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Amazônia - Belém - PA

06/02/2006 - 10:03

Macrodrenagem se arrasta
Projeto na Bacia da Estrada Nova não tem data para começar

Avelina Castro

O projeto de macrodrenagem da Bacia da Estrada Nova deverá ser integrado com o 'Projeto Orla' do governo federal. Uma reunião

está marcada para hoje, dia 6, para discutir o assunto. O encontro será às 10 horas, na sede da Gerência Regional de Patrimônio da
União (GRPU), que fica no conjunto Mercedários, na rua Gaspar Viana, 125. O gerente de Patrimônio da União, Neuton Miranda,
discutirá o assunto com representantes da Prefeitura Municipal de Belém (PMB) e com o procurador da Advocacia Geral da União
(AGU), Mauro Ó de Almeida.

De acordo com Neuton Miranda, o governo federal já incluiu Belém no 'Projeto Orla', que está sendo implementado em vários
Estados brasileiros. Segundo ele, no projeto encaminhado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Congresso Nacional estão
previstos recursos de R$ 12 milhões para a primeira fase de execução das obras.

Mas, de acordo com Miranda, o projeto do presidente terá que passar pela aprovação do Congresso, que deverá votar o Orçamento
Geral da União (OGU) para este ano, ainda neste mês. A contrapartida da Prefeitura de Belém, em recursos financeiros para a
execução da obra, é de cerca de 10 a 15% do valor liberado pelo governo federal.

Um detalhe apontado pelo gerente da GRPU é que toda a tramitação do projeto - até o empenho da verba - deverá ser feita até o dia
30 de junho. É que esta é a data-limite prevista pela legislação eleitoral para que o governo federal encaminhe recursos para as
prefeituras e governos para a execução de obras e serviços, já que este é um ano de eleições.

Mas Miranda faz questão de ressaltar que é interesse do governo federal que a obra seja realizada, já que ela beneficiará não
somente os moradores da área de entorno da avenida Bernardo Sayão, como toda a população de Belém. 'Queremos assegurar a
realização do projeto, e as medidas que estamos tomando são para que ele não esbarre em questões de burocracia ou na justiça',
disse Miranda.

O 'Projeto Orla' do governo federal já está sendo realizado em vários Estados brasileiros. Dentre os quais, Rio de Janeiro, São
Paulo, Piauí, Rio Grande do Norte, Paraná, Bahia e Amapá. O objetivo é preservar e recuperar a orla brasileira, disciplinando a
ocupação de sua orla, levando-se em consideração aspectos sócio-ambientais.

Miranda explica que o governo federal, através do 'Projeto Orla' treina técnicos dos Estados e dos municípios para a execução das
obras, dentro das normas exigidas pela Secretaria de Patrimônio da União. 'Queremos integrar os dois projetos e trabalhar com uma
gestão compartilhada entre os governos federal, estadual e municipal', conclui Neuton Miranda.

Na reunião de hoje, a GRPU vai propor, entre outras coisas, a constituição imediata de um comitê gestor; a assinatura de um termo
de cooperação técnica e acertar a realização de uma oficina de treinamento para técnicos da PMB, que irão trabalhar no projeto.

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A criação do comitê gestor, no município, é uma exigência do projeto. Ele deverá ser composto por integrantes dos governos
estadual, federal e municipal e da comunidade. UFPA e Crea serão convidados para integrá-lo.

Agora, os recursos

A Prefeitura Municipal de Belém já está com o projeto de macrodrenagem da Bacia da Estrada Nova pronto e todos os
levantamentos cadastrais concluídos. A informação é do coordenador de remanejamento do projeto, Arlinton Amaral, da Secretaria
Municipal de Saneamento (Sesan). Segundo ele, todos os detalhes técnicos e sociais já foram levantados e encaminhados para o
governo federal para conseguir a captação dos recursos.

De acordo com ele, um total de 250 famílias deverão ser remanejadas da avenida Bernardo Sayão. A primeira fase do projeto possui
2.150 metros de extensão, exatamente no trecho compreendido entre o canal da Quintino e a avenida José Bonifácio.

O projeto prevê a construção de duas pistas para fluxo de veículos, uma ciclovia e dois acostamentos, com calçadas padronizadas.
A largura será de 28 metros. A extensão total prevista para o projeto de macrodrenagem da Bacia da Estrada Nova é de 5,3
quilômetros.

A Sesan também já notificou alguns moradores, que fizeram construções em cima do canal, na avenida Bernardo Sayão. 'Cerca de
90 moradores de lá não terão direito a nenhuma indenização porque estão completamente irregulares e já temos até decisão judicial
para retirá-los', disse Arlinton Amaral.

Dificuldades à vista

Arlinton Amaral explica que sabe que a tarefa de remanejamento dos moradores da avenida Bernardo Sayão será uma das mais
difíceis para a execução da obra. Funcionário da prefeitura há 21 anos, ele conta que já enfrentou esse mesmo problema nas obras
de prolongamento da avenida João Paulo II, na qual foram travadas várias batalhas judiciais para conseguir a retirada de imóveis da
área de execução da obra.

Mas o coordenador de remanejamento é otimista quanto a realização da obra. Mesmo sem ainda poder prevê uma data para o início
da macrodrenagem da Bacia da Estrada Nova, ele ressalta que a união de esforços - entre os governos municipal e federal - está
sendo muito boa e deverá resultar no sucesso do projeto.

Moradores querem ficar perto

Na avenida Bernardo Sayão, alguns moradores se dizem favoráveis ao remanejamento, desde que para um local próximo de seus
endereços atuais e mediante uma indenização financeira equivalente ao valor de seus imóveis.

A moradora Regina Sales, de 35 anos, mora bem na beira do canal há cerca de 5 anos. Ela conta que o prefeito Duciomar Costa

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esteve lá, em outubro do ano passado, conversando com os moradores. 'Ele (o prefeito) disse que ia negociar com o governo do
Estado para que nós fôssemos remanejados para o terreno que fica na avenida', disse a moradora.

Mas Neuton Miranda, da GRPU, esclarece que a competência legal para remanejamento em áreas de orla de todo o País é da
União. 'É por isso que estamos trabalhando para uma gestão partilhada do projeto, para que não venhamos a ter problemas com a
Justiça no futuro'.

O marceneiro Natalino Souza, de 57 anos, mora há cerca de quatro anos na avenida. Ele construiu sua oficina de marcenaria bem
em cima do canal. Mas diz que só sai de lá mediante indenização e para um local perto. O detalhe é que, segundo Arlinton Amaral,
da Sesan, o marceneiro já foi notificado pela secretaria, no dia 18 deste mês (notificação 03/2006), para que retire sua oficina do
local.

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