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INTRODUÇÃO
Uma das questões que hoje tem propiciado grandes debates, tanto no mundo acadêmico
como nas esferas políticas e dentro do poder judiciário, sem dúvida alguma é o problema
do acesso à justiça.
É inegável que o problema do acesso à justiça vai se deparar com o problema da solução
dos conflitos judiciais e atingir diretamente os setores mais fragilizados economicamente
da sociedade.
Nesse sentido, para fundamentar o presente trabalho, buscamos nos estudos do jurista
MAURO CAPPELLETTI, discutir não só o problema do acesso à justiça mas, também, os
métodos alternativos para a solução de conflitos. Dessa forma, entendemos, que com
esse referencial, será possível estabelecermos uma linha de estudos capaz de dar conta
da temática.
1
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2
O ACESSO A JUSTIÇA
Historicamente, um dos graves problemas que se coloca para o Estado bem como para
aqueles que estudam e pensam a ciência jurídica, é, sem dúvida o como garantir a todos
o acesso á justiça.
A referida questão assume uma dimensão de contexto universal em que várias são as
linhas de estudos e correntes teóricas a se debruçarem acerca da temática. Segundo
CAPPELLETTI o movimento universal de acesso à Justiça foi, por várias décadas,
manifestação importante de novo enfoque tanto da ciência jurídica quanto da reforma
legislativa em muitos países do mundo2.
Na busca de solução para esse grave problema, se verifica que a sua dimensão maior,
bem como as correntes e movimentos de pensamento trouxeram uma perspectiva nova
na forma de se estudar a questão.
Assim o movimento universal de acesso à Justiça, criou poderosa visão nova, repudiando
o enfoque formalístico prevalecente por muito tempo em grande parte do mundo
ocidental, especialmente na Europa3.
Esse novo enfoque inspira-se com freqüência em pensadores que trazem consigo um
compromisso de possibilitar uma justiça accessível a todos os segmentos da sociedade.
Assim, a atual visão de acesso à Justiça, que tem como um de seus precursores o mestre
MAURO CAPPELLETTI, só pode concretizar-se a partir da consciência e da atuação de
operadores do direito que com a mesma se identifiquem.
A idéia de acesso à Justiça evolui da concepção liberal para a concepção social do Estado
moderno.
2
CAPPELLETTI, Mauro. Os métodos alternativos de solução de conflitos no quadro do movimento universal de
acesso á justiça. In: “Revista Forense” . V. 326, Mar. / Junho., 1994, p. 82-97.
3
Op. cit., p. 82
4
Importante ressaltar que nos paises em que se verificam grandes desigualdades sociais, esses conceito é
muito mais social e político que em paises com menor grau de desigualdades.
5
Op. cit. p. 83.
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Das idéias básicas para obter-se solução prática aos problemas de acesso à Justiça
vamos encontrar, nas ponderações de CAPPELLETTI, que o acesso aos pobres ou
hipossuficientes econômicos será suplantada pela assistência judiciária10.
6
Op. cit. p. 95, 96.
7
A Constituição brasileira promulgada em 1988, em seu artigo 5º. e 6º. busca garantir esse direito.
8
Op. cit. p. 84.
9
Op. cit. p. 85.
10
CAPPELLETTI, Mauro. O acesso dos consumidores à justiça. In: “Revista Forense”. V. 310, Abr./Jun., 1990,
p.53-63.
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Esta reforma que pretende superar a barreira decorrente da pobreza para o acesso à
Justiça deve prover as informações necessárias e a assistência extrajudicial (jurídica)
antes do ingresso de qualquer ação. Após promovida a ação e durante o feito deve ser
fornecida a assistência judiciária e a adequada representação legal.
OS METÓDOS ALTERNATIVOS
No que se refere aos conflitos envolvendo direitos difusos ou coletivos, ele aponta
algumas iniciativas, dentre elas o Relator actions, que não se constitui em uma das
melhores soluções14.
Estas idéias partiram das reformas precedentes que buscavam a proteção judicial
aos hipossuficientes e aos interesses difusos não representados ou representados de
forma ineficaz e objetivam a mudança dos procedimentos judiciais, de forma ampla,
pretendendo tornar efetivos os direitos buscados.
17
Op.cit. , p. 85.
18
No Brasil a criação dos Juizados Especiais Cíveis e Criminas, não foram implementados em todas as comarcas
e a prestação jurisdicional e de duvidosa qualidade e de pouca efetividade.
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pessoas das classes média e baixa, pois estariam cotizadas como um grupo ou mediante
convênios através de planos para a prestação de serviços jurídicos, estes prestados por
advogados, em equipes ou grupos. O mecanismo funciona com a contribuição monetária
de cada um, para obtenção de serviços jurídicos pré-determinados a serem prestados
quando necessários sejam aos interesses do contribuinte ou do grupo. Esta seria uma
nova forma de acesso à Justiça, por via de pagamento, ao profissional, em módicas e
suaves prestações.19
Estes instrumentos situam-se fora dos tribunais. Pelo caráter de informalidade, solução
do conflito sem julgamento, rapidez e não criar hostilidade entre as partes, estes
instrumentos oferecem vantagens sobre o processo formal.21
Por outro lado, os sistemas jurídicos não podem criar órgãos e procedimentos
especiais para todos os tipos de demanda, não só pelos custos e muito mais pela
dificuldade de delimitação de competências, principalmente nos paises em
19
Certamente, que no caso do Brasil esta medida não teria maior proveito, visto que as pessoas que moas
necessitam acessar a justiça, são as que menores condições têm para fazer frente a custas de honorários.
20
Op. cit. P. 88.
21
A Constituição Federal do Brasil promulgada em 1988, em seu artigo 98, incisos l e ll, prevê a implementação
desses mecanismos alternativos de solução de conflitos.
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desenvolvimento.
No entanto, é necessário ter claro, que todos os esforços devam ser efetivados
para que se possibilite todas as via de acesso ao Judiciário, com a garantia e
possibilidade do uso de todos os instrumentos processuais. Mas, é fundamental às partes
a segurança de serem tratadas dentro de princípios legais, onde o respeito a sua
expectativa de direito, não seja frustrada, e que a qualidade da prestação jurisdicional,
não seja rotulada, isto é, não tenha a marca de uma justiça que foi construída para
atender a determinado segmento da sociedade.
CONCLUSÃO
Assim, pensar e propor novos mecanismos que possam perpassar as limitações que hoje
são colocadas pelos ordenamentos processuais para possibilitar uma democratização do
acesso a justiça é tarefa de todos e, mais especialmente, dos operadores do direito. É
nosso dever contribuir para que o direito e os remédios legais reflitam as necessidades,
os problemas e as aspirações atuais da sociedade civil.
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BIBLIOGRAFIA
-------. Acesso alla giustizia come programa di riforma e come método di pensiero. In:
“Revista do Curso de Direito da Universidade Federal de Uberlândia”, v. 12, 1983, p.
309-321.
22
CAPPELLETTI, Mauro. Ibid, p. 97.
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