inicial amortizado e passam a ser cada vez mais baratos.
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Muitos microcontroladores podem ser conectados a dispositivos analógicos,


permitindo o uso de sensores diversos. Isto faz com que seja possível a criação de dispositivos
simples, que monitoram temperatura, umidade, intensidade da luz, aceleração e assim por
diante, executando ações pré-definidas em caso de mudanças, como ligar o ar condicionado,
abrir ou fechar as persianas, ou mesmo disparar o air-bag em um carro, caso este venha
colidir.

Em aplicações onde um chip personalizado é essencial, existe a opção de usar chips


programáveis, chamados de FPGAs (field-programmable gate arrays) ou de LCAs (logic-cell
arrays). São chips compostos por um enorme número de chaves programáveis, que podem ser
configurados para simular o comportamento de qualquer outro circuito.

Um único chip programável pode simular não apenas um processador simples, mas
também outros circuitos de apoio, como o controlador de vídeo, interface serial e assim por
diante. Os modelos recentes incluem inclusive uma pequena quantidade de memória e
circuitos de apoio, de forma que podemos ter um sistema completo usando apenas um chip
FPGA previamente programado, um chip de memória EPROM (ou memória flash) com o
software, a placa de circuito com as trilhas e conectores e uma bateria ou outra fonte de
energia.

Os chips FPGAs são naturalmente mais caros que chips produzidos em série, porém
são uma boa opção em situações onde são necessários apenas alguns chips exclusivos.

A memória flash é uma questão interessante nos sistemas embarcados. Com a queda
no preço, mesmo aparelhos que tradicionalmente usavam memória SRAM (com custo maior)
para armazenamento (como os palmtops e celulares), passaram a utilizar memória flash.
Porém a memória flash funciona apenas como espaço de armazenamento e não como
memória de trabalho. Numa analogia com um computador, a memória flash seria similar a um
HD, que serve para armazenar arquivos, mas que não elimina a necessidade de usar memória
RAM. Isso significa que mesmo dispositivos com grandes quantidades de memória flash
precisam de uma cerca quantidade de memória RAM ou SRAM, seja ela incorporada ao
próprio microcontrolador, seja em um chip separado.
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Nos primeiros Palms, por exemplo, tínhamos um chip de memória flash, que
armazenava os softwares e chips adicionais de memória SRAM, que serviam tanto como
memória de trabalho, quanto como espaço para armazenar dados e programas. A partir do
Treo 650, todos os programas e arquivos passaram a ser armazenados em memória flash e foi
adicionado um chip de memória SRAM que serve como memória de trabalho. A grande
questão é que memória SRAM é mais cara que memória flash, de forma que vale mais a pena
utilizar uma pequena quantidade de SRAM e uma grande quantidade de memória flash, do
que o oposto.

3. CONCLUSÃO

Enfim, embora os computadores normalmente roubem a cena, os sistemas embarcados


são mais numerosos e são responsáveis por boa parte da estrutura que utilizamos no dia a dia.
Eles são também uma das áreas mais promissoras dentro da área de tecnologia, já que um
simples FPGA pode ser programado para desempenhar praticamente qualquer função.

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FRÖHLICH,   A. A.  PDSCE Plataforma de Desenvolvimento de


Sistemas Computacionais Embarcados, mar. 2005. Disponível em
<http://www.lisha.ufsc.br/events/pdsce-opening/opening.pdf> Acesso em: 23 de jun. 2007.

Sistemas Operacionais para Sistemas Embarcados, mar 2004. Disponível em


<http://twiki.im.ufba.br/pub/MAT154/WebHome/SOE.pdf> Acesso em: 23 de jun. 2007.

Sistemas Embutidos, jul. 2006. Disponível em:


<http://www2.eletronica.org/artigos/eletronica-digital/sistemas-embutidos-em-tempo-real/>
Acesso em: 24 de jun. 2007.

Visão Geral de Sistemas Embarcados. Disponível em


<http://www.compusoftware.com.br/embedded/html/conteudo/txt_vgeral.htm> Acesso em: 24
de jun. 2007.

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