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AULA DE :

DIREITO INTERNACIONAL
PRIVADO

PARTE I

NOÇÕES FUNDAMENTAIS
A humanidade sempre viveu repartida em grupos. Tal fato tem origem nos
intervalos inabitáveis e fatores determinados pela convivência - como a
raça, a língua, a religião, a comunhão de hábitos, de tradições, e de
aspirações-, esses grupos, em regra, formaram governos aborígenes
(Estados).

A doutrina ensina que o Estado é composto de POVO, TERRITÓRIO e PODER

POVO, no sentido jurídico não é o grupo humano, mas sim a esfera


humana de validade do direito. Vulgarmente, povo é o nome coletivo de
todos os indivíduos do mesmo país, que vivem sujeitos às mesmas leis, mas
tecnicamente povo desperta apenas a idéia de relações humanas,
permitindo afirmar que ao direito interessa "apenas as relações
estabelecidas por determinados indivíduos, não estes
materialmente vistos em carne e osso".1

TERRITÓRIO é o limite do poder público.2 (da competência) Há território


físico e jurídico e só este é parte integrante do Estado.

PODER é a competência de governar, de dar ordens, que não se confunde


com Poder Soberano. O Estado-membro de uma federação é verdadeiro
Estado porque tem o poder de dar ordens, e não é soberano porque não lhe
compete determinar o domínio em que haja de exercer tal poder, domínio
este que é determinado pelo Estado federal.

PODER SOBERANO é a competência para estabelecer as competências,


competência esta que não pode ser confundida com a verificação da
competência judicial pelo próprio juiz, ao despachar a inicial ou julgando
exceção declinatoria fori.

Portanto, o ESTADO como trindade jurídica tem o


poder como competência, o território como limite dessa
competência e o povo como conjunto de interações humanas.

O Estado de Direito caracteriza-se pela


separação de poderes e a garantia de direitos fundamentais, mantidos por
autoridades jurisdicionais. Como as relações sociais podem estabelecer-se
com ou sem sujeição das pessoas a um governo é que conclue-se da

1- Amilcar de Castro, Direito Internacional Privado, Forense, pg 4, 4ª Edição).


2- "O Conceito de território", Revista da Faculdade de Direito Universidade Federal de Minas
Gerais, março de 1962, pg 98-106, Amílcar de Castro.
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existência de dois sistemas de distribuição de justiça: o regime de justiça


pública e o de justiça privada.

A) CONCEITOS BÁSICOS

§ 1º) Def: Direito Internacional Privado é o setor em que se encontram as


normas do Direito Interno de cada país, que autorizam o juiz nacional a
aplicar ao fato interjurisdicional o direito a ele adequado, mesmo que seja
estranho ou estrangeiro.

LIMITES DA AÇÃO DISCIPLINADORA DA LEI E MOBILIDADE DOS FATOS


JURÍDICOS

A lei age no tempo e espaço. Assim também é com os fatos.

FATO JURÍDICO UNITEMPORAL: surge e se exaure sob o império


de uma mesma lei (nascimento e óbito de certa pessoa)
FATO JURÍDICO LOCAL OU UNIESPACIAL: tem seus elementos
centrados em um mesmo meio social.
FATO INTERTEMPORAL: surge sob o império de uma lei e se
completa ou produz efeitos sob o manto de outra. (Ex. adicional cascata -
explicitar)3
FATO INTERESPACIAL: surge em determinado meio social, mas se
completa em outro; ou produz efeitos em outro meio. (falar sobre interação
dos povos ao longo da história da humanidade).

Os chamados: Direito Intertemporal e Interespacial são conhecidos


por “SUPERDIREITOS”, pois contém princípios disciplinadores de direito
sobre direito.

FATO ANORMAL

As relações humanas, juridicamente apreciáveis, em regra


apresentam-se com exclusiva referência a determinado meio social;
contudo, há vezes referencia dois meios sociais autônomos, necessitando,
assim, de direito especial, pois não seria justo, conveniente, razoável, útil
ou eqüitativo, apreciar juridicamente os fatos mesclados de elementos
estranhos como se fossem normais, puros, livres de ligações com outros
meios sociais.

*** Não se deve confundir fato anormal com fato estranho a vida nacional.

*** Todo fato anormal tem um centro de gravidade, isto é, está estabelecido
em determinado meio social, decorrendo, pois, que o juiz que julga o fato
"normal" também tem poder para julgar os fatos anormais.

*** a atuação do DIP em caso de fato anormal independe dos direitos


primários dos meios sociais em contato serem ou não iguais, o que
importa é se o mesmo será apreciado pelo direito local ou alienígena.
Também é irrelevante que as pessoas envolvidas sejam estrangeiras ou que

3- “Art.2º - Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que a outra modifique ou
revogue.
§ 1º - A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela
incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que trata a lei anterior.
§ 2º - A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não
revoga nem modifica a lei anterior.
§ 3º - Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora
perdido a vigência.”

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uma delas o seja.

FATO ANORMAL é um acontecimento, que por quaisquer de


seus elementos, está em contato com dois, ou mais meios sociais onde
vigoram ordens jurídicas independentes, sejam essas ordens estrangeiras
ou indígenas.

Par. 2º) A coexistência de jurisdições independentes é a pedra angular


do DIP: o mundo é dividido em países politicamente independentes e
províncias independentes.

Do ponto de vista jurídico emerge reflexos fundamentais:

I - Cada jurisdição faz seu próprio direito;


II - Essa autonomia legislativa pode provocar o surgimento de leis
diferentes;
III - Face a autonomia essa leis não valem por si só em outros países;

Par. 3º) Inexistência de Poder Supranacional - a existência de


jurisdições autônomas não encontra um Poder superior a todas jurisdições;

Par. 4º) Vida Internacional - Fato Internacional (interjurisdicional)

Par. 5º) Falta de Direito Próprio para o fato interjurisdicional: o fato


anormal refoge, por qualquer um dos seus elementos, a um só local; Assim
pode-se concluir que o FATO INTERJURISDICIONAL não tem direito próprio
que lhe seja automática e previamente aplicável.

Par. 6º) Necessidade de comportamento especial: todos os países


vivem sob o regime de justiça pública e ao fato interjurisdicional não pode
ser aplicado o direito de um meio social, em detrimento do outro, pura e
simplesmente, aí é que surge a aplicação do DIP.

B) INDICAÇÃO DE DIREITO APLICÁVEL

Par. 7º) A norma de DIP se caracteriza por uma estrutura de indicação de


direito aplicável.

Par. 8º) O DIP não é o regulamento do fato anormal.

- Pillet acreditava que o DIP regulamentava o fato anormal; porém, tal


entendimento esbarra no fato de que ele não regulamenta o fato, mas sim,
remete o juiz a escolha de um ou outro direito para tal fim

Também, se verdadeiro exigiria:

- ordem jurídica internacional;


- órgão próprio supranacional, que elaborasse as normas
internacionais

Par. 9º) Direito da Imperfeição - porque o ideal seria a existência de um


direito próprio ao fato anormal.

Par. 10) Direito Judicial - escolha feita pelo Juiz.

Par. 11) Aplicação do direito - DIP é ramo que permite a utilização de


critério legal de outro sistema jurídico, ou seja, quando um fato
interjurisdicional gerar lide, o Juiz deverá, primeiramente, verificar se
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aplicará a norma local ou estrangeira.

a) Werner Goldschmidt dizia que as partes aplicam o direito quando


observam a norma;
Porém, a aplicação se faz pela sentença

b) No DIP a escolha será sempre pelo juiz;

Par. 12 - Direito Auxiliar Judicial

OBJETO DO DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO

Par. 14. Objeto único -


A) Resolver conflitos de leis; ou

B) Indicar direito competente para o fato interjurisdicional;

- Pontes de Miranda sustentava que esse fato deveria ser regido pelo Direito
das Gentes; porém como ainda não surgiu, existe um setor em branco e
esse campo é que seria de competência subsidiária determinado pelo DIP.
Tal teoria é impraticável posto que, se o Direito das Gentes não existe, não
há como delegar competência e, cada Estado tem seu próprio direito
internacional

C) indicar direito aplicável ou adequado a esse fato.

Par. 19. OBJETO DÚPLICE


a) determinar a jurisdição competente; e
matéria de Direito Processual

b) resolver conflito de leis escolhendo a lei aplicável ao fato


interjurisdicional

Par. 20. OBJETO MÚLTIPLO


A) determinação da nacionalidade4 e solução dos conflitos correspondentes;
(não há autoridade supranacional que o resolva; as nacionalidades apenas
valem nos Estados que a outorgaram e um país não pode impor sua solução
aos demais).
B) determinação da condição jurídica do estrangeiro (conjunto de direitos
que a esses sejam reconhecidos em determinado país);5
C) solução dos conflitos de leis;
D) determinação da jurisdição competente; solução dos conflitos de
jurisdição (conflito de jurisdição apenas pode existir em face de um mesmo
regulamento de competência).;
E) promover o respeito internacional dos direitos adquiridos (Pillet)

Par. 26 - Conclusão: Objeto do Direito Internacional Privado é a autorização


para que o juiz, ante um fato interjurisdicional, proceda de acordo com a
natureza especial do fato, aplicando-lhe, se necessário, lei de outra
jurisdição, ou ainda, organizar direito adequado à apreciação do fato
anormal.

4- v. art. 12, incisos e parágrafos da CF


5- Ex.: v. art. 5º, caput da CF, 5º, LII, 227, § 5º, Código Civil, art. 3º; Lei nº 6.815, de 19-8-1980
(estatuto) e Decreto nº 86.715, de 10-12-1981 (regulamento). Aquisição de imóvel rural: Lei nº
5.709, de 7-10-1971 e Decreto nº 74.965, de 26-11-1974. Casamento com brasileiro: Lei nº 1.542,
de 5-1-1952. Falsa declaração no registro civil; Decreto-lei nº 5.860, de 30-9-1943.

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A realidade internacional demonstra a existência:

a) autonomia de cada Estado;


b) legislação própria;
c) julgamento particular, em cada Estado; e
d) inexistência de poder supranacional.

Par. 27. Direito Uniforme (e não Direito Universal) e Direito Comparado6 -

A DENOMINAÇÃO DA DISCIPLINA

A) DIREITO: Pierre Lepaulle não é propriamente um Direito, mas sim uma


técnica especial de aplicação das leis ou de julgamento. Sem razão,
contudo, pois a aplicação de lei estrangeira é uma técnica presidida por
princípios próprios, autônomos.
B) INTERNACIONAL: porque se o fato é internacional o tratamento dado ao
mesmo também tem que ser internacional (princípio locus regit actum, lex
rei sitae, etc..)

Existem normas de Direito Internacional?


Não existem normas internacionais e se as normas de um País forem
aceitas em outro, o serão por vontade de cada país, ante a inexistência de
um órgão supranacional.
Nada obstante a falta de normas internacionais,
regulamentadoras aos fatos que guardam relevância à mais de um meio
social, politicamente autônomo, não se pode esquecer que:

a) existem necessidades internacionais;


b) há critérios seguidos por vários países;
c) sua elaboração se dá por concordância estatal episódica;
d) essa aceitação não vincula os Estados, podendo alterá-las a qualquer
momento;
e) não há órgão supranacional de elaboração, execução ou julgamento das
normas internacionais

Cada Estado organiza suas próprias normas para apreciação


dos fatos interjurisdicionais, portanto ele é nacional

DIREITO PRIVADO

Argumentam que seria de direito privado porque regula


relações (fatos) de ordem privada;porque regula relações (fatos) entre
particulares o que contrasta com o D I Público que regula as relações entre
Estados.

Mas o direito internacional não regulamenta o fato, apenas


indica lei e alguns institutos são de ordem pública (capacidade, etc)

ULPINIANUS considerava como público às relações sociais entre


governantes e governados e PRIVADO às relações entre governados,
portanto a distinção entre direito público e privado serve para distinguir as
normas jurídicas sob o aspecto das relações humanas a que se referem.

Par. 29. DIREITO PÚBLICO NACIONAL

6- observar que o DIP pode se utilizar do Direito Comparado para aplicação de suas normas, como
acontece no caso de sucessão de bens de estrangeiros -- art. 5º, XXXI, LICC, art. 10, § 1º.
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E) FONTES DO DIREITO INTERNACIONA PRIVADO

a) Direito é o conjunto de normas gerais e positivas para regular a vida em


sociedade.

b) Fonte do Direito é a decisão judicial:

C) Direito como norma - norma agendi e facultas agendi

Par. 31. Fontes do Direito Internacional Privado


a) Fonte judicial ou imediata
b) Fontes normativas ou mediatas
1. Norma de DIP;
2. a jurisprudência nacional e internacional;
3. os costumes nacionais e internacionais;
4. a doutrina nacional e internacional;
5. os tratados e convenções

PARTE II
PROBLEMAS DA APLICAÇÃO DA LEI ESTRANGEIRA
A) NATUREZA DO ATO APLICADOR

Par. 34. O juiz ante um fato anormal aplica o direito estrangeiro,


estranho ou alienígena.
Porém essa aplicação não se faz por mandamento do direito
estrangeiro, mas sim, pelo direito local (DIP local).

a) o Dip é aplicado como direito competente; ou seja, primeiro deve se


verificar qual dos países envolvidos seria competente para elaborar a norma
aplicável, partindo-se do pressuposto de que seria competente aquele País
onde os fatos integralmente ou principalmente ocorreu.

b) Integração ao Direito Nacional: integração momentânea da norma


alienígena ao Direito Local

c) Imitação do Direito Estrangeiro:

d) é aplicado porque serve ao Juiz como fundamento decisório, isto


é, o juiz faz incidir sobre o fato uma norma, constituindo-se, assim, no que
se denomina aplicar o direito.

B) EXCEÇÃO DE ORDEM PÚBLICA

Par. 37) Como já se disse o DIP tem uma estrutura indicativa de direito
aplicável, ou seja, matrimônio + domicílio = Direito X

Mas quando a norma indicada é repugnante ao meio social


não deve ser aplicado (art. 17 da LiCC)

Bartolo já antevira tal situação lecionando que não deveria ser


aceito a extraterritorialidade do estatuto pessoal odioso

Par. 39. Conceito de Ordem Pública: gama de motivos sociais, religiosos,


morais, éticos, econômicos e políticos.

Par. 41. Leis de Ordem Pública: que não podem serem derrogadas pela

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vontade das partes.

Par. 42. Apuração da ordem pública: pelo juiz

C) RETORNO OU DEVOLUÇÃO

Par. 43. O Dip tem por finalidade indicar direito aplicável ao fato anormal.

Essa indicação pode ser de duas formas, segundo alguns:

a) olha a norma de DIP e verificar qual o direito indicado;


b) olha a norma de DIP e se remetido a outro direito primeiro se olha a
norma de DIP desse País (ordem jurídica fechada).

Segundo essa corrente pode vir a ocorrer CONFLITO DE LEIS DE 2º


(qdo o DIP estrangeiro indica seu próprio direito substantivo) e
GRAU POSITIVO
CONFLITO DE LEIS DE 2º GRAU NEGATIVO (qdo o DIP estrangeiro determina o
conhecimento pelo direito do juiz consulente ou outro direito) - nesse caso
há retorno, devolução ou reenvio.

RETORNO é a operação pela qual o juiz nacional ou volta ao seu próprio


direito ou vai a um terceiro direito, acompanhando a indicação feita pelo DIP
da jurisdição cuja legislação consultara de acordo com a norma de DIP de
seu país.

ORIGEM HISTÓRICA; Iniciou nos séculos XVI e XVII, com desenvolvimento


jurisprudencial a partir do século XIX, se consolidando na França em 1.874,
no caso Forgo, que era filho natural, de nacionalidade bavárico, mas
domiciliado de fato na França.

Pressupostos teóricos: aceitação de conflitos de leis de 1º grau (direitos


primários) e de 2º grau (positivo e negativo); que os sistemas jurídicos são
fechados e que o juiz deve consultar o direito estrangeiro para decidir da
mesma forma que esse decidiria.

Par. 46. Vantagens:


a) faz com o juiz local possa aplicar seu próprio direito;
*** Nem sempre o Retorno determina a aplicação do direito do consulente e
também ocorrerá interpretação de direito estrangeiro (DIP estrangeiro)
b) conduz a identidade de decisões (juiz local aplica direito que o juiz
estrangeiro aplicaria)
***ver o Caso Forgo, se proposta a ação na França a solução é uma e se
proposta na Baviera a solução será outra.
c)porque conduz a solução conveniente e justa;
*** Impróprio porque a aplicação da lei depende do elemento de conexão e
se a mesma for inconveniente deverá ser aplicado o princípio de ordem
pública
d) propicia solução que seria mais aceita internacionalmente;
*** cada jurisdição é independente, motivo pelo qual surgiu o DIP, razão
pela qual a decisão apenas valerá, por si própria, no local onde foi firmada
e) promove o respeito ao direito adquirido.
***
Par. 47 - Nosso direito veda o retorno

Par. 48 - Críticas ao retorno -


I - Conflitos de leis: inexiste
II - Sistemas Jurídicos: formação de jogo de espelhos paralelos.
III - Vontade da Lei Estrangeira - que o juiz nacional aplica lei que a lei

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estrangeira quer que ele aplique - BALELA.

VANTAGENS INEXISTENTES

a) aplicação de direito local (irreal, pois para chegar a essa conclusão terá
que ter análise da lei estrangeira)
b) IDENTIDADE DE SOLUÇÕES - não é verdade que o retorno leve a
identidad e de soluções pelos diversos meios sociais.

JUSTIÇA DAS SOLUÇÕES

Inverídico, pois se a lei estrangeira fosse inadequada existem outros


meios para seu abandono.

ACEITAÇÃO INTERNACIONAL - a decisão proferida só tem valor em seu


próprio meio.

D) OS ELEMENTOS DE LIGAÇÃO

Par. 50. Conceitos Preliminares:


I) - a priori (dedutivo): verifica-se se a lei local estende ou não sua eficácia
ao fato -- Sendo esta a lei quais são os fatos por ela abrangidos?
II) - a posteriori (indutivo) Savigny -- Dado um determinado fato que lei deve
ser aplicada, tendo em vista as circunstâncias do próprio fato?
R: Assim conclui-se que todo fato fato interjurisdicional deve ser regulado
pelo direito indicado pelas circunstâncias que o ligaram a mais de um meio
social.

Elementos de ligação:

a) nacionalidade das partes;


b) domicílio das partes;
c) residência das partes;
d) situação dos imóveis;
e) lugar do nascimento;
f) lugar do falecimento;
g) lugar da constituição das pessoas jurídicas;
h) lugar da assinatura dos contratos;
i) lugar da execução dos contratos ou do cumprimento da obrigação;
j) lugar do ato em geral;
l) lugar do processo;
m) o pavilhão de navio e aeronaves;
n) lugar do delito;
o) lugar da sede do estabelecimento principal ou do exercício da atividade
(para as pessoas jurídicas);
p) lugar do contrato, lugar da sua execução ou lugar da efetiva prestação
dos serviços, para os contratos de trabalho;
q) religião dos interessados;
r) para alguns, a vontade das partes, nos contratos.

Par. 53. Divisão: circunstância de conexão jurídicas e circuntâncias de


conexões de puro fato

Par. 54. nacionalidade: Ao DIP apenas interessa a nacionalidade como


elemento que pode ligar o fato a mais de um meio social.

a) atribuição da nacionalidade - não tem valor do ponto de vista

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internacional e é feito pelo juiz do processo.


b) Conflito de nacionalidade: Inexiste, pois vale no local em que foi atribuída
e se existisse que órgão a solucionaria
c) Conclusão; no DIp apenas penetra como elemento de conexão

Par 55) Plurinacionalidade


1) Sistema da Nacionalidade efetiva (Corte Internacional de Haia - caso
Rafael Canévaro)
2) prevalência da nacionalidade local;
3) prevalência da primeira ou da última;
4) nacionalidade mais semelhante à local;
5) neutralização: tratado como apátrida, aplicando-se a lei do domícilio ou
lex fori

Par. 56) Apátrida


1) última nacionalidade perdida;
2) aplicação do ius fori
3) lei domiciliar ou da residência e ius fori

Par. 57) DOMICÍLIO


QUALIFICAÇÃO DO DOMICÍLIO

Multiplicidade ou falta de domicílio


a) prevalência ao domicílio local;
b) Se um for legal e outro voluntário, prevalecerá aquele; Se ambos forem
legais o coincidente com a residência e se impossível tratar como adômide
c) Brasil -- art 22 e 26 do Código de Bustamante (trata como adômide
usando o lugar da residência e na falta onde se encontre)

RELIGIÃO e Vontade das Partes

Par. 61 - Função das Conexões é para que através delas se encontre o


direito aplicável ao fato interjurisdicional
I - encontro da sede das relações jurídicas;
II - para se chegar ao direito competente;
III - para se chegar ao direito material aplicável;
IV - para encontro da lei aplicável e jurisdição competente

FUNÇÕES DA CONEXÃO

As funções servem, para que, através delas, se encontre o


direito aplicável ao fato interjurisdicional.

Para outros:
a) - encontro da sede da relação jurídica (Savigny);
b)- para se chegar ao direito competente (Pontes de Miranda);
c) para se chegar ao direito material aplicável (Goldsschimidt e
Oscar Tenório)
d)- para o encontro da lei aplicável e jurisdição competente;
(Arminjon)

Par. 62 Conexões Fraudulentas

a) Evasão do direito - é praticar um ato proibido em seu país em outro que o


permite.
b) Fraude à Lei - pratica o ato no mesmo País, através da alteração do
elemento de conexão.

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Fraude à Lei em DIP necessita:


a) pretensão de fim ilícito;
b) exercício no mesmo país, que contém norma em contrário, com adptação
do elemento de conexão, por dolo.

Par. 66. Fraude à lei e Ordem Pública

E) COMO QUALIFICAR OS FATOS

Pr. 67. Definição e conceito - Qualificação se chama a operação pela qual o


juiz verificar a qual instituição jurídica correspondem os fatos realmente
provados.

Ex:Par. 68. Essa operação é processual e apenas feita pelo juiz

Par. 69. Portanto, a qualificação não é matéria de DIP, mas alguns


entendem que sim e que a qualificação se deve operar pelo direito indicado
pelo DIP.

Tal fato não é verdadeiro pois a qualificação antecede a própria


escolha da lei e o juiz não emite sentença para valer no estrangeiro

Brasil arts 8º e 9º

F) PROBLEMAS PROCESSUAIS

Par. 72. Que direito aplicar? A regra de DIP será a contemporânea à


apreciação e a indicada será "tempus regit actums"
Par. 73. ônus da prova do D. Internacional: art.337 do CPC
Como fazer a prova?
Falta da prova?

Par. 74. Recurso Extraordinário

PARTE IV
A LEI APLICÁVEL

A) DIREITOS DA PERSONALIDADE

Par. 83 Definição: Personalidade é a aptidão para adquirir direitos.todo ente


humano é pessoa, mas nem toda pessoa é ente humano.

Par. 84. Personalidade - Capacidade - Estado.


Estado é o conjunto de direitos que uma tem por possuir uma determinada
posição no grupo social. Ex: de falido, casado, viúvo, nacional, etc..
Personalidade: é o pressuposto para aquisição do estado.

Par. 85 - Realidade Internacional


Par. 86 - Começo da personalidade -
a) lex causae (lei da causa, lei da negócio ou demanda principal) -
Critica: em uma mesma jurisdição a pessoa poderá ou não ser considerada
pessoa (sucessão, filiação, casamento, contratos, etc)
b) Lex patriae (lei nacional) -
Critica: aos apátridas, para os casos de nacionalidade múltipla.
c) lei do lugar do exercício do direito.
Critica: na prática implica na aplicação do ius fori.

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d) lei do lugar do domicílio ou nacionalidade do responsável pelo menor


e) não se sabendo quem é o responsável do menor, aplica-se a lei do lugar
onde o menor se encontre ou a lei de sua residência. ***

Par. 87. Fim da Personalidade:


1) Co-moriença:
a) Direito Nacional
b) Direito domiciliar
c) Lex fori a) multiplicidade de conexões, lex fori
b) matéria processual, lex fori
d) Neutralização: as várias presunções se neutralizam, portanto, aplica-se a
lex fori
e) lei do lugar do acidente
Conclusão: aplicação da lex causae

2) Ausência:
a) acautelação dos bens
lex fori e em geral a lex loci rerum
b) apuração judicial da ausência;
lei nacional ou do domicílio
c) declaração de ausência (atribuição de conseqÜência)
lei do domicílio e no caso de sucessão do último domicílio do desaparecido

Par. 88 Capacidade - capacidade fato ou de exercício, aptidão para que a


própria pessoa exerça direitos.
a) lex fori
b) lex causae -
c) lei do lugar do ato - as partes podem escolhê-lo para fins ilícitos
d) lei nacional -
e) lei do domicílio -

Par. 89. Proteção aos incapazes - Pátrio Poder -


a) Lei aplicável:
1) lei da nacionalidade (do pai, do filho ou de ambos);
2) lei do domicílio (do pai, do filho ou conjugal);
3) lei do lugar do nascimento ou onde o filho ou menor se encontra

No Brasil aplica-se o art 7º cumulado com artigo 69 do CB:


"estão submetidos à lei pessoal do filho a existência e o alcance geral do
pátrio poder a respeito da pessoa e bens, assim como as causas de sua
extinção e recuperação, e a limitação, por motivo de novas núpcias, do
direito de castigar"

Não se pode esquecer que o domicílio do pai ou do guardião(ã)


entende-se aos menores.

Medidas imediatas: ius fori

Par. 90. Tutela e Curatela: lei do menor ou incapaz (CB, art. 84 "lei do
domicílio do menor ou incapaz quanto a objeto, organização e espécies de
tutela e curatela) e art 7º.

QUANTO À FORMA: Lei do lugar da constituição da tutela ou curatela.

Par. 91. Poder de correção do tutor: de acordo com a lei do tutelado,


devendo ser observado o disposto no art. 93 do Código de Bustamante:

“Aplicar-se-á a lei local à obrigação do tutor ou curador alimentar o menor

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ou incapaz e à faculdade de os corrigir só moderamente”

MEDIDAS DE URGÊNCIA: lei local.

Par. 93. Ação de Alimentos -


a) Lex causae;
b) Lei da residência do alimentando ou a mais favorável ao brasileiro7.

O Código de Bustamante diz:

“Art. 67 – Sujeitar-se-ão à lei pessoal do alimentado o conceito legal dos


alimentos, a ordem da sua prestação, a maneira de os subministrar

B) DIREITOS DA PESSOA JURÍDICA

Há pessoas que entendem que inexiste personalidade jurídica dos


entes coletivos, eis que, apenas possuem patrimônio endereçado a
determinado fim ou segundo outra corrente que são produtos de mera
ficção.

Pessoa jurídica é um pleonasmo, pois todas as pessoas são jurídicas,


posto que, pessoa é todo ser capaz de direitos.

No DIP referida discussão se enriquece sobre a existência da pessoa


jurídica e atribuição de efeitos às pessoas estrangeiras no País (esta
questão refoge ao DIP posto que, cada país, soberanamente, decide o que
pode ou não fazer as pessoas jurídicas estrangeiras).

Sobre existência: (organização, administração e extinção)

o estabelecimento pode ser fundado em um local para exercer atividade em


outro; os sócios podem ter nacionalidades e domicílios diferentes; os
capitais podem ser subscritos em diversos Estados; a sede pode estar em
um local e o centro de exploração em outro; portanto esses são os sistemas
possíveis:

1) nacionalidade ou domicílio dos sócios;


2) lugar da subscrição do capital;
3) lugar da exploração da atividade social;
4) lugar da administração social;
5) lugar da constituição;
6) lei do controle do capital

Nacionalidade das pessoas jurídicas é possível, não devendo apenas se


confundir com a nacionalidade das pessoas físicas e no mundo é usual o
seguinte critério para atribuição de nacionalidade: lugar da constituição e
ou sede de seu principal estabelecimento.

No Brasil, seja ou não nacional, para estar em Juízo não precisa ter seus
atos constitutivos aprovados pelo Governo.

DIREITOS DE FAMÍLIA

Filiação é o laço que une pais e filhos (legítimia, ilegítima (natural,


adulterina e incestuosa) e adotiva.

Pelas regras atuais do direito brasileiro não há que falar-se em

7 - Projeto do Código de Obrigações

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filhos legítimos ou ilegítimos, tanto que o art. 337 do CC está revogado pela
Lei 8.560 de 29.12.92, sendo que essa era a redação do mesmo:

“ART.337. São legítimos os filhos concebidos na constância do


casamento, ainda que anulado ( art.217 ), ou mesmo nulo, se se
contraíu de boa-fé ( art.221).”

Não se pode esquecer que “Presumem-se concebidos na


constância do casamento: I - os filhos nascidos 180 (cento e oitenta) dias,
pelo menos, depois de estabelecida a convivência conjugal ( art.339 ); II -
os nascidos dentro nos 300 (trezentos) dias subsequentes à dissolução da
sociedade conjugal por morte, desquite, ou anulação.” (art. 338, CC).

a) que lei diz se o filho é legítimo, ou não?


1. lei nacional do filho;
2. lei nacional do pai ou do marido da mãe;
3. aplicação cumulativa das leis do pai e filho e se impossível a do
pai;
4. aplicação da lei mais rigorosa;
5. lei do domicílio dos pais na época do nascimento do filho;
6. Se não houve abandono: lei do domícilio do pai, caso contrário,
lei do pai quanto a capacidade p/legitimar e do filho para ser
legitimado (art. 7º c/c 60); (critério indicado no livro do Profº Osiris
Rocha). Entendo, contudo, que esse posicionamento está incorreto, na
medida em que, para fins de apuração da legitimidade ou não de um filho
deve ser observado o disposto no artigo 7º usque §7º do mesmo artigo c/c
art. 57 do CB, verbis:

“Art. 57. São regras de ordem pública interna, devendo aplicar-se a lei
pessoal do filho, se for distinta da do pai, as referentes à presunção de
legitimidade e suas condições, as que conferem o direito ao apelido e as
que determinam as provas de filiação e regulam a sucessão do filho.”

7. lex causae.
b) que lei diz como é que se pode legitimar um filho?
FORMA: locus regit actum
SUBSTÁNCIA
1. lei nacional do filho
2. lei nacional do pai;
3. lei nacional do pai e filho;
4. lei do domicílio do pai na época do casamento
5. lei do domicílio conjugal (na época do casamento ou do
nascimento).
6. Brasil: art. 60 do CB:

“Art. 60. A capacidade para legitimar rege-se pela lei pessoal do pai e a
capacidade para ser legitimado pela lei pessoal do filho, requerendo a
legitimação a concorrência das condições exigidas em ambas.”

O art. 61 do CB impõe como de ordem pública internacional a


proibição de legitimar filhos que não sejam simplesmente naturais.

c) que lei diz se pode, ou não, pleitear uma investigação?


procedimento judicial: lex fori (princípio universal, expressamente acolhido
no artigo 63 do CB8)

8 - “Art. 63. A investigação de paternidade e da maternidade e à sua proibição regulam-se pelo direito
territorial.”
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substância: Art. 60.

Como princípio geral, especialmente aceito pelo CB, por seu


art. 66, é de que a lei local regula a forma e circunstâncias dos
reconhecimentos dos filhos ilegítimos.

ADOÇÃO

FORMA: lei do lugar do ato


CONTEÚDO: lei pessoal do adotante quanto a capacidade para adotar e do
adotado para ser adotado. (art. 73, CB).

“ Art. 73. A capacidade para adotar e ser adotado e as condições e


limitações para adotar ficam sujeitas à lei pessoal de cada um dos
interessados.”

CASAMENTO

Esponsais: a forma deve ser regulada pelo local

Esponsais são as recíprocas promessas de casamento entre desposados e


na ocorrência de rompimento pode um dos nubentes sofrer dano moral ou
material, mesmo ante o reconhecimento de que o casamento não é um
negócio. Não se indeniza as vantagens econômicas esperadas com o
casamento, mas sim os danos emergentes verificados.

Esponsais pode ser:


a) contrato preliminar de casamento, c/obrigação de indenizar (art. 1.056 do
CC);
b) rompimento da promessa como ato ilícito (art. 159 do CC);
c) não tem conseqüência jurídica;

No direito brasileiro sustenta-se ser contrato


preliminar, gerador de obrigação de fazer, resolúvel em perdas e danos
(=direito canônico).

quanto à forma: locus regit actum


substância ; a) lei matrimonial como lex causae
b) lugar da promessa
c) lei pessoal dos nubentes (se comum) ou lugar da
promessa
d) aplicação cumulativa da lei nacional dos nubentes;
e) Brasil: lei do domicílio dos nubentes, se comum, caso
contrário ius fori (Código Bustamante, art. 39);

No Brasil face ao artigo 39 do CB pela lei pessoal das partes (se comum) ou
ao contrário pelo ius fori. (observar diversidade)

CASAMENTO: Capacidade para o casamento

capacidade especial: a) ius patriae de cada um;


b) ius domicilii de cada um;
c) primeiro domicílio conjugal;
d) art. 7º da LICC c/c art. 36 do CB (Brasil) – LEI
PESSOAL

Observa-se, contudo, que no ato do casamento será aplicado o

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ius loci celebrationis – lei do lugar da celebração (Brasil – art. 7º, § 1º da


LICC);

Quanto ao conteúdo, tem-se:

1. lei nacional dos cônjuges;


2. lei do domicílio dos cônjuges;
3. lei nacional ou domiciliar do marido;
4. lei do domicílio conjugal;
5. lei do primeiro domicílio conjugal;
6. lei do lugar da celebração.
7. domícilio comum dos nubentes, se diverso lei do primeiro domicílio
conjugal. (art. 7º, § 3º, LICC)

DIVÓRCIO

lei domiciliar dos cônjuges e se diverso lei do último domicílio conjugal.

REGIME DE BENS

O regime de bens, quanto ao regime patrimonial e estabilidade só pode ser


convencionado antes do casamento (latino) ou por contrato (antes ou
depois -- germânico)

Regime único – imutabilidade (vide art. 188 do CB c/c art. 230 do Código
Civil Brasileiro)

D'Argentré e Dumoulin
D'Argentré = imóveis (lugar da situação) e móveis (lugar do domicílio
conjugal) <<estatuto real>>
Dumoulin = <<estatuto não era real nem pessoal>> mas sim que a
vontade dos contraentes é que tinha efeito internacional.

1) lei do domicílio comum dos nubentes e na falta, lei do primeiro domicílio


conjugal (BR c.c 187 do CB);

2) lei domicílio conjugal fixado pelos cônjuges, de comum acordo, antes do


casamento;

3) lei nacional de cada um dos cônjuges;

4) cumulação das leis nacionais;

5) lei do domicílio do marido;

6) lei do foro;

7) lei do autor da demanda;

8) princípio da autonomia da vontade;

9) lei da situação do imóvel e do domicílio conjugal quanto aos


móveis

DIREITO DAS COISAS

BENS são os valores que se pode obter das coisas, sendo estas portanto,
todo objeto material, ou não, suscetível de medida de valor. A valoração é

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uma realidade jurídica e não fenomenica

Devemos lembrar que bens não são os valores das coisas úteis, mas
sim das coisas apropriáveis.

Os bens podem ser considerados como unidade (na sua própria


individualidade) (uti singuli) e como parte do todo (uti universitas)

Móveis objeto de furto - (venda a non domine) : lei da situação no momento


da compra

que lei deve reger os imóveis? e os móveis? Observar os móveis de situação


permanente

qualificação?
ius fori

móveis: bens que os viajantes carregam e sobre aqueles que são remetidos.
(lei do destino)

Os bens que o proprietário leva consigo deva obedecer a lei do domicílio do


proprietário

navios e aeronaves = lei do pavilhão

bens incorpóreos e intelectuais = tratados e convenções (art. 115, CB)

prescrição aquisitiva:
- lei do domicílio do proprietário
- aplicação cumulativa das leis
- lei do domícilio do possuidor;
- lei do primeiro lugar onde tivesse ocorrido a posse;
- lei do lugar onde estiverem situados -lei do último lugar da posse- (Sistema
vigente no Brasil face ao artigo 227 c/c 228 do CB:

"se as coisas móveis mudarem de situação, estando a caminho de


prescrever, será regulada a prescrição pela lei do lugar em que se
encontrarem ao completar-se o tempo requerido"

OBRIGAÇÃO

OBRIGAÇÃO é o vínculo jurídico em virtude do qual uma pessoa pode exigir


de outra uma prestação economicamente apreciável.

Tanto pode decorrer de:


a) atos de vontade;
b) atos ou fatos que a lei vincula (atos ilícitos)

partes podem ter domicílios ou domicílios diversos;


o lugar da execução;
o lugar onde a obrigação é assumida;
lugar do imóvel
vontade humana
lei própria do contrato (proper law of the contract)

Brasil: LEI DO LUGAR ONDE A OBRIGAÇÃO FOI ASSUMIDA.

OBRIGAÇÕES NÃO CONVENCIONAIS – lei do lugar do ato ou fato

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FORMA DOS ATOS E CONTRATOS

PRESCRIÇÃO DAS AÇÕES PESSOAIS: Art. 229 do CB: “A prescrição


extintiva de ações pessoais é regulada pela lei a que estiver sujeita
a obrigação que se vai extinguir”.

SUCESSÕES MORTIS CAUSA

Sucessão é a substituição de titular de direitos, quer a título singular


ou a título universal, podendo esta ser "inter vivos" ou "mortis causa".

ESTATUTO SUCESSÓRIO: a) pessoas sucessíveis;


b) ordem da vocação hereditária;
c) valor das quotas necessárias e quais sejam;
d) restrições às legítimas;
e) deserdação;
f) colação de bens.

UNIDADE DO ESTATUTO SUCESSÓRIO; o patrimônio é um só e a transmissão


se opera por um único fato, a "morte".

Período Estatutário: imóveis = lei da situação


móveis = lei do último domicílio do morto

LEI APLICÁVEL:

a) lei da situação dos imóveis;


b) lei pessoal do proprietário, qto aos móveis;
c) lei do último domicílio do "de cujus";
d) lei da nacionalidade do "de cujus";
e) lei do lugar da morte.

Observar artigo 10 da LICC e r. § 2º (este retirou à lei do de cujus a


abrangência determinativa da condição de herdeiro ou legatário.

O art. 12, § 1º apenas reconhece competência do juízo


brasileiro para decidir sobre imóveis situados no Brasil.

O art. 5º, inciso XXXI da CF dispõe: – “a sucessão de bens de


estrangeiros situados no País será regulada pela lei brasileira em
benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes
seja mais favorável a lei pessoal do de cujus;”

O julgado que segue transcrito interpreta esse dispostivo:

06 - INVENTÁRIO - ESBOÇO DE PARTILHA - Falecido e ascendentes


portugueses - Cônjuge meeira - Critério na divisão dos bens -
Constituição Federal, artigo 5º, XXXI - Código Civil, artigos 1.603,
1.606 e 1.611 - Segundo o cânone constitucional que rege a quaestio (cf.
artigo 5º, XXXI), a presença de estrangeiros em sucessão causa mortis
exige melhor estudo para o Juiz solucionar os conflitos surgidos sobre a
possibilidade de aplicação da lei de países distintos. O texto em comento
oferece duas soluções, a prevalecer aquela que for mais favorável ao
cônjuge ou aos seus filhos brasileiros (in Comentários à Constituição do
Brasil, 2º vol. pág. 152, CELSO R. BASTOS). In casu, sendo o falecido e seus
pais portugueses e a cônjuge sobrevivente brasileira, aplica-se o artigo
2.142 do Código Civil Português por ser este mais favorável à cônjuge, a

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qual será beneficiada com 2/3 dos bens e os pais do falecido com 1/3.
Apelação improvida (TJRJ - 3ª Câm. Cível; Ap. Cível nº 14.153/98-RJ; Rel.
Des. Hudson Lourenço; j. 18.12.1998; v.u.; ementa).BOLETIM AASP nº 2.150-
ementário.

INVENTÁRIO NO BRASIL

a) existindo herdeiros ou cônjuge brasileiro será aplicável a


lei brasileira se mais favorável a esses e do último
domicílio do de cujus, em caso contrário;
b) não existindo brasileiros, será aplicado a última lei do
último domicílio do de cujus.

COMPETÊNCIA: - Existindo bens no Brasil será competente,


exclusivamente, o Juiz Brasileiro.

SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA:

QUANTO À FORMA: locus regit actum

VALIDE INTRÍNSECA; lei pessoal do testador.

INVENTÁRIO (art. 89, II CPC)

O inventário deverá ser aberto no último domicílio do "de cujus", salvo na


existência de bens imóveis situados no Brasil, quando será competente o
juízo brasileiro (art. 89, II do CPC).

COMÉRCIO INTERNACIONAL

Direito Cambiário: Convenção de Haia (1912)


Convenção de Genebra (1930/1931)

Direito Uniforme Comercial nada tem a ver com o DIP e sim com o DIREITO
COMERCIAL INTERNACIONAL

ATOS DE COMÉRCIO: matéria de qualificação - "ius fori"

QUALIDADE DE COMERCIANTE:

a) a capacidade para adquirir a qualidade de comerciante (aspecto da


personalidade) lei pessoal do interessado.

b) condição de comerciante:
b.1. - lei pessoal do interessado
b.2. - lei do lugar do exercício profissional (ius professiones)

CONTRATOS COMERCIAIS: os mesmos critérios das obrigações e


contratos civis.

FALÊNCIAS E CONCORDATAS

Segundo o art. 7º da LF é competente para declaração da


falência o Juízo onde se encontra situado o principalmente estabelecimento.

OBRIGAÇÕES CAMBIAIS E TÍTULOS DE CRÉDITO EM GERAL

Convenção de Haia em 1.912 e de Genebra em 1931/1932,

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adotadas no Brasil pelo Decreto 57.595 de 07/01/66 e 57.663, de


24/01/1966.

capacidade para se obrigar: quem tenha capacidade civil ou comercial,


sendo que o estrangeiro incapaz em seu Estado responde pelas obrigações
que assume no Brasil, se em nosso meio for capaz (art. 42, parágrafo único
do Decreto nº 2.044, de 31/12/1908.)

validade extrínseca da obrigação cambial = art 47 da Lei 2.044:


substância, os efeitos, a forma extrínseca e os meios de prova da obrigação
cambial são reguladas pela lei do lugar onde a obrigação foi firmada.
(regra tb, constante do C.B.)

PAGAMENTO DO TÍTULO: lei do lugar onde é exeqüível

PROTESTO DO TÍTULO : lei do lugar onde é exeqüível

A posse do título de crédito é regulado pela lei da situação e o


crédito pela lei da obrigação.

CONTRATO DE TRABALHO

qto à forma: lei do lugar do ato


conteúdo: 1 - nacionalidade ou domicílio das partes
2 - lugar do contrato
3 – lei do lugar da execução do contrato

Competência = Segundo a CLT (art. 651) é competente para


dirimir lide trabalhista o Juízo do local onde o trabalhador presta serviços
(lei do lugar da execução do contrato) – Súmula 207 do TST

ACIDENTES DO TRABALHO

Lex causae - ou seja, lei regedora da relação empregatícia.

CONTRATOS DE TRABALHO EM TRANSPORTE (INT.)

Lei do pavilhão ou lei do lugar do contrato (a execução acaba


ocorrendo em diversos meios).

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RI

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Adri_ferrari@yahoo.com.br

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