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MINISTRO PRESIDENTE DO
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF
1 – DA LEGITIMIDADE ATIVA:
(...)
2 –ESCORÇO HISTÓRICO:
Neste ano de 2009, o uso da Papiloscopia como Ciência Criminal aplicável à elucidação
dos crimes completa 106 (cento e seis) anos de existência no Brasil (cópia do
DECRETO N. 4764 - de 5 de fevereiro de 1903 anexa).
Trazida para o Brasil em 1903, foi implantada inicialmente no Estado do Rio de Janeiro
por Félix Pacheco, no Instituto que hoje em dia leva seu nome. Nos anos subseqüentes
foi sendo implantada nos demais Estados Brasileiros, passando a ser largamente
utilizada tanto na área civil quanto na criminal, sendo reconhecida mundialmente como
uma Ciência praticamente “exata” em matéria de identificação civil e na revelação de
incontáveis autores dos mais variados delitos.
Para se chegar a um método de identificação considerado cem por cento seguro, muito
se pesquisou e se valeu de inúmeros outros métodos de identificação, chegando-se ao
uso da Papiloscopia como limite supremo na busca de segurança para a identificação e
individualização dos cidadãos.
Hodiernamente, muito se tem falado na segurança oferecida pelo DNA como método
mais seguro de identificação dos seres humanos. Entretanto, além de não fornecer a
segurança oferecida pelo método papiloscópico, trata-se de um método caríssimo, muito
distante da realidade brasileira. Além disso, sua segurança tem sido muito contestada,
conforme se depreende de notícia recente reproduzida nas linhas a seguir:
“Andrew Pollack
"É possível manipular uma cena de crime", disse Dan Frumkin, o principal autor do
estudo, que foi publicado online pelo "Forensic Science International: Genetics".
"Qualquer estudante de biologia pode realizar isso."
Frumkin é um fundador da Nucleix, uma empresa com sede em Tel Aviv que
desenvolveu um teste para distinguir amostras reais de DNA de falsas, que espera
vender para laboratórios periciais.
O plantar de uma evidência fabricada de DNA em uma cena de crime é apenas uma
implicação do estudo. Uma invasão potencial de privacidade é outra.
Usando algumas das mesmas técnicas, pode ser possível recolher o DNA de qualquer
pessoa, a partir de uma bituca de cigarro ou copo de papel descartável, e transformá-la
em uma amostra de saliva que poderia ser apresentada a uma empresa de teste genético,
para obter a descendência ou o risco de desenvolvimento de várias doenças.
Celebridades poderiam passar a temer os "paparazzi genéticos", disse Gail H. Javitt, do
Centro de Genética e Políticas Públicas da Universidade Johns Hopkins.
Tania Simoncelli, consultora científica da União Americana das Liberdades Civis, disse
que os resultados são preocupantes. "DNA é muito mais fácil de plantar em uma cena
de crime do que impressões digitais", ela disse. "Nós estamos criando um sistema de
justiça criminal que está cada vez mais apoiado nesta tecnologia."
Os cientistas fabricaram amostras de DNA de dois modos. Uma exigia uma amostra real
de DNA, apesar de minúscula, talvez de um fio de cabelo ou copo usado. Eles
ampliaram a amostra minúscula em uma grande quantidade de DNA, usando uma
técnica padrão chamada amplificação do genoma.
É claro, um copo ou um fio de cabelo poderiam ser deixados na cena do crime para
implicar alguém, mas o sangue ou a saliva seriam mais críveis.
Como as células vermelhas não contêm DNA, todo o material genético na amostra de
sangue passou a ser do homem. Os autores a enviaram para um importante laboratório
pericial americano, que o analisou como se fosse uma amostra normal do sangue de um
homem.
A outra técnica faz uso dos perfis de DNA, armazenados em bancos de dados legais
como uma série de números e letras correspondentes às variações nos 13 pontos no
genoma de uma pessoa.
O teste da Nucleix para dizer se uma amostra foi forjada explora o fato do DNA
amplificado - que seria usado em qualquer uma das técnicas de fraude - não ser
metilado, o que significa que ele carece de certas moléculas que estão ligadas ao DNA
em pontos específicos, geralmente para desativar genes.
FONTE:http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/nytimes/2009/08/18/ult574u9602.jhtm”
Conforme se observa, nada ainda há que se compare à Papiloscopia como método mais
seguro para ser utilizado na identificação dos seres humanos e para a busca da autoria
dos delitos. Por intermédio do uso dessa mais que secular Ciência Criminal, inúmeros
criminosos, e apenas eles, estão pagando pelos seus erros; o que levou o Estado a
abandonar métodos arbitrários e ultrapassados na identificação dos cidadãos. Ciência
secular, frise-se, mas a cada dia mais necessária para a elucidação dos crimes.
Sem qualquer dúvida, nas polícias de todo o mundo o uso da Papiloscopia é o principal
método de elucidação dos crimes. Nos Estados Unidos da América do Norte ela é
responsável, segundo dados incontestes, pela resolução de 70% (setenta por cento) de
todos os crimes que deixam vestígios ocorridos naquele País. Uma marca indelével a
respeito da importância da Papiloscopia para a história das Ciências Criminais
mundiais.
Além de utilizar um dos métodos mais baratos existentes, ela é uma das poucas Ciências
cujos laudos são absolutamente conclusivos, não pairando qualquer dúvida quando
indica que uma prova se relaciona a um determinado criminoso.
Isso sem falar nos retratos falados, na identificação criminal, na identificação necro-
papiloscópica, na manutenção do maior banco de dados civil e criminal do Estado, nas
atribuições contidas no Código de Processo Penal (art. 809 do CPP), na emissão de
Folhas e Boletins de antecedentes criminais e na identificação civil - todas essas,
atribuições deste cargo no Brasil há mais de um século, sem interrupções.
Se nos países mais desenvolvidos do mundo não paira qualquer dúvida a respeito da
Papiloscopia como Ciência Criminal imprescindível e de seus componentes como
peritos oficiais do Estado; no Brasil, País em que a violência e os altos índices de
criminalidade imperam, os peritos em Papiloscopia têm que provar dia a dia a
importância desse cargo para o combate aos criminosos, numa inversão de valores sem
precedentes.
Apesar de tudo, só nos primeiros quatro meses do ano de 2008, a guisa de exemplo,
segundo reportagem publicada no jornal “A Tribuna”-ES, foram cometidos quase 4.000
arrombamentos. Desses 4.000 arrombamentos ocorridos, os peritos papiloscópicos
foram chamados para periciar apenas 400 deles. Isso por falta de condições de trabalho
e pelo descaso direto de autoridades que desconhecem a Papiloscopia como Ciência
Criminal, não investindo nos Institutos de Identificação para que possam fazer frente a
um número permanentemente crescente de criminosos.
Será que essa não é também uma das causas diretas do aumento vertiginoso da
impunidade que tanto se critica e se busca combater no Brasil?
“DESCRIÇÃO SUMÁRIA:
Executar atividades de natureza policial, relacionadas com trabalhos de
Papiloscopia, para fins de identificação ou perícias criminalísticas, bem
como identificação civil, criminal e post-mortem de pessoas físicas, pelo
método dactiloscópico.
DESCRIÇÃO DETALHADA:
1 - Efetuar levantamento de impressões papilares em local de crime ou
acidentes, mediante emprego de técnica adequada;
2 - Fazer identificação de delinquentes ou outras pessoas apresentadas pelos
órgãos de identificação, através dos sistemas:
monodactilar, decadactilar, fotossinaléticos, palmar, plantar, nominal,
poroscópico e retrato falado;
3 - Classificar e organizar fichas individuais em tipos e subtipos nos
arquivos dos diferentes sistemas;
4 - Realizar perícias papiloscópicas e necropapiloscópicas, elaborando os
respectivos laudos;
5 - Realizar exames e pesquisas concernentes ao campo da papiloscopia,
visando ao estabelecimento de identidade física dos autores
das infrações penais.
6 - Elaborar laudos periciais, destinados à Justiça, bem como prestar
esclarecimentos sobre a identidade de pessoas, quando requisitado pela
Autoridade Judicial;
7 - Realizar estudos e pesquisas com vistas ao desenvolvimento da
tecnologia no campo da ciência papiloscópica;
8 - Processar a identificação de identificação de pessoas que requerem
documentos de identidade e antecedentes e das que forem encaminhadas
pelas autoridades competentes, preparando os registros e documentos
respectivos;
9 - Proceder a identificação datiloscópica de cadáveres no interesse da
Justiça, tanto criminal como civil, elaborando os respectivos laudos periciais;
10 - Organizar e manter atualizados os prontuários de identificação e
qualificação;
11 - Atender ao público e dar informações sobre o andamento de processo,
mantido em seção específica os Boletins de Identificação Criminal (BIC) e
Folha de Antecedentes Criminais (FAC);
12 - Fazer a classificação das impressões colhidas e arquivá-las
convenientemente, tanto na Seção Datiloscópica como na Seção de Arquivo
Monodactilar.
13 - Redigir as informações solicitadas pelas autoridades policiais e
judiciárias em assuntos relacionados à ciência papiloscópica;
14 - Proceder a tomada de impressões digitais em pessoas vivas e em
cadáveres, quer sejam estes recolhidos no Departamento Médico Legal, em
necrotério, exumados e em recém-nascidos;
15 - Realizar trabalhos de identificação civil e criminal, mediante o
preenchimento de prontuários e planilhas no que diz respeito aos caracteres
qualitativos e cromáticos do indivíduo;
16 - Executar as tarefas de preenchimento de prontuários, planilhas, boletins
de antecedentes criminais, cédulas de identidade, atestados e
certidões;
17 - Operar o equipamento especializado destinado ao arquivamento de
individuais datiloscópicas;
18 - Revelar os fragmentos de impressões digitais encontradas em locais de
crimes ou acidentes mediante o emprego de reagentes químicos sólidos,
líquidos e gasosos;
19 - Proceder a exérese dos dedos dos cadáveres quando necessário à
identificação dos mesmos;
20 - Cumprir a escala de plantão que lhe for determinada e convocações
extraordinárias;
21 - Proceder, com exclusividade, as atribuições acima elencadas;
22 - Manter em arquivos, álbuns fotográficos atualizados dos criminosos
para confronto com os retratos falados.”
Todas elas sob a responsabilidade dos Papiloscopistas Policiais Civis de
todos os Estados deste País e dos Papiloscopistas Policiais Federais, desde o
surgimento desta Ciência no Brasil, há mais de um século.
3 – DOS FATOS:
A partir do ano de 1903, com a criação do Instituto Félix Pacheco, no Estado do Rio de
Janeiro, então Capital da República, nasce no Brasil a era da busca pelas provas
periciais nas acusações imputadas aos cidadãos. Isso porque a população já não tolerava
mais o arbítrio a que era submetida, sendo lançadas às galés, às masmorras, às penas de
banimento e às penas de açoitamento, em quase todos os casos sem uma fundamentação
probatória que lastreasse a atuação estatal.
Félix Pacheco inaugura com o Instituto que leva o seu nome a era da busca da prova
técnica nas acusações estatais em face dos cidadãos. Para tanto, trouxe ao País uma
nascente Ciência, surgida na Argentina, denominada Papiloscopia, em que se buscava
fundamentar todas as acusações imputadas aos cidadãos por meio de lastro probatório.
E com o Félix Pacheco surgem os demais Institutos de Identificação do Brasil
Nessa época chegou-se a cogitar a transformação da Polícia Civil numa Polícia Técnica,
tal a operacionalidade dos Institutos de Identificação. Os peritos dos Institutos de
Identificação eram responsáveis pela realização de todas as perícias exigidas pelos
crimes em voga naqueles tempos, à exceção da determinação da causa mortis, que
continuava com os legistas.
A par disso, inúmeras autoridades igualmente não se dão conta de que cada cédula de
identidade emitida corresponde a uma perícia de cunho civil. Através da emissão da
cédula de identidade, os cidadãos são, antes de tudo, individualizados, atestando e
garantindo os Institutos de Identificação por meio das impressões digitais e outros sinais
antropométricos que cada pessoa é única perante o Estado, os demais co-cidadãos e os
seus direitos e deveres.
Desta forma, em largas passadas, estava criado o tripé que deu origem ao que hoje
denominamos de Polícia Técnico-Científica Brasileira, composta dos três Institutos
atuais: de Identificação, de Medicina-Legal e de Criminalística.
De uma década para cá começou uma discussão que tem trazido inúmeros reflexos para
a sociedade brasileira. Não se sabe por quais razões lógicas ou científicas, começou-se a
duvidar da condição dos peritos em Papiloscopia como peritos oficiais do Estado.
Não há qualquer dúvida em ter sido o perito em Papiloscopia o primeiro cargo estatal a
receber a denominação de PERITO do Estado Brasileiro e de todos os demais Estados,
mundo afora. Quem comprova esse fato é a própria história e a legislação pátria. Uma
rápida pesquisa na legislação brasileira, nacional e estadual, comprova esse fato.
Não obstante isso, várias ações judiciais tem surgido questionando os laudos emitidos
por esses peritos do Estado, todos concursados, pondo em grave risco as atividades dos
Institutos de Identificação do País.
Deve-se deixar patente que são inúmeros os laudos emitidos pelos peritos em
Papiloscopia (cópias exemplificativas anexas), durante todos esses anos após o
nascimento da Papiloscopia no Brasil (1903).
Num momento em que a violência campeia e dita regras no Brasil, surge uma discussão
que coloca em risco toda a atividade da segurança pública, lançando dúvidas sobre
laudos e perícias realizadas durante mais de um século. Uma verdadeira capitis
diminutio para os integrantes de um cargo imprescindível, que deveriam desfrutar de
um respeito impar por parte de toda a comunidade jurídica nacional, principalmente
diante dos relevantes serviços públicos que vem prestando ao povo brasileiro.
Por incrível que possa parecer, os peritos em Papiloscopia tem que ficar “mendigando”
trabalho, implorando serem convocados para os locais de crimes, a fim de que possam
contribuir com a diminuição da impunidade no País.
Isso porque, hoje é exigência do Código de Processo Penal que as perícias oficiais
sejam realizadas por portadores de nível superior:
“Art. 159. O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por
perito oficial, portador de diploma de curso superior.”
Com toda a vênia que se deve aos governantes, imediatamente após a alteração do CPP,
todos os cargos da Polícia Técnica deveriam ter sua exigência de ingresso adaptados às
novas exigências legais. Durante quanto tempo todos os advogados que defendem
criminosos vão ficar sem questionar a legalidade dos laudos emitidos por peritos
oficiais ocupantes de cargos sem a alteração do grau de escolaridade exigido para neles
ingressar?
Essa falta de ação dos governos é o principal motivo de várias ações judiciais
questionando os laudos emitidos pelos papiloscopistas policiais estaduais e federais. E,
como conseqüência, pode-se estar em vias de colocar em liberdade dezenas de centenas
de criminosos condenados com base nos laudos periciais emitidos por esses mais que
seculares peritos da Polícia Técnica.
Direitos fundamentais, tanto dos cidadãos que se encontram presos e também dos que se
encontram em vias de prisão como consequência dos laudos periciais emitidos pelos
peritos em Papiloscopia, quanto dos próprios peritos em Papiloscopia, estão gravemente
em risco, necessitando de uma intervenção urgente por parte dessa Suprema Corte.
3.2 – O TERMO “PERITOS CRIMINAIS” CONTIDO NO CPP:
Donde se conclui que “peritos criminais” seria: aquele que se especializou ou que tem
habilidade na seara criminal.
Quer-se deixar patente que o termo “peritos criminais ”, contido no CPP, se refere a
todos os experts, concursados, da área estatal que lidam diretamente com a busca do
fornecimento de provas que embasam as acusações em face dos cidadãos. Dessa forma,
é perito criminal: o médico legista, o perito bioquímico, o odontologista, o perito
criminal, o papiloscopista, o perito papiloscopista, etc.
Isso porque, alguns operadores do Direito (dentre eles, alguns juízes) tem entendido que
o termo “perito criminal” se refere unicamente ao cargo de perito criminal das Polícias
Técnicas, o que não tem qualquer procedência legal. E tem entendido assim
contrariando decisão dessa Suprema Corte na ADI 1477 (com efeitos erga omnes) em
que restou patente a condição do papiloscopista como perito oficial do Estado com
plenos poderes para emitir os laudos periciais afetos às suas atribuições.
Esse é outro grave motivo da insegurança que paira sobre os laudos emitidos pelos
peritos em Papiloscopia e sobre as perícias por eles realizadas, que deve ser
imediatamente esclarecido por essa Suprema Corte de Justiça.
Essa insegurança já perdura por mais de uma década, fato que fez trazer os peticionários
a essa Corte, buscando solução definitiva para essa grave situação.
Ainda no ano de 1999, essa Suprema Corte foi instada a se pronunciar na ADIN 1477,
oriunda do Distrito Federal, sobre a possibilidade de emissão de laudos pelos
papiloscopistas do Distrito Federal, tendo afirmado com todos os efes e jotas que esses
peritos oficiais possuem capacidade plena para emissão dos seus laudos, cuja Ementa
abaixo se transcreve:
Vê-se que o problema já atravessa década, tendo se agravado no decorrer dos anos.
Os advogados das partes envolvidas, fomentados por uma perita criminal da Polícia
Federal que lhes forneceu informações inverídicas, questionaram o laudo, tentando
desclassificá-lo sob a alegação de que os papiloscopistas não são peritos oficiais, e,
portanto, não poderiam ter realizado a perícia e emitido o respectivo laudo.
01/12/2006
No texto o desembargador diz que entende não haver exigência legal para
que o candidato aprovado no concurso para perito federal criminal tenha
formação específica em papiloscopia. “Em outras palavras, não é o perito
criminal pessoa habilitada para realizar levantamento de impressões digitais.
O papiloscopista é um especialista, um expert em identificação e atua em
área de conhecimento técnico específico em relação ao perito federal
criminal. Ambos, portanto, são “peritos oficiais”, cada um dentro de sua
especificidade”, diz Sérgio Feltrin.
EMENTA
PROCESSO PENAL. HABEAS CORPUS. PROVA DA AUTORIA.
"LAUDO PAPILOSCÓPICO". NATUREZA DE INFORMAÇÃO
TÉCNICA. NULIDADE DA SENTENÇA. RECONHECIMENTO.
NECESSIDADE DE ENVIO DA INFORMAÇÃO TÉCNICA AOS
PERITOS OFICIAIS.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima
indicadas, acordam os Ministros da Sexta Turma do Superior Tribunal de
Justiça:
"Após o voto do Sr. Ministro Relator concedendo a ordem, do voto da Sra.
Ministra
Maria Thereza de Assis Moura concedendo a ordem em menor extensão e
dos votos
dos Srs. Ministros Hamilton Carvalhido e Napoleão Maia Filho denegando o
habeas
corpus, a Turma concedeu a ordem de habeas corpus, pelo voto médio da
Sra.
Ministra Maria Thereza de Assis Moura que lavrará o acórdão. O Sr.
Ministro
Hamilton Carvalhido fará declaração de voto."
Com toda a vênia, Senhores Ministros, uma capitis diminutio para os peritos em
Papiloscopia sem precedentes em mais de cem anos de história.
Está lá, estampado nos arquivos do STJ para os advogados de todos os réus condenados
com base nos laudos emitidos pelos peritos em Papiloscopia ao longo desses anos lerem
e tomarem as atitudes pertinentes.
EMENTA
PROCESSO PENAL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NOS
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE
DROGAS. DELIMITAÇÃO DOS CONCEITOS DE PAPILOSCOPISTA E
PERITO OFICIAL. OMISSÃO. ARTIGO 6º, INCISO VIII, DO CPP.
OMISSÃO. EXISTÊNCIA DE OUTRAS PROVAS A RESPALDAR A
CONDENAÇÃO. OMISSÃO. INTERESSE PROCESSUAL. AUSÊNCIA.
1. Declarada a eiva da sentença, determinando-se a ultimação de perícia
papiloscópica, sobrevindo novo édito condenatório, com idêntica pena,
mantida a prisão processual, retornando o processo à fase que se encontrava
antes da anulação, não há mais falar-se em interesse processual para a
reforma doaresto do habeas corpus .
2. Embargos de declaração não conhecidos.
ACÓRDÃO
"A Turma, por unanimidade, não conheceu dos embargos de declaração, nos
termos do voto da Sra. Ministra Relatora." A Sra. Ministra Jane Silva
(Desembargadora convocada do TJ/MG) e os Srs. Ministros Hamilton
Carvalhido e Paulo Gallotti votaram com a Sra. Ministra Relatora.
Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro Nilson Naves.
Presidiu o julgamento a Sra. Ministra Maria Thereza de Assis Moura.
Brasília, 27 de março de 2008 (Data do Julgamento)
MINISTRA MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA
Relatora
Outra ação judicial, agora uma ADI, ainda sob a análise dessa Suprema Corte: