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Meditação altera fisicamente o cérebro

ter, 01/02/11

por Alysson Muotri

Quando comecei a prática de yoga profissionalizante, eu estava apenas interessado nos


benefícios físicos. Afinal, seria uma desculpa para aprimorar o equilíbrio e ganhar
resistência – ambos importantes para quem vive num ambiente competitivo e muitas
vezes estressante. Confesso que dei pouca atenção às aulas de meditação, mas notei os
efeitos dessa prática no meu desenvolvimento profissional.

Já conhecia os efeitos da meditação no aumento da capacidade de concentração (Slager


e colegas, “PLoS Biology”, 2007). Também sabia de estudos prévios conectando a pratica
da meditação com redução da pressão arterial (Scheneider e colegas, “Circulation”,
2009). No entanto, tinha a impressão que os efeitos só seriam aparentes depois de
longos anos de prática.

Doce ilusão. Um trabalho recém-publicado promete agitar essa linha de pesquisa ao


mostrar que 16 voluntários que seguiram práticas de meditação durante meia hora por dia
apresentaram alterações físicas notáveis no cérebro após 8 semanas. Regiões
relacionadas com memória, aprendizado, empatia e estresse foram significativamente
alteradas (Holzel e colegas, “Psychiatry Research”, 2011).

As imagens cerebrais foram capturadas por scanner MRI e mostraram aumento da massa
cinzenta no hipocampo (região relacionada com memória e aprendizado) e redução na
amígdala (relacionada com ansiedade e estresse) depois do treinamento. Essas são
alterações fisiológicas reais, determinadas por métodos conhecidos em neurociência.
Interessante notar que não houve alteração na ínsula, uma região do cérebro responsável
pelo reconhecimento e atenção de si próprio. Os autores especulam que um treinamento
maior poderia alterar essa região também.

A meditação escolhida pelos cientistas não tinha nenhuma relação religiosa, é conhecida
como “mindfulness meditation”. Esse tipo de meditação tem como meta eliminar qualquer
preconceito de sensações e sentimentos durante momentos de introspecção. A ideia da
prática é focar em objetos visuais ou mesmo sensações ou respiração, evitando a
dispersão da mente e prestando atenção na resposta do corpo.

Obviamente o cérebro humano é bem complexo e fazer a ligação entre essas alterações
e uma melhor qualidade de vida não é simples. Um outro estudo demonstrou que
praticantes da meditação ativam de forma diferenciada regiões do cérebro relacionadas
com empatia ao ouvir sons de pessoas sofrendo (Lutz e colegas, “PLoS One”, 2008). Mas
o que isso realmente significa? Teriam eles mais compaixão? É realmente difícil
determinar causa e consequência nesse tipo de experimento em humanos.

De qualquer forma, é possível extrair duas grandes lições desse trabalho. Primeiro, o
cérebro é muito mais plástico do que os cientistas imaginavam a 5 ou 10 anos atrás.
Leva-se mais tempo para alterar músculos do que o cérebro. Segundo, a forma como nos
sentimos (calmos, estressados ou ansiosos) é seguida, ou pelo menos correlacionada,
com indicadores estruturais reais em nossos cérebros. A distância entre a mente e o
cérebro ficou menor.

6 Comentários para “Meditação altera


fisicamente o cérebro”
1
Antonio C:
2 fevereiro, 2011 as 6:57 am
Einsten dizia: ” Eu penso 99 vezes e nada encontro, deixo de pensar somente uma vez e
mergulho no profundo silêncio dentro de mim e a verdade me é revelada”.
Acredito que há uma ligação não consciente deste mundo mundano com o mundo dos
valores, na qual só conseguimos acessá-lo quando acalmamos toda a tempestade que
ocorre em nossas mentes.
Além de todas essas melhoras comprovadas fisicamente! Há ganhos não físicos e que
não podem ser comprovados fisicamente! Que somente a pessoa livre das amarras do
mundo pode receber.
Quanto mais meditamos, acessamos menos a razão deste mundo e ganhamos
inconscientemente força e instinto natural para vencermos a vida mundana (sofrimento).
A ciência ainda tem muito que estudar sobre meditação para um dia chegar a conclusão
que tudo que ela se aprofundou a respeito são meras pesquisas e que o verdadeiro
conhecimento vem da verdade que não pode ser revelada.
Einsten também dizia:” No mundo da verdade tudo é 100% verdade, quando volto ao
mundo da ilusão só alcanço no máximo 99% de verdade, ou seja, tudo que acreditamos
nesse mundo é mentira.
Pense: Oque pode ser 100% verdade? 1 metro? 1 segundo? tanto o tempo quanto o
espaço é sempre medido dentro de uma referência, porém nunca os utilizamos com 100%
de certeza, há sempre uma tolerância máxima ou mínima, porque nunca existirá duas
medidas exatamente iguais.
Ex: Se foi estabelecido inicialmente que a medida do metro seria a décima milionésima
parte da distância do Pólo Norte ao Equador, no meridiano que passa por Paris, e
tentarmos comparar uma régua com esse mesmo valor, sempre haverá erros nem que
seje apenas micros 0,000001 mm de erro , mas sempre haverá erros!
Tudo que é criado nesse mundo até mesmo por Deus tem erros, ao fato deste mundo ser
tudo feito de matéria e falhas.
Ao meditar você desprende da matéria e de todas as falhas. Entrando em um profundo e
real universo da verdade, na qual só tem oque ganhar!
2
Ronan Garcia:
3 fevereiro, 2011 as 5:09 pm
Muito boa informação sobre meditação. Gostei. Existem muitas maneiras de meditar. Uma
maneira muito falada é a meditação transcendental. Tenho praticado, meu sono melhorou
e sofria de sintomas de mioclonia( um tipo de doença que manifesta com fortes
movimentos involuntarios dos membros; braços, pernas, etc), muitas vezes impedindo de
conciliarmos o sono. Se melhorou é porque alguma coisa foi mudada, o que pode ter sido
dentro do cerebro, como afirma o pesquisador.
3
Leonardo Boaventura:
3 fevereiro, 2011 as 5:37 pm
Ótimo!
Isso está cada vez mais comum, comprovarem beneficios da meditação ciêntificamente.
Assim como tem sido apresentado em diversas mídias.
Só é triste que o Brasil não invista tanto em pesquisas como essa, e precisamos importar
os resultados.
4
Ângela Arbex:
4 fevereiro, 2011 as 12:12 pm
Como nosso cérebro é misterioso. Precisamos nos desvencilhar da mente para
conseguirmos uma ampliação do conhecimento adquirido. Esvaziarmo-nos. E como isso é
bem conseguido através da meditação, não é? Meditação deveria ser ensinado nas
escolas, já que nas casas é tão difícil parar as pessoas para o acontecimento dessa
prática. Percebermos mais, para conhecer melhor, para entender melhor. Não é assim
que acontece com as pesquisas? Não é a prática da percepção através do conhecimento
melhorado? Bom trabalho, dr. Alysson.
5
Leandro Pereira:
4 fevereiro, 2011 as 10:15 pm
Que bom saber que existe gente séria da ciência estudando e publicando material sobre
práticas milenares… O que adianta tanto avanço, tanta tecnologia se não tem paz,
serenidade até mesmo para curtir o que se descobriu? Todo esse movimento de
cobrança, descoberta e evolução na velocidade da luz torna-se ansiedade… De que vale
ganhar mais uns anos com os avanços na área da saúde se não se tem qualidade e
dignidade de vida? Viver até os 80 ansioso e estressado? Longevidade assim não
quero… O oriente com suas práticas e sabedoria de um senhor experiente a ensinar o
jovem, arrogante e rebelde novo mundo no ápice de sua adolescência…

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