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AGE ! ! !
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Para esta turma, incluir é agir. João Marcelo
A UAEM DE ARCOZELO
A mudança dos alunos com multideficiência da UAEM de Stª. Comba, para a nova
sala da UAEM integrada na Escola EB2,3/S de Arcozelo, concretizada em Março de 2010,
constituiu um passo importante no caminho para uma prática de escola mais inclusiva.
O processo de socialização nesta nova realidade tem vindo a ser desenvolvido de
forma bem sucedida, sendo de realçar o esforço de toda a equipa educativa neste processo,
com destaque para a Direcção da Escola e os docentes envolvidos.
Aos alunos foi assegurada uma significativa melhoria, quer nas condições físicas da
sala de apoio, quer na qualidade do atendimento, proporcionado-lhes uma resposta mais
ajustada às suas necessidades educativas e ao seu nível etário.
A resposta educativa integra valências distintas, importantes para o desenvolvimento
biopsicossocial dos alunos, designadamente hidroterapia, hipoterapia, musicoterapia e
actividades de vida diária. A intervenção junto dos alunos da UAEM é desenvolvida pelas
docentes de Educação Especial, em articulação com as técnicas do Centro de Recursos
Para a Inclusão da APPACDM, que asseguram o apoio a nível da fisioterapia, terapia da
fala, terapia ocupacional e psicologia.
A relação dos alunos da UAEM com os seus pares é efectiva, visível, quer no
contexto de sala de aula quer na envolvência da escola, nomeadamente na biblioteca, na sala
dos alunos ou no espaço circundante. Este processo de interacção tem gerado uma maior
sensibilidade da comunidade escolar para a problemática das pessoas com deficiência e para
as suas necessidades concretas.
As barreiras de ordem física, devidas à configuração que a escola EB2,3/S apresenta,
requerem uma intervenção adequada no sentido de assegurar uma melhoria da acessibilidade,
promovendo designadamente condições que permitam aos alunos uma maior facilidade de
orientação e uma maior autonomia nas deslocações para as diversas salas de aula.
É este o sentido do projecto que a Turma do 6º.E abraçou e que mobilizou todos os
alunos que, de forma solidária e empenhada, deram o seu contributo, propondo uma resposta
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João Miranda (Coordenador de Educação Especial)
ainda não foi feito
Vamos fazer o que
Funcionando desde 1988, a nossa Não foi feito
escola está construída num local
inclinado, por isso não facilita os
movimentos dos alunos.
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ainda não foi feito
Vamos fazer o que
Não existem corrimões em todas as escadas.
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Conscientes das barreiras existentes na escola, foram construídas
pistas tácteis para facilitar a deslocação do Carlos e da Inês no recinto
escolar, visto serem os únicos dos 6 que se conseguem deslocar sozinhos.
Foi a forma encontrada para minorar o problema e aumentar a sua
autonomia.
Sem barreiras
Sem barreira
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Aqui ficam alguns exemplos de actividades consideradas
Hipoterapia
Hidroterapia
Caminhos
Estas imagens do Carlos e do João, mostram como
estão felizes ao participar nestas actividades.
Actividade Motora
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desportiva.
Carla e Gabriela
a reagirem ao toque!
Momentos na Sala Snoezellen
João relaxado!
Carlos concentrado!
Momentos
Inês deslumbrada!
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Carla deliciada!
Ao longo deste ano, o 6ºE teve o privilégio de contactar
com colegas “especiais”, os 6 alunos da UAEM (unidade de
Apoio Especializado em Multideficiência): Carla, Carlos, Inês,
Gabriela, João e Luís.
Dois destes alunos com maior mobilidade (Carlos e Inês)
Evidências
frequentam as aulas de Língua Portuguesa, História e Geografia
de Portugal, Educação Visual e Tecnológica, Educação Musical
e Formação Cívica. Os restantes não o fazem devido às suas
limitações motoras e às barreiras arquitectónicas existentes na
escola, nomeadamente rampas inclinadas e falta de elevador para
as salas em questão.
O maior objectivo é a sociabilização e integração na
turma, para além das restantes inerências.
Apresentamos, de seguida, algumas das actividades
desenvolvidas nestas disciplinas.
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pelo Carlos (UAEM)
Eu estava com a minha Mãe-árvore a falar com as minhas irmãs quando chegou o momento da nossa
separação, pois o destino assim escolheu.
De repente, um ciclone atingiu a minha mãe, levando-me consigo para um lugar longínquo, muito
escuro, sem cor, sem amigos… Logo fiquei inquieto.
Com o passar do tempo comecei a sentir saudades do “meu lugar”, do sítio onde fora feliz. Sentia
saudades da minha Mãe-árvore e das minhas irmãs. Comecei a chorar mas lembrei-me que a minha mãe
me dizia que cantar faz bem e assim fiz. Foi desta forma que consegui esquecer o meu sofrimento, a
minha mágoa.
Passava os dias atormentado mas continuei com as minhas melodias, sempre com uma gotícula no
canto do olho e um grande aperto no coração.
Escureceu. Aquele lugar ficou ainda mais escuro e pesado. Fiquei com medo da noite. Já não tinha o
apoio da minha mãezinha nem das minhas irmãs. Elas tinham um papel fundamental na minha vida,
ouviam-me e ajudavam-me a ultrapassar os meus receios, as minhas dificuldades.
Comecei a sentir-me muito fraca, com falta de nutrientes, sais minerais e água. Para piorar
continuava a sentir falta da família e dos amigos. Quase já não tinha forças para sobreviver a esta
tragédia.
Os dias foram passando e o tempo continuava agitado e assim os ventos levaram-me para outro lugar.
Um local colorido, harmonioso, pacífico, carregado de inúmeras espécies naturais. Aqui pude enterrar
o meu sofrimento e criar novos amigos.
Depois de percorrer quilómetros, encontrei uma pequena casa, muito acolhedora, simples, onde
habitava um casal com os seus filhotes. Aproximei-me e sentei-me num rochedo, esperando que alguém
me ajudasse.
Quando as crianças chegaram a casa estavam muito alegres. Não chovia e decidiram ir brincar para o
monte atrás da sua casa.
Ao saírem viram-me logo sentada naquele rochedo. Estava desolada, pensava que iria ficar de novo
sozinha. Mas eles colocaram-me numa lata pois uma flor tão bela como eu, disseram, tinha de ter as
suas raízes na terra para poder crescer. Foi o meu primeiro sorriso depois de muito tempo.
Os anos passaram e eu cresci, tornando-me numa árvore de grandes dimensões, com enorme
capacidade de reprodução, tendo muitos filhos, as minhas flores.
Eu vou proteger as minhas filhas com toda a garra. Sei que um dia elas terão de partir para poderem
ter vida própria.
Quanto a mim, não nasci aqui mas cá morrerei um dia, velhinha, mas certa de que os meus rebentos
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História “Flor do Eucalipto” lida na aula de Língua Portuguesa e tendo por
base uma montagem feita pela Inês (UAEM)
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O Carlos, na cantina,
numa actividade de
Transição para a Vida
Práticas para um futuro melhor
Activa.
A Inês e o Carlos
em actividades de
culinária.
O Carlos
autónomo ao
almoço. A Inês a pôr
a mesa para
os colegas.
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O Carlos, na
cozinha, a
lavar a loiça.
Ficcionando
Boas
Práticas
E nós fizemos alguns
contos que embora
não sejam verdadeiros
Os professores de
até poderiam sê-lo.
Área de Projecto
São coisas que nós
sugeriram-nos que
gostávamos que
imaginássemos
acontecessem…
histórias vividas com
os nossos colegas da
Unidade….
O SENHOR MANUEL JULGAVA SER O MAIOR EMPRESÁRIO DO MUNDO MAS
ESTAVA A PERDER REPUTAÇAO.
MILAGRES
Por Diogo Rio e José Silva
O SR.MANUEL PENSOU, ENTAO, QUE MUITAS ESCOLAS COM DEFICIENTES NÃO TINHAM AS
MELHORES CONDIÇÕES. PENSOU EM DOAR METADE DOS SEUS LUCROS A ESSAS ESCOLAS. ERA
AGORA MUITO MAIS FELIZ
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Uma Campanha Solidária
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Uma Campanha Solidária (cont.)
os nossos amigos.
- Que tristeza!
- É mesmo triste. As pessoas gastam dinheiro noutras coisas e não
ajudam os meninos com deficiência, que precisam mais do que eu e de que
outras pessoas!
- Também concordo e por isso dou metade do meu dinheiro que tenho
no banco para ajudar esses meninos!
- Muito obrigado meu senhor, ficamos muito gratos pela sua oferta.
E com tudo isto as pessoas do Sul contribuíram com um total de 26.461
€. Aquela que inicialmente menos contribuíra foi aquela que se revelou
mais solidária.
No final, obtiveram um total de 54.006€ em donativos.
Com estas preciosas ofertas, a escola melhorou as suas condições e
agora é um paraíso.
A turma 6ºE da Escola de Arcozelo foi reconhecida como heroína.
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Um menino, portador de várias deficiências era muito gozado na
escola.
A sua mãe não queria que ele passasse por esse tipo de
humilhações. Já tinha tratado de tudo para o mudar de escola.
O menino, quando soube, foi despedir-se da turma.
Quando a turma soube da notícia ficou triste e tentaram logo
resolver o problema. Mas nada conseguiram.
Então, só lhes restava demonstrar o quanto gostavam dele.
Aqui deixamos alguns exemplos:
Mensagens
Preciso de ti porque me
divertes e me apoias nos bons És aquele amigo muito especial porque me fazes
e maus momentos. feliz.
Francisco Roberto
José
Fazes-me sentir feliz, fica
connosco.
Carolina
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Marcelo e Filipa Lima
TIO PATINHAS FAZ UMA VISITA À
ESCOLA DE ARCOZELO
Acabei de ler uma notícia
sobre meninos deficientes e trrimm-trrimm…
não gostei nada. Tocava o telefone do Donald.
O telefone a
estas horas?
- Sim? Por
O Tio Patinhas já estava preparado à porta de casa com uma pasta cheia de
dinheiro pronto para partir.
Chega o Donald com o carro a fumegar, e diz:
- Tio, cheguei o mais rápido possível.
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- Pois… estragaste o motor todo!
- Vá, tio, vamos ou não?
-Claro, estás à espera de quê?
- Nada.
- Então cala-te e entra no helicóptero.
- Ganto…
- Sim, chefe…
- Vamos para Arcozelo city, na escola claro.
-É para já…, coloquem os cintos de segurança e boa viagem.
O helicóptero começa a levantar voo, e passam pelos campos e pelas aldeias de
Ponte de Lima, e o tio Patinhas diz assim:
- Que terra tão bonita, hei-de comprá-la!
Fim
Messi e Ronaldo ajudam o 6ºE
Uma vez o Messi e o Ronaldo viram na televisão um anúncio para
ajudar uns meninos portadores de deficiências. O Messi ligou ao Ronaldo
para perguntar se ele queria fazer publicidade para as pessoas ajudarem. O
Ronaldo aceitou. Uma semana depois deram o número de telemóvel para as
pessoas darem donativos à escola de Arcozelo, para construir rampas menos
inclinadas e para no pavilhão de educação física ter condições para tomar
banho.
Para além isso, a turma do 6ºE também estava a pensar em fazer
mobiles e pistas tácteis. Falavam uns com os outros para marcar um jogo de
futebol com todos os jogadores preferidos dos meninos da unidade,
principalmente do Carlos, e fizeram um jogo para angariar donativos para
Ficção
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Texto
D O C E
A M I G O
A L E G R E
F E L I Z
F A L A D O R
M U S I C A L
L Ú C I D O
L U T A D O R
I N C R Í V E L
S O N H A D O R
C O R A J O S O
J O V E M
B R I N C A L H Ã O
R I S O N H O
E L E G A N T E
A M O R O S A
B O N D O S A
Q U E R I D A
S I M P Á T I C A
S I M P L E S
L I M P A
A M I G A
R I S O N H A
B R I N C A L H O N A
N E R V O S A
V A I D O S A
P A C I E N T E
L I N D A
T R A N Q U I L A
C A L M A
Ú N I C A
Porque eles nos fazem pensar…
“A injustiça que se faz a um, é uma ameaça que se faz a todos.” (Montesquieu)
“Algo só é impossível até que alguém duvide e acabe provando o contrário.” (Einstein)
“Aqueles que passam por nós, não vão sós. Não nos deixam sós, deixam um pouco de
si, levam um pouco de nós.” (Saint Exupéry)
“Nós não devemos deixar que as incapacidades das pessoas nos impossibilitem de
reconhecer as suas habilidades.”(Hallahan e Kauffman, 1994)
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Podes não ser perfeito
Nós pensamos que não há mal nisso
Porque não é uma questão de jeito.
Não sabemos que forças te tornaram assim
Mas nós vamos conseguir derrubar o preconceito
Para que te tratem com respeito.
Poderás ter as tuas limitações
Mas o teu coração está cheio de emoções.
Erram os que te julgam pela aparência.·
Assim dita a sua consciência…
Viverás numa sociedade
Onde terás amigos de verdade
Com quem poderás conversar
E as suas palavras não te irão magoar.
Em todos os momentos,
Saberemos entender os teus sentimentos.
Com o teu grande coração a pulsar
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Nós seremos sempre capazes de te amar.
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