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Este quadro deve ser lido na horizontal e é colocado por área do corpo; no final do mesmo discorremos sobre as situações de sobrecarga ergonômica para todo o corpo. A classificação é de responsabilidade técnica do autor
deste livro, que, para alguns riscos, faz referência à literatura científica existente. (*)
AÇÃO IMPROVÁVEL, SITUAÇÕES DE
PARTES ALTO REFERÊN
TÉCNICA MAS DESCONFORTO, RISCO(D)
DO CORPO RISCO(E) CIAS
NORMAL (A) POSSÍVEL (B) DIFICULDADE OU FADIGA (C)
1 - Trabalho com fixação visual em tela de computador 1 - Fixação visual com peça em movimento
1-Olhos 1 – Manutenção de fixação
1 - Visão para em ambiente com ar condicionado, fazendo uso de 2 - Empenho visual prolongado em detalhes exibidos
1.1 - Visão visual para perto, com
longe alternada lentes de contato pelo monitor de vídeo, sem pausas regulares 5
pausas bem definidas ou
com visão para 2 - Trabalhar mais que 6 horas por dia em posto de 3 - Monitor de vídeo apresentando tremores na tela 16
com atividades de descanso
longe / perto perto e vice-versa trabalho informatizado, sem pausas regulares ou sem 4 - Empenho visual prolongado em ações técnicas de
rotineiras
possibilidade de mecanismos de regulação precisão feitas próximo dos olhos, sem pausas regulares
1.2 - 1 - Claridade incidindo direta-mente ou por reflexo nos 5
Ofuscamento olhos 16
1 - Visibilidade difícil, de forma
1 - Contraste ruim, seja no monitor de vídeo, no papel ou constante - exemplo, dirigir
1 - Situação de visibilidade 1 - Visibilidade difícil, com possibilidade de acidentes
1.3- Visibilidade 1 – Visibilidade no revestimento de mesas e bancadas sempre à noite, em estrada ruim 5
difícil, porém sem maiores (especialmente humanos), gerando tensão ao fazer a
e contraste normal 2 - Contraste excessivo ou perigosa, sem sinalização, 16
conseqüências operação
3 - Distância de visão muito longa ou muito curta condições meteorológicas
desfavoráveis
1 - Posicionamento estático fletido
2-Pescoço 1 - Posicionamento estático
maior que 40 graus 5
2.1– 2 - Posicionamento estático com objeto visualizado acima
2 - Pescoço mantido em torção ou 8
Posicionamento da horizontal dos olhos
inclinação
1 - Idem ao item 2.2 D1, porém
1 - Monitor de 1 - Monitor de vídeo
2.2 - Monitor de 1 - Posicionamento estático ao trabalhar com terminal de sem espaço para os membros
vídeo na frente dos ligeiramente lateralizado, 1 - Monitor de vídeo lateralizado, uso ocasional 10
vídeo vídeo colocado na lateral do posto de trabalho inferiores, exigindo desvios
olhos mas ainda centralizado
posturais adicionais
1 - Uso normal do
2.3 - Uso de 1 - Ombreira para usar o
telefone; uso de 1 - Telefone preso no pescoço, uso ocasional 1 - Telefone preso no pescoço, uso freqüente
telefone telefone
headset
3 - Ombro e
braço 1 - Elevação 1 - Elevação até o nível dos
1-Acima do nível dos ombros,
eventual até o ombros, ação e volta ao 1 - Elevação acima do nível dos ombros, mais que 1.000
1 - Elevação até o nível dos ombros, menos que 1.000 mais de 1.000 vezes por turno e 20
nível dos ombros, ponto neutro menos que vezes por turno, ações técnicas rápidas; ou menos de
3.1-Flexão/ vezes por turno, porém ações técnicas difíceis ações técnicas difíceis ou 22
ação e volta ao 1.000 vezes por turno, 1.000 vezes por turno, porém ações técnicas difíceis
elevação do prolongadas
ponto neutro esforço fácil
braço
1 - Abdução 45 a 90 graus,
3.2 - Abdução do 1 - Abdução até 45 não estática 5
1 - Sustentação em abdução sem força 1 - Sustentação em abdução com força
braço graus, não estática 2 - Braços abduzidos, 17
porém com apoio
1 - Movimento dentro da
1 - Movimento freqüente dentro da área de alcance
área de alcance máximo (31
1 - Movimento máximo (mais de 1.000 vezes por turno) 1 - Movimento freqüente além da área de alcance
cm trabalhando sentado ou
3.3 - Áreas de dentro da área de 2 - Movimento dentro da área de alcance máximo, com máximo (31 cm) 1 - Movimentos fora da área de 5
61 cm trabalhando
alcance dos alcance normal flexão ou abdução entre 45 e 90 graus, até 1.000 vezes 2 - Movimento dentro da área de alcance exercendo alcance máximo (31 cm) 19
de pé) menos de 1.000
braços e mãos (25 cm na frente por turno força intensa para se empurrar ou puxar peças, usar exercendo força intensa 22
vezes por turno, com
do operador) 3 - Movimentos raros além da área de alcance máximo, parafusadeiras ou ferramentas
flexão ou abdução de no
porém como rotina.
máximo 45 graus.
4 – Cotovelo 1 - Cotovelos em
1 - Cotovelos em posição neutra com sustentação de 1 - Cotovelos fletidos com sustentação de peso elevado e
posição neutra ou 1 - Cotovelos fletidos com
peso não excessivo esforço estático constante
4.1 – fletida sem sustentação de pesos
2 - Cotovelos fletidos com sustentação de pesos 2 - Carregar cargas
Sustentação de sustentação de ocasionalmente
freqüentemente mais pesadas que 12 kg de forma constante
pesos peso
1 - Flexão ou extensão do
1 - Esforços antebraço fazendo força súbita,
1 - Flexão ou extensão do antebraço fazendo força súbita
normais de flexão em alta intensidade 5
4.2 - Força 2 - Alta intensidade de força enquanto roda o antebraço
ou extensão do 2 - Força nítida com os membros 20
ou braço
antebraço superiores, utilizando o tronco
para auxiliar no esforço
5 – Antebraços 1 - Trabalho na 1 - Trabalho em pronação 1 - Trabalho em supinação 1 - Alternância entre pronação e supinação mais de 1 - Cotovelo comprimido contra 5
posição neutra 2 - Alternância entre pronação e supinação mais de 1.000 vezes por turno e com esforço. superfície dura 22
2 - Trabalho 1.000 vezes por turno, sem esforço; ou com esforço,
5.1 – estático, porém porém menos de 1.000 vezes por turno
Posicionamento com apoio 3 - Membro superior mantido em pronação estática
1 - Antebraços
apoiados sobre 1 - Antebraços sem apoio
5.2 - Apoio para 1 - Antebraços tendo que trabalhar apoiados em quinas
superfície 2 - Antebraços encostando em quinas vivas
os antebraços vivas.
arredondada ou ocasionalmente
macia
1 - Fazer força intensa ou muito intensa com a mão em
1 - Desvio ulnar significativo 1 - Fazer força intensa ou muito
desvio ulnar ou radial 5
6 - Punhos 1 - Postura neutra 1 - Desvio ligeiro do punho 2 - Desvio radial significativo intensa com extensão significativa
2 - Fazer força intensa ou muito intensa com flexão 17
3 - Extensão ou flexão do punho do punho
significativa do punho
7 - Mãos 1 - Mão exerce a 1 - Mão como morsa,
1 - Mão como morsa, em esforço intenso
função de agarrar alternando com repouso, 1 - Mãos como morsa, sem mecanismos de regulação
2 - Preensão com força intensa ou muito intensa, 20
(preensão) e solta rodízio ou em baixa 2 - Preensão com força excessiva, ocasional
7.1 - Preensão freqüente
logo em seguida freqüência
1 - Pinça com esforço,
1 - Pinça sem alternando com repouso, 1 - Pinça com esforço, alta freqüência (mais que 1.000 20
7.2 - Pinça 1 - Pinça com esforço, de forma prolongada
esforço rodízio ou em baixa vezes no turno) 22
freqüência
1 - Pegas muito largas ou muito estreitas 1 - Fazer força com pegas muito largas ou muito
7.3 - Pegas 2 - Falta de encaixe adequado para os dedos estreitas, mais que 1.000 vezes no turno 5
3 - Pegas cilíndricas, lisas e sem ranhuras 2 - Pegas com quinas vivas
1 - Repetição do mesmo
1 - Repetição do mesmo movimento de 1 a 3 mil vezes movimento entre 3.000 e 6.000
1 - Repetição do 1 - Repetição do mesmo
7.4 – Repetição por turno, com força ou desvio postural, mesmo com vezes por turno, exercendo força
mesmo movimento movimento de 1 a 3 mil 1 - Repetição do mesmo movimento de 1 a 3 mil vezes 20
de movimentos rodízio e pausas ou em desvio postural
menos que 1.000 vezes por turno, com rodízio por turno, com rodízio eficiente ou pausas 22
das mãos 2 - Repetição do mesmo movimento mais de 6.000 vezes 2 - Repetição do mesmo
vezes por turno eficiente e pausas
por turno movimento mais que 12.000
vezes por turno
1 - Até 8.000
1 - De 8.001 a
toques por hora,
12.000 toques por
8 – Digitação de com pausa de 10 1 - De 12.001 a 15.000 toques por hora, com pausa; ou 1 - Mais de 15.000 toques por hora; ou mais de 12.000
hora, com pausa 15
dados minutos a cada 50 mais de 8.000 toques por hora, sem pausa toques por hora, sem pausas
2 - Até 8.000 toques por
minutos
hora, sem pausas
trabalhados
1 - Trabalho sentado durante a maior parte da jornada, 1 - Trabalhar de pé, parado, ou com pouca
1 - Trabalhar sentado, com em cadeira em más condições movimentação durante a maior parte da jornada.
pouca alternância, em 2 - Trabalhar sentado, estático 2 - Trabalhar sentado, tendo que levantar ou movimentar
cadeira em boa condição 3 - Postura de cócoras com movimentação do corpo pesos com mais de 3 kg, como rotina no ciclo,
ergonômica 4 - Trabalho de cócoras, constante especialmente longe do corpo; ou levantar mais de 10 kg,
1 - Trabalhar
9 - Postura para 2 - Trabalhar de pé, com 5 - Trabalhar deitado com os braços elevados, ocasionalmente, nesta posição 1 - Trabalhar continuamente com
alternado, sentado 5
o trabalho possibilidade de sentar-se ocasionalmente 3 - Trabalho sentado durante a maior parte da jornada exigências posturais extremas
e de pé
em intervalos regulares ou 6 - Trabalhar em postura de torção do corpo em condições extremas de desconforto
quando necessário ocasionalmente, com alternância (ex. manutenção) 4 - Trabalho de cócoras com deslocamento do corpo
3 - Trabalho de cócoras, 7 - Trabalhar em pé, andando, sem carga, mais que 5,5 5 - Trabalho com torção do corpo, constantemente
ocasional-mente km por dia 6 - Trabalho deitado com os braços elevados
8 - Posições incômodas, freqüentes constantemente
1 - Permanência de tronco encurvado durante boa parte
1 - Inclinação ocasional do
1 - Tronco encurvado até 60 graus algum período da da jornada de trabalho, sem apoio
tronco
10 - Eixo do 1 - Corpo na jornada, sem apoio 2 - Torção do tronco 1 - Torção do tronco e flexão da
2 - Torção do tronco, sem 5
corpo posição vertical 2 - Torção do tronco, sem flexão, com pesos moderados e flexão da coluna, coluna manuseando carga pesada
flexão com pesos leves,
ou pesados, ou freqüentemente tendo que manusear
ocasional
ou levantar pesos, mesmo que leves
11 - Esforços 1 - Esforços 1 - Esforços estáticos 5
1 - Esforços estáticos freqüentes 1 - Esforços estáticos contínuos
musculares dinâmicos ocasionais 10
12 - Levanta-
mento de cargas 1 – Levantamento ocasional
1 - Levantamento mesmo que ocasional de cargas entre 1 - Levantamento de cargas
- 1 – Levanta-mento de cargas até 14 kg (a partir
18 e 35 kg (a partir do piso) ou de 25 a 45 kg (estando acima de 35 kg (a partir do piso) 1
ocasional de do piso), 18 kg (a partir da 1 - Idem anterior, porém freqüente
elevada no nível do púbis) ou acima de 45 kg (estando 23
cargas até 10 kg canela) ou até 23 kg
12.1 - Critério 2 - Tronco encurvado sustentando pesos elevada no nível do púbis)
(elevada no nível do púbis)
qualitativo
12.2 - Critério 1 - Índice de 1 - IL até 1,2 1 - IL de 1,21 a 2,5 1 - IL > 2,5 23
quantitativo Levantamento (IL)
(NIOSH, 1994) ≤ 0,7
1 - Situações em que,
embora seja impossível definir um Limite de Peso
Recomendado, haja movimentação freqüente de cargas
13 – Manuseio de 1-Situações idênticas ao
acima de 20 kg sem possibilidade de posturas corretas –
cargas 13-D-1, porém freqüentes.
por exemplo, pessoal de manuseio de bagagens em
aeroportos, colocação de bagagens no interior de
aeronaves, manuseio de apare-lhos domésticos pesados
14 - Esforços
estudados em
modelo
1 - Esforço que resulte em 1 - Esforço que resulte em força
biomecânico 1 - Esforço que resulte em força de compressão no disco 1 - Esforço que resulte em força de compressão no disco
força de compressão de compressão no disco L5-S1 4
3DSSPP L5-S1 entre 3.400 e 5.000 N L5-S1 entre 5.000 N e 6.400 N
no disco L5-S1 até 3.400 N acima de 6.400 N
Universidade de
Michigan
14.1 - Coluna
• (*) Quando não há referências científicas, o autor utilizou o senso comum da verificação extensiva em campo de situações de trabalho causadoras de transtornos e lesões, contando que a validação seja pelo critério da intersubjetividade (isto quer dizer, profissionais da área que possuam
bom conhecimento técnico-científico sobre Ergonomia e sobre doenças relacionadas com as condições ergonômicas desfavoráveis tenderão a concordar com a classificação aqui colocada).
• Nas situações classificadas como de RISCO ou ALTO RISCO é sempre possível prever uma conseqüência em termos de distúrbio, lesão ou adoecimento do trabalhador.
• Não se deve penalizar a condição de trabalho quando a mesma é adequada e existe uma má postura do trabalhador.
• Para muitas das situações, uma condição que seria classificada como de RISCO pode ser revertida para IMP se houver mecanismos adequados de regulação: rodízio com tarefas de exigências biomecânicas distintas, atividades de baixa exigência ergonômica e pausas suficientes. Não
aplicar este critério se a situação for classificada como de ALTO RISCO.
• Seguindo o mesmo raciocínio, uma determinada classificação poderá ser agravada se houver coexistência de outras inadequações.
• A codificação colocada nos quadros facilita o mapeamento ergonômico de uma determinada área operacional. Dois exemplos: (a) numa fábrica, uma tarefa de CORTE DE FIOS foi classificada como de RISCO pelos motivos 7.2 D 1 e 16 D 1; buscando na tabela, verificamos com
facilidade que os fatores levantados para classificá-la como de risco foram: 7.2 D 1 (pinça com esforço, alta freqüência, mais que 1.000 vezes no turno) e 16 D 1 (480 minutos por dia e, além disso, mais que 8 horas extras por mês como continuação de jornada); (b) num call center, o
trabalho do pessoal de atendimento foi classificado como de RISCO ERGONÔMICO pelos motivos 2.1 D 1 – (posicionamento estático do pescoço) e 17 D 1 (taxa de ocupação máxima de 80% e taxa de ocupação real de 89%).
• Isso permite também à chefia ter uma noção clara e rápida dos aspectos que deve solucionar a fim de melhorar a condição ergonômica daquela tarefa.
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