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operacionais baseados em Unix, como o Linux. Ele basicamente traduz as instruções dos
programas executados para um formato suportado pelo sistema. Este programa facilita a
transição do sistema operacional proprietário para algum livre, quando alguns programas
da plataforma Windows são necessários para as tarefas do usuário.
O que é o Wine?
Funcionamento
Quando um programa de Windows tenta executar uma função que o Linux não
compreenda normalmente, o Wine traduzirá a instrução do programa em uma suportada
pelo sistema.
Por exemplo, se um programa pedir que o sistema crie uma tecla de Windows ou um
campo de texto, o Wine converterá essa instrução em uma equivalente no Linux,
enviando o comando ao gerente de janela usando o protocolo X11 padrão.
Se você tiver acesso ao código fonte do programa Windows que deseja usar, o Wine
pode ser usado para compilar o programa em um formato que pode ser entendido pelo
Linux mais facilmente.
Questão a seguir:
Aplicações nativas
Uma alternativa com relação ao uso de programas Windows pelo Wine, é procurar
programas similares desenvolvidos para rodar em Linux. Atualmente existem diversas
alternativas para praticamente todos programas Windows, e com ótima qualidade de
performance, muitas delas superando a equivalente para Windows. Essa é sempre uma
boa escolha, visto que os desenvolvedores de Software estão portando suas aplicações
para o Linux em um ritmo crescente, tendo em vista atender um maior número de
usuários. Isso elimina a necessidade de utilizar o Wine deixando o sistema mais leve,
visto que seu desenvolvimento foi baseado na estrutura do Linux.
Máquinas virtuais
Uma outra alternativa seria fazer o uso máquinas virtuais, que são programas que rodam
em nível de software e possibilitam instalar um outro sistema operacional, rodando em
cima do originalmente instalado. Com isso, é possível rodar um sistema Linux e ao
mesmo tempo rodar o Windows na maquina virtual com suas aplicações executando
simultaneamente no mesmo hardware.
No entanto, o uso de máquinas virtuais demanda muita memória do sistema, visto que
ele passa a suportar dois sistemas operacionais. Sendo assim, maquinas com recursos
limitados não conseguem executar máquinas virtuais satisfatoriamente.
Alguns exemplos de máquinas virtuais de código aberto são Bochs e QEMU, e as com
versões comerciais mais usadas são VMware e
VirtualPC.
Questão a seguir:
Qual a alternativamais recomendada quando for preciso utilizar uma funcionalidade de
um programa Windows, em uma máquina de baixo desempenho com Linux instalado?
Métodos
Uma vez decidido que o Wine é o que você precisa, o próximo passo é decidir como você
quer instalá-lo. Existem três métodos para instalar o Wine, com suas vantagens e
desvantagens.
Sem dúvidas o método mais fácil de instalar o Wine é usando a versão em pacotes.
Esses pacotes contem arquivos prontos compilados especificamente para a sua
distribuição (Debian, Ubuntu, Suse, Slackware, Red Hat, etc), e são constantemente
testados para garantir sua funcionalidade.
Instalação por pacotes é o método mais recomendado e pode ser obtido napágina de
downlaods do WineHQ onde se encontra sempre as últimas versões dos pacotes, ou em
alguns sites de downloads. Em alguns casos os pacotes do Wine podem ser encontrados
nos repositórios oficiais das distribuições. Pacotes são facilmente atualizados, sendo que
em muitas distribuições podem ser atualizados com poucos cliques.
Por se tratar de um Projeto Open Source (código aberto), você está livre para fazer todas
essas modificações com o código fonte do Wine, que é liberado em todas as novas
versões. Esse método de instalação pode ser feito fazendo o download do arquivo de
código fonte do Wine e compilando com uma linha de comando. Se você tiver
familiaridade com esse processo e tiver necessidades especiais esse pode ser o método
mais indicado.
Questão:
Geralmente, qual a forma de instalação que tem a versão mais estável, ou seja, a mais
testada?
Instalação de um pacote
Pacotes .DEB
Os pacotes .deb são simples de usar e são suportados por distribuições basedas no
Debian, como o Ubuntu e o Kurumin. O comando para instalar um pacote .deb é o
seguinte:
dpkg -i wine*.deb
dpkg -r wine*.deb
Instalar o Wine através do comando DPKG nem sempre é uma boa alternativa, pois
podem ocorrer algumas dependências de arquivos que não se encontram no sistema.
Um método mais fácil seria utilizar o comando apt-get, disponível em distribuições
baseadas no Debian, que faz o download e instala as dependências juntamente com o
programa. Para que seja instalado a ultima versão por esse método, é necessário incluir
as seguintes linhas no arquivo de configuração do Apt-get/Synaptic localizado em
/etc/apt/sources.list :
Após salvar o arquivo sources.list, execute o seguinte comando para atualizar a lista dos
pacotes disponíveis:
# apt-get update
Para desinstalar:
# apt-get update
Pacotes RPM
rpm -i nome_do_pacote.rpm
Caso já tenha uma versão do Wine instalada, basta utilizar o comando seguinte para que
seja atualizado para a versão mais recente:
rpm -U wine*.rpm
rpm -e wine
Para esse comando não é preciso colocar o nome do pacote com a extensão rpm, basta
colocar "wine".
rpm -qa
urpmi wine
E para desinstalar:
urpme wine
Caso queira listar programas e bibliotecas relacionadas com o wine, utilize o seguinte
comando:
urpmq wine
Questão a seguir:
Caso você tenha que instalar o Wine em uma maquina com o Ubuntu (distribuição
baseado no Debian), qual o método mais indicado?
O ideal seria utilizar o urpmi, pois ele faz o download do programa e de suas
dependências.
Utilizando o Winecfg
Muitas das configurações podem ser feitas através das ferramentas do Winecfg.
Antigamente o Wine utilizava um arquivo de configuração que era localizado em
~/.wine/config. Se a versão que você instalou ainda utiliza este arquivo de configuração
você deve fazer uma atualização para a versão mais recente. As versões posteriores a
Junho de 2005 não utilizam mais esse arquivo. Atualmente todas as configurações são
armazenadas diretamente no registro e acessadas pelo Wine quando ele é iniciado.
O Winecfg deve ter sido instalado no seu computador juntamente com os outros
programas do Wine. Para inicia-lo basta digitar o comando no terminal:
$winecfg
Quando o programa iniciar, você ira notar as seguintes abas no topo da janela:
• Applications
• Libraries
• Graphics
• Appearance
• Drives
• Audio
• About
Configurações de aplicações
Dentro da aba Applications você pode notar que existe um item chamado Default
Settings. Se selecionado, você poder-a ver a versão do Windows padrão que está sendo
usando para todas as aplicações. Algumas aplicações específicas são melhor
configuradas separadamente das configurações padrões. Para fazer isso siga os
seguinte passos:
Substituição de DLL
Não é sempre que uma aplicação pode ser executada somente com as DLLs internas.
Algumas DLL nativas do Windows funcionam melhor. Após você localizar a DLL no
Windows, você precisará colocá-la em um lugar apropriado para que o Wine encontre e
possa configurá-la para ser usada. Geralmente o lugar que você colocar é o diretório que
você configurou para ser o c:\windows\system . Existem quatro DLLs que você nunca
deve tentar usar uma versão nativa: kernel32.dll, gdi32.dll, user32.dll, e
ntdll.dll. Essas bibliotecas requerem um acesso ao fonte do Windows que não existe
no Wine.
Com isso em mente, uma vez copiada a DLL você precisa configurar o Wine para usá-la.
Você pode configurar o Wine para escolher entre uma DLL nativa ou uma interna em dois
diferente níveis. Se você tiver selecionado Default Settings na aba Applications, as
mudanças que forem feitas afetarão todas as aplicações.
Para adicionar uma substituição para FOO.DLL, na aba Libraries digite "FOO" na caixa
New override for library e clique no botão Add. Para mudar como a DLL irá se comportar,
selecione-a e clique em Edit. Por padrão as DLLs adicionadas serão setadas para a
biblioteca nativa do Windows antes da biblioteca interna do Wine (Native then Builtin).
Você pode também escolher somente a nativa (Native(Windows)), somente a interna
(Builtin(Wine)), ou desabilita-la (Disable).
Observações sobre o sistema de DLL
A equipe do Wine determinou que as vezes se faz necessário criar DLLs falsas para
enganar alguns programas que checam a existência de arquivos para determinar se uma
característica particular está disponível. Se esse for o seu problema você pode criar um
arquivo vazio no diretório equivalente ao c:\windows\system para fazer com que o
programa pense que ele está lá, e as DLLs internas do Wine serão carregadas quando o
programa pedir ela.
Naturalmente algumas DLLs não são bem implementadas pelo Wine. Se você não tiver o
Windows para poder copiar as DLLs dele, você pode copiar de sites que podem ser
encontrados através de sistemas de busca. Certifique-se de estar obedecendo as
licenças das DLLs, pois algumas são distribuídas livremente e outras não.
DLLs faltando
Caso o Wine acuse que uma DLL está faltando, você deve checar se esse arquivo é uma
DLL disponível publicamente ou se é uma DLL pertencente ao seu programa (procurando
por seu nome na internet). Depois de localizá-la, você deve se certificar se o Wine pode
usa-la. As DLLs são normalmente carregadas na seguinte ordem:
Questão:
Através do Winecfg é possível definir qual a versão padrão do Windows que será
emulada para os aplicativos iniciados?
Configurações gráficas
Existem basicamente cinco configurações gráficas diferentes que você pode usar. Para a
maioria das pessoas o padrão é o ideal.
A primeira representa o número de cores que podem ser mostradas na tela. Placas de
vídeo antigas demoram muito tempo para mostrar toda a grade de cores e para elas é útil
poder especificar um gráfico de "8-bits". Placas de vídeo modernas, normalmente com
mais de 8MB de memória, não têm problema em usar um display de 24 ou 32-bits.
Você pode também emular um "virtual desktop". Nesse caso, todos os programas irão
executar em uma janela separada. Está pode ser uma boa forma para testar erros nos
jogos que mudam a resolução da tela. A resolução padrão é 640x480, mas você pode
tentar vários tamanhos.
O Windows requer uma configuração do disco rígido que é simulada pelo Wine. A maioria
das pessoas são familiarizadas com a notação "A:" para representar a o drive de
disquete, o "C:" representa o disco rígido principal. etc. Wine usa o mesmo conceito para
mapear esses drivers para o sistema de arquivos nativo do Linux.
Configurando manualmente
Você também pode configurar os drives manualmente, sem usar o Winecfg. Todos os
drives ficam em um diretório específico, ~/.wine/dosdevices. Os drives são simplesmente
links, ou atalhos, para onde os drives realmente estão no sistema.
O Wine configura automaticamente os drives que ele detecta na primeira vez que você
executa o Wine:
$ ls -la ~/.wine/dosdevices/
lrwxrwxrwx 1 wineuser wineuser 10 Jul 23 15:12 c: ->
../drive_c
lrwxrwxrwx 1 wineuser wineuser 1 Jul 23 15:12 z: -> /
Para adicionar outro drive que não foi detectado anteriormente, por exemplo o CD-ROM,
você precisa criar um novo link da seguinte forma:
ln -s /mnt/cdrom ~/.wine/dosdevices/d:
Fique atento para o estilo definido para um novo drive - o nome é formado por uma letra
seguida por dois pontos ( , como "a:" ou "d:".
Como o link do drive "c:" aponta para ~/.wine/drive_c, você pode interpretar que uma
referência para c:\windows\system significa ~/.wine/drive_c/windows/system.
Questão:
Os drives removíveis (CD-ROM e disquete) não são suportados pelo Wine, pois são
reconhecidas somente partições formatadas em EXT3, EXT2 ou ReiserFS.
Configuração de som
O Wine pode trabalhar com diferentes sistemas de audio que você pode escolher na aba
"Audio". O botão "Autodetect" pode configurá-lo todo automaticamente, ou você pode
selecionar um driver manualmente. Distribuições antigas usando o kernel 2.4 ou anterior
normalmente usam o driver "OSS". Kernels a partir do 2.6 utilizam o "ALSA". Para
verificar a sua versão do kernel você pode executar o seguinte comando no shell:
$ uname -r
Se você tiver usando o KDE, provavelmente você pode usar o driver "aRts". Se você tiver
usando o GNOME provavelmente você possa usar o EsounD. Os drivers OSS e ALSA
foram os mais testados, portanto é recomendável usá-los se possível. Se você precisar
usar o "Jack" ou "NAS" provavelmente você já vai saber o porque.
Aparência
O Wine pode carregar temas de janelas que você tiver disponível. Apesar de não afetar
em nada o funcionamento do Wine e dos programas executados por ele, mudar o tema
da aparência pode deixa-lo com uma aparência mais agradável. O Wine suporta o novo
tipo de tema MSStyles. Com o tema do "Microsoft Plus!" com suporte aos arquivos
.msstyles, os controles das janelas podem ter o visual alterado. Se você desejar testar,
siga os seguintes passos:
Compartilhamento de rede
Não esqueça de criar o diretório ~/.wine/dosdevices/unc caso ele ainda não exista.
Fontes
Impressoras
Scanners
No Windows, os scanners usam a API TWAIN para acessar o hardware. A DLL TWAIN
interna do Wine simplesmente redireciona as requisições para as bibliotecas SANE do
Linux. Mas para utilizar o scanner no Wine você tem que ter certeza de que você pode
acessa-lo através do SANE. Depois você deve verificar se você tem o xscanimage
disponível para o uso. Atualmente o xscanimage é enviado no pacote sane-frontends
mas pode não estar instalado na sua distribuição.
Questão:
Para adicionar uma determinada fonte, é preciso encontrar a fonte equivalente para o
Linux, visto que o Wine não suporta os arquivos .ttf usados no Windows.
Lição 4 - Uso básico
Instalação
Considerando que você está usando uma instalação do Windows emulada pelo Wine,
você deve instalar aplicações da mesma forma que você faria em uma instalação normal
do Windows: através do instalador. Você pode aceitar o padrão pra a instalação, muitos
instaladores terão como diretório padrão o "C:\Arquivos de Programas".
$ uninstaller
$ wine control
Em aplicações que não instalam um menu ou um item no Desktop, você terá que
executar a aplicação através de um comando. Sabendo onde a aplicação foi instalada, o
comando seria assim:
O caminho do diretório não é sensitive case , ou seja, o Wine não faz distinção de letras
minúsculas e maiúsculas, mas lembre-se de colocar as aspas duplas.
DCOM98 e IEXPLORER
O dcom98.exe é o instalador de uma importante atualização do Windows 98 para o wine,
que possibilita executar algumas aplicações Windows com melhor desempenho.
Para efetuar a instalação do dbcom98 você deve selecionar no winecfg o Sistema
operacional Windows 98 e fazer o download e instalar da seguinte forma:
http://download.microsoft.com/download/d/1/3/d13cd456-f0cf-4fb2-a17f-
20afc79f8a51/DCOM98.EXE
O Iexplorer (browser Internet Explorer) tambem pode ser instalado, pois alguns
programas dependem dele para funcionar no Wine. A instalação deve ser feita após a
instalação do Dcom98, e de forma semelhante:
http://download.microsoft.com/download/ie6sp1/finrel/6_sp1/W98NT42KMeXP/EN-
US/ie6setup.exe
Logo após, baixe os dados dos registros do ie6setup, descompacte e insira no registro da
seguinte forma:
http://frankscorner.org/files/ie6registry.tgz
$ regedit ie6-icw.reg
$ regedit ie6.reg
$ regedit iexplore.reg
Questão:
A única forma de remover um programa instalado no Wine, é deletando a sua pasta de
instalação localizada na pasta "Arquivos de Programas"?
Navegador gráfico
Se você prefere usar uma interface gráfica para navegar por seus arquivos, uma boa
alternativa seria o Winefile. Essa aplicação do Wine pode encontrar outros programas do
Wine. Essa é uma boa forma de ver a configuração dos drives e localizar arquivos,
podendo também executar programas diretamente do Winefile. Muitas das funções do
Winefile ainda estão em desenvolvimento.
$ winefile
Observe a saída do comando $ wine --version para ter certeza que você está usando a
última versão do Wine. Execute o Winecfg e verifique
se as configurações estão corretas.
Isso também pode ajudar em alguns casos, iniciar uma aplicação através do diretório em
que se encontra ou especificando o diretório emulado pelo
Wine. São essas as formas possíveis:
$ wine ~/.wine/drive_c/Arquivos de programas/Prog/programa.exe
$ wine "c:\Arquivos de Programas\Prog\programa.exe"
Pode ser que a estrutura do Wine esteja danificada. Verifique se todas as dependências
estão corretas e atualizadas na ultima versão disponível.
Talvez a sua aplicação utilize alguma proteção contra cópia ou contra hacks. Muitas
proteções atualmente não são suportadas pelo Wine. Mas talvez no futuro elas serão
suportadas.
Reconfigure o Wine
Activex
Algun programas precisam do plugin Activex para serem instalados. Apesar do Wine
solicitar ao usuário a confirmação para fazer o download automaticamente, algumas
vezes a instalação não é concluida com exito. Para essa situação, tente instalar o pacote
do seguinte link:
http://source.winehq.org/mozactivex
Procurar por informações na internet é sempre a melhor forma de obter ajuda, pois é
muito provável que alguém já tenha feito o que você pretende fazer. Você pode encontra
ajuda nos seguintes locais:
Questão:
Caso um aplicativo não funcione de imediato após a instalação do mesmo, significa que
ele não é
suportado pelo Wine.
Verdadeiro. Falso.