Ideal 1. O desenho do modelo ideal A nova estrutura do Estado “Liderar a nova estrutura do Estado” INTERFACE ADMINISTRAÇÃO CENTRAL 2. Sumário o A sociedade do conhecimento e o emergir do Estado-rede. o O modelo de “organização em rede” como paradigma. o O PRACE enquanto tentativa de reforma estrutural. o A mudança da cultura de gestão como via de modernização: a gestão horizontal. 3. As TIC na origem da sociedade do conhecimento Era industrial Era pós- industrial ou Era da informação Progresso da informática e das telecomunicações Tecnologias da informação e das comunicações (TIC) Sociedade do conhecimento Sociedade em rede (Castells, 2001) Criação e acumulação de conhecimento 4. O emergir do Estado-rede o Surge uma nova forma institucional de Estado como resposta à crise estrutural do Estado na era informação. o O Estado-nação perde poder com a diminuição da sua capacidade para resolver problemas económicos, ambientais e de insegurança dos cidadãos. o Verifica-se uma diminuição da capacidade de intervenção dos governos nacionais e locais. o A solução foi a intervenção em rede : os vários Estados são os nós de uma rede supranacional. 5. A transformação institucional do Estado e modelação da Administração Pública Estado-nação Estado-rede Transformação institucional do Estado Reforma da administração pública Administração flexível + TIC Transformação de estruturas e processos Homo reticularis Homo pyramidus 6. O modelo ideal é … o Um modelo em que a estrutura do Estado é desenhada partindo da lógica da sua contribuição nas redes de interacção entre os diversos níveis da Administração Pública e entre estes e as organizações privadas e a sociedade civil, sem deixar de considerar o cidadão como a referência última da acção pública. o A rede serve para resolver problemas colectivos e para melhorar a satisfação das necessidades dos cidadãos, que os modos de governação hierárquica não alcançam. o A organização em rede é uma forma de cooperação, implícita ou explícita, entre organizações autónomas, que coloca ao alcance de cada uma as competências e o conhecimento das restantes. 7. Programa de Reestruturação da Administração Central do Estado (PRACE) – 2005/2006 o O PRACE foi : o Análise organizacional exaustiva de toda a Administração Pública central. o Oportunidade para rever todas as missões dos organismos públicos. o Tentativa de aplicar um modelo de organização no redesenho dos vários ministérios. o Forma de rever a redistribuição de competências entre a Administração central e local (descentralização). o Fundamento para racionalizar os recursos humanos da Administração Forma de equilibrar a desconcentração da Administração Pública central em torno de cinco regiões (NUT II). o Pública central, através da aplicação do novo regime jurídico da mobilidade. 8. Programa de Reestruturação da Administração Central do Estado (PRACE) – 2005/2006 o O PRACE não foi : o Substituição do atual modelo de organização da Administração Pública central, hierárquico, integrado em silos verticais e dependente do formato de cada Governo, por um modelo facilitador da organização em rede. o Uma alavanca para substituir a cultura de gestão predominante, orientada para objectivos imediatos e não para resultados. 9. Mudança da cultura de “gestão em silo” o A Administração Pública portuguesa é uma estrutura constituída em função de domínios específicos, traçados na lei, com processos de comunicação verticais e hierárquicos. o Daqui resulta uma “abordagem de silo” para conceber e gerir as políticas e uma “visão de silo” dos gestores, que os leva a encarar as outras organizações como concorrentes e adversários. o Isto choca com a realidade que é complexa, diversificada e assente na interdependência dos problemas, que exigem uma resposta assente em colaborações , parcerias e alianças . o Muitos dos domínios onde a Administração Pública intervém são horizontais, mas a sua gestão continua a ser efetuada a partir de uma cultura organizacional orientada para a “gestão em silo”. 10. Conceito-chave: “horizontalidade” o O conceito de “horizontalidade” é aplicável sempre que um ou mais gestores, de um ou vários organismos, abordam uma questão não exclusivamente a partir das preocupações decorrentes das suas responsabilidades próprias, mas a partir de uma abordagem mais vasta que procura incluir os interesses, recursos e constrangimentos de outros atores que intervêm no domínio dessa questão. 11. Gestão horizontal como via para a mudança o A finalidade da gestão horizontal é colocar em comum os recursos de mais de um organismo. o O objetivo pode ser a economia de meios, a melhoria do desempenho ou a melhoria da qualidade e o impacto da ação. o A gestão horizontal é também uma forma de orientar a prestação de serviços públicos para as exigências dos cidadãos e da sociedade, diminuindo a complexidade dos processos e os custos de funcionamento. o As parcerias horizontais, entre os diferentes ministérios e entre a administração central e a administração local, bem como o sector não governamental e com o sector privado, constituem uma forma de criar alternativas à prestação tradicional de serviços públicos e uma forma de obter a integração de recursos. 12. Conclusões o A solução mais credível para reforma da estrutura do Estado passa por combinar duas realidades aparentemente inconciliáveis: as burocracias formais e as redes informais. o A mudança da cultura de gestão será a melhor via de modernização da Administração Pública