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Conforme item 7.4 da norma IEEE Std 80-2000, deve-se aterramento com características semelhantes. Para mais de
considerar um fator de redução (Cs) em função da limitação da duas camadas de solo, é de difícil obtenção uma formulação
espessura da camada de brita. Para determinar Cs, inicialmente analítica para cálculos da resistência de aterramento e tensão
deve-se calcular o “fator de reflexão” (K) entre os materiais de de superfície.
diferentes resistividades dado por (2). A expressão utilizada para cálculo dos potenciais de
ρ − ρs superfície no solo é a (4).
K = c (2) ρx ⋅ I
ρc + ρ s Vsup = (4)
2 ⋅π ⋅ D
61,25 − 3003
K = ⇒ K = −0,96 A Fig. 3 apresenta duas curvas, sendo uma gerada pela
61, 25 + 3003 forma analítica e a outra pela simulação computacional. A
Na Fig. 2, marca-se a espessura da camada de brita de hs = maior diferença encontrada foi na distância entre 2 e 3 metros
0,2 m no eixo das abscissas e traça-se uma reta até encontrar a da haste, onde um erro de cerca de 25% foi encontrado. Tal
curva correspondente à K= -0,95. Dessa maneira, chega-se ao erro ocorre, em parte, devido a considerações e aproximações
fator de redução Cs= 0,83. A resistividade a ser considerada feitas pelo método analítico durante a dedução das fórmulas.
para o cálculo das Tensões de Passo e Toque admissíveis será,
portanto (3):
ρa = Cs ⋅ ρ s [Ω.m] (3)
ρ a = 0,83 ⋅ 3003 = 2492,3 [Ω.m]
- Curva b: limiar de não fibrilação para homens inclusive sanar o problema antes da execução do projeto, trazendo
crianças. Abaixo desta linha normalmente não há nenhum maior segurança e confiabilidade.
perigo de fibrilação. As malhas de aterramento devem ser analisadas caso a
A referência [10] provê limites de tensão de passo caso, pois dependem do número de hastes, das dimensões
conforme IEEE 80 [7] baseada geralmente no trabalho de físicas da malha e da resistividade do solo. Uma análise
Dalziel [8], e resumiu como se segue a equação básica para criteriosa destes fatores contribui em muito para a execução de
cálculo de uma corrente de choque de corpo Ib em (6). um bom projeto de aterramento.
Vp É importante comentar que, tais metodologias baseiam-se
Ib = (6) em solos modelados matematicamente em camadas
Rb + 6 ⋅ ρ s ⋅ C s horizontais e, dessa forma, os sistemas de aterramento
Para os cálculos realizados, foi adotada uma resistência de projetados sob as bases dessas metodologias devem sofrer
corpo Rb = 1.000 Ω. medições de resistência de aterramento e potenciais
A Tabela IV resume os resultados para o estudo de caso. imediatamente após a sua construção, tendo como objetivo a
confirmação dos valores de projeto.
TABELA IV Deve ser considerado também que muitos outros fatores
RESULTADOS OBTIDOS PARA O ESTUDO DE CASO.
Vp limite por
influenciam no desempenho do aterramento, entre eles está o
Ib
Caso em Vp máxima norma [V] Ib fenômeno de ionização do solo sob o efeito de descargas
máxima
estudo obtida [V] [mA]
50 kg 70 kg [mA] rápidas de corrente [12], e que não foi levado em conta neste
Sem
3.655 91,6 123,9 2672,8 trabalho. Mas que pode ser incluído na seqüência desta
Brita
1 pesquisa.
Com
1.552 1.068,5 1.446,1 97,3 50
Brita
a
Sem
1.697 91,6 123,9 1240,9 70
VIII. REFERÊNCIAS
Brita
2 [1] Visacro Filho, S. Aterramento Elétrico: Conceitos Básicos, Técnicas de
Com Medição e Instrumentação, Filosofia de Aterramento. 1. ed. São Paulo:
808 1.068,5 1.446,1 50,6
Brita
Editora Artliber, 2002.
[2] RIBEIRO, Fernando Selles, PAZZINI, Luiz Henrique Alves,
Conclui-se que as configurações sem a camada de brita não
KURAHASSI, Luiz Fernando. O método dos elementos finitos na
respeitaram os limites da norma para Vp, além de terem análise do aterramento do sistema monofilar com retorno por terra. In:
ultrapassado o valor da corrente máxima de corpo para que ENCONTRO DE ENERGIA NO MEIO RURAL, 3, 2000, Campinas.
não haja fibrilação ventricular, se mostrando impraticáveis. [3] PEREIRA, J. B. J. (2008). Modelagem de Incertezas em Sistemas de
Aterramento Elétricos. Tese de Doutorado em Engenharia Elétrica,
Já as configurações com a inserção da camada de brita, Publicação PPGENE.TD-023/2008, Departamento de Engenharia
obtiveram resultados bem melhores, no entanto, só o caso com Elétrica, Universidade de Brasília, Brasília, DF, 118 p.
duas hastes ficou dentro dos valores aceitáveis pela norma, [4] Oliveira, R. M. S., Salame, Y. C. e Sobrinho. C. L. da S. S., Simulações
Através do Método FDTD do espalhamento Eletromagnético em uma
tanto para áreas com acesso restrito quanto público. Além Subestação de Potência Devido a Descargas Atmosféricas, UFP, 2008.
disso, a corrente de corpo ficou dentro do limite de não [5] Gomes, D. S. F.. Aterramentos e Proteção contra Sobretensões em
fibrilação, que representa uma zona segura. Sistemas Aéreos de Distribuição. Volume 7. EDUFF. Niterói. 1990.
[6] Martins Neto, L. Técnicas para o Cálculo de Projetos de Aterramentos
Sendo assim, o modelo de uma haste vertical com a camada Elétricos. UFU. Uberlândia. 1991.
de brita mostrou-se insuficiente para atender as necessidades [7] IEEE Standard 80-2000 “IEEE guide for safety in AC substation
do estudo de caso proposto. Somente o modelo com duas grounding”, IEEE Power Engineering Society, Piscataway, NJ, USA.
[8] Dalziel, C. F., Threshold 60 cycle fibrillating currents. AIEE
hastes e camada de brita atendeu as especificações. transactions on power apparatus and systems v 79, n 50, Part 3(60-
Para casos que necessitem de um refinamento no 40):667-673 Oct 1960.
coeficiente de segurança ou mesmo correções de projeto, as [9] Biegelmeier, G., and Lee, W. R., New considerations on the threshold of
ventricular fibrillation. IEEE Proceedings Vol 127, No 2, March 1980.
melhorias podem ser realizadas de diversas formas como foi
[10] ESAA EG-1:2000 ‘Substation Earthing Guide’.
exposto no decorrer deste trabalho. Pode-se, por exemplo: [11] Meeker, D. ‘FEMM 4.2 – User’s Manual’, 155 pp., 2007.
alterar o número de hastes utilizadas, modificar suas [12] Nor, N. M., Haddad, A. and Griffiths, H., Characterization of Ionization
dimensões ou configurações, ou ainda, aumentar a espessura Phenomena in Soils Under Fast Impulses, IEEE Transactions on Power
Delivery, Vol. 21, No. 1, January 2006.
da camada de brita. A decisão de qual medida adotar vai
depender das necessidades específicas de cada projeto e das
preferências do projetista.
VII. CONCLUSÕES
A questão do aterramento, ponto polêmico na sua
utilização, pode ser bem estudada através do uso de softwares,
como é o caso do FEMM. Como visto, essa ferramenta é
bastante versátil, podendo ser manuseada por projetistas no
seu cotidiano.
Percebe-se que o programa permite ao projetista a
possibilidade de alterar a configuração da malha de terra para