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DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO

• Defeito é todo vício que macula o negócio jurídico, o que possibilita a sua anulação.
• A nulidade pode ser relativa ou absoluta.
• Quando o ato é anulável, ele se divide em duas modalidades de vício:
a) vício de consentimento – são aqueles que provocam uma manifestação de vontade não correspondente
com o íntimo e o verdadeiro querer do agente (o erro ou ignorância, dolo, coação, estado de perigo e lesão);
b) vício social – são atos contrários à lei ou à boa-fé, que é exteriorizado com o objetivo de prejudicar
terceiro (fraude contra credores).

1. Erro ou ignorância – o sujeito tem uma noção falsa sobre determinado objeto. Ele pensa que é uma coisa,
mas é outra. Ninguém o induz ao erro, ele comete por conta própria. Ignorância é o completo
desconhecimento acerca do objeto. Os efeitos do erro e da ignorância são o mesmo.
O erro divide-se em:
a) acidental – é o erro sobre qualidade secundária da pessoa ou objeto. Não incide sobre a declaração de
vontade. Não vicia o ato jurídico. Produz efeitos, pois não incide sobre a declaração de vontade.
b) essencial ou substancial – refere-se a natureza do próprio ato. Incide sobre as circunstâncias e os aspectos
principais do negócio jurídico. O erro essencial propicia a anulação do negócio. Caso o erro fosse conhecido
o negócio não seria celebrado. No erro o agente engana-se sozinho.

2. Dolo – artifício empregado para enganar alguém. Ocorre dolo quando alguém é induzido a erro por outra
pessoa. O dolo pode ser classificado em:
a) Dolo principal, essencial ou substancial – causa determinante do ato, sem ele o negócio não seria
concluído. Possibilita a anulabilidade do negócio jurídico.
b) Dolo acidental – não é razão determinante do negócio jurídico, neste caso, mesmo com ele o negócio seria
realizado sem vícios. Aqui o negócio jurídico é valido.
• Também existe a classificação em dolus bônus ( artifício sem intenção de prejudicar) e o dolus
malus ( busca prejudicar alguém, causa a anulabilidade do negócio jurídico).

3. Coação – constrangimento de determinada pessoa, por meio de ameaça, para que ela pratique um negócio
jurídico. A ameaça pode ser física ( vis absoluta ) ou moral ( vis compulsiva ).
São requisitos da coação:
a) causa determinante do ato;
b) grave;
c) injusta;
d) atual ou iminente;
e) justo receio de grave prejuízo;
f) o dano deve referir-se à pessoa do paciente, à sua família, ou a seus bens.

A coação pode ser incidente, quando não preenche os requisitos, neste caso, não gera a anulação do ato, gera
apenas perdas e danos.
Excluem a coação:
a) ameaça do exercício regular de um direito;
b) simples temor reverencial.

4. Estado de perigo – quando alguém, premido de necessidade de salvar-se, ou a pessoa de grave dano
conhecido pela outra parte, assume obrigação excessivamente onerosa. O juiz pode decidir que ocorreu
estado de perigo com relação a pessoa não pertencente à família do declarante. No estado de perigo o
declarante não errou, não foi induzida a erro ou coagida, mas, pelas circunstâncias do caso concreto, foi
obrigada a celebrar um negócio extremamente desfavorável. É necessário que a pessoa que se beneficiou do
ato saiba da situação desesperadora da outra pessoa. A anulação deve ocorrer no prazo de quatro anos.

5. Lesão – ocorre quando determinada pessoa, sob premente necessidade ou por inexperiência, se obriga a
prestação manifestadamente desproporcional ao valor da prestação oposta. Caracteriza-se por um abuso
praticado em situação de desigualdade. Aproveitamento indevido na celebração de um negócio jurídico.
Aprecia-se a desproporção segundo critérios vigentes à época da celebração do negócio. Também deve ser
alegada dentro de quatro anos.
São requisitos da lesão:
a) objetivo – manifesta desproporção entre as prestações recíprocas;
b) subjetivo – vontade de prejudicar o contratante ou terceiros.

6. Fraude contra credores – negócio realizado para prejudicar o credor, tornando o devedor insolvente ou
por já ter sido praticado em estado de necessidade. Requisitos:
a) objetivo ( eventus damni ) – ato para prejudicar o credor;
b) subjetivo ( consilium fraudis ) – intenção de prejudicar.

7. Simulação – para alguns civilistas, com o advento do Novo Código Civil, os negócios praticados por
simulação passarão a ser nulos e não anuláveis como os demais defeitos dos negócios jurídicos. Segundo
Clóvis Beviláqua, é a declaração enganosa da vontade, visando obtenção de resultado diverso do que
aparece, com a finalidade de criar uma aparência de direito, para iludir terceiros ou burlar a lei. Duas pessoas
combinam para enganar terceiro, há um descompasso entre a vontade declarada e a vontade interna ou não
manifestada. Pode ser absoluta ou relativa.

Alguns lembretes para a prova:


a) ERRO x VÍCIO REDIBITÓRIO– o vício redibitório é defeito oculto da coisa, no erro o engano é por parte
do adquirente, está na sua vontade e não objeto;
b) DOLO x ERRO – o erro deriva de um equívoco da própria vítima, o dolo é provocado por outra pessoa.
c) DOLO RECÍPROCO – ambas as partes agem com dolo, ocorre a torpeza bilateral, o negócio será válido.
d) ESTADO DE PERIGO x LESÃO – no estado de perigo há grave dano e na lesão há necessidade
econômica.
e) FRAUDE CONTRA CREDORES x FRAUDE À EXECUÇÃO – fraude a execução é incidente processual e
a fraude contra credores é defeito no negócio jurídico.

• EVICÇÃO (ART. 447 – 457, CC)


É a perda da coisa diante de uma sentença judicial que atribui a mesma a outrem, havendo uma garantia nos
contratos onerosos (com remuneração, ainda que havendo ser realizada em hasta pública).
A responsabilidade pela evicção é características dos contratos onerosos (aqueles que envolvem
contraprestação de natureza ou conteúdo financeiro). Por fim , constitui a evicção na perda, parcial ou total,
do bem adquirido, em decorrência de direito anterior de terceiro reconhecido por ser intensa.

• OBRIGAÇÕES SOLIDÁRIAS (ART. 264 – 266)


As obrigações solidárias constituem umas das modalidades dos vínculos jurídicos obrigacionais. Elas não se
presumem, de vez que resultam das leis ou da vontade das partes, e se verificam quando há pluralidade de
credores ou de devedores, cabendo a cada um a representação da coletividade dos co-obrigados. Antes de
integrar a legislação moderna, formaram a parte mais importante do Direito Romano, consolidando-se
através das suas diversas faces.
As obrigações solidárias subdividem-se em ativas:
a) quando o sujeito coletivo é constituído de credores;
Passivas:
b) quando a solidariedade se verifica entre devedores,
E mistas:
c) quando há a co-existência de pluralidade de credores e de devedores solidários.

• NULO X ANULÁVEL
1)Atos nulos - os atos existentes contrários à ordem pública, aos costumes ou ao ordenamento
jurídico. É-lhes negada eficácia jurídica, como também vedado seu saneamento;
2) Atos anuláveis - os atos existentes também contrários àqueles valores elencados no primeiro
item, a que o legislador resolveu, porém, conceder menor potencial ofensivo, possibilitando seu
saneamento.
TÍTULO I
DO NEGÓCIO JURÍDICO ( ART. 104 – 184, CC)

Art. 104. A validade do negócio jurídico requer:


I - agente capaz;
II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável;
III - forma prescrita ou não defesa em lei.

• CAPÍTULO III, Art. 121 – 137


Da Condição, do Termo e do Encargo
Art. 121. Considera-se condição a cláusula que, derivando exclusivamente da vontade das partes, subordina
o efeito do negócio jurídico a evento futuro e incerto.
Art. 131. O termo inicial suspende o exercício, mas não a aquisição do direito.
Art. 136. O encargo não suspende a aquisição nem o exercício do direito, salvo quando
expressamente imposto no negócio jurídico, pelo disponente, como condição suspensiva.

• CAPÍTULO IV
Dos Defeitos do Negócio Jurídico (vícios de consentimento)
Seção I
Do Erro ou Ignorância (Art. 138 - 144)

Art. 138. São anuláveis os negócios jurídicos, quando as declarações de vontade emanarem de erro
substancial que poderia ser percebido por pessoa de diligência normal, em face das circunstâncias do
negócio.

Art. 139. O erro é substancial quando:


I - interessa à natureza do negócio, ao objeto principal da declaração, ou a alguma das qualidades a ele
essenciais;
II - concerne à identidade ou à qualidade essencial da pessoa a quem se refira a declaração de vontade,
desde que tenha influído nesta de modo relevante;
III - sendo de direito e não implicando recusa à aplicação da lei, for o motivo único ou principal do
negócio jurídico.
Seção II
Do Dolo (Art. 145 -150)

Art. 145. São os negócios jurídicos anuláveis por dolo, quando este for a sua causa.

• CAPÍTULO V
Da Invalidade do Negócio Jurídico (Art. 166- 184)

Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando:


I - celebrado por pessoa absolutamente incapaz;
II - for ilícito, impossível ou indeterminável o seu objeto;
III - o motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito;
IV - não revestir a forma prescrita em lei;
V - for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua validade;
VI - tiver por objetivo fraudar lei imperativa;
VII - a lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir-lhe a prática, sem cominar sanção.

Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico:
I - por incapacidade relativa do agente;
II - por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores.

PARTE ESPECIAL

TÍTULO I
DAS MODALIDADES DAS OBRIGAÇÕES (ART. 233 – 285)

• CAPÍTULO I
Das Obrigações de Dar
Seção I
Das Obrigações de Dar Coisa Certa (Art. 233 – 242)

Art. 233. A obrigação de dar coisa certa abrange os acessórios dela embora não mencionados, salvo se o
contrário resultar do título ou das circunstâncias do caso.

• CAPÍTULO VI
Das Obrigações Solidárias ( Art. 264 – 285)
Seção I
Das Disposições Gerais ( Art. 264 – 266)
Art. 264. Há solidariedade, quando na mesma obrigação concorre mais de um credor, ou mais de um
devedor, cada um com direito, ou obrigado, à dívida toda.
Seção II
Da Solidariedade Ativa ( Art. 267 – 274)

Seção III
Da Solidariedade Passiva ( Art. 268 – 285)

TÍTULO IV
DO INADIMPLEMENTO DAS OBRIGAÇÕES (ART. 389 - 420)

• CAPÍTULO III
Das Perdas e Danos ( Art. 402 – 405)

Art. 402. Salvo as exceções expressamente previstas em lei, as perdas e danos devidas ao credor abrangem,
além do que ele efetivamente perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar.

TÍTULO V
DOS CONTRATOS EM GERAL (ART. 421 – 480)

• CAPÍTULO I
Disposições Gerais
Seção I
Preliminares ( Art. 421 -426)

Art. 424. Nos contratos de adesão, são nulas as cláusulas que estipulem a renúncia antecipada do aderente a
direito resultante da natureza do negócio.

Art. 425. É lícito às partes estipular contratos atípicos, observadas as normas gerais fixadas neste
Código.
Art. 426. Não pode ser objeto de contrato a herança de pessoa viva.

Seção II
Da Formação dos Contratos (Art. 427 - 435)

Art. 427. A proposta de contrato obriga o proponente, se o contrário não resultar dos termos dela, da
natureza do negócio, ou das circunstâncias do caso.

Seção V
Dos Vícios Redibitórios (Art. 441 – 446)

Art. 441. A coisa recebida em virtude de contrato comutativo pode ser enjeitada por vícios ou defeitos
ocultos, que a tornem imprópria ao uso a que é destinada, ou lhe diminuam o valor.
Parágrafo único. É aplicável a disposição deste artigo às doações onerosas.

Seção VI
Da Evicção (Art. 447 - 457)

Art. 447. Nos contratos onerosos, o alienante responde pela evicção. Subsiste esta garantia ainda que a
aquisição se tenha realizado em hasta pública.

TÍTULO VI
DAS VÁRIAS ESPÉCIES DE CONTRATO (ART. 481 - 853)

• CAPÍTULO I
Da Compra e Venda
Seção I
Disposições Gerais (Art. 481 – 504)

Art. 482. A compra e venda, quando pura, considerar-se-á obrigatória e perfeita, desde que as partes
acordarem no objeto e no preço.

TÍTULO VII
DOS ATOS UNILATERAIS (ART. 854 - 886)

• CAPÍTULO I
Da Promessa de Recompensa (Art. 854 – 860)

Art. 854. Aquele que, por anúncios públicos, se comprometer a recompensar, ou gratificar, a quem
preencha certa condição, ou desempenhe certo serviço, contrai obrigação de cumprir o prometido.

• CAPÍTULO III
Do Pagamento Indevido (Art. 876 - 883)

Art. 876. Todo aquele que recebeu o que lhe não era devido fica obrigado a restituir; obrigação que
incumbe àquele que recebe dívida condicional antes de cumprida a condição.

• CAPÍTULO IV
Do Enriquecimento Sem Causa (Art. 884 - 886)
Art. 884. Aquele que, sem justa causa, se enriquecer à custa de outrem, será obrigado a restituir o
indevidamente auferido, feita a atualização dos valores monetários.

TÍTULO IX
DA RESPONSABILIDADE CIVIL (ART. 927 - 954)

• CAPÍTULO I
Da Obrigação de Indenizar (Art. 927- 943)

Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-
lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados
em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco
para os direitos de outrem.

LIVRO III
Do Direito das Coisas
TÍTULO I
DA POSSE (ART. 1.196 – 1.203)

• CAPÍTULO II
Da Aquisição da Posse

Art. 1.207. O sucessor universal continua de direito a posse do seu antecessor; e ao sucessor singular é
facultado unir sua posse à do antecessor, para os efeitos legais.

TÍTULO II
DOS DIREITOS REAIS (ART. 1.225 – 1.227)

• CAPÍTULO ÚNICO
Disposições Gerais

Art. 1.226. Os direitos reais sobre coisas móveis, quando constituídos, ou transmitidos por atos entre
vivos, só se adquirem com a tradição.
Art. 1.227. Os direitos reais sobre imóveis constituídos, ou transmitidos por atos entre vivos, só se
adquirem com o registro no Cartório de Registro de Imóveis dos referidos títulos (arts. 1.245 a 1.247), salvo
os casos expressos neste Código.

TÍTULO III
DA PROPRIEDADE (ART. 1.228 – 1.386)

• CAPÍTULO II
Da Aquisição da Propriedade Imóvel (Art. 1.238 – 1.259)
Seção I
Da Usucapião (Art. 1.238 – 1.244)

Art. 1.238. Aquele que, por quinze anos, sem interrupção, nem oposição, possuir como seu um
imóvel, adquire-lhe a propriedade, independentemente de título e boa-fé; podendo requerer ao juiz que assim
o declare por sentença, a qual servirá de título para o registro no Cartório de Registro de Imóveis.
Parágrafo único. O prazo estabelecido neste artigo reduzir-se-á a dez anos se o possuidor houver estabelecido
no imóvel a sua moradia habitual, ou nele realizado obras ou serviços de caráter produtivo.

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