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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

SETOR DE EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DE PLANEJAMENTO E ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO
DISCIPLINA: PRODUÇÃO DO SABER: ORGANIZAÇÃO ESCOLAR:
QUESTÕES METODOLÓGICAS E CONCEITUAIS
PROFESSORA: MARIA MADSELVA FERREIRA FEIGES

CONCEPÇÕES E TENDÊNCIAS DA EDUCAÇÃO


E SUAS MANIFESTAÇÕES NA PRÁTICA PEDAGÓGICA ESCOLAR1

PEDAGOGIA LIBERAL
¾ Justificação do sistema capitalista;
¾ Ênfase na defesa da liberdade e dos direitos e interesses individualistas na sociedade;
¾ Forma de organização social baseada na propriedade privada dos meios de produção.

TEORIA NÃO- CRÍTICAS


¾ Manutenção do “status quo”.
TRADICIONAL OU ESCOLA NOVA
TENDÊNCIA TENICISTA
CONSERVADORA DIRETIVA NÃO- DIRETIVA
Predomínio: até 1930 ¾ 1932 – Manifesto dos ¾ Educação centrada ¾ Surge no Brasil em
Vertentes: Pioneiros da Educação no estudante; meados da década de 50,
¾ Católica: monopólio Nova, encabeçado por ¾ Prática pedagógica mas é introduzida
jesuítico até 1759; Fernando Azevedo; antiautoritária. efetivamente no final dos
MANIFESTAÇÕES ¾ Leiga: liberalismo ¾ 1934 – Constituição; anos 60, com predomínio a
DE PRÁTICA clássico 1759 a 1930. ¾ 1940 – Psicologismo partir de 1978;
PEDAGÓGICA Pedagógico; ¾ As Leis 5.540/68 (ensino
ESCOLAR NO ¾ 1950 – Sociologismo universitário) e 5.692/71
BRASIL Pedagógico; (ensino de 1º e 2º graus) são
¾ 1960 – Economicismo marcos da implantação do
Pedagógico. modelo tecnicista;
¾ Surge a figura do Orientador Educacional. ¾ Surge a figura do
Supervisor Educacional.
¾ Ensino humanístico ¾ Os problemas sociais ¾ Favorece o ¾ Aprendizagem é
de cultura geral; pertencem à sociedade; amadurecimento modificação de
¾ Ensino tradicional de ¾ A ênfase na cultura emocional, a autonomia desempenho;
caráter verbalista, esconde a realidade das e as possibilidades de ¾ O aluno é submetido a
autoritário e inibidor da diferenças de classe; auto-realização do um processo de controle do
participação do aluno; ¾ Aprender é uma aluno, pelo comportamento, a fim de ser
¾ Conteúdos atividade de descoberta. A desenvolvimento da levado a atingir objetivos
enciclopédicos e aprendizagem é um ato valorização do seu previamente estabelecidos;
descontextualizados; individual, uma “eu”; ¾ O ensino é organizado
¾ Valorização do construção subjetiva do ¾ Aprendizagem em função de pré-requisitos;
conteúdo, do intelectual, conhecimento; significa modificação ¾ Ensino: processo de
da disciplina, do ¾ O aluno é o centro do das próprias condicionamento/reforço da
diretivismo; processo de ensino; percepções; resposta que se quer obter,
¾ Educação centrada ¾ Auto-aprendizagem ¾ Valoriza as acontece através da:
no professor, que deve ter (“aprender a aprender”); experiências dos operacionalização dos
PRESSUPOSTOS domínio dos conteúdos; ¾ Aluno solidário, alunos; objetivos e mecanização do
TEÓRICOS ¾ Ensinar é repassar respeitador das regras, ¾ As atividades processo;
conhecimentos; participante; acontecem de acordo ¾ Não se preocupa com o
¾ Criança: capacidade ¾ O ambiente é um com a realidade do processo mental do aluno,
de assimilação igual a do meio estimulador; aluno (segundo suas mas sim com o produto
adulto, porém menos ¾ A motivação depende experiências desejado;
desenvolvida; da força de estimulação individuais); ¾ Busca-se a “eficiência”,
¾ Programas de ensino do problema e das ¾ O ensino é a “eficácia”, a “qualidade”, a
são baseados na disposições internas para centrado no aluno; “racionalidade”, a
“progressão lógica”; aprender; ¾ O professor é um “produtividade” e
¾ O aluno é educado ¾ Valorização do mero facilitador da “neutralidade” na escola,
para atingir pelo próprio aspecto psicológico aprendizagem; que deve funcionar como
esforço sua plena (testes e inteligência) do ¾ A motivação da uma empresa.
realização pessoal. sentimento, da aprendizagem é o
subjetividade. desejo de adequação
pessoal na busca de
auto-realização.

1
Síntese elaborada pelas alunas Diana Cristina de Abreu, Edna Cristina Bueno Bighi Gazim, Eloína Alves dos Santos Suss, Luciana
Szenczuk, Marcia Maria da Silva e Rúbia Helena Naspolini Coelho na disciplina Produção Social do Saber e Organização Escolar:
Questões conceituais e metodológicas, ministrada pela professora Maria Madselva F. Feiges, Curso de Especialização em
Organização do Trabalho Pedagógico, Setor de Educação da UFPR, Curitiba, 2003.
1
TRADICIONAL OU ESCOLA NOVA TENICISTA
TENDÊNCIA
CONSERVADORA DIRETIVA NÃO- DIRETIVA
¾ Johann Friedrich ¾ Dewey (1859-1952) – ¾ Rosseau (1712- ¾ Skinner;
Herbart (1776-1841) -
“aprender fazendo”; 1778) – enfatiza aspectos ¾ Gagné;
“A prática da reflexão
¾ Montessory (1870-1952) – da orientação não- ¾ Bloom;
metódica”, baseado Métodos ativos e diretiva; ¾ Cosete Ramos.
na clareza, na individualização do ensino; ¾ Roger (1902-1987) –
associação, no ¾ Claparedè (1873-1940) – Método não-diretivo:
sistema e no método.
Educação funcional e 1. concepção
REPRESENTANTES diferenciada; terapêutica;
OU TEÓRICOS ¾ Piaget (1896-1980) – 2. aconselhamento
estudos sobre os processos com a finalidade de
de construção do pensamento eliminação da
na criança; inconsciência entre auto
¾ Brasil: Anísio Teixeira, conceito e experiência
Lourenço Filho, Fernando pessoal – raiz das
Azevedo. dificuldades
psicológicas.
¾ Inatista - com ¾ Interacionismo ¾ Psicologia ¾ Behaviorista;
vertentes na teologia Contrutuivista – Piaget: terapêutica; ¾ Comportamentalista;
e com interpretações - Psicologia do ¾ Psicologia ¾ Instrumentalismo;
errôneas da Teoria da desenvolvimento: enfoque nos humanista – ênfase nas ¾ Ambientalista.
Evolução, da genética processos cognitivos da relações interpessoais e
e da embriologia; criança; no crescimento que
¾ O homem traz as - O homem constrói o delas resulta, centrado
PSICOLOGIA qualidades básicas conhecimento durante sua no desenvolvimento da
(percepção, valores, vida, na interação homem- personalidade do
hábitos, crenças), meio; indivíduo em seus
basicamente prontas - Biopsicologização da processos de
ao nascer. sociedade, da educação e da construção e
escola; organização pessoal.
- Testes de inteligência e de
personalidade.
¾ Concepção ¾ Concepção humanista ¾ Concepção ¾ Concepção Analítica
humanista moderna: humanista moderna: - Não pressupõe uma
tradicional: - Centra-se na existência, na - Ênfase na importância visão de homem, nem de
- Centra-se na vida, na atividade – a natureza do desenvolvimento das um “sistema filosófico”;
essência do intelecto, humana é ativa, subjetiva; habilidades mentais, - Busca efetuar a análise
no conhecimento; - “O homem é a fonte de todos como observação, lógica da linguagem
FILOSOFIA
- Homem – os atos”, é um ser autônomo, análise, reflexão e educacional;
constituído por uma criado para a liberdade, sem criatividade. - Neopositivista: o
essência imutável. ser determinado pelo meio conhecimento científico é
social; analítico, requer exatidão e
- Predispõe-se a fazer a clareza.
equalização social.
¾ Converter o ¾ Escola democrática, ¾ Preparar o individuo ¾ Articula-se com o
súdito em cidadão proclamada para todos; para desempenhar sistema produtivo para o
que domine a arte e a ¾ Valorizar o conhecimento papéis sociais; aperfeiçoamento do
retórica; que o aluno traz; estimular os ¾ Promover o auto- sistema capitalista: provê a
¾ Transmitir alunos que são diferentes e desenvolvimento e formação de indivíduos
conhecimentos necessitam de estímulos realização pessoal; para o mercado de
acumulados pela diferentes; ¾ Enfoque na trabalho, de acordo com as
humanidade; ¾ Adequação das formação individual; exigências da sociedade
¾ Realizar a necessidades individuais ao ¾ Prioriza os industrial e tecnológica;
preparação meio social; problemas psicológicos ¾ Preocupa-se com
intelectual e moral do ¾ Ajustamento social por em detrimento dos aspectos mensuráveis e
PAPEL DA ESCOLA
indivíduo para meio de experiências, em que pedagógicos; observáveis;
assumir seu lugar na a escola deve retratar a vida. ¾ Privilegia situações ¾ O aluno é um ser bio-
sociedade; problemáticas psico-social;
¾ Ofertar o mesmo correspondentes aos Funciona como
caminho para todos, interesses do aluno; modeladora do
privilegiando, assim, ¾ Enfoque no comportamento humano.
as camadas mais afrouxamento das
favorecidas. normas disciplinares
(autoridade disfarçada,
as funções de professor
e aluno se confundem).

2
¾ Conteúdos ¾ Os conteúdos são ¾ Os conteúdos são ¾ Os conteúdos são
humanísticos selecionados a partir dos selecionados a partir baseados nos princípios
selecionados da interesses e experiências dos interesses e científicos, manuais e
cultura universal, vividas pelos alunos; experiências vividas módulos de auto-instrução
separados da ¾ A aquisição do saber é pelos alunos; que visam objetivos e
experiência dos mais importante que o próprio ¾ Os conhecimentos habilidades que levam à
alunos e da realidade saber; em si são dispensáveis, competência técnica;
social; ¾ Ênfase nos processos de são apenas meios para o ¾ Informações,
¾ Conteúdos desenvolvimento das relações auto-desenvolvimento; princípios e leis,
CONTEÚDOS DE
enciclopédicos e sociais, da convivência em ¾ Consistem em organizados em uma
ENSINO
intelectualistas, que grupo e do saber fazer. experiências que o aluno seqüência lógica e
são repassados como reconstrói. psicológica, estabelecida e
verdades absolutas; ordenada por especialistas;
¾ Latim: arte ¾ Material Instrucional
retórica; sistematizado nos
¾ Científico manuais, livros didáticos,
dogmático, apostilas, etc.
cumulativo e
quantitativo.

TRADICIONAL OU ESCOLA NOVA TENICISTA


TENDÊNCIA
CONSERVADORA DIRETIVA NÃO- DIRETIVA
¾ Valorização de ¾ Valorização dos ¾ A relevância do ¾ Ênfase na
aspectos cognitivos e aspectos afetivos aprendido se dá em relação produtividade do aluno;
quantitativos com ênfase (atitudes); ao “eu”; ¾ Uso de testes
na memorização; ¾ Valorização da ¾ Privilegia a auto- objetivos;
¾ Verificação dos atividade do aluno pela avaliação; ¾ Realização de
resultados através de descoberta pessoal que ¾ Atividades avaliativas: exercícios programados;
interrogatórios orais e passa a compor a estrutura - Debates entre os alunos; ¾ Está diretamente
escritos, provas, cognitiva; - Seminários com ligada aos objetivos
exercícios e trabalhos de ¾ Valorização dos exposição individual ou em estabelecidos;
casa; aspectos Bio-psico- grupo; ¾ Ocorre no final do
¾ O aluno deve sociais; - Elaboração de murais processo com a finalidade
FUNÇÃO DA reproduzir na íntegra o ¾ Preocupação com: pedagógicos; de constatar se os alunos
AVALIAÇÃO que foi ensinado (avaliado participação, interesse, - Relatórios das pesquisas adquiriram os
por banca examinadora); socialização e conduta experimentais e estudos do comportamentos
¾ Classificatória. (assiduidade, meio; desejados;
responsabilidade, higiene, - Trabalhos em grupos, em ¾ Prática diluída,
pontualidade); que o educando deve eclética e pouco
¾ Avaliação para o aprender a fazer, fazendo; e fundamentada, com
desenvolvimento a pensar pensando, em exagerado apego aos
individual do aluno; situações definidas. livros didáticos.
¾ Ênfase na auto-
avaliação, a partir de
critérios internos do
organismo.
¾ Professor é o centro ¾ O professor é um ¾ O professor é um ¾ O professor é apenas
do processo; facilitador da especialista em relações um elo de ligação entre a
¾ Professor autoritário aprendizagem, que auxilia humanas; verdade científica e o
que transmite o o desenvolvimento livre e ¾ O relacionamento aluno; é o técnico
conhecimento; espontâneo da criança; professor-aluno deve ser responsável pela
¾ Baseada em regras e ¾ O professor não deve autêntico e pessoal, em eficiência do ensino,
disciplina rígida; ensinar, mas sim criar que o professor aceite a quem administra as
RELAÇÃO ¾ Aluno é passivo, condições para que os pessoa do aluno; condições de transmissão
PROFESSOR- submisso, receptivo e alunos aprendam; ¾ O professor tem de ter de matéria;
ALUNO sujeito ao castigo. ¾ O aluno é o centro do a capacidade de ser ¾ O aluno é um ser
processo de ensino- confiável; receptivo e fragmentado, espectador
aprendizagem, é um ser intervir o mínimo possível que está sendo preparado
ativo. na aprendizagem do aluno, para o mercado de
já que a sua intervenção trabalho, para “aprender a
ameaça e inibe o aluno. fazer”.

3
¾ Herbatiano ou ¾ Método de Pesquisa ¾ Método Não-Diretivo: ¾ Procedimentos e
Científico ou Método da Descoberta: - Concepção terapêutica; técnicas para a
- Método expositivo - Corresponde ao Método - Aconselhamento com a transmissão e recepção
organizado em cinco Científico Indutivo finalidade de eliminação da de informações;
passos que, segundo formulado por Bacon, que inconsciência entre auto- ¾ Abordagem
Herbart, constituem a apresenta três momentos conceito e experiência sistêmica;
ordem psicológica mais fundamentais: observação, pessoal – raiz das ¾ Debates, reflexões,
MÉTODO DE adequada para a generalização, e dificuldades psicológicas. discussões e
ENSINO E assimilação de novas confirmação; questionamentos são
ASPECTOS idéias e experiências; - Dilui a diferença entre considerados
TEÓRICOS - Este método didático ensino e pesquisa, onde a desnecessários; relações
exige raciocínio indutivo pesquisa deve encetar afetivas e pessoais não
(observação dos fatos); investimentos que são consideradas;
- Antimetafísico (contra o realmente contribuam para ¾ Proposta
abstrato). o enriquecimento cultural metodológica de
da humanidade. eficientização e eficácia
da aprendizagem.

¾ Aula expositiva: 1. Centros de Interesses; ¾ Contratos onde alunos ¾ Coloca a atenção em


exposição verbal ou 2. Estudo Dirigido; e o professor estabelecem modos instrucionais que
demonstração pelo 3. Método de Projetos; níveis de aproveitamentos, possibilitam controle
professor é a técnica 4. Fichas Didáticas; tópicos e conceitos (nota A efetivo dos resultados:
considerada mais 5. Contrato de Ensino; ou B); - instrução programada,
adequada para a ¾ As técnicas e os ¾ Grupos de - pacotes de ensino,
transmissão de métodos são orientados facilitadores: um - módulos instrucionais,
conteúdos na sala de por três princípios: presidente e um relator que etc.;
aula; individualização, liberdade preparam as sessões de ¾ Técnicas de
¾ Ênfase nos e espontaneidade; estudo com o professor microensino.
exercícios, cópias, ¾ As técnicas de ensino (consultor).
leituras, repetição e utilizadas na escola nova ¾ Entrevista: criar no
memorização de exigem o uso de muitos curso da entrevista uma
TÉCNICAS DE conceitos e fórmulas; recursos didáticos. atmosfera, propícia para
ENSINO ¾ Envolvem três que o próprio aluno
etapas: introdução, escolha os seus objetivos;
desenvolvimento e ¾ Trabalhos em grupo,
conclusão; pesquisas,
¾ Método jogos/criatividade,
rigorosamente lógico e observação, experiências,
idêntico para todas as dinâmicas de grupos,
disciplinas; pesquisas.
¾ Cabe ao mestre a
seleção e estruturação da
matéria a ser aprendida;
¾ Estímulo ao
individualismo e à
competição.

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TRADICIONAL OU ESCOLA NOVA TENICISTA
TENDÊNCIA
CONSERVADORA DIRETIVA NÃO- DIRETIVA
¾ Método Expositivo: ¾ Método de Pesquisa ¾ Método Clínico de ¾ Método Científico:
1. Preparação ou Método da Descoberta: Rogers: - Preocupação científica que
- Evocação, no aprendiz - O método de ensino tem 1. Contato com a está baseada em princípios
de velhas idéias a seguinte estrutura: realidade da tecnologia educacional;
relacionadas com as 1. Atividade - o contato com a - “Harmonização” entre as
novas; - O ensino começa sempre realidade torna a necessidades dos alunos e
- Recordação da lição com uma atividade, a qual aprendizagem os valores sociais;
anterior, portanto, do já pode suscitar um significativa, pelo 1. Objetivos instrucionais
aprendido; problema; vínculo das operacionalizados em
2. Apresentação 2. Problema experiências e comportamento observável
- Contemplação e - Alunos e professor motivações do e mensurável;
apreensão do objeto da precisam resolver o individuo; 2. Procedimentos
aprendizagem; problema; 2. Autenticidade ou instrucionais;
- O novo conhecimento é 3. Levantamento de congruência 3. Ênfase nos meios, na
colocado diante do aluno dados - o professor deve ser instrução programada, nas
e a este cabe assimilar; - Os alunos levantam os sentido como pessoa técnicas de microensino,
3. Assimilação mais diferentes dados unificada, integrada, nos recursos audiovisuais.
- As novas idéias são documentais, congruente;
relacionadas com as bibliográficos, dados de 3. Aceitação positiva
velhas idéias; campo; incondicional
- Trata-se de identificar, 4. Formulação de - o professor aceita os
por comparação, o Hipóteses Explicativas sentimentos do aluno,
diferente entre os - Os dados organizados em toda espécie de
elementos já conhecidos; pelos alunos servem de atitude;
4. Generalização base para formulação de 4. Empatia
- O que é geral separa-se uma ou mais hipóteses -capacidade de captar o
de aspectos particulares explicativas para o mundo do aluno como
PASSOS DO
concretos: os aspectos problema; se fosse o seu, em
MÉTODO
gerais são unidos às 5. Experimentação todas as reações ao
idéias anteriormente - Os alunos testam as enfrentar uma nova
adquiridas e ocorre a hipóteses explicativas, o matéria.
sistematização da que lhes permite rejeitar
aprendizagem; ou confirmar as hipóteses
- Se o aluno já assimilou o formuladas;
novo conhecimento, é ¾ Este método didático
capaz de identificar todos assume caráter
os fenômenos “pseudocientífico”,
correspondentes ao porque confunde ciência e
conhecimento adquirido; ensino.
5. Aplicação
- As idéias já
sistematizadas são
retomadas, desenvolvem-
se novas relações e as
idéias são aplicadas;
- O aluno vai demonstrar
se aprendeu, se assimilou
ou não o conhecimento.
Isto é
verificado através de
exemplos novos, ainda
não manipulados pelo
aluno;
- Coincide com as “lições
de casa”.

MODELO DE SO SO SO SO


CONHECIMENTO (Objetivista) (Subjetivista) (Subjetivista) (Objetivista)

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TEORIAS CRÍTICO-REPRODUTIVISTAS
¾ São críticas porque postulam não ser possível compreender a educação senão a partir dos seus condicionantes sociais.
¾ Não constituem pedagogias;
¾ Não apresentam uma proposta pedagógica: o caráter reprodutivista da escola impede que ela seja diferente, donde a
inviabilidade ou inutilidade de uma proposta pedagógica vinculada aos interesses da classe trabalhadora.

TEORIA DO SISTEMA DE ENSINO TEORIA DA ESCOLA ENQUANTO TEORIA DA ESCOLA DUALISTA


TEORIA ENQUANTO VIOLÊNCIA APARELHO IDEOLÓGICO DE (1971)
SIMBÓLICA (1970) ESTADO
(1969)
TEÓRICOS P. Bourdieu e J.C. Passeron L. Althusser C. Baudelot e R. Establet

OBRA DE “A Reprodução: Elementos para “Ideologia e Aparelhos Ideológicos “A escola capitalista na França”
REFERÊNCIA uma teoria do sistema de ensino” do Estado” (s/d) (1971)
(1975)
INFLUÊNCIA NO ¾ Especialmente durante a década de 70;
BRASIL ¾ Saviani utiliza estes estudos como referência teórica para fazer a análise crítica da história das tendências
da educação brasileira.
CONCEPÇÃO DE ¾ A sociedade é dividida em classes antagônicas que sob a forma de luta de classe opõe burguesia ao
SOCIEDADE proletariado.
Essa luta trava-se nas relações de produção, que são relações de exploração.
¾ Violência Simbólica: os ¾ O Estado é composto por: ¾ A escola é dividida em duas
grupos e classes dominantes • Aparelhos Repressivos de grandes redes:
controlam os significados Estado (ARE) – polícia, tribunais, • Rede PP (primário-profissional)
culturalmente legítimos e prisões etc. – que funcionam → destinada aos trabalhadores e
socialmente mais valorizados. massivamente pela violência e • Rede SS (secundário-superior)
Estes significados medeiam as secundariamente pela ideologia → destinada à burguesia;
relações de poder entre grupos e e A escola é um aparelho ideológico da
classes. O capital cultural é • Aparelhos Ideológicos de Estado burguesia e está a serviço de seus
distribuído desigualmente entre (AIE) – igreja, escola, mídia etc. – interesses.
grupos e classes. Como que funcionam massivamente
resultado: pela ideologia e
• Aqueles que têm mais capital secundariamente pela violência.
cultural são mais bem- ¾ A escola é o AIE dominante na
CONCEITOS- sucedidos na escola; sociedade capitalista.
CHAVES
• A escolarização é a base para
uma mobilidade social
limitada, que dá aparência de
realidade à meritocracia;
• Portanto, a educação é o
processo de reprodução das
diferenças culturais e sociais.
¾ Qualquer ação pedagógica é
uma violência simbólica.
¾ A contradição principal existe brutalmente fora da escola sob a forma de uma luta que opõe a burguesia ao
proletariado; ela se trava nas relações de produção, que são relações de exploração.
FUNÇÃO DA ¾ É um instrumento de discriminação social, na medida em que reforça a dominação e legitima a
EDUCAÇÃO NA marginalização cultural e escolar;
SOCIEDADE ¾ Cumpre papel fundamental no processo de reprodução do capitalismo.
CAPITALISTA
¾ Sistema de Ensino ¾ O sistema das diferentes escolas ¾ A escola, em que pese a
↓ ↓ públicas e particulares constitui o aparência unitária e unificadora, é
Reprodução do Reprodução instrumento mais acabado de uma escola dividida em duas
das reprodução das relações de grandes redes (PP e SS), as quais
próprio corpo relações produção do tipo capitalista: correspondem à divisão da
sociais Escola sociedade capitalista em duas
acadêmico de produção ↓ ↓ classes fundamentais:
↓ Reprodução Inculcação Escola
Reprodução do da força de Ideológica ↓ ↓
poder acadêmico trabalho Formação Inculcação da
↓ de força de Ideologia
FUNÇÃO DA Reprodução do Próprio sistema trabalho burguesa
ESCOLA NA de ensino ↓ ↓
SOCIEDADE ¾ A escola realiza a (re) Qualificação Inculcação
CAPITALISTA produção do habitus, que é uma do trabalho explícita da
formação durável, produto da intelectual ideologia
interiorização dos princípios do X burguesa
arbitrário cultural capaz de Desqualificação e
perpetuar-se após a cessação da do trabalho recalcamento,
ação pedagógica e por isso se manual sujeição e
perpetuar nas práticas os disfarce da
princípios do arbitrário ideologia
interiorizado; proletária
Escola = vetor de assimilação das
mensagens produzidas pela
indústria cultural.
¾ Explicita os mecanismos de funcionamento da escola capitalista e como esta se constitui;
¾ Põe em evidência o comprometimento da educação com os interesses da classe dominante;
¾ Considera a luta de classes, porém esta fica diluída, tal o peso da dominação burguesa;
¾ Defende que quanto mais os professores ignoram que estão reproduzindo a sociedade capitalista, tanto
CONTRIBUIÇÕES
mais eficazmente a reproduzem; 6
¾ Afirma que todos os esforços realizados na/pela escola na luta pela transformação da sociedade revertem
sempre no reforçamento dos interesses da classe dominante. Desta forma, a possibilidade de a escola ser um
instrumento de luta proletária é descartada.
7
PROGRESSISTA
PEDAGOGIA

¾ A escola é condicionada pelos aspectos sociais, políticos e culturais, mas contraditoriamente existe nela um
espaço que aponta a possibilidade de transformação social;
¾ A educação possibilita a compreensão da realidade histórico-social e explicita o papel do sujeito
construtor/transformador dessa mesma realidade.
CRÍTICA
TEORIA ¾ Sustenta a finalidade sócio-política da educação;
¾ Instrumento de luta de professores ao lado de outras práticas sociais.
TENDÊNCIA LIBERTÁRIA LIBERTADORA HISTÓRICO-CRÍTICA
¾ Antiautoritarismo e ¾ Primeira experiência: ¾ Marco teórico 1979;
auto-gestão são os Movimento de Cultura Popular no ¾ A prática pedagógica propõe uma
MANIFESTAÇÕE princípios fundamentais da Recife (1964); interação entre conteúdo e realidade
S DE PRÁTICA proposta pedagógica ¾ Projeto de Educação de concreta, visando a transformação da
PEDAGÓGICA anarquista (que abrange Adultos: sociedade (ação-compreensão-ação);
ESCOLAR NO várias correntes: libertários, - Círculo de Cultura; ¾ Enfoque no conteúdo como produção
BRASIL psicanalistas e sociólogos). - Centro de Cultura. histórico-social de todos os homens;
¾ Superação das visões não-críticas e
crítico-reprodutivistas da educação.
¾ Questionamento da ¾ Teoria do conhecimento ¾ Defende a escola como socializadora dos
ordem social existente; aplicada à educação, que é conhecimentos e saberes universais;
¾ Preocupação com a sustentada por uma concepção ¾ A ação educativa pressupõe uma
educação política dos dialética em que educador e articulação entre o ato político e o ato
indivíduos e com o educando aprendem juntos numa pedagógico;
desenvolvimento de pessoas relação dinâmica na qual a ¾ Interação professor-aluno- conhecimento
mais livres; prática, orientada pela teoria, e contexto histórico-social;
¾ Profunda ligação entre reorienta essa teoria, num ¾ A inter-subjetividade é mediada pela
educação e os planos de processo de constante competência do professor em situações
mudança social; aperfeiçoamento; objetivas;
¾ O ensino deve ¾ A educação é sempre um ato ¾ A interação social é o elemento de
desenvolver todas as político; compreensão e intervenção na prática social
possibilidades da criança ¾ Educação problematizadora, mediada pelo conteúdo;
(integralidade), sem conscientizadora; ¾ Concepção dialética da história
abandonar nenhum aspecto ¾ O fundamental na educação (movimento e transformação);
mental ou físico, intelectual é que os educandos se ¾ Pressupõe a práxis educativa que se
ou afetivo; reconheçam enquanto sujeitos revela numa prática fundamentada
¾ Defesa da auto-gestão; histórico-sociais, capazes de teoricamente;
¾ Rejeitam toda forma de transformar a realidade; ¾ A natureza e especificidade da educação
PRESSUPOSTOS
governo. ¾ A categoria pedagógica da refere-se ao trabalho não-material, que na
TEÓRICOS
conscientização preocupa-se com escola pública não se subordina ao capital;
a formação da autonomia ¾ A tarefa desta pedagogia em relação à
intelectual do sujeito para intervir educação escolar implica:
na realidade; a) Identificação das formas mais
¾ Crítica à “educação desenvolvidas em que se expressa o saber
bancária”. objetivo produzido historicamente,
reconhecendo as condições de sua produção
e compreendendo as suas principais
manifestações, bem como as tendências
atuais de transformação;
b) Conversão do saber objetivo em saber
escolar de modo a torná-lo assimilável pelos
alunos das camadas populares no espaço e
tempo escolares;
c) Provimento dos meios necessários para
que os alunos não apenas assimilem o saber
objetivo enquanto resultado, mas apreendam
o processo de sua produção, bem como as
tendências de sua transformação.
¾ Freinet (1896-1966) – ¾ Paulo Freire; ¾ Demerval Saviani, Jamil Cury, Gaudêncio
Educação pelo trabalho e ¾ Moacir Gadotti; Frigotto, Luiz Carlos de Freitas, Acácia
pedagogia do bom senso; ¾ Rubem Alves. Zeneida Kuenzer, José Carlos Libâneo
REPRESEN- ¾ Lobrat (discípulo de (Pedagogia Crítico-Social dos Conteúdos);
TANTES OU Freinet) – Pedagogia ¾ Influências de autores internacionais
TEÓRICOS institucional e auto-gestão como: Marx, Gramsci, G. Snyders, M.
pedagógica; Manacorda, Makarenko, Suchodolski.
¾ Maurício Trautemberg –
auto-gestão institucional.
¾ Corrente sócio-histórica: Vigotski, Lúria,
PSICOLOGIA Leontiev e Wallon.
¾ Anarquismo – uma ¾ Paulo Freire faz uma síntese ¾ Materialismo Histórico-dialético.
corrente que defende que “o de tendências como:
caminho da liberdade é a neotomismo, humanismo,
FILOSOFIA
própria liberdade”. fenomenologia, o existencialismo
e o neomarxismo.
8
TENDÊNCIA LIBERTÁRIA LIBERTADORA HISTÓRICO-CRÍTICA
¾ Desenvolver mecanismos ¾ Formação da consciência ¾ Valorização da escola como espaço
de mudanças institucionais e política do aluno para atuar e social responsável pela apropriação do
no aluno, com base na transformar a realidade; saber universal;
participação grupal, onde ¾ Problematização da ¾ Socialização do saber elaborado às
ocorre a prática de toda realidade, das relações sociais camadas populares, entendendo a
aprendizagem; do homem com a natureza e com apropriação crítica e histórica do
¾ Exercer uma os outros homens, visando a conhecimento enquanto instrumento de
PAPEL DA
transformação na transformação social. compreensão da realidade social e atuação
ESCOLA
personalidade do aluno no crítica e democrática para a transformação
sentido libertário e desta realidade.
autogestionário;
¾ Resistência contra a
burocracia como instrumento
de ação dominadora e
controladora do estado.
¾ Os conteúdos de ensino ¾ Os conteúdos (denominados ¾ Conteúdos culturais universais
são colocados à disposição temas geradores) são extraídos incorporados pela humanidade (clássicos),
dos alunos, porém não são da problematização da prática de permanentemente reavaliados face às
exigidos; vida dos educandos, assim a realidades sociais;
¾ O conhecimento codificação de uma situação- ¾ Conteúdos indispensáveis à
considerado mais importante é problema revela a força compreensão da prática social: revelam a
o que resulta das experiências motivadora da aprendizagem. realidade concreta de forma crítica e
vividas no grupo; Toma-se distância da situação- explicitam as possibilidades de atuação dos
CONTEÚDOS DE ¾ A apropriação dos problema para analisá-la sujeitos no processo de transformação desta
ENSINO conteúdos somente tem criticamente. Essa análise realidade.
sentido quando convertidos em envolve o exercício da abstração,
prática; através da qual se procura
¾ O conhecimento é a alcançar, por meio de
descoberta de respostas às representações da realidade
necessidades e exigências da concreta, a razão de ser dos
vida social, não sendo fatos – decodificação.
necessariamente os conteúdos
de ensino.
¾ Esta pedagogia não prevê ¾ Prática emancipadora; ¾ Prática emancipadora;
nenhum tipo de avaliação em ¾ Desenvolvimento e ¾ Função diagnóstica (permanente e
relação aos conteúdos; progresso do grupo a partir de contínua) → meio de obter informações
¾ A avaliação ocorre nas um programa definido necessárias sobre o desenvolvimento da
situações vividas, coletivamente com o grupo; prática pedagógica para a
experimentadas, portanto ¾ Prática vivenciada entre intervenção/reformulação desta prática e dos
FUNÇÃO DA
incorporadas para serem educador e educandos no processos de aprendizagem;
AVALIAÇÃO
utilizadas em novas situações. processo de grupo pela ¾ Pressupõe tomada de decisão;
compreensão e reflexão critica; ¾ O aluno toma conhecimento dos
¾ Trabalhos escritos e auto- resultados de sua aprendizagem e organiza-
avaliação em termos do se para as mudanças necessárias.
compromisso assumido com o
grupo e com a prática social.
¾ Professor e alunos são ¾ Educador e educandos são ¾ Relação interativa entre professor e
livres, um em relação ao outro sujeitos do ato do conhecimento; aluno, em que ambos são sujeitos ativos;
e desenvolvem uma relação ¾ O professor é o coordenador ¾ Professor e aluno são seres concretos
baseada na auto-gestão e no de debates, que estabelece uma (sócio-históricos), situados numa classe
anti-autoritarismo; relação horizontal, adaptando-se social → síntese de múltiplas
¾ O professor é um às características e necessidades determinações;
orientador, catalisador que do grupo; ¾ Professor → autoridade competente,
realiza reflexões em comum ¾ O aluno é sujeito direciona o processo pedagógico; interfere e
com os alunos. Cabe a ele: participante do/no grupo; cria condições necessárias à apropriação do
- ajudar o grupo a desenvolver- ¾ Matriz: amor, esperança, conhecimento, enquanto especificidade da
se como tal, auxiliando no humildade, fé, confiança, relação pedagógica.
RELAÇÃO
desenvolvimento de um clima criticidade;
PROFESSOR-
grupal em que seja possível ¾ Relação pedagógica com
ALUNO
aprender e superar os base na cultura do grupo.
obstáculos para aprender que
estão enraizados no indivíduo e
no grupo;
- ajudar o coletivo a descobrir e
utilizar os diferentes métodos
de pesquisa, ação, observação
e “feedback”;
- liberar as forças instituintes
do grupo, que funcionam como
analisadores das instituições.

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¾ Vivência grupal; ¾ Métodos e técnicas se ¾ Discussão;
¾ Assembléia; fazem e se refazem na práxis; ¾ Debates;
¾ Reuniões. Grupos de discussões, debates, ¾ Leituras;
TÉCNICAS DE entrevistas, tomada de ¾ Aula expositivo-dialogada;
ENSINO consciência para a ¾ Aulas expositivo-dialogadas;
transformação: da ingenuidade à ¾ Trabalhos individuais e trabalhos em
criticidade. grupo, com elaboração de sínteses
integradoras.

TENDÊNCIA LIBERTÁRIA LIBERTADORA HISTÓRICO-CRÍTICA


¾ Método Indutivo: ¾ Método Dialógico: ¾ Método da Prática Social;
- Faz o movimento do - Método ativo, dialogal, crítico e - Decorre das relações estabelecidas entre
composto ao simples, do geral criticizador; conteúdo – método e concepção de mundo;
ao particular, do número à - O método exige uma relação de - Confronta os saberes trazidos pelo aluno
unidade, da harmonia ao som, autêntico diálogo, em que os com o saber elaborado, na perspectiva da
da regra ao fato, do princípio à sujeitos do ato de conhecer se apropriação de uma concepção
aplicação; encontram mediatizados pelo científico/filosófica da realidade social,
- Vai do observado ao não- objeto a ser conhecido; mediada pelo professor;
observado, do conhecido ao - O diálogo engaja ativamente os - Incorpora a dialética como teoria de
desconhecido; sujeitos do ato de conhecer: compreensão da realidade e como método
- Método racional, educador- educando e educando- de intervenção nesta realidade;
experimental, científico: educador; - Fundamenta-se no materialismo histórico:
estimula a curiosidade, - Ao grupo de discussão cabe o ciência que estuda os modos de produção;
favorece a atividade cerebral, ato de auto-gerir a aprendizagem, - A relação de indissociabilidade entre forma
se afasta da credulidade, definindo o conteúdo e a e conteúdo pressupõe a socialização do
coloca a razão e a memória no dinâmica das atividades; saber produzido pelos homens;
seu devido lugar; - O professor deve se adaptar ao - Os fins a serem atingidos é que
- O exercício da liberdade pelo nível do grupo para ajudar o determinam os métodos e processos de
aluno tem que ser efetivo e real desenvolvimento próprio de cada ensino-aprendizagem;
desde o início, com caráter sujeito; - Busca coerência com os fundamentos da
progressivo, manifestando-se - A problematização da situação Pedagogia, entendida como processo
MÉTODO DE
plenamente nos últimos anos permite aos educandos chegar a através do qual o homem se humaniza (se
ENSINO
escolares; uma compreensão mais crítica da torna plenamente humano);
- Interesse em crescer dentro realidade, através de troca de - A prática é fundamento do critério de
da vivência grupal; experiências em torno da prática verdade e da finalidade da teoria;
- Relevância da experiência, da sócia; - Incorpora o procedimento histórico como
atividade prática que é - O método de ensino deve determinante da totalidade social;
incorporada e utilizada em possibilitar a vivência de - É na mediação entre o pensamento e o
situação nova; relações efetivas educando- objeto (enquanto o pensamento busca
- A participação grupal deve ser educador e educador-educando, apropriar-se do objeto) que desenvolve-se o
obtida através de assembléias, já que as relações têm caráter método.
conselhos, eleições, reuniões, reflexivo, conseqüente,
associações, de tal forma que o transcendente e temporal;
aluno leve para a escola e para - Dispensam-se programas
a vida cotidiana tudo que previamente estruturados, bem
aprendeu; como aulas expositivas, assim
- A auto-gestão é o conteúdo e como qualquer tipo de
o método, resume tanto o verificação direta da
objetivo pedagógico, quanto o aprendizagem, formas essas
político; próprias da “educação bancária”,
- Escolhida uma matéria, o portanto domesticadoras.
aluno é estimulado à pesquisa
independente.

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TENDÊNCIA LIBERTÁRIA LIBERTADORA HISTÓRICO-CRÍTICA
¾ Método Indutivo: ¾ Método Dialógico: ¾ Método da Prática Social:
1. Oportunidade de contato, - O método deve instrumentalizar 1. Prática social (ponto de partida):
abertura, relações informais os passos da aprendizagem: - Perceber e denotar: identificar o objeto e da
entre os alunos; 1. Codificação: situação aprendizagem e lhe dar significação;
2. O grupo começa a organizar- problema (programação - O aluno tem uma visão sincrética
se pela participação em compacta) (mecânica, desorganizada, nebulosa, de
discussões, cooperativas, - Situação existencial senso comum) a respeito do conteúdo;
assembléias; (codificadas) capazes de desafiar - É comum a professores e alunos, já que
3. O grupo se organiza de o grupo; sentem e sabem a prática social em nível
forma mais efetiva na direção - Intensifica o diálogo em torno sincrético, mas ambos encontram-se em
de conquista de sua liberdade. das situações codificadas com momentos diferentes (o professor domina o
“n” elementos e compõe nas conteúdo, enquanto o aluno não o domina),
informações totais das situações por isto o professor realiza uma síntese
onde se instala um circuito de precária;
decodificação; 2. Problematização:
2. Decodificação: com a ajuda do - Instruir e conotar;
professor, o grupo seleciona as - Momento para detectar as questões que
palavras geradoras a serem precisam ser resolvidas no âmbito da prática
decodificadas (desveladas); social e, em conseqüência, que
3. Problematização da situação: conhecimentos são necessários a serem
as contradições da realidade são dominados;
problematizadas, especialmente - Prever os futuros problemas e limites
aquelas que oprimem as (juízos de valor ou de qualidade), bem como
camadas populares. identificar os tipos de conhecimentos e
- A dinâmica codificação- técnicas necessários à solução desses
decodificação-problematização problemas.
permite aos educandos um 3. Instrumentalização:
esforço de compreensão do - Apropriação pelas camadas populares das
PASSOS DO
“vivido” até chegar ao nível mais ferramentas culturais necessárias à luta
MÉTODO
crítico de conhecimento da sua social para superar a condição de
realidade, sempre através da exploração em que vivem;
troca de experiências em torno 4. Catarse (categoria gramsciana):
da prática social; - Raciocinar e criticar;
Assim, o método de alfabetização - Incorporação dos instrumentos culturais,
implica: transformados em elementos ativos de
1. Levantamento do universo transformação social;
vocabular dos alunos do grupo - Elaboração superior da estrutura em
com quem se trabalha; superestrutura na consciência dos homens;
2. Escolha das palavras - Passagem da ação para a conscientização;
geradoras; 5. Prática social (ponto de chegada):
3. Criação de situações - Retorno à prática social, com o saber
existenciais típicas do grupo que concreto pensado para atuar e transformar
será alfabetizado; as relações de produção que impedem a
4. Criação de fichas-roteiro; construção de uma sociedade igualitária;
5. Elaboração de fichas com a - A compreensão sincrética dos alunos no
decomposição das famílias ponto de partida é agora elevada ao nível
fonéticas que são utilizadas para sintético;
a descoberta de novas palavras. - Visão sintética (elaborada, sistematizada,
explícita, orgânica, compreendida);
- Reduz-se a precaridade da síntese do
professor (fragmentação) no ponto de
partida, para uma compreensão mais
orgânica no ponto de chegada → visão de
totalidade;
- O consenso é o ponto de chegada;
- A educação põe-se a serviço da referida
transformação das relações de produção.

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MODELO DE S'O S'O S'O
CONHECIMENTO (reconhece a influência das (ênfase nas relações sociais que (ênfase nas relações histórico-sociais que
relações sociais, mas enfatiza o constituem o sujeito) constituem o objeto e o sujeito | relação
sujeito) dialética)

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
ALTHUSSER, Louis. Ideologia e Aparelhos Ideológicos de Estado. Lisboa: Ed. Presença, s/d.
CORDIOLLI, Marcos, RECH, Pedro Eloi e NOGUEIRA, Adriano. A Pedagogia Histórico-Crítica: Contextualização histórica e teórica. In:
Caderno Pedagógico. Publicação comemorativa aos 50 anos da APP- Sindicato, Outubro, 1997, p. 7-22.
FEIGES, Maria Madselva F. Tendências da educação e suas manifestações na prática pedagógica escolar. Síntese reelaborada com
base na produção dos alunos das turmas A e B / 94 da disciplina de Didática do Curso de Especialização em Pedagogia para o
Ensino Religioso – PUC / SEED / PR, mimeo, s/d.
FREIRE, Paulo. Educação como Prática da Liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979.
LIBÂNEO, José Carlos. Tendências Pedagógicas na Prática Escolar. In: Revista da ANDE, n.6, p.11-19, 1983.
MENDES, Durmeval Trigueiro (coord.). Filosofia da educação brasileira. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1994.
PETITAT, André. As teorias gerais. In: Produção da Escola / Produção da Sociedade. Porto Alegre: Artes Médicas, 1994.
SAVIANI, Demerval. Escola e Democracia. São Paulo: Editora Autores Associados, 1992.
SAVIANI, Demerval. Pedagogia Histórico-Crítica: primeiras aproximações. Campinas: Editora Autores Associados, 1997.
a
WACHOWICZ, Lilian Anna. O Método Dialético na Didática. 2 ed. Campinas: Papirus, 1991.

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