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Atenciosamente,
Vale ressaltar, que o mesmo, em função de nenhum voto do Plenário ter sido alteração,
em essência, exerceu o “VOTO DE QUALIDADE”, algo que deveria ter sido feito pelo
Presidente do Supremo TRUCULENTO Federal, e por isto, assumiu o papel de “Déspota”,
que foi REJEITADO, através de Crime de Prevaricação, pelo Ilustríssimo Antonio César
Peluzo.
Se a Lei não pode retroagir, como aceitar que as condutas impeditivas, que possam
ter ocorrido antes da promulgação da Lei, ou mesmo antes de sua vigência, possam ser
consideradas no início em 2012 ?
Portanto, a decisão proferida, com toda a certeza, deixou “brechas”, e “lacunas”, que
deverão ser dirimidas, por novas provocações judiciais, uma vez que, a inexistência de
“notório saber jurídico”, concretizada ao se reconhecer a Inconstitucionalidade da
vigência imediata da Lei, coloca, em presumível inconstitucionalidade a aplicação da Lei em
condutas impeditivas, quando ocorridas, apenas e tão somente, após a vigência da lei.
Para que possamos ser, mais justos, devemos levar em consideração, a luta, a
conquista, representada pelo processo de promulgação da chamada Lei da “Ficha Limpa”,
onde:
Hoje, mais do que nunca, sou obrigado a reconhecer, que o Excelentíssimo Ministro
Maurício Corrêa, deve ter sofrido muitíssimo, ao constatar que quanto mais alto na
hierarquia do Poder Judiciário, mas afastado, se está, da JUSTIÇA.
Algo, que HOJE, me obrigo a alterar REFERENCIAIS, de tal forma, vir a nutrir um
profundo, imensurável, incalculável, sentimento de Admiração, Respeito e Carinho por
Homem Público de tão diferenciada postura, pois, sua manifestação é Corajosa, Sábia, e com
percepção de Científica avaliação.
http://luizlobo.wordpress.com/2008/10/09/tudo-como-dantes-no-quartel-de-abrantes/
Depois que falhou a reação militar das monarquias européias contra a Revolução
Francesa e seus ideais republicanos, Napoleão consolidou seu poder e tratou da conquista
territorial da Europa em todas as direções. A frente de guerra francesa ia da Rússia ao Norte
da África, da Escandinávia à Península Ibérica.
Napoleão ordena a Portugal que feche seus portos aos navios ingleses (com quem a
França estava em guerra aberta). D. João, o Príncipe Regente, resiste, manobra, negocia,
adia. A decisão portuguesa de manter a neutralidade deixa Napoleão impaciente e ele ordena
que o general Andoche Junot leve 28 mil homens para atacar Portugal.
Junot marcha, com apoio espanhol, e a 19 de novembro de 1807 transpõe a fronteira
portuguesa à frente de um exército castigado pelo inverno das serras do Norte de Espanha.
Sua progressão pela região da Beira, inóspita, sem estradas, pobre, é trágica. Os soldados
estão famintos, descalços, subnutridos, muitos estão doentes ou feridos.
As tropas francesas entram em Abrantes no dia 24 de novembro. O General quer
parar, recompor suas forças e aí instala um quartel-general. Mas Napoleão ordena que a
invasão prossiga imediatamente. Junot seleciona os elementos que podem continuar a
marcha e no dia seguinte parte em direção a Lisboa.
Transposto o Zézere, a muito custo, e as terras alagadas da Golegã, Junot entra em
Santarém dia 18 com um Estado-Maior incompleto e um regimento de poucos homens,
incapacitados para o combate. E no mesmo dia, seguindo as ordens de Napoleão, marcha
para Lisboa.
Nas proximidades da cidade é recebido por um destacamento da cavalaria portuguesa
perfeitamente capaz de enfrentar e vencer rapidamente o exército francês enfraquecido.
Mas as ordens de D. João eram claras e ele havia determinado que as tropas
portuguesas recebessem as francesas como amigos, porque não havia uma invasão, mas
uma simples “marcha de tropas estrangeiras”. Os soldados portugueses deveriam bem
recebê-las, cuidar de aquartelá-las e dar a elas toda a assistência de que necessitassem,
“conservando sempre a boa harmonia que se deve praticar com os exércitos das nações com
as quais nos achamos unidos no Continente”.
Aquele exército depauperado pela fome, pelo clima, pelo cansaço, de uniformes
rasgados e descalços, espingardas arruinadas, entra na capital do Reino protegido pela
cavalaria portuguesa.
Na véspera, toda a Corte portuguesa havia embarcado rumo ao Brasil , às pressas e
sem muita organização, em 35 navios mercantes e de guerra. Mas disposta a levar a Rainha e
o Príncipe para estabelecer a capital do Reino português em suas terras brasileiras, longe do
poder napoleônico e mantendo o poder da família de BRagança.
Junot assume a Regência em Portugal, em nome de Napoleão, e declara findo o
reinado da família Bragança. Ergue a bandeira francesa no Castelo de São Jorge e trata de
desarmar os militares portugueses. Em seguida, envia os regimentos portugueses para as
frentes de batalha francesas, com uniformes modificados às pressas.
Abandonada pela Corte, reprimida pelos franceses, a população fica revoltada em
vários pontos do país. E a resistência é heróica, permanente, muitos lugares ao mesmo
tempo. Foram esses focos de rebelião populares que permitiram às forças inglesas planejar
um assalto por mar ao teritório português. A 6 de agosto de 1808, o general inglês Arthur
Wellesley (futuro Duque de Wellington) desembarca na Baía de Vagos e começa o longo
processo de reação aos franceses.
Mas no quartel de Abrantes, tudo estava como dantes, na mão dos militares
franceses. Depois, esse dito tornou-se um provérbio (Tudo como dantes no quartel de
Abrantes) com o significado de inoperância e inconformismo.
O descontentamento popular acabou por livrar Portugal da ocupação, mas suas
igrejas, seus palácios, suas riquezas, tudo fora parar na França. Para trás ficara a
destruição e a desorganização social. O esgotamento dos bens de consumo, a falta de
alimentos, a ausência de autoridade, a falta do Rei e da Corte, tudo interferiu para criar-se
uma Constituição que pretendesse transferir o poder legislativo para um Parlamento e
proclamar a República. Liberais e Absolutistas entraram em choque, veio a guerra civil que
adiou mais ainda o progresso português e sua estabilidade social.
Até que, pressionado, o rei D. João voltasse, trouxesse de volta a Corte, e imaginasse
ser possível fazer do Brasil, novamente, uma colônia. Mas não podia e bem cuidou de deixar
um filho em terras brasileiras para construir uma nova nação.
O quartel de Abrantes ficou, como um símbolo e um ditado popular, memória de maus
dias.