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DIREITOS DOS CONSUMIDORES - sociedade de consumo

SOCIEDADE DE CONSUMO

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DIREITOS DOS CONSUMIDORES - sociedade de consumo

Consumir é…

“fazer desaparecer pelo uso ou pelo gasto; destruir; gastar


(...)”

O acto de consumir assume diferentes significados ao longo dos


tempos.

Vivemos numa Sociedade de Consumo

1. Antigamente, nas sociedades tradicionais, a produção de


bens, era limitada pela existência de matéria-prima e pela
capacidade humana para os produzir. Por vezes, a produção
não era suficiente para satisfazer as necessidades mais
básicas das populações.

A produção e o consumo estavam associados numa única


actividade, ou seja, o consumidor era muitas vezes o
produtor...

Mas quem comprava, procurava quem produzia os bens que


necessitava sendo a feira o local de encontro de todos.

Consumidor = Produtor

2. Nos séculos XVIII e XIX o aparecimento da máquina a vapor


multiplica a força dos animais e do homem, alterando
profundamente o sistema produtivo e a forma de vida das
populações.

A Revolução Industrial permitiu a produção em larga escala e


o alargamento dos mercados.

O sector produtivo aumenta a oferta de bens agora


destinados ao mercado, com vista à satisfação das
necessidades claramente identificadas.
A produção “separa-se” do consumo.

O sector comercial transacciona os bens, e às vezes dá a


conhecer os produtos e as empresas. Nesta época, a
informação é dada ao consumidor pelo vendedor em
pequenos estabelecimentos comerciais, pois as formas de
divulgação dos produtos são ainda muito restritas, nuns
poucos anúncios de publicidade, produzidos em materiais
duráveis (esmalte, azulejos, chapa metálica). Era informação

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“para ficar”, o que também reflectia o longo “tempo de vida”


dos produtos.

O homem conhece a abundância.

3. Nos E.U.A., no ínicio do século XX (anos 20) as novas formas


de organizar o trabalho (divisão de tarefas) e a produção
(linha de montagem) contribuíram para a massificação da
produção. O que anteriormente era feito em dias agora passa
a ser feito em escassas horas o que aumentou
significativamente a produção.

Henry Ford, foi pioneiro ao aplicar estes novos métodos, na


sua fábrica de carros (FORD), e para alguns deu o verdadeiro
impulso para o consumo de massas. Os lucros obtidos com o
aumento da produção (agora com menos custos de fabrico)
foram conduzidos para o aumento de salários dos
trabalhadores, que assim poderiam comprar o seu próprio
automóvel...

1910 - Na Fábrica FORD a montagem de um chassis


demorava 13 horas. Passados 4 anos, com estes novos
métodos, isto passou a ser possível em apenas 90
minutos.

É o ciclo da produção e consumo em massa!

Aumento de Produção Aumento dos lucros


das fábricas

Aumento do consumo Aumento dos salários


dos trabalhadores

Este modelo é repetido noutras indústrias, pelo que muitos


consideram que a indústria automóvel foi o verdadeiro motor
da sociedade de consumo...

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Neste período desenvolvem-se os meios de comunicação


de massa que dão um novo impulso à publicidade que se
torna cada vez mais eficaz junto dos consumidores e
aparecem novas estratégias de comércio: vendas a
prestações e a crédito, que estimulam o consumo por parte
das populações.

Trabalhador = Consumidor

4. Nos anos 60, os anos de ouro do capitalismo, marcam uma


viragem no consumo. A partir de agora “vai ser mais fácil
produzir um automóvel do que vendê-lo” – dizia J. K.
Galbraith. Enquanto no passado a indústria produzia para as
necessidades sentidas, a partir de agora a lógica inverte-se e
é a produção a criar e a estimular as necessidades dos
consumidores.

Os avanços científicos e tecnológicos multiplicam o tipo de


indústrias, surgindo uma variedade imensa de produtos e
serviços no mercado cada vez mais complexos e sofisticados.

Os novos meios de comunicação de massas, entram nas


casas e a toda a hora dizem o que se deve comprar para ser
mais feliz... concretizar os seus sonhos... para ser mais bela...
e mais jovem! A informação chega ao consumidor pela rádio,
pela televisão, pelo cinema, etc.

As relações de consumo estabelecem-se em novos espaços,


os centros comerciais, onde são criados ambientes agradáveis
de festa e diversão que levam o consumidor à compra de
produtos que por vezes nem necessita.

As formas de venda dos produtos são cada vez mais


sofisticadas (por vezes, até agressivas) utilizando estratégias.
Os vendedores vêm à nossa porta ou levam-nos até aos seus
espaços, telefonam-nos, concedem-nos crédito...

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5. Na era da globalização, a partir dos anos 90, os mercados são


ainda mais amplos – o mundo é um mercado. O consumidor
têm ao seu dispor todos os produtos e serviços de todas as
partes do mundo e também pode chegar a toda a parte para
os adquirir, com rapidez e a preços acessíveis.

Novos desafios se colocam:


a qualidade e segurança dos produtos
a protecção dos dados pessoais
a necessidade de mais e melhor informação
as condições de trabalho de quem produz
os efeitos ambientais da produção

O movimento de defesa dos consumidores

O aumento do consumo por parte das populações contribuiu para


uma significativa melhoria das suas condições de vida, mas,
simultaneamente, os novos sistemas produtivos e as consequentes
modificações do mercado afastaram os consumidores.

Na maior parte das vezes o consumidor desconhece a origem, a


composição e as muitas funções dos inúmeros produtos que tem
à sua disposição. os produtos são apresentados por diversas marcas
com diferentes preços e chegam de todas as partes do mundo,
a qualquer lugar, usando os mais sofisticados e rápidos meios de
transporte. Para a venda destes produtos recorre-se a mensagens
comerciais (publicidade) com o objectivo principal de suscitar o
interesse do consumidor e aumentar a procura, influenciando de
forma determinante o comportamento de compra dos
consumidores.

Os consumidores começaram a tomar consciência da sua fragilidade


em relação à forte pressão comercial exercida e reconheceram a
necessidade de se associarem para se protegerem e garantirem os
seus interesses.

Nasceram as associações de consumidores.

Sabias que:

As primeiras associações de consumidores aparecerem nos EUA nos


anos 20. Na Europa surgem mais tarde, nos anos 50. Em Portugal a
primeira associação de consumidores surge em 1974 – DECO.

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Objectivos das associações de consumidores

• Informar os consumidores sobre os produtos e serviços no


mercado de forma rigorosa e isenta de forma a orientar uma
escolha acertada e criteriosa;

• Denunciar os produtos e serviços fraudulentos;

• Informar e alertar os consumidores para as más práticas


comercias;

• Exigir legislação para a protecção dos consumidores;

• Exigir a intervenção das autoridades competentes sempre que


houver desrespeito dos direitos dos consumidores;

• Assegurar a representação dos interesses dos consumidores


junto das mais diversas entidades (governo, assembleia da
república, empresas);

Consumidor é...

Todo aquele que adquire produtos (alimentos, telemóveis, livros,


etc.) ou a quem sejam prestados serviços (viagem de autocarro, ida
ao cinema, consulta médica).

Estes produtos e serviços são para seu uso pessoal e não


profissional.

Os produtos e serviços devem ser fornecidos ou prestados por


pessoas ou empresas que exerçam com carácter profissional uma
actividade económica que vise a obtenção de lucros.

Só um consumidor nestas condições pode beneficiar dos direitos


consagrados pela lei.

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Relações de Consumo?

Pela lei, estas situações não são relações de consumo, as quais se


possam resolver com recurso à lei de Defesa dos Consumidores.

Um amigo que vende um telemóvel a outro


amigo e surge uma avaria na bateria;

Um taxista que vai a uma oficina e não lhe


reparam bem o automóvel;

Uma escola que compra uma fotocopiadora


que está sempre a encravar e por isso a quer
devolver;

Um jovem adulto que compra um carro em 2ª


mão ao seu tio e passado 1 mês deixa de
trabalhar;

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Direitos dos Comsumidores

Na lei portuguesa, a defesa e protecção dos consumidores está


patente num conjunto de direitos consagrados na Lei n.º 24/96 de
31 de Julho.

Direito à Qualidade dos Bens e Serviços

Os produtos e serviços existentes no mercado devem satisfazer os


fins a que se destinam e produzir os efeitos que se lhe atribuem.
Quando compramos um produto, esperamos que este responda às
nossas expectativas e satisfaça as nossas necessidades.

A qualidade dos produtos (o seu bom estado e funcionamento) deve


ser garantida pelo fornecedor por um prazo de 2 anos - prazo de
garantia.

Um jogo de computador, uma bicicleta ou um telemóvel (bens


móveis) têm um prazo de garantia de 2 anos. (Claro que não
podemos exigir o mesmo prazo para produtos, como por exemplo,
uma maçã!). Assim, se houver algum problema com o produto,
dentro deste prazo, este deve ser reparado ou até substituído, pelo
fornecedor.

Uma casa é um bem


imóvel tem um prazo de
garantia de 5 anos

Direito à Protecção da Saúde e Segurança Física

É proibida a venda de produtos e serviços que possam implicar


riscos ou perigos para saúde e da segurança física dos
consumidores. Um produto ou um serviço seguro é aquele que, em
condições de uso normal ou previsível, não apresente riscos para a
saúde dos consumidores.

Por ex: É proibida a venda de produtos alimentares cujo prazo de


validade tenha terminado; É proibida a venda de bombinhas de
carnaval a menores

É claro que existem produtos que pela sua própria natureza são
perigosos, como os pesticidas, os quais têm de conter no rótulo
uma chamada de atenção para os riscos que podem provocar,
devendo ser usados com muito cuidado.

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Existem outros produtos que não sendo perigosos,


quando mal usados podem ser prejudiciais à saúde.
É o caso dos medicamentos, se não forem tomados
conforme as indicações médicas ou dos detergentes
se forem ingeridos...

Direito à Formação e Educação para o Consumo

O Estado tem o dever de


informar os consumidores
sobre os seus direitos.

Para isso, introduziu nos programas escolares o tema da educação


para o consumo, que tal como outros: a educação ambiental,
educação rodoviária, educação para a saúde - devem contribuir
para a formação de cidadãos esclarecidos, participativos e
autónomos.

Direito à Informação para o Consumo

A informação é um direito fundamental dos


consumidores e deve ser prestada de forma clara e
objectiva e sempre em português.

Os fornecedores são obrigados a dar todas as


informações sobre as características dos produtos
que vendem: os preços, a rotulagem, as garantias, a
assistência pós-venda (consiste na reparação do
produto, durante o prazo de garantia ou fora dele).

Para além do fornecedor, todos os que entram numa relação


comercial, como o produtor, o fabricante, o importador, o
distribuidor, o embalador e o armazenista, também são obrigados a
fornecer as informações indispensáveis ao consumidor. Caso
contrário, são responsáveis pela falta de informação e por qualquer
dano que causarem ao consumidor. Por exemplo, se num produto
faltarem informações sobre o seu funcionamento, o consumidor
pode desistir da sua compra num prazo de 7 dias.

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Também as mensagens publicitárias têm de ser verdadeiras nas


informações que prestam. Por isso, a publicidade enganosa é
proibida, ou seja, aquela que possa levar o consumidor a comprar
um produto ou serviço que não corresponda ao que foi anunciado.
Neste caso, podes exigir que seja cumprido aquilo que foi prometido
na publicidade.

Direito à Protecção dos Interesses Económicos

Os interesses económicos dos consumidor devem estar garantidos.

Em qualquer relação de
consumo, este direito
significa que o comprador
(consumidor) e o vendedor
(fornecedor) estão em pé de
igualdade e a relação que
estabelecem (de compra e
venda de produtos ou
prestação de serviços) deve
ser equilibrada, leal e
baseada na boa fé.

Direito à Prevenção e Reparação de Danos

Os produtores são responsáveis pelos danos causados pelos


produtos ou serviços que coloquem no mercado. Por exemplo, se
forem prestadas informações falsas, vendidos artigos de má
qualidade, ou prestados serviços que não satisfaçam os
consumidores, estes têm o direito à reparação dos danos causados,
podendo exigir a reparação, a substituição do produto, uma redução
do preço ou simplesmente o dinheiro de volta.

As reclamações tem que ser


feitas num determinado
período de tempo fixado na
lei. Para reclamar de bens
móveis (um par de calças,
uma televisão, um
computador) o consumidor
tem 30 dias.

Para apresentar uma reclamação sobre um bem imóvel (uma


casa), depois de se dar pelo defeito, o consumidor tem até um ano
para apresentar a reclamação.

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Direito à Protecção Jurídica e a uma Justiça Acessível e


Pronta

Para defender os seus direitos e interesses, em especial para uma


rápida e eficaz resolução de conflitos de consumo, os consumidores
podem recorrer aos tribunais arbitrais.

Estes Tribunais funcionam nos centros de Arbitragem e para


resolver os conflitos basta que as entidades reclamadas (as
empresas) e os consumidores aceitem a intervenção desta
entidade. Actualmente, já uma grande parte das empresas aderiu a
estes centros.

Também existem muitas entidades a quem o consumidor pode


recorrer como por exemplo, as associações de consumidores, como
a DECO, ao Instituto do Consumidor, o qual é um organismo do
Estado, aos Centros de Informação Autárquica ao Consumidor
(CIAC’s), os quais existem em muitas as Câmaras Municipais.

Direito à Participação por Via Representativa, dos Teus


Direitos e Interesses

As associações de
consumidores são o meio
mais adequado para
representar os interesse
consumidores e fazer
valer os teus direitos,
quer junto das empresas,
quer junto da
administração publica.

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Deveres dos Comsumidores

O consumidor beneficia de direitos mas também têm deveres. Por


exemplo, temos direito à informação, mas também temos o dever
de estar informados...
O cumprimento dos deveres enquanto consumidores é muito
importante para um consumo mais responsável e respeitador do
meio ambiente.

Enquanto consumidores temos o dever de:

Dever da Solidariedade

Proteger e promover os nossos interesses, através da nossa adesão


a uma associação ou pela organização de um grupo, de modo a
exercer uma força mais poderosa para intervir de forma mais eficaz.

Dever da Consciência Crítica

Criticar, questionar, emitir opiniões, tomar atitudes sobre o preço, a


qualidade, a segurança e as garantias dos produtos e serviços que
utilizamos.

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Dever de Agir

Fazer valer os interesses dos consumidores e sermos capazes de


intervir. Os consumidores têm o dever de actuar e não serem
passivos, para que não seja prejudicados.

Dever da Preocupação Social

Ter consciência do impacto que o nosso consumo individual provoca


nos outros cidadãos, em especial sobre os grupos mais
desfavorecidos quer a nível local, quer nacional, quer internacional.

Dever da Consciência Ambiental

Reconhecer as consequências do nosso consumo no ambiente. Ou


seja, saber qual é a sua responsabilidade individual e social na
preservação dos recursos naturais.

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