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Missões começa em casa

Por Cristian Mohr


julho/2009

Em 2 Reis 14:14-19 nós encontramos a menção de abrir a janela para o oriente.


Jeoás está a sentir a morte de Eliseu que se aproxima. Eliseu tinha sido um símbolo da
presença de Deus e da supremacia de Israel sobre a Síria. Em vista de suas lágrimas
Eliseu lhe direciona a trazer um arco e algumas flechas, lhe diz para pegar o arco em suas
mãos e, então, Eliseu põe as suas mãos sobre as mãos do rei e lhe ordena para abrir a
janela para o oriente (leste).
Abrir a Janela fala de ter visão, de perceber, de prestar atenção, de focar, de
vislumbrar. Fala também de buscar os olhos de Deus, de buscar a perspectiva de Deus, de
buscar o coração de Deus para as nações. Nós estamos vivendo uma época onde o Oriente
tem estado em foco pela mídia, negócios e pela sociedade. Novelas têm colocado o oriente
como tema de suas narrativas. A Ásia tem se tornado o destino principal de empresas e
homens de negócios. As revistas, programas de TV, os filmes têm todos retratado o estilo
de vida oriental, as paisagens asiáticas, a medicina tradicional oriental, e até as religiões
orientais. Infelizmente a Igreja sempre tem tido a tendência de seguir na poeira e rastro do
mundo para se despertar para as necessidades espirituais que se apresentam. E este é o
momento para a Igreja abrir a janela para o Oriente e buscar ter a visão de Deus para a
Ásia. Missões têm estado a impactar a Ásia por muitos anos. Países como a China, Índia,
Japão, Indonésia, Timor Leste, Coréia do Norte, Nepal, etc., receberam alguns missionários
no correr dos anos e tiveram um impacto limitado naquelas nações, mas por muitos anos os
olhos da Igreja estiveram voltados para longe do Oriente. Temos que buscar ter os olhos de
Deus para as nações para podermos experimentar a vitória de Deus para nossas vidas e
nas nações.

Um caso que ilustra isto e que me marcou profundamente foi em 1996, quando
estávamos em Macau desenvolvendo o projeto “S.O.S. Macau: Uma Bíblia para Cada
Família de Macau” quando íamos batendo de porta em porta pela cidade de Macau
oferecendo Bíblias. O número de Bíblias que dispúnhamos era limitado e estávamos orando
por mais Bíblias nas diferentes línguas representadas em Macau. Estávamos orando uma
manhã, e passamos a perguntar a Deus pelo que Ele gostaria que orássemos. Éramos
quatro pessoas: eu, Silvia e outro casal de missionários brasileiros. Após buscarmos por
alguns minutos, Silvia disse que uma palavra veio à sua mente: “Bruxelas”, mas ela não
sabia o que significava. Bruxelas é a capital da Bélgica. Passamos, então, a orar por
Bruxelas e foi algo incrível porque sentíamos como se Deus estivesse à procura de alguém
para se colocar na brecha por Bruxelas, mas sem encontrar. O peso que sentíamos em
nosso coração era tão grande que oramos como desesperados por esta cidade. Gastamos
quase 2 horas orando apenas por este motivo. Ao final deste tempo terminamos a nossa
reunião e fomos aos nossos afazeres diários. À noite, quando eu estava em casa, o outro
irmão com quem havíamos orado me ligou e disse que havíamos recebido uma oferta de
US$ 1250,00 para comprar Bíblias. Eu dei glória a Deus. Ele então me perguntou: “Você
sabe de onde veio a oferta?” Eu imaginei que fosse do Brasil ou EUA. Ele me disse: “A
oferta veio de BRUXELAS”. Uau! No mesmo dia em que recebemos uma direção de Deus
para orar por Bruxelas, nós recebemos uma oferta vinda daquela mesma cidade. Sentimos
como se Deus estivesse dizendo: “Vocês buscaram o meu coração, eu também busco o
desejo do coração de vocês.” Temos que buscar o coração de Deus para as nações para
podermos disponibilizar dos recursos divinos para abençoar as nações.

Mas para que abrimos a janela para o oriente? Para olhar o tempo? Para ver a
paisagem? Para ver quem passa pela rua? Não, nós abrimos a janela para o oriente para
podermos lançar a flecha da vitória. E o que é a flecha da vitória? Ou melhor dizendo,
quem é a flecha da vitória?

O Salmo 127:3-5 começa a nos dar esta resposta, dizendo que “como flechas nas
mãos do guerreiro são os filhos nascidos na juventude. Como é feliz o homem que tem a
sua aljava cheia deles! Não será humilhado quando enfrentar seus inimigos no tribunal.”
Esta flecha começa a partir de nossos filhos. Os filhos são como flechas. Mas o que uma
flecha precisa para ser bem sucedida?

A princípio, ela precisa de um Alvo. Sem um alvo a flecha é desnecessária e


ineficiente. Para nós o alvo está estabelecido. São as nações, são as vidas que estão
perdidas. Além do alvo a flecha precisa de Direção e Motivação.

A direção está relacionada em saber pra onde a flecha vai. Ela está indo em direção
ao alvo? Ou está sendo lançada a esmo, sem direção? Existem pessoas que lançam as
flechas para tudo que é lado, esperando que acertem algo e a partir do que acertaram é
que vão definir os seus alvos. É a melhor maneira de ser bem sucedido? É claro que não. O
meio mais adequado de alcançar um alvo é tendo um alvo definido e atirando na direção
deste alvo.

Já a motivação está relacionada com a força, com o alcance que a flecha tem. Será
que vai alcançar o alvo? Ou irá perder as forças antes de alcançar o alvo? Vai
desistir?Existem muitas pessoas que têm alvos e têm a direção certa, mas não têm a
perseverança para continuar em direção ao alvo. Não são encorajadas, motivadas. Ao
contrário, são ensinadas a desistirem e a perderem.

Mas quem transmite a direção? Quem transmite a motivação? A Bíblia declara que
os filhos são como flechas nas mãos do “guerreiro”. O guerreiro é aquele que toma o arco
em suas mãos, que pega a flecha e a aponta para ser atirada, na direção desejada, para
atingir o alvo designado. Quem é este guerreiro? São os pais, é o marido, a esposa, os
avós. Porque missões não começa apenas quando o missionário é selecionado, treinado e
enviado para o campo. não, missões começa em nossa casa, na nossa família. Missões
começa quando eu, o marido, o pai, a mãe, etc., dou direção, encorajamento, ensino a
planejar, a pensar, a buscar os alvos, a administrar o dinheiro, a administrar os
relacionamentos, a administrar as emoções, etc.

Quando eu recebi o meu chamado para a Ásia eu tinha apenas 6 anos de idade. Eu
estava lendo um livro da APEC sobre a vida de Hudson Taylor, que fora o primeiro
missionário ao interior da China, quando eu disse a minha mãe: “Mãe! Quando eu crescer
eu vou ser um missionário na China!” Minha mãe respondeu com palavras de
encorajamento, mas no seu interior ela estava pensando que isto nunca iria acontecer. Mas
apesar de seus pensamentos serem de incredulidade na minha declaração, as palavras que
saíram de sua boca foram de encorajamento. Hoje eu sou um missionário naquela nação.
Outro exemplo de encorajamento foi dado pelo pastor Jonas Neves, que na época
era pastor na Igreja Batista da Lagoinha. Esta igreja foi uma das primeiras a investir no
nosso ministério, nos sustentando por uns 6 ou 7 anos. Quando fomos conversar com ele
para apresentar o nosso projeto missionário, ele nos apoiou e decidiu ajudar no nosso
sustento. Quando retornamos ao Brasil pela primeira vez ele nos confessou que naquela
primeira reunião, ao olhar para nós tão jovens e inexperientes, ele achou que tudo não
passava de fogo de palha e que não conseguiríamos ir para a China ou, se fossemos,
regressaríamos logo. Mas ele nunca disse isto para nós. Ao contrário, ele nos apoiou e
resolveu nos sustentar.
Na questão direção, a minha saída para a China desejou a desejar. Eu recebi um
chamado objetivo de Deus para ir para a China em maio de 1994. A partir daí eu e minha
esposa começamos a trabalhar para o chamado acontecer. Não tivemos direção de
ninguém sobre o que fazer ou como fazer. O que a gente apresentava como plano ou
projeto era aceito. Após conversarmos com nossos pais (eu e a Silvia estávamos noivos na
época) e com nosso pastor (éramos membros da Igreja Batista Nacional) e recebermos a
benção deles fomos à JOCUM fazer a ETED (Escola de Treinamento e Discipulado), que
era o que conhecíamos em termos de uma instituição enviadora de missionários. O plano
era fazer a ETED e ir para a China. Só para você ter uma idéia, nós não tínhamos nenhuma
idéia sobre o que era a China ou como era a vida lá. Durante a ETED um missionário veio
perguntar se não gostaríamos de fazer uma escola transcultural com foco na China. Eu
achei ótimo para adquirirmos mais conhecimento sobre aquela nação bem como mais
algumas ferramentas missiológicas. Fizemos então o FEET (Fundamentos em Estudos
Transculturais). O plano era fazer aquela escola e então ir para a China. Durante o FEET
nos fizeram a proposta de irmos para um país de fala inglesa para termos uma imersão em
uma outra cultura assim como estudarmos inglês antes de ingressarmos na nossa cultura
alvo. Ficamos super felizes e aceitamos, acabando por passar um período na Nova
Zelândia.
Tanto o FEET quanto a ida a um país de fala inglesa eram escolhas opcionais
naquela época. Hoje tem se tornado em algo quase obrigatório. Finalmente chegamos na
China. A nossa ênfase nos primeiros anos foi o aprendizado do chinês. Quando estávamos
falando e frutificando acabamos por encarar que não sabíamos como implantar e estruturar
uma igreja. Uma coisa é você crescer na igreja trabalhando em vários departamentos já
montados em uma estrutura já pronta, como eu cresci, outra coisa completamente diferente
é você dar início a esta estrutura do nível zero. Depois de 8 anos de China nos vimos
obrigados a ir ao seminário. Hoje eu olho para trás e sinto falta de alguém que
direcionasse a nossa carreira missionária. É claro que tanto os nossos pais, quanto a nossa
igreja ou a JOCUM fizeram o seu papel da melhor maneira que eles podiam ou tinham
conhecimento naquela época. O que faltou foi alguém com experiência e liderança e
autoridade para nos cobrir e direcionar e para quem pudéssemos prestar contas e que
chamassem a nossa atenção quando estivéssemos na rota errada. Direção é necessário,
pois lá na frente você vai experimentar a realidade que a falta de direção ocasiona.

A partir daí eu assumi para a minha família o aspecto de trazer a direção e a


motivação necessárias para que os meus filhos e minha esposa possam acertar o alvo. Eu
não sei se os meus filhos vão se tornar missionários quando eles crescerem, mas eles vão
estar cheios da Palavra, vão ter sido ensinado os princípios espirituais que direcionarão as
suas vidas, vão saber como avaliar as suas opções e seu futuro.
Houve uma ocasião que fomos de férias para a Tailândia. Esta nação é um país
tropical, muito rico em frutas. Uma delas é o mamão. Enquanto estávamos ali o Jônatas
comeu muito mamão. Quando retornamos para a China, lá onde morávamos não havia
mamão. Um dia o Jônatas chegou para a Silvia e pediu mamão para comer. Ela disse que
não tinha e ele continuou a insistir. Após três pedidos, ela lhe disse para ir ao cantinho e
pedir ao Papai do céu para lhe dar mamão. Ele foi e pediu ao Papai do céu. Uma semana
depois apareceu mamão no supermercado, algo que nunca tinha tido antes. O Jônatas
aprendeu que Deus supre e que Ele ouve orações.
Um dia nós estávamos na chácara da Primeira Igreja do Evangelho Quadrangular de
Curitiba e o Mateus veio chorando para mim, dizendo que estava com dor de barriga. Eu lhe
disse pra gente ir procurar a mamãe para ver se ela tinha algum remédio com ela, mas ele
pegou a minha mão e colocou sobre a sua barriga e disse para eu orar por ele para que ele
fosse curado. Eu orei e, ao final, lhe perguntei se a dor tinha passado. Ele respondeu que
sim e saiu alegre para brincar. Ele aprendeu que Deus ouve as orações e que Ele cura.
Uma noite tivemos um amiguinho dos meninos dormindo lá em casa. À noite, após
ler a Bíblia e orar com eles, eu estava saindo do quarto e apagando a luz quando o
menininho me chamou: “Tio Cris, eu to com medo! Tem um monstro aqui no quarto!” Antes
que eu falasse qualquer coisa o Jônatas disse: “Ah! Fala pra ele ir embora em nome de
Jesus que o monstro tem que ir embora!” Eu confirmei o que o Jônatas tinha falado e
encorajei o menino a exercer autoridade sobre o monstro. O menino então disse ao monstro
para ir embora em nome de Jesus. Após alguns segundo o Jônatas perguntou: “E daí? Ele
foi embora?” Ao que o menino respondeu que sim, que o monstro já estava lá fora. Eu
fechei a porta e eles dormiram sem nenhum problema. O Jônatas aprendeu que ele pode
exercer autoridade no nome de Jesus.
Um último exemplo sobre Deus respondendo orações foi quando iria ter uma
conferência missionária na Tailândia e os meninos estavam empolgados para ir porque
souberam que na Tailândia havia passeios de elefante, e eles queriam passear de elefante.
Mas a gente não tinha dinheiro para ir, então a gente disse para eles que se eles quisessem
ir eles tinham que orar e pedir ao Papai do céu para prover o dinheiro. Eles passaram a orar
continuamente. Algumas semanas depois um casal de missionários neozelandeses veio
nos visitar e disseram que não sabiam se eu a Silvia iríamos para a conferência, mas
afirmaram que os meninos estavam indo e nos passaram um envelope com a passagem
dos meninos. A gente chamou os meninos para contar as boas novas. Eles ficaram muito
felizes, mas de repente eles arregalaram os olhos e perguntaram se eles iam sozinhos para
a Tailândia. A gente disse que se eles queriam que a gente fosse eles tinham que continuar
a orar. Finalmente, a família toda conseguiu ir para a Tailândia, para a conferência, e até
andamos de elefante também. Deus é fiel e Ele ouve o desejo dos nossos corações. O que
você tem ensinado para os seus filhos? Ou não tem? Ou tem deixado a TV ensinar? Ou a
babá, ou a professora, ou os amiguinhos, ou o vídeo-game? é sua responsabilidade de dar
direção e motivação para que eles possam alcançar os alvos e serem bem sucedidos.

Mas você pode estar se perguntando: “Mas isto é só para os meus filhos? E eu? Eu
também quero ser uma flecha de vitória.” Talvez você não tenha tido um guerreiro que te
deu direção ou motivação para alcançar os seus alvos e ser bem sucedido. Talvez os seus
pais não souberam como fazer isto. Talvez até hoje você esteja amargando os insucessos
de uma vida sem cobertura e proteção. Mas saiba que Deus tem levantado a sua igreja e
tem levantado líderes e pastores para que possam trazer isto para as nossas vidas. Eliseu
pôs as mãos sobre as mãos do rei e atirou, dando o exemplo e direção. Deus tem levantado
líderes para realizar o mesmo por nós. Qual é a nossa disposição para sermos ensinados
por Deus através dos líderes e pastores que Ele tem levantado? Você é ensinável? É
submisso? Humilde? A flecha só pode alcançar o alvo se ela se deixar ser lançada. Uma
flecha que é rebelde, que quer se lançar a si própria não existe e nunca será bem sucedida.
Nos meus primeiros anos em Macau nós estávamos enfrentando vários problemas
com a nossa liderança. Várias equipes tinham vindo e haviam partido por causa de
problemas com um líder. Nós mesmos estávamos muito frustrados. Mas havia um
missionário que havia 10 anos estava trabalhando em Macau e China debaixo daquela
liderança. Eu fui questioná-lo por que ele não havia partido quando tantos outros desistiram?
Ele me respondeu que criticar ou reclamar do líder ou se rebelar contra o líder não iria
ajudar de nada, só iria causar mais pressão sobre a vida daquele líder. Seria como colocar
mais um pé no pescoço dele e apertar. Não ajudaria em nada. Mas mais importante do que
isto, é o fato de que “quem me chamou para a China foi Deus e apenas Ele pode me tirar
daqui. Não será um líder, ou pessoas, ou circunstâncias que me tirarão do meu chamado,
pois de outra forma eu estou sendo desobediente para com Deus. Apenas Ele pode me tirar
daqui.” Eu assumi esta verdade para minha vida. Obediência e submissão ficaram muito
mais fáceis e simples.
Um outro caso de ser ensinável aconteceu em 2002, na China, quando dei um
treinamento missionário aos cristãos locais. Eu ensinei sobre missões e sobre como
observar elementos do Evangelho dentro de uma cultura (analogias redentivas: quando for
evangelizar tribos animistas na China não começar falando direto de Jesus, ou pecado, ou
salvação, mas de um elemento comum entre aquele que prega a mensagem e aquele que
ouve a mensagem. No caso de povos animistas, inicie a conversa falando sobre o Deus
Criador. A maioria destes povos já possui um conceito próprio sobre um Deus Criador). Em
seguida as equipes saíram para uma viagem evangelística e quando retornaram eles
realizaram um retiro convidando amigos cristãos e não-cristãos para ouvirem o testemunho
da mudança de vida deles. Eu fui convidado para ser um dos palestrantes no retiro. Quando
chegamos no local do evento o líder de um dos grupos veio correndo me encontrar e me
disse: “Professor! Professor! Aconteceu do jeito que você nos ensinou! Começamos falando
sobre o Deus Criador, e a criação do mundo e do homem, e sobre a queda do homem. Foi
quando um rapaz em uma das vilas onde estávamos compartilhando disse: “Mas nós
acreditamos assim também!!! Esta história que vocês estão contando deste livro (Bíblia) é a
mesma história do nosso povo. Nós acreditamos que no início havia duas árvores e que
Deus havia dito que não podíamos tocar nelas, pois se tocássemos ficaríamos pobres. E
aconteceu que nós tocamos e por causa disto ficamos pobres. Então se este livro conta
esta história, só pode ser verdade porque é a nossa história. Então nós queremos receber
este Jesus.”” E a família toda recebeu a Jesus. Isto aconteceu porque o grupo foi ensinável
e aplicou o que eles aprenderam. Será que nós somos humildes e ensináveis assim para
podermos ser lançados como flechas de vitórias?

Mas você pode argumentar que a tarefa ou o alvo é maior do que você pode realizar?
O que fazer então? Bem, o Salmo 18:32-37 nos dá alguma direção sobre isto. Este salmo
fala de Deus lutando as nossas batalhas e estando presente conosco em nossas lutas. Mas
quero enfatizar especialmente o verso 34 que diz que Deus “treina as minhas mãos para a
batalha e os meus braços para vergar um arco de bronze.” Saiba que as lutas que você
passa hoje fazem parte do treinamento de Deus para a sua vida. À medida que você vai
vencendo estas provas você vai se qualificando para provas maiores e alcançando vitórias
ainda maiores. Deus treina as nossas mãos para a batalha. Mas Ele também treina os
nossos braços para vergar um arco de bronze. Um soldado só era qualificado para fazer
parte do exército e ir para a guerra se ele fosse forte o suficiente para vergar um arco de
madeira, ligando as duas pontas com a corda. Se não fosse capaz de fazer isto, ele não era
apto para ir à guerra. Neste texto nós aprendemos que Deus nos treina para vergarmos um
arco de bronze. Aqui não estamos falando de arco de madeira, mas de metal. Ou seja,
estamos falando de uma capacitação sobrenatural de Deus para realizarmos proezas (Dn.
11:32). Deus nos capacita para realizar coisas grandes. Ele não nos chama apenas para
lutar por Ele, mas para lutarmos juntos com Ele.
Uma das viagens que fizemos foi de bicicleta. Eu odeio andar de bicicleta e fazia
anos que eu não andava, mas eu acabei aceitando o desafio para uma viagem de 10 dias.
Era para eu ter ido como tradutor para uma equipe, mas o líder que deveria acompanhar
esta equipe desistiu um dia antes e eu acabei sendo promovido para liderar esta viagem.
No primeiro dia eu mandava inúmeras mensagens via telefone para a Silvia, dizendo que eu
não iria conseguir, que eu ia morrer, que eu não ia conseguir chegar ao final da viagem, etc.
Naquele primeiro dia mais da metade da equipe esta com queimadura do sol e desidratada
(apesar dos constantes avisos para beber água, comer frutas, etc.). Os cinco primeiro dias
foram torturantes, como meu corpo se tornando uma massa de dor que só foi melhorar no
último dia de viagem. Mas o que Deus fez nesta viagem em termos de salvação foi algo
tremendo.
Em uma outra viagem uma das equipes chegou em uma vila, quando um homem
veio correndo para convidar um grupo para ir até a sua casa. Então ele disse que um dia ele
havia sintonizado um programa de rádio evangélico e ao final ele aceitou a Jesus, mas que
nunca mais conseguiu sintonizar no programa. Ele começou a se perguntar como ele
conseguiria aprender mais sobre Jesus, mas então ele pensou: “Jesus me ama tanto que
Ele vai mandar alguém para me falar mais sobre Ele”. Seis anos depois a nossa equipe
estava chegando ali, e aquele home sabia que nós estávamos ali para falar de Jesus para
ele. Lhe demos Bíblia, livros, CDs com estudos e músicas, para ele poder continuar a
crescer em sua fé. É uma capacitação e fé que vem do alto, do Pai das luzes, que é
imutável, e de quem procede toda boa dádiva e todo dom perfeito.

Conclusão:
O Salmo 127 diz que ao ter a aljava cheia de flechas, o guerreiro será feliz e não
será humilhado quando enfrentar o seu inimigo. Cabe a nós prepararmos as flechas e
deixar-nos sermos preparados. Invista em seu lar, em seus filhos, em seu cônjuge. Neste
nível, a aljava representa a família. Flechas bem preparadas representam uma aljava
adequada. Filhos bem treinados representam uma família abençoada. Aljava fala de ser e
estar na família. Fala de limites e de estar protegido, pois família é criação de Deus para
proteger os seus membros. É ali que colocamos os limites sobre o que entra ou não em
nosso lar.
Mas Isaías 49:2 também nos leva a um outro nível de aljava. Neste nível o Senhor é
o guerreiro em cuja aljava estamos escondidos. Ele nos prepara para sermos flechas
polidas, juntas com outras flechas, para que possamos vencer a batalha. Neste nível a
aljava é a igreja. A flecha só alcança o alvo se estiver bem polida. Estar polida significa tirar
as arestas, sujeiras, imperfeições, etc. E isto só é feito a partir da fricção e pressão, ou de
ser imerso em óleo. A fricção das flechas é feita com metal ou pedra para que se torne mais
pontiaguda e precisa. Isto fala de aperfeiçoamento, excelência. O ser imerso em óleo era
feito para dar brilho às flechas. Isto fala de santificação. Ao vivermos em comunidade nós
acabamos por ter pessoas pisando em nossos calos. Isto pode acontecer na escola, no
trabalho, na igreja e com certeza acontece em casa, na família. Este é o meio que Deus vai
trabalhar paciência, perseverança, perdão, humildade, submissão, mutualidade. Dentro do
processo de santificação Deus vai estar também revelando áreas em nossas vidas que
precisamos mudar, pecados que precisam ser arrependidos, confessados e deixados. E
assim vamos nos tornando flechas polidas.
Habacuque 3:13 diz que o Senhor saiu para salvar o seu povo, e ele faz isto com as suas
próprias flechas. No verso 9 ficamos sabendo que Ele já preparou o arco e que agora está a
pedir as flechas, e Ele está a pedir muitas flechas. Não apenas uma ou duas ou uma
dezena. Não. Ele está pedindo muitas flechas. Onde estão as flechas com as quais ele vai
salvar e libertar os povos? Ela começa na sua casa, na sua família. Na vida dos seus filhos,
na vida do seu cônjuge, na vida da sua família. E continua na sua igreja e na vida de seus
líderes e pastores.
O Jônatas ganhou um cofrinho no formato do globo, com todos os países
representados. A cada noite antes dos meninos irem dormir, eu contava uma história (as
vezes uma história missionária) e a cada dia eles escolhiam um país para orar. Eles me
perguntavam alguma coisa sobre aquele país e então cada um deles oravam por aquele
país e depois eu também orava. Temos que afiar as flechas que temos em casa. Se torne
uma flecha polida guardada na aljava do Senhor. Você é a flecha da vitória do Senhor.
Assuma a sua identidade. Missões começa em casa.

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