EXCELENTÍSSIMO SSENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHA DA 8ª VARA DO
TRABALHO DE GOIÂNIA – GO
EM APENSO AOS AUTOS DO PROCESSO: RT 0077100-84.2000.5.18.0008
RECLAMANTE: GILMAURO BENTO DA SILVA
RECLAMADO(A): LCM INCORPORADORA E CONSTRUTORA LTDA
DESPACHO
Vistos os autos.
Indefiro o pleito de fls. 1262/1264, haja vista que a
penhora de fls. 1096,
PRAZO.
Constituindo os embargos de terceiro ação autônoma com rito, prazo e objeto
gizados por Lei, o intérprete não pode, em nome da hipossuficiência ou desigualdade econômica das partes no processo trabalhista, a pretexto de devido e correto regramento processual disposto no artigo 844 da CLT, subverter a norma regente quanto ao prazo para a sua interposição, que sem dúvida, a teor do artigo 1.048 do CPC, é de até 5 dias após a arrematação, adjudicação ou remição. (TRT2ªR - AP nº 00.918.200.703.702.009 - Ac. 9ªT 20080432705 - Rel. Maria da Conceição Batista - DOE 30.05.2008).
EMBARGOS DE TERCEIRO - Prazo.
O artigo 1.048 do CPC , subsidiariamente aplicável ao processo trabalhista não
comporta interpretação extensiva. Os embargos de terceiro podem ser opostos, no processo de execução, até 5 (cinco) dias contados da arrematação, adjudicação ou remição, desde que antes da assinatura da respectiva carta. Irrelevante, para esse efeito, a data da formalização da penhora, eis que contraria a literalidade do dispositivo processual a contagem do prazo a partir da apreensão de bens. (TRT2ªR - AP nº 02.196.200.344.202.001 - Ac. 1ªT 20050025966 - Rel. Wilson Fernandes - DOE 22.02.2005).
EMBARGOS DE TERCEIRO - Execução trabalhista - Proposição no prazo de 5
dias previsto no CPC e não aquele previsto na CLT para os embargos à execução - CLT, artigos 769 e 884 - CPC, artigo 1.048.
Aplica-se o prazo de 5 dias previsto no CPC para a proposição de embargos de
terceiro no processo de execução trabalhista e não aquele previsto na CLT para os embargos à execução. Assim se justifica pelo fato de que a ação incidental de embargos de terceiro não encontra-se regida pela CLT, aplicando-se as regras próprias do CPC. Não pode o julgador utilizar-se de prazo outro, principalmente de ação diversa, expressamente prevista no regramento trabalhista.
(TRT2ªR - Ag. de Pet. nº 491.818 - Rel. Juíza Mercia Tomazinho - J. 16.04.2002 -
DJ 30.04.2002).
SUSPENSÃO DO PRACEAMENTO DE BEM IMÓVEL NA PENDÊNCIA DE JULGAMENTO
DE EMBARGOS DE TERCEIRO - Segurança parcialmente concedida. Conforme se depreende da exegese do artigo 1052 do Código de Processo Civil, "quando os embargos versarem sobre todos os bens, determinará o juiz a suspensão do curso do processo principal". Assim, considerando que os embargos de terceiro opostos pela ora impetrante nos autos da reclamação trabalhista de origem visavam a defesa do único bem penhorado, o imóvel de sua propriedade, viola direito líquido e certo seu a realização de praça e leilão de tal bem, antes do julgamento dos embargos, pelo que, no tocante a esse pedido, deve ser concedida a segurança definitiva. Todavia, não há como ser acolhido o pleito de nulidade da penhora, por incidir o óbice no inciso II, do artigo 5º, da Lei nº 1533, de 31 de dezembro de 1951, porquanto a matéria ora questionada neste"mandamus"já foi apreciada pela D. Autoridade impetrada quando do julgamento dos embargos à execução opostos pela impetrante, os quais foram rejeitados para o fim de julgar subsistente a penhora levada a efeito, pelo que a impetrante deve valer-se do recurso próprio para tanto. Segurança parcialmente concedida. (TRT2ªR - MS nº 12.813.200.300.002.002 - Ac. SDI 2004022637 - Rel. Vania Paranhos - DOE 05.10.2004).
EMBARGOS DE TERCEIRO - Custas - Inexistência.
No processo trabalhista, os embargos de terceiro são considerados ação
incidental na execução, e assim, não há que se exigir o pagamento das custas processuais. (TRT3ªR - AI nº 673/99 - 1ª T. - Relª Juíza Adriana Goulart de Sena - DJMG 22.01.2000). AGRAVO DE PETIÇÃO - Embargos de Terceiro - Custas - Preparo - Desnecessidade. Os Embargos de Terceiro são processados na Justiça do Trabalho como ação incidente da execução, não se tratando de ação autônoma, como ocorre no processo civil. Por conseguinte, não há que se falar em deserção do Agravo de Petição, por ausência de recolhimento de custas arbitradas em Embargos de Terceiro na execução trabalhista. Preliminar de deserção rejeitada por maioria.
(TRT24ªR - Ag de Petição nº 0303/2001-022-24-00-8-Dourados-MS - Rel. Juiz João