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Conselho editorial
Enf. Ana Cristina Silva de Carvalho
Enf. Alessandra Cabral de Lacerda
Enf. Débora Galvão Moreira
Enf. Marisa Peter
Enf. Roseluci Salles
Índice
1. Introdução 5
4. Considerações Finais 33
5HIHUrQFLDV%LEOLRJUi¿FDV 4
1. Introdução que incluem a criação de rotinas e protocolos,
FRPD¿QDOLGDGHGHVLVWHPDWL]DUDDVVLVWrQFLD
Os Centros de Atenção Especializada GH (QIHUPDJHP HVSHFt¿FD D FDGD &HQWUR H
(CAE) do Instituto Nacional de Traumatologia UHXQL}HVWpFQLFRFLHQWt¿FDVFRPDSUHVHQWDomR
e Ortopedia (INTO) foram criados em maio de de artigos sobre temáticas referentes aos
2006, a partir da reorganização assistencial CAE.
consolidada pelo novo Plano Diretor
Institucional deste mesmo ano. Este se baseia Nossa clientela compõe-se
no conceito de clínica ampliada do Sistema majoritariamente de usuários do Estado do
Único de Saúde (SUS), no qual os usuários Rio de Janeiro (98,78%), sendo 50,80% do
do serviço de saúde são particularizados e VH[RPDVFXOLQRHGRVH[RIHPLQLQR
sua vinculação à equipe é potencializada, HP GLIHUHQWHV IDL[DV HWiULDV FULDQoDV H
corroborando ainda as diretrizes da Política DGROHVFHQWHVDWpDQRVDGXOWRV
Nacional de Humanização (PNH). GHDDQRVHLGRVRVDSyVDQRV
(20,80%). Estes usuários, em sua maioria,
Neste sentido os CAE são formados por são portadores de fraturas ou suas seqüelas,
uma equipe multidisciplinar da área de saúde, doenças crônico-degenerativas e anomalias
incluindo: ortopedistas, clínicos, enfermeiros, congênitas do sistema músculo-esquelético
¿VLRWHUDSHXWDV QXWULFLRQLVWDV DVVLVWHQWHV que necessitam de tratamento cirúrgico de
sociais, psicólogos e terapeutas ocupacionais. DOWD FRPSOH[LGDGH 5HODWyULR GH *HVWmR GR
(VWHV SUR¿VVLRQDLV HVWmR DORFDGRV SRU INTO, 2006).
especialidade ortopédica, destacando-
se: mão, pé, coluna, quadril, trauma do Serão apresentados nos capítulos
adulto, trauma do idoso, pelve e acetábulo, seguintes, o serviço de enfermagem nos
microcirurgia reconstrutiva, joelho, ombro, CAE, estruturado de acordo com os seguintes
¿[DGRU H[WHUQR WXPRU FUkQLRPD[LORIDFLDO WHPDV SHU¿O GR XVXiULR DWHQGLGR QR ,172
infantil e clínica da dor. principais cirurgias, cuidados de enfermagem
e diagnósticos de enfermagem. Para este
O enfermeiro do CAE é o responsável pelo FDGHUQR DV GH¿QLo}HV H FODVVL¿FDomR GRV
gerenciamento do cuidado aos usuários, desde diagnósticos de enfermagem nos CAE foram
sua internação até a alta terapêutica. São fundamentadas de acordo com NANDA 2005-
desempenhadas atividades administrativas 2006 (NANDA, 2006).
Introdução 3HU¿OGRVSDFLHQWHVDWHQGLGRV
O trauma raquemedular incide
A coluna vertebral forma uma sustentação
em pacientes jovens, entre 18 e 35 anos,
IRUWH PDV ÀH[tYHO SDUD R WURQFR SRVVXLQGR
PDMRULWDULDPHQWH GR VH[R PDVFXOLQR GH
importante papel na postura, na sustentação
etiologia traumática causado por acidentes
do peso do corpo, na locomoção e na proteção
GH WUkQVLWR SHUIXUDomR SRU DUPD GH IRJR
da medula espinhal e das raízes nervosas.
e mergulho em águas rasas (SPOSITO e
(VWHQGHVHDSDUWLUGDEDVHGRFUkQLRDWUDYpV
FROV6$1726)$52
do pescoço e do tronco. As vértebras são
estabilizadas por ligamentos que limitam os
movimentos produzidos pelos músculos do
Trauma raquemedular
tronco. A medula espinhal, raízes dos nervos
espinhais e seus revestimentos, denominados A lesão medular traumática ocorre quando
meninges, estão situados dentro do canal um evento resulta em lesão das estruturas
vertebral, que é formado pelos forames medulares, interrompendo a passagem do
vertebrais em vértebras sucessivas. Os estimulo nervoso através da medula. A lesão
nervos espinhais e seus ramos estão situados pode ser completa ou incompleta.
IRUD GR FDQDO YHUWHEUDO H[FHWR SHORV QHUYRV
A medula espinhal é organizada em
meníngeos, que retomam através dos forames
VHJPHQWRVDRORQJRGHVXDH[WHQVmR5Dt]HV
intervertebrais para inervar as meninges
nervosas de cada segmento inervam regiões
espinhais. (SIZÍNIO, 1998).
HVSHFt¿FDVGRFRUSRFRPRGHVFULWRDEDL[R
O trauma raquemedular é o conjunto de • os segmentos da medula cervical (C1 a
alterações conseqüentes à ação de agentes C8) controlam a sensibilidade o movimento da
físicos sobre a coluna vertebral e aos UHJLmRFHUYLFDOHGRVPHPEURVVXSHULRUHV
elementos do sistema nervoso contidos em
• segmentos torácicos ((T1 a T12)
seu interior. As maiorias das lesões medulares
FRQWURODP R WyUD[ DEGRPH H SDUWH GRV
graves continuam sendo irreversíveis do ponto
PHPEURVVXSHULRUHV
de vista funcional. Sua abordagem limita-se
a prevenção e tratamento das complicações • segmentos lombares (L1 a L5) estão
(TASHIRO e cols., 2001). relacionados com movimentos e sensibilidades
8 C. de Enfermagem em Ortopedia, Rio de Janeiro, v. 2, p 1-36, maio 2009
QRVPHPEURVLQIHULRUHV
• os sacrais (S1 a S5) controlam parte
dos membros inferiores, sensibilidade da
UHJLmR JHQLWDO H IXQFLRQDPHQWR GD EH[LJD H
intestino.
3ULQFLSDLVSDWRORJLDV
(VFROLRVH Espondilolistese
É quando a coluna apresenta uma curva no
plano das costas. A escoliose pode apresentar
É caracterizado por um deslizamento ou
uma curva em “C” ou uma dupla curva em
deslocamento anterior ou posterior de uma
“S”. A escoliose pode ter várias causas, porém
vértebra em relação a outra. O canal medular
a mais comum é a escoliose dita “idiopática”,
FRPHoDD¿FDUSURJUHVVLYDPHQWHPDLVHVWUHLWR
VHPFDXVDGH¿QLGDTXHVHPDQLIHVWDDLQGDQD
e há sempre o risco de compressão medular.
LQIkQFLD RX SXEHUGDGH 'LVSRQtYHO HP ZZZ
([LVWHP FDXVDV EiVLFDV IDOKD FRQJrQLWD
magnaspine.com.br/escoliose.htm).
DPROHFLPHQWR LQÀDPDWyULR GH XP OLJDPHQWR
da vértebra e instabilidade por trauma
(disponível em http://www.colunasaudavel.
com.br/conheca/espondilolistese.htm).
+pUQLDGHGLVFR
Cuidados de Enfermagem
Pré-operatório
• Orientar quanto a rotina pré-
RSHUDWyULD
• Avaliar as necessidades de cada cliente
para elaboração de um plano assistencial
LQGLYLGXDOL]DGR
Fonte: www.sbcj.com.br 2EVHUYDU H LGHQWL¿FDU FRPSOLFDGRUHV
TXHSRVVDPJHUDUULVFRV
9HUL¿FDUQRSURQWXiULRWRGRVRVH[DPHV
Ligamentoplastia – Podem ser feitas
pré-operatórios e risco cirúrgico com registro
de quatro maneiras: através de reparação
GRVPHVPRV
SULPiULD UHFRQVWUXomR H[WUDDUWLFXODU
reconstrução intra-articular ou a combinação • Orientar sobre a escala de dor e sua
das duas. Na maioria das vezes é possível DYDOLDomR
XWLOL]DU XP HQ[HUWR DXWyORJR WHQGmR GR
• Esclarecer dúvidas do procedimento
próprio cliente).
cirúrgico a ser realizado.
Pós-operatório
5HDOL]DU H[DPH ItVLFR FpIDORFDXGDO
observando: acesso venoso, curativo, membro
RSHUDGRGUHQRHFDWHWHUYHVLFDOGHGHPRUD
• Manter membro operado imobilizado
FRPFXUDWLYRFRPSUHVVLYR
• Monitorar os sinais vitais de acordo
FRPDVFRQGLo}HVFOtQLFDVGRSDFLHQWH
• Atentar para complicações
DQHVWpVLFDV
Fonte: www.ligamentoplastia.com.br
9HUL¿FDU SHUIXVmR SHULIpULFD SXOVR
pedioso, motricidade e sensibilidade no
$UWURVFRSLD – É a técnica cirúrgica em que PHPEURDIHWDGRSHULRGLFDPHQWH
uma pequena incisão permite introduzir uma
ySWLFD QR QtYHO GD DUWLFXODomR $ H[SORUDomR • Alertar a equipe de enfermagem à
dessa articulação é praticada através de pinças não aplicar medicamentos via parenteral no
miniaturas que são manipuladas através do PHPEURRSHUDGR
vídeo. • Observar e registrar volume e
Artrodese – É a fusão proposital das FDUDFWHUtVWLFDGRH[VXGDWRQRGUHQR
H[WUHPLGDGHV GLVWDO GR IrPXU H SUR[LPDO • Observar a presença de sangramento
da tíbia, criando uma situação de rigidez DWLYRSHORFXUDWLYR
permanente. Esse procedimento pode ser
UHDOL]DGR DWUDYpV GH ¿[DomR LQWHUQD RX 9HUL¿FDU SUHVFULomR GR SyVRSHUDWyULR
H[WHUQD LPHGLDWR
Osteotomia – É a secção cirúrgica de um 2EVHUYDUDVFRQGLo}HVGDVH[WUHPLGDGHV
C. de Enfermagem em Ortopedia, Rio de Janeiro, v. 2, p 1-36, maio 2009
do membro operado visando detectar algum $OWDWHUDSrXWLFD
sinal de complicação (cianose, edema, calor,
• Orientar quanto aos procedimentos
UXERUKHPDWRPDHGRULQWHQVD
domiciliares (curativo, medicação prescrita e
• Após a retirada da imobilização, fazer DXWRFXLGDGR
curativo diário com toques de SF 0,9% e • Orientar quanto ao laudo médico e
álcool a 70%, observando a evolução da VXPiULRGHDOWD
IHULGDFLU~UJLFD
• Orientar quanto ao retorno
• Orientar o paciente quanto a DPEXODWRULDO
LPSRUWkQFLDGDPRELOL]DomRQROHLWRHDMXGDOR
quando isto não for possível. Não deitar sobre • Comunicar ao serviço de visita domiciliar
RODGRRSHUDGR caso seja solicitado acompanhamento.
• Preencher o impresso de avaliação e
• Preparar o paciente para alta com HGXFDomRGHSDFLHQWHV
as devidas orientações, agilizando todo o
processo. • Registrar em prontuário as atividades/
Do}HVGHVHQYROYLGDV
• Avaliar junto a equipe sobre a
• Orientar quanto ao uso de muletas,
necessidade de atendimento pela visita
VROLFLWDQGRDX[tOLRVHQHFHVViULR
GRPLFLOLDUDSyVVXDDOWD
• Orientar quanto ao uso de
• Registrar em prontuário. imobilizador.
Pré-operatório
Pré-operatório
• História clínica – aspectos biológicos,
SVtTXLFRVIXQFLRQDLVHVRFLDLV
9HUL¿FDUDUHDOL]DomRGRVH[DPHVSUp 3URPRYHUVHJXUDQoD
RSHUDWyULRV • Implementar medidas preventivas de
• Promover a participação ideal nas 83
DWLYLGDGHV • Monitorar os usuários em alto risco
• Orientar o usuário e cuidador/familiar SDUDLQIHFomR
VREUHDVURWLQDVLQVWLWXFLRQDLV • Investigar a resposta à medicação
• Educação permanente sobre os DQDOJpVLFDHDFLRQDUDFOtQLFDGD'RU
FXLGDGRVLQWUDHH[WUDKRVSLWDODUHVDRXVXiULR • Avaliar necessidade de Visita
e cuidador/familiar. Domiciliar
Estas avaliações constituem o processo
de diagnóstico multidimensional, a partir
do qual serão estabelecidas condutas ou $OWDWHUDSrXWLFD
HQFDPLQKDPHQWRVSDUDDDVVLVWrQFLDHVSHFt¿FD &RUUHVSRQGHDRSHUtRGRGHYHUL¿FDomR
às necessidades surgidas. do alcance das metas estabelecidas no
planejamento assistencial no que tange:
Pós-operatório • Aos cuidados domiciliares com o membro
operado (posicionamento, mobilização, sinais/
([LJH XP SODQHMDPHQWR FXLGDGRVR VLQWRPDVGHFRPSOLFDo}HV
demandando condutas diferenciadas que
favoreçam o processo de reabilitação e • Realização de curativo da ferida
minimizem o risco de perda do procedimento RSHUDWyULD
cirúrgico e complicações. Aos dados coletados 8VRGHPHGLFDo}HV
na internação somam-se os provenientes
da avaliação pós-operatória, que serão a &XLGDGRVFRPDSHOH
base do planejamento e das ações, voltadas &XLGDGRVFRPDDOLPHQWDomR
principalmente à educação do usuário e seu
familiar/acompanhante para continuidade dos ,QJHVWmRDGHTXDGDGHOtTXLGRV
seguintes cuidados: 0XGDQoDGHGHF~ELWR
5HDOL]DU H[DPH ItVLFR SyVRSHUDWyULR 8VRGHDOLYLDGRUHVGHSUHVVmR
DYDOLDomRGRPHPEURRSHUDGR
,PSRUWkQFLDGRUHWRUQRDPEXODWRULDO
• Manter o membro operado em posição
DQDW{PLFDFRQIRUWiYHO
• Realizar o curativo e avaliar para sinais
de: sangramento, dor, hematomas, deiscência
HHGHPD
• Comunicar a equipe ortopédica sobre
RVFRPSOLFDGRUHVHFRPSOLFDo}HVGHWHFWDGRV
(OHYDU D H[WUHPLGDGH RSHUDGD
IDFLOLWDQGRRUHWRUQRYHQRVR
• Promover mobilidade e movimento
LGHDO
• Atentar para as alterações do nível de
C. de Enfermagem em Ortopedia, Rio de Janeiro, v. 2, p 1-36, maio 2009 19
Centro Atenção Especializada em Cirurgia de Mão
(1) Segundo CAMPOS (2003) a doença tromboembólica é o desenvolvimento de um coágulo de sangue dentro de um vaso sanguíneo
YHQRVR3RGHVHGHVHQYROYHUHPVLWXDo}HVHPTXHKiGLPLQXLomRGDYHORFLGDGHGRVDQJXHFRPRSRUH[HPSORSHVVRDVDFDPDGDV
cirurgias prolongadas, entre outros.
Introdução 3ULQFLSDLVFLUXUJLDV
$0LFURFLUXUJLDSRGHVHUGH¿QLGDFRPR
um conjunto de procedimentos cirúrgicos 3HU¿OGRVSDFLHQWHVDWHQGLGRV
aplicados na manipulação de pequenas
HVWUXWXUDV TXH GHSHQGHP GR DX[tOLR GH O Centro de Atenção especializada em
lentes de aumento- lupas ou microscópio Microcirurgia Reconstrutiva atende os usuários
- (FERREIRA, 2005, p. 3). Foi introduzida vítimas de trauma de etiologia diversa que
no Brasil na década de 60 por cirurgiões DSUHVHQWHP OHV}HVQHUYRVDVSHUGDVyVVHDV
do Hospital das Clínicas de São Paulo que PXVFXODUHVHFXWkQHDVH[WHQVDVDPSXWDo}HV
realizavam reimplantes de membro superior. e outras. A clientela é eminentemente
Sua aplicação não se restringiu somente às PDVFXOLQD FRP LGDGH VLWXDGD QD IDL[D HQWUH
amputações, estendeu-se para áreas como 20-50 anos. Cabe destacar que cerca de
a ortopedia, neurocirurgia, urologia, cirurgia 30% das internações é composta por recém-
GH PmR FLUXUJLD SOiVWLFD HQWUH RXWUDV nascidos e crianças com idade entre 0-12
tornando-se uma importante alternativa para anos. O tempo médio de internação é de
C. de Enfermagem em Ortopedia, Rio de Janeiro, v. 2, p 1-36, maio 2009 25
três dias podendo estender-se de acordo
com procedimento realizado e a presença de
fatores complicadores (Relatório de Gestão
INTO 2007).
As principais cirurgias realizadas incluem:
HQ[HUWR GH SHOH UHFRQVWUXomR FRP UHWDOKR
PLRFXWkQHR WUDQVSODQWH FRP DQDVWRPRVH
YDVFXODUPLRFXWkQHRHPLFURFLUXUJLDGRSOH[R
EUDTXLDOSDUWLFXODUPHQWHDQHXURHQ[HUWLD
Trans – operatório
Cuidados de Enfermagem
• Acompanhar o procedimento para
A criança como todo paciente cirúrgico, compreender a maneira correta de intervir no
apresenta sentimento de medo e ansiedade pós – operatório.
relacionado à cirurgia e a ruptura com seu
ambiente social e familiar, mobilizando
respostas inesperadas, imprevistas e até Pós – operatório
mesmo com diminuição da auto-estima. Neste
momento, o trabalho inicial da enfermagem é • Realizar a visita pós-operatória com
o de apresentar a criança o seu novo ambiente. DYDOLDomRFOtQLFD
28 C. de Enfermagem em Ortopedia, Rio de Janeiro, v. 2, p 1-36, maio 2009
9HUL¿FDUDSUHVHQoDHDVFRQGLo}HVGH prontuário.
GLVSRVLWLYRV H[WHUQRV GUHQRV H FDWHWHUHV GH
Alta Hospitalar:
VXFomRHFXUDWLYRV
)RUQHFHUDVRULHQWDo}HVHVSHFt¿FDVHGH
9HUL¿FDUDSUHVFULomRPpGLFDHUHDOL]DU
FXLGDGRVGRPLFLOLDUHVSDUDDDOWDKRVSLWDODU
DSUHVFULomRGHFXLGDGRVGHHQIHUPDJHP
9HUL¿FDURSURQWXiULRHDGRFXPHQWDomR
• Posicionar o paciente adequadamente
HVSHFt¿FDGHDOWDKRVSLWDODU
no leito, promover conforto e segurança,
e manter o membro operado elevado ou • Contactar a visita domiciliar, se
FRUUHWDPHQWHSRVLFLRQDGR QHFHVViULR
• Checar os sinais vitais e assegurar a ,QIRUPDUDGDWDGHUHWRUQR
HVWDELOLGDGHKHPRGLQkPLFDGRSDFLHQWH
• Registrar todas as informações no
• Registrar todas as atividades no prontuário.
Introdução RPi[LPRGHDOtYLRGDGRUHVHXVEHQHItFLRV
A dor ou sensação dolorosa é variável 3HU¿OGRVSDFLHQWHVDWHQGLGRV
entre os indivíduos, e está associada a
diversas condições como: físicas, culturais e São poucos os dados disponíveis sobre
sociais. O limiar de dor varia de um indivíduo R SHU¿O HSLGHPLROyJLFR GD GRU QR %UDVLO
SDUDRRXWURSRGHVHUGH¿QLGRFRPRRSRQWR Contudo, alguns estudos apontam para as
ou momento em que um dado estímulo é afecções do aparelho locomotor como a causa
reconhecido como doloroso. O controle da dor mais frequente de dor entre os brasileiros,
traz benefícios para o paciente, para a equipe GHVWDFDQGRVHDVORPEDJLDVD¿EURPLDOJLDH
e para a instituição. a síndorme dolorosa miofascial (SOCIEDADE
BRASILEIRA PARA O ESTUDO DA DOR,
O Instituto Nacional de Traumatologia e 2007).
Ortopedia (INTO), desde 1999, através da
criação da Área de Tratamento e Controle No INTO, os pacientes são atendidos no
da Dor (ARDOR), implementa a ação de seu ambulatório, principalmente os pacientes com
registro como 5º Sinal Vital com o objetivo dor crônica, e na unidade de internação, onde
de integrar-se com os Centros de Atenção a prevalência de dor aguda é maior, por se
Especializada e demais equipes favorecendo, tratar de uma instituição cirúrgica, tendo a
uma assistência de qualidade proporcionando dor como quinto sinal vital.
C. de Enfermagem em Ortopedia, Rio de Janeiro, v. 2, p 1-36, maio 2009 29
Tipos de dor
“O quadro doloroso é recente e bem
A dor aguda é aquela caracterizada por ORFDOL]DGRHDLQÀXrQFLDGHIDWRUHVHPRFLRQDLV
curta duração, em geral menos de 6 meses, é e culturais é, na maioria das vezes, de
um sinal de dano tecidual e, em geral cessa menor magnitude. Devem ser investigados a
quando o estímulo é retirado, como no caso localização, intensidade, início da dor, duração
dos procedimentos cirúrgicos. No INTO, a e periodicidade dos episódios dolorosos,
maior prevalência, devido aos tratamentos TXDOLGDGHVHQVLWLYDSDGUmRHYROXWLYRIDWRUHV
cirúrgicos, é de dor aguda. agravantes ou atenuantes da dor e outros
sintomas associados.” (CALIL, 2005).
A dor aguda inicia-se com uma lesão, e
VXEVWkQFLDV DOJRJrQLFDV VmR VLQWHWL]DGDV QR
local ou ali liberadas, estimulando terminações No INTO, é utilizado como instrumento
de avaliação dos pacientes a Escala Visual
nervosas (nociceptores). O impulso é levado
Analógica – EVA (Figura 1), que foi adaptada
DWUDYpV GHVVDV ¿EUDV SDUD R FRUQR SRVWHULRU
e referendada pela Sociedade Brasileira
da medula ou para os núcleos sensitivos,
do Estudo da Dor (SBED). Esta, enumera a
no caso de nervos cranianos. Nesses locais, LQWHQVLGDGH GD GRU GH D SRGHQGR VHU
SRGH RFRUUHU PRGXODomR DPSOL¿FDomR RX utilizada a partir da idade pré-escolar.
supressão) do sinal, antes de ser interpretado.
Ao longo dessas vias de condução da dor
JHUDPVH UHÀH[RV TXH HQYROYHP DOWHUDo}HV
neuroendócrinas. (XAVIER, 2005).
No caso da dor em traumatologia e
ortopedia, observamos que além da dor
Figura 1 - Escala Visual Analógica (EVA)
aguada causada por procedimentos cirúrgicos
há também outros tipos de dor freqüentes
como a dor neuropática e a cefaléia após
raqui-anestesia. Alguns fatores são importantes para
TXDOL¿FDU D DVVLVWrQFLD GH HQIHUPDJHP
Além do tratamento farmacológico, algumas como:
outras terapêuticas também são utilizadas no
• Avaliar a mobilidade física solicitando
controle da dor na intuição como bloqueio ao paciente a localização da dor, assim como,
analgésico via nervo periférico, acunpuntura, estimular a mobilização respeitando os limites
bomba de analgesia controlada pelo paciente GRSDFLHQWH
e introdução de eletrodo medular.
• Proporcionar um ambiente agradável
para o sono (silêncio, temperatura ambiente,
SHQXPEUDKLJLHQHFRUSRUDOHDPELHQWDO
Cuidados de enfermagem
• Incentivar atividades lúdicas e o
A avaliação da dor é importante para a DFRPSDQKDPHQWRSHODIDPtOLD
humanização da assistência ao paciente, além
• Observar se a medicação prescrita foi
de promover o planejamento das intervenções
DGPLQLVWUDGD
a serem realizadas. Esta deve ser contínua e
VLVWHPDWL]DGDYDORUL]DQGRDTXHL[DYHUEDOGR • Posicionar corretamente o paciente no
paciente, independente da intensidade por OHLWR
ele relatada. • Avaliação diária da intensidade da
GRU
A avaliação da dor aguda é menos
• Estimular e encorajar ao auto cuidado
FRPSOH[DTXHDGDGRUFU{QLFDFRPRGHVFULWR
IDFLOLWDQGRQRDOtYLRDGRU
por Calil:
30 C. de Enfermagem em Ortopedia, Rio de Janeiro, v. 2, p 1-36, maio 2009
• Ver se o protocolo medicamentoso da Dor caso a dor permaneça.
GRUHVWiVHQGRXVDGRFRUUHWDPHQWH
A Clínica da Dor encontra-se cada vez
• Solicitar avaliação médica e, se possível, PDLV VyOLGD FRP SUR¿VVLRQDLV HQYROYLGRV
GDHTXLSHPXOWLGLVFLSOLQDU e valorizando a relação equipe-paciente e
GHVPLVWL¿FDQGR D LQFLGrQFLD GH GRU 3HOR
• Reavaliar o paciente após 30 minutos
contrário, é possível submeter-se a cirurgias
HPVHJXLGDGHTXDOTXHUFXLGDGRSUHVWDGR
RUWRSpGLFDV JUDQGHV VHP TXDLVTXHU TXHL[DV
• Solicitar avaliação médica da Clínica da de dor.
MANCUSSI, A. C. $VVLVWrQFLD DR ELQ{PLR Sociedade Brasileira Para Estudo da Dor. Dor
SDFLHQWHIDPtOLD QD VLWXDomR GH OHVmR informações gerais. Disponível em www.
WUDXPiWLFD GD PHGXOD HVSLQKDO Revista dor.org.br. Acessado em 12 de dezembro de
C. de Enfermagem em Ortopedia, Rio de Janeiro, v. 2, p 1-36, maio 2009 35
2007. ;$9,(5777255(6*952&+$90Dor
Sociedade Brasileira de Traumatologia e SyVRSHUDWyULD FDUDFWHUtVWLFDV TXDQWL
Ortopedia.5HYLVWD%UDVLOHLUDGH2UWRSHGLD. TXDOLWDWLYD UHODFLRQDGDV D WRUDFRWRPLD
Rio de Janeiro, dez. 1996. Disponível em: póstero-lateral e esternotomia. Acta
http//:www. rbo.org. br. Acessado em Cirurgica Brasileira, vol.20, n., ISSN 0102-
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7$</25&\QWKLD0'<(5-DQLFH*63$5.6
Sheila M. 'LDJQyVWLFR GH (QIHUPDJHP
GD 1$1'$ 'H¿QLo}HV H &ODVVL¿FDo}HV
. Porto Alegre: Artemed, 2006.
312p.
9(1785$0))DUR$&02QRH(.08WLPXUD
M. (QIHUPDJHP 2UWRSpGLFD, São Paulo:
Ícone, 1996.