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Introdução

O realismo foi um movimento artístico e cultural que se desenvolveu na


segunda metade do século XIX. A característica principal deste movimento foi
a abordagem de temas sociais e um tratamento objetivo da realidade do ser
humano.

Possuía um forte caráter ideológico, marcado por uma linguagem


política e de denúncia dos problemas sociais como, por exemplo, miséria,
pobreza, exploração, corrupção entre outros. Com uma linguagem clara, os
artistas e escritores realistas iam diretamente ao foco da questão, reagindo,
desta forma, ao subjetivismo do romantismo. Uma das correntes do realismo
foi o naturalismo, onde a objetividade está presente, porém sem o conteúdo
ideológico.

O Realismo nas Artes Plásticas


O realismo manifestou-se principalmente na pintura, onde as obras retratavam
cenas do cotidiano das camadas mais pobres da sociedade. O sentimento de
tristeza expressa-se claramente através das cores fortes. Um dos principais
pintores realistas foi o francês Gustave Coubert. Com obras que chocaram o
público pelo alto grau de realismo e pelos temas sociais, este artista destacou-
se com as seguintes telas : Os Quebradores de Pedras e Enterro em Ornans.
Outros importantes pintores deste período foram: Honoré Daumier, Jean-
François Millet e Édouard Manet.

Literatura Realista
Nas obras em prosa, o realismo atingiu seu ápice na literatura. Os romances
realistas são de caráter social e psicológico, abordando temas polêmicos para a
sociedade da segunda metade do século XIX. As instituições sociais são
criticadas, assim como a Igreja Católica e a burguesia. Nas obras literárias
deste período, os escritores também criticavam o preconceito, a intolerância e a
exploração. Sempre utilizando uma linguagem direta e objetiva.
Podemos citar como importantes obras da passagem do romantismo para o
realismo: Comédia Humana de Honoré de Balzac, O Vermelho e o Negro de
Stendhal, Carmen de Prosper Merimée e Almas Mortas de Nikolay Gogol.
Porém, a obra que marca o início do realismo na literatura é a obra Madame
Bovary de Gustave Flaubert. Outras importantes obras são : Os Irmãos
Karamazov de Fiódor Dostoiévski, Anna Karenina e Guerra e Paz de Leon
Tolstói, Oliver Twist de Charles Dickens, Os Maias e Primo Basílio de Eça de
Queiroz.
Teatro Realista
No teatro realista o herói romântico é trocado por pessoas comuns do
cotidiano. Os problemas sociais transformam-se em temas para os dramaturgos
realistas. A linguagem sofisticada do romantismo é deixada de lado e entra em
cena as palavras comuns do povo. O primeiro representante desta fase é o
dramaturgo francês Alexandre Dumas, autor de A Dama das Camélias.
Também podemos destacar outras importantes peças de teatro do realismo
como, por exemplo, Ralé e Os Pequenos Burgueses de Gorki, Os Tecelões de
Gerhart Hauptmann e Casa de Bonecas do norueguês Henrik Ibsen.

REALISMO NO BRASIL

Literatura
Na literatura brasileira o realismo manifestou-se principalmente na prosa.Os
romances realistas tornaram-se instrumentos de crítica ao comportamento
burguês e às instituições sociais. Muitos escritores românticos começaram a
entrar para a literatura realista. Os especialistas em literatura dizem que o
marco inicial do movimento no Brasil é a publicação do livro Memórias
Póstumas de Brás Cubas de Machado de Assis. Nesta obra, o escritor
fluminense faz duras críticas à sociedade da época.

Teatro
As peças retratam a realidade do povo brasileiro, dando destaque para os
principais problemas sociais. Os personagens românticos dão espaço para
trabalhadores e pessoas simples. Machado de Assis escreve Quase Ministro e
José de Alencar destaca-se com O Demônio Familiar. Luxo e Vaidade de
Joaquim Manuel de Macedo também merece destaque. Outros escritores e
dramaturgos que podemos destacar: Artur de Azevedo, Quintino Bocaiúva e
França Júnior.
O realismo no Brasil

O Realismo no Brasil teve seu início, oficialmente, em 1881, com a publicação de


Memórias Póstumas de Brás Cubas, de seu mais célebre autor, Machado de Assis. Esta
escola só entra em declínio com o surgimento do Parnasianismo, por volta de 1890.

Com a introdução do estilo realista, assim como do naturalista, o romance, no Brasil,


ganhou um novo alcance, a observação. Começou-se a escrever buscando a verdade, e não
mais para ocupar os ócios dos leitores.[1]

Machado de Assis, considerado um dos maiores expoentes da literatura brasileira e o maior


do Realismo no Brasil, desenvolve em sua ficção uma análise psicológica e universal e sela,
portanto, a independência literária do país.

Contexto histórico do Realismo no Brasil

No Brasil do Segundo reinado (de 1840 a 1889), impera o conhecido "parlamentarismo às


avessas", quando o Imperador D. Pedro II escolhe o senador ou o deputado para o cargo de
primeiro-ministro, com a complacência do Partido Liberal e do Partido Conservador, que se
revezavam no poder, sempre segundo os interesses da oligarquia agrária.

No campo da economia, o Brasil, na metade do século XIX, ainda mantinha uma estrutura
baseada no latifúndio, na monocultura de exportação com mão-de-obra escrava voltada
para o mercado cafeeiro.

Por volta da década de 1870, no entanto, as oligarquias agrárias, que até então "davam as
cartas" na economia e na política do país, sofrem pressões internacionais para o
desenvolvimento do capitalismo industrial no Brasil, no sentido de um processo de
modernização que se dá lentamente. Inicialmente, pela proibição do tráfico negreiro. Com
isso cresce a mão-de-obra imigrante, desenvolve-se a indústria cafeeira no interior do
estado de São Paulo e ferrovias são construídas. Ao longo dos trilhos, concentram-se as
fábricas que dão origem à classe média urbana, que se insatisfaz com a falta de
representatividade política.

Essa classe, apóia-se no Exército e aceita a liderança dos cafeicultores paulistas,


responsáveis pelos trabalhadores assalariados no país e defensores de mudanças estruturais,
como a substituição da Monarquia, já desgastada e reacionária, pela República.

A Proclamação se dá em 1889, porém, a República não atenderia as ambições da classe


média e dos militares. Então, representantes das oligarquias de São Paulo e Minas Gerais
passam a controlar o Estado brasileiro, por meio de uma aliança entre seus governadores
que ficou conhecida como "Política do café-com-leite".

O Brasil da época é um país com idéias liberais, republicanas, "modernas", no entanto, tem
que conviver com uma estrutura político-econômica oligárquica, agrária, latifundiária e
coronelista.
Da Europa foram trazidas algumas idéias, entre elas o positivismo de Auguste Comte, o
determinismo histórico de Taine, o socialismo utópico de Proudhon e o socialismo
científico de Karl Marx, o evolucionismo de Darwin e a negação do Cristianismo de Renan.

Autores e obras notáveis

Dentre os principais autores do Realismo no Brasil, estão Raul Pompéia, Visconde de


Taunay e o principal deles, Machado de Assis.

Entre as obras de Raul Pompéia, O Ateneu é, sobretudo, um exemplo impressionista na


literatura brasileira. Alfredo de Taunay destaca-se na literatura regionalista. Sua obra-prima,
Inocência, é transitória entre Romantismo e Realismo.

Machado de Assis contribuiu com grandes obras, como a introdutória do estilo Memórias
Póstumas de Brás Cubas, sucedida por Quincas Borba e Dom Casmurro. As três envolvem
adultério e apresentam inúmeros temas sob uma ótica crítica e irônica, característica do
autor. As obras Memórias Póstumas de Brás Cubas e Dom Casmurro destacam-se por
serem narradas em primeira pessoa, característica incomum no romance realista. Esaú e
Jacó e Memorial de Aires figuram na fase filosófica e madura do autor, sendo, também,
obras realistas.

-Realismo filosófico

A Idade Média, três soluções para o problema dos universais e dos particulares foram
propostas: o realismo, o conceitualismo e o nominalismo.

Para o realismo[S+J], os universais existem objetivamente, seja na forma de realidades em


si, transcendentes em relação aos particulares (como em Platão, universais ante rem), ou
como imanentes encontrados nas coisas individuais (como para Aristóteles, universidade in
re).

História do realismo na arte

O Realismo fundou uma Escola artística que surge no século XIX em reação ao
Romantismo e se desenvolve baseada na observação da realidade, na razão e na ciência.
Além de uma oposição a um realismo fotográfico.

O Realismo é um movimento artístico surgido na França, e cuja influência se estendeu a


numerosos países europeus. Esta corrente aparece no momento em que ocorrem as
primeiras lutas sociais, sendo também objeto de ação contra o capitalismo
progressivamente mais dominador. Das influências intelectuais que mais ajudaram no
sucesso do Realismo denota-se a reação contra as excentricidades românticas e contra as
suas falsas idealizações da paixão amorosa, bem como um crescente respeito pelo fato
empiricamente averiguado, pelas ciências exatas e experimentais e pelo progresso técnico.
A passagem do Romantismo para o Realismo, corresponde uma mudança do belo e ideal
para o real e objetivo.

Realismo nas artes plásticas

Artistas do realismo

• Édouard Manet
• Gustave Courbet
• Honoré Daumier
• Jean-Baptiste Camille Corot
• Jean-François Millet
• Théodore Rousseau

Realismo na literatura

Motivados pelas teorias científicas e filosóficas da época, os escritores realistas desejavam


retratar o homem e a sociedade em sua totalidade. Não bastava mostrar a face sonhadora e
idealizada da vida como fizeram os românticos; era preciso mostrar a face nunca antes
revelada: a do cotidiano massacrante, do amor adúltero, da falsidade e do egoísmo humano,
da impotência do homem comum diante dos poderosos.

Uma característica comum ao Realismo é o seu forte poder de crítica, porém sem
subjetividade. Grandes escritores realistas descrevem o que está errado de forma natural.
Por exemplo, se um autor deseja criticar a postura da Igreja católica, não escreverá um
soneto anti-cristão como no Romantismo, porém escreverá histórias que envolvam a Igreja
Católica de forma a inserir nessas histórias o que eles julgam ser a Igreja Católica e como
as pessoas reagem a ela. Em lugar do egocentrismo romântico, verifica-se um enorme
interesse de descrever, analisar e até em criticar a realidade. A visão subjetiva e parcial da
realidade é substituída pela visão que procura ser objetiva, fiel, sem distorções. Em lugar de
fugir à realidade, os realistas procuram apontar falhas como forma de estimular a mudança
das instituições e dos comportamentos humanos. Em lugar de heróis, surgem pessoas
comuns, cheias de problemas e limitações. Na Europa, o realismo teve início com a
publicação do romance realista Madame Bovary (1857) de Gustave Flaubert.

Principais correntes da época

• Positivismo
• Determinismo
• Darwinismo

Alguns expoentes do realismo europeu: Gustave Flaubert, Honoré de Balzac, Eça de


Queirós, Charles Dickens.
Comparação com o Romantismo
Realismo Romantismo
Distanciamento do narrador Narrador em primeira pessoa
Valoriza o que se é Valoriza o que se idealiza e sente
Crítica direta Crítica indireta
Objectividade Sentimentos à flor da pele
Textos, às vezes, sem censura Textos geralmente respeitosos
Imagens sem fantasias, reais Imagens fantasiadas, perfeitas
Aversão ao Amor platônico Amores platônicos
Mistura de épico e lírico nos textos Separação
Cosmopolita Ufanista/Nacionalista

Realismo: Veracidade: Despreza a imaginação romântica Contemporaneidade: descreve a


realidade Retrato fiel dos personagens: caráter, aspectos negativos da natureza humana
Gosto pelos detalhes: Lentidão na narrativa Materialismo do amor:Mulher objeto de
prazer/adulterio Denuncia das injustiças sociais Determinismo e relação entre causa e efeito
Linguagem próxima a realidade:simples,natural,clara e equilibrada

No Brasil

A partir da extinção do tráfico negreiro, em 1850, acelera-se a decadência da economia


açucareira no Brasil e o país experimenta sua primeira crise depois da Independência. O
contexto social que daí se origina, aliado a leitura de grandes mestres realistas europeus
como Stendhal, Balzac, Dickens e Vitor Hugo, propiciarão o surgimento do Realismo no
Brasil.

Assim, em 1881 Aluísio Azevedo publica O Mulato (primeiro romance naturalista


brasileiro) e Machado de Assis publica Memórias Póstumas de Brás Cubas (primeiro
romance realista do Brasil).

• Machado de Assis
• Raul Pompéia
• Aluízio Azevedo

Em Portugal

O Realismo na Literatura surge em Portugal após 1865, devido à Questão Coimbrã e às


Conferências do Casino, como resposta à artificialidade, formalidade e aos exageros do
Romantismo de uma sentimentalidade mórbida. Eça de Queirós é apontado, junto a Antero
de Quental, como o autor que introduz este movimento no país, sendo o romance social,
psicológico e de tese a principal forma de expressão. Deixa de ser apenas distração e torna-
se meio de crítica a instituições, à hipocrisia burguesa (avareza, inveja, usura), à vida
urbana (tensões sociais, econômicas, políticas) à religião e à sociedade, interessando-se pela
análise social, pela representação da realidade circundante, do sofrimento, da corrupção e
do vício. A escravatura, o racismo e a sexualidade são retratados com uma linguagem clara
e direta.

A Génese do Realismo em Portugal

O primeiro aparecimento do Realismo em Portugal deu-se na Questão Coimbrã. Polêmica


esta que significou, nas palavras de Teófilo Braga “a dissolução do Romantismo”, nela se
manifestaram pela primeira vez as novas idéias e o novo gosto de uma geração que reagia
contra o marasmo em que tinha caído o Romantismo.

O segundo episódio do aparecimento do Realismo em Portugal verificou-se em 1871 nas


Conferências do Casino (ou Conferências Democráticas do Casino). Nesta nova
manifestação da chamada Geração de 70 os contornos do que seria o Realismo apareceram
desenhados com maior nitidez. Especialmente através da conferência realizada por Eça de
Queiroz intitulada O realismo como nova expressão da arte. Sob a influência do Cenáculo,
e da sua figura central Antero de Quental, Eça funde as teorias de Taine, do determinismo
social e da hereditariedade com as posições estético-sociais de Proudhon. Atacando o
estado das letras nacionais e propondo uma nova arte, uma arte revolucionária, que
respondesse ao "espírito dos tempos" (zeitgeist), uma arte que agisse como regeneradora da
consciência social, que pintasse o real sem floreados. Para Eça só uma arte que mostrasse
efetivamente como era a Realidade, mesmo que isso implicasse entrar em campos sórdidos,
poderia fazer um diagnóstico do meio social, com vista à sua cura. Assim reagia contra o
espírito da arte pela arte, visando mostrar os problemas morais e assim contribuir para
aperfeiçoar a Humanidade. Com este cientismo Eça já situava o Realismo na sua posição
extrema de Naturalismo.

Reações: Pinheiro Chagas atacou Eça. Luciano Cordeiro argumentou que ele próprio já
tinha defendido posições parecidas

A implantação efetiva do Realismo em Portugal dá-se com a publicação do O Crime do


Padre Amaro, seguida dois anos mais tarde pelo Primo Basílio, obras ambas de Eça, que
são caracterizadas por métodos de narração e descrição baseados numa minuciosa
observação e análise dos tipos sociais, físicos e psicológicos, aparecendo os fatores como o
meio, a educação e a hereditariedade a determinarem o caráter moral das personagens. São
romances que têm afinidade com os de Émile Zola, com o intuito de crítica de costumes e
de reforma social.

O primeiro destes romances foi acolhido pelos críticos de então com um silêncio
generalizado. O segundo provocou escândalo aberto. E a polêmica e a oposição entre
Realismo e Romantismo estala definitivamente. Pinheiro Chagas ataca Eça considerando-o
antipatriota, pelo modo como apresenta a sociedade portuguesa. Chegaram a aparecer
panfletos acusando os realistas de desmoralização das famílias (Carlos Alberto Freire de
Andrade: A escola realista, opúsculo oferecido às mães)
Camilo Castelo Branco vai parodiar o Realismo com Eusébio Macário (1879) e voltando a
parodiar com A Corja (1880). Mas curiosamente, mesmo através da paródia, Camilo vai
absorver a nova escola, como é nítido na novela A Brasileira de Prazins. (1882).

Entretanto o paladino do Realismo, Eça, vai desorientar os seus seguidores ortodoxos com
a publicação de O Mandarim. O que faz com que Silva Pinto (1848-1911) que tinha
exposto a teoria da escola realista e elogiado Eça num panfleto intitulado Do Realismo na
Arte, vai agora atacar Eça em Realismos, ridicularizando o novo estilo deste. Reis Dâmaso,
na Revista de Estudos Livres vai-se insurgir contra a publicação de O Mandarim acusando
Eça de ter atraiçoado o movimento. Estas acusações não eram infundadas porque de fato
Eça já estava a descolar de um realismo ortodoxo para o seu estilo mais pessoal onde o seu
humor e a sua fantasia se aliam num estilo único.

Desde a implantação do Realismo com a conferência de Eça que o movimento logrou um


núcleo de apoiantes que se desmultiplicaram em explicar e defender o seu credo estético.
esse núcleo resvalou, regra geral, para uma posição mais extremadamente Realista, o
Naturalismo, tornando-se ortodoxos e dogmáticos. Os defensores desta posição são José
António dos Reis Dâmaso (1850-1895) e Júlio Lourenço Pinto (1842-1907) autor da
Estética naturalista, que pretendia ser um evangelho do naturalismo. No entanto estes dois
autores são fracos do ponto de vista literário e totalmente esquecidos hoje em dia.

Aqueles que não enveredaram por posições tão rígidas estão menos esquecidos como Luís
de Magalhães que nos deixou O Brasileiro Soares (1886) que foi prefaciado por Eça.
Outros nomes são Trindade Coelho, Filho de Almeida e Teixeira de Queiroz.

Por volta de 1890 o Realismo/Naturalismo tinha perdido o seu ímpeto em Portugal. Em


1893 o próprio Eça o declarava morto nas Notas Contemporâneas: “o homem
experimental, de observação positiva, todo estabelecido sobre documentos, findou (se é que
jamais existiu, a não ser em teoria)

Balanço do Realismo em Portugal

Embora por vezes doutrinariamente fraco e/ou confuso o Realismo em Portugal apresenta-
se por isso mesmo, mais do que um movimento consistente, como uma tendência estética,
um sentir novo, que se opôs ao Idealismo e ao Romantismo. A sua conseqüência mais
importante foi a introdução em Portugal às influências estrangeiras nos vários domínios do
saber. Alargando as escolhas literárias e renovando um meio literário que estava muito
fechado sobre si mesmo.
Romantismo foi um movimento artístico e filosófico surgido nas últimas décadas do século
XVIII na Europa que perdurou por grande parte do século XIX. Caracterizou-se como uma
visão de mundo contrária ao racionalismo que marcou o período neoclássico e buscou um
nacionalismo que viria a consolidar os estados nacionais na Europa. Inicialmente apenas
uma atitude, um estado de espírito, o Romantismo toma mais tarde a forma de um
movimento e o espírito romântico passa a designar toda uma visão de mundo centrada no
indivíduo. Os autores românticos voltaram-se cada vez mais para si mesmos, retratando o
drama humano, amores trágicos, ideais utópicos e desejos de escapismo. Se o século XVIII
foi marcado pela objetividade, pelo Iluminismo e pela razão, o início do século XIX seria
marcado pelo lirismo, pela subjetividade, pela emoção e pelo eu.

O termo romântico refere-se, assim, ao movimento estético ou, num sentido mais lato, à
tendência idealista ou poética de alguém que carece de sentido objectivo.

Características da linguagem romântica

Subjetivismo

O romancista trata dos assuntos de forma pessoal, de acordo com sua opinião sobre o
mundo. O subjetivismo pode ser notado através do uso de verbos na primeira pessoa.

Com plena liberdade de criar, o artista romântico não se acanha em expor suas emoções
pessoais, em fazer delas a temática sempre retomada em sua obra. O eu é o foco principal
do subjetivismo, o eu é egoista, forma de expressar seus sentimentos.

Idealização

Empolgado pela imaginação, o autor idealiza temas, exagerando em algumas de suas


características. Dessa forma, a mulher é uma virgem frágil, o índio é um herói nacional, e a
pátria sempre perfeita. Essa característica é marcada por descrições minuciosas e muitos
adjetivos.

Sentimentalismo

Praticamente todos os poemas românticos apresentam sentimentalismo já que essa escola


literária é movida através da emoção, sendo as mais comuns a saudade, a tristeza e a
desilusão.E que expressa seu sentimento suas emoções e todo o relato sobre uma vida. O
romântico analisa e expressa a realidade por meio dos sentimentos.E acredita que só
sentimentalmente se consegue traduzir aquilo que ocorre no interior do indivíduo.

Egocentrismo

Como o nome já diz, é a colocação do seu ego no centro de tudo. Vários artistas românticos
colocam, em seus poemas, os seus sentimentos acima de tudo, destacando-os no texto.
Pode-se dizer, talvez, que o egocentrismo é um subjetivismo exagerado.
Natureza interagindo com o eu lirico

A natureza, no Romantismo, expressa aquilo que o eu-lírico está sentindo no momento


narrado. A natureza pode estar presente desde as estações do ano, como formas de
passagens, à tempestades, ou dias de muito sol.

Grotesco e Sublime

Há a fusão do belo e do feio, diferentemente do arcadismo que visa a idealização do


personagem principal, tornando-o a imagem da perfeição. Como exemplo, temos o conto de
A Bela e a Fera, no qual uma jovem idealizada, se apaixona por uma criatura horrenda.

Medievalismo

Alguns românticos se interessavam pela origem de seu povo, de sua língua e de seu próprio
país. Na Europa, eles acharam no cavaleiro fiel à pátria um ótimo modo de retratar as
culturas de seu país. Esses poemas se passam em eras medievais e retratavam grandes
guerras e batalhas.

Indianismo

É o medievalismo "adaptado" ao Brasil. Como os brasileiros não tinham um cavaleiro para


idealizar, os escritores adotaram o índio como o ícone que retrata a origem nacional e o
colocam como um herói. O indianismo resgatava o ideal do "bom selvagem" (Jean-Jacques
Rousseau), no qual retrata que a sociedade que corrompe o homem e o homem perfeito
seria o índio, que não tinha nenhum contato com a sociedade européia.

Transformar o homem em um herói

Byronismo

Inspirado na vida e na obra de Lord Byron, poeta inglês. Estilo de vida boêmio, voltado
para vícios, bebida, fumo e sexo, podendo estar representado no personagem, ou na própria
vida do autor romântico. O byronismo é caracterizado pelo narcisismo, pelo egocentrismo,
pelo pessimismo, pela angustia.

Origens

O Romantismo surgiu na Europa numa época em que o ambiente intelectual era de grande
rebeldia. Na política, caíam os sistemas de governo despótico e surgia o liberalismo político
(não confundir com o liberalismo econômico do Século XX). No campo social imperava o
inconformismo e no campo artístico o repúdio às regras. A Revolução Francesa é o clímax
desse século de oposição. No Brasil, o romantismo coincidiu com a independência política
em 1822 com o 2º Reinado, a guerra do Paraguai e a campanha abolicionista.
Alguns autores neoclássicos já nutriam um sentimento mais tarde dito romântico antes de
seu surgimento de fato, sendo assim chamados pré-românticos. Nesta classificação
encaixam-se Francisco Goya e Bocage.

Romantismo surge inicialmente naquela que futuramente seria a Alemanha (tendo o


movimento, inclusive, fundamental importância na unificação germânica) com o
movimento Sturm und Drang e na Inglaterra.

O Romantismo viria a se manifestar de formas bastante variadas nas diferentes artes e


marcaria, sobretudo, a literatura e a música (embora ele só venha a se manifestar realmente
aqui mais tarde do que em outras artes). À medida que a escola foi sendo explorada, foram
surgindo críticos à sua demasiada idealização da realidade. Destes críticos surgiu o
movimento que daria forma ao Realismo.

Neste sentido, as características centrais do romantismo viriam a ser o lirismo, o


subjetivismo e o sonho de um lado e o exagero e a busca pelo exótico e pelo inóspito de
outro. Também destacam-se o nacionalismo, a idealização do mundo e da mulher, assim
como a fuga da realidade e o escapismo. Eventualmente também serão notados o
pessimismo e um certo gosto pelo lúgubre.

Romantismo nas Belas Artes

Segundo Giulio Carlo Argan na sua obra Arte moderna, o Romantismo e o


Neoclassicismo são simplesmente duas faces de uma mesma moeda. Enquanto o
neoclássico busca um ideal sublime, objetivando o mundo, o romântico faz o mesmo,
embora tenda a subjetivar o mundo exterior. Os dois movimentos estão interligados,
portanto, pela idealização da realidade (mesmo que com resultados diversos).

As primeiras manifestações românticas na pintura ocorreram quando Francisco Goya passa


a pintar depois de começar a perder a audição. Um quadro de temática neoclássica como
Saturno devorando seus filhos, por exemplo, apresenta uma série de emoções para o
espectador que o fazem se sentir inseguro e angustiado. Goya cria um jogo de luz-e-
sombra, linhas de composição diagonais e pinceladas "grosseiras" de forma a acentuar a
situação dramática representada.

Apesar de Goya ter sido um acadêmico, o Romantismo somente chegaria à Academia mais
tarde.

O francês Eugène Delacroix é considerado um pintor romântico por excelência. Sua tela A
Liberdade guiando o povo reúne o vigor e o ideal românticos em uma obra que estrutura-se
em um turbilhão de formas. O tema são os revolucionários de 1830 guiados pelo espírito da
Liberdade (retratados aqui por uma mulher carregando a bandeira da França). O artista
coloca-se metaforicamente como um revolucionário ao se retratar em um personagem da
turba, apesar de olhar com uma certa reserva para os acontecimentos (refletindo a
influência burguesa no romantismo). Esta é provavelmente a obra romântica mais
conhecida.
A busca pelo exótico, pelo inóspito e pelo selvagem formaria outra característica
fundamental do Romantismo. Exaltavam-se as sensações extremas, os paraísos artificiais, a
natureza em seu aspecto mais bruto. Lançar-se em "aventuras" ao embarcar em navios com
destino aos pólos, por exemplo, tornou-se uma forma de inspiração para alguns artistas. O
pintor inglês William Turner refletiu este espírito em obras como Mar em tempestade onde
o retrato de um fenômeno da Natureza é usado como forma de atingir os sentimentos
supracitados.

Romantismo na Literatura

O Romantismo surge na literatura quando os escritores trocam o mecenato aristocrático


pelo editor, precisando assim cativar um público leitor. Esse público estará entre os
pequenos burgueses, que não compreendem os valores literários clássicos e apreciam mais
a emoção que a sutileza.

A história do Romantismo literário é bastante controversa.

Em primeiro lugar, as manifestações em poesia e prosa popular na Inglaterra são os


primeiros antecedentes, embora sejam consideradas "pré-românticas" em sentido lato. Os
autores ingleses mais conhecidos desse Pré-Romantismo "extra-oficial" são William Blake
(cujo misticismo latente em The Marriage of Heaven and Hell - O Casamento do Céu e
Inferno, 1793 atravessará o Romantismo até o Simbolismo) e Edward Young (cujos Nights
Thoughts - Pensamentos Noturnos, 1742, re-editados por Blake em 1795, influenciarão o
Ultra-Romantismo), ao lado de James Thomson, William Cowper e Robert Burns. O
Romantismo "oficial" é reconhecido nas figuras de Coleridge e Wordsworth (Lyrical
Ballads - Baladas Líricas, 1798), fundadores; Byron (Childe Harold's Pilgrimage,
Peregrinação de Childe Harold, 1818), Shelley (Hymn to Intellectual Beauty - Hino à
Beleza Intelectual, 1817) e Keats (Endymion, 1817), após o Romantismo de Jena.

Em segundo lugar, os alemães procuraram renovar sua literatura através do retorno à


natureza e à essência humana, com assídua recorrência ao "Pré-Romantismo extra-oficial"
da Inglaterra. Esses escritores alemães formaram o movimento Sturm und Drang
(tempestade e ímpeto), donde surge então, mergulhado no Sentimentalismo, o Pré-
Romantismo "oficial", i.e., conforme as convenções historiográficas. Goethe (Die Leiden
des Jungen Werther - O Sofrimento do Jovem Werther, 1774), Schiller (An die Freude -
Ode à Alegria, 1785) e Herder (Auszug aus einem Briefwechsel über Ossian und die Lieder
alter Völker - Extrato da correspondência sobre Ossian e as canções dos povos antigos,
1773) formam a Tríade. Alguns jovens alemães, como Schegel e Novalis, com novos ideais
artísticos, afirmam que a literatura, enquanto arte literária, precisa expressar não só o
sentimento como também o pensamento, fundidos na ironia e na auto-reflexão. Era o
Romantismo de Jena, o único Romantismo autêntico em nível internacional.

Em terceiro lugar, a difusão européia do Romantismo tomou como românticas as formas


pré-românticas da Inglaterra e da Alemanha, privilegiando, portanto, apenas o
sentimentalismo em detrimento da complicada reflexão do Romantismo de Jena. Por isso,
mundialmente, o Romantismo é uma extensão do Pré-Romantismo. Assim, na França,
destacam-se Stendhal, Hugo e Musset; na Itália Leopardi e Manzoni; em Portugal Garrett e
Herculano; na Espanha Espronceda e Zorilla.

Tendo o liberalismo como referência ideológica, o Romantismo renega as formas rígidas da


literatura, como versos de métrica exata. O romance se torna o gênero narrativo
preferencial, em oposição à epopéia. É a superação da Retórica, tão valorizada pelos
clássicos.

Os aspectos fundamentais da temática romântica são o historicismo e o individualismo. O


historicismo está representado nas obras de Walter Scott (Inglaterra), Vitor Hugo (França),
Almeida Garrett (Portugal), José de Alencar (Brasil), entre tantos outros. São resgates
históricos apaixonados e saudosos ou observações sobre o momento histórico que
atravessava-se àquela altura, como no caso de Balzac ou Stendhal (ambos franceses).

A outra vertente, focada no individualismo, traz consigo o culto do egocentrismo, vazado


de melancolia e pessimismo ( Mal-do-Século). Pelo apego ao intimismo e a valores
extremados, foram chamados de Ultra-Românticos. Esses escritores como Byron, Alfred de
Musset e Álvares de Azevedo beberam do Sturm und Drang alemão, perpetuando as fontes
sentimentais.

O romantismo é um movimento que vai contra o avanço da modernidade em termos da


intensa racionalização e mecanização. É uma crítica à perda das perspectivas que fogem
àquelas correlacionadas à razão.

Romantismo na Música

As primeiras evidências do romantismo na música aparecem com Beethoven. Suas


sinfonias, a partir da terceira, revelam uma música com temática profundamente pessoal e
interiorizada, assim como algumas de suas sonatas para piano também, entre as quais é
possível citar a Sonata Patética. Outros compositores como Chopin, Tchaikovsky, Felix
Mendelssohn, Liszt, Grieg e Brahms levaram ainda mais adiante o ideal romântico de
Beethoven, deixando o rigor formal do Classicismo para escreverem músicas mais de
acordo com suas emoções.

Na ópera, os compositores mais notados foram Verdi, que procurou escrever óperas, em sua
maioria, com conteúdo épico ou patriótico - entre as quais as óperas Nabucco, I Vespri
Sicilianni, I Lombardi nella Prima Crociata - embora tenha escrito também algumas óperas
baseadas em histórias de amor como La Traviata; e também Wagner, que enfocava histórias
mitológicas germânicas, caso da Tetralogia do Anel dos Nibelungos e outras óperas como
Tristão e Isolda e O Holandês Voador, ou sagas medievais como Tannhäuser, Lohengrin e
Parsifal. Ainda mais tarde na Itália o romantismo na ópera se desenvolveria ainda mais com
Puccini.

Romantismo em Portugal
Marcos

Teve como marco inicial a publicação do poema "Camões", de Almeida Garrett, em 1825, e
durou cerca de 40 anos terminando por volta de 1865 com a Questão Coimbrã.

As Gerações e seus principais autores

• Primeira Geração (1825 a 1840)


o Almeida Garrett
o Alexandre Herculano
o António Feliciano de Castilho

• Segunda Geração (Ultra-Romantismo) (1840 e 1860)


o Camilo Castelo Branco
o Soares de Passos

• Terceira Geração (Pré-Realismo) (1860 a 1870+-)


o Júlio Dinis

Romantismo no Brasil

De acordo com o tema principal, os romances românticos no Brasil podem ser classificados
como indianistas, urbanos ou regionalistas.

Romance indianista O índio era o foco da literatura, pois era considerado uma autêntica
expressão da nacionalidade, e era altamente idealizado. Como um símbolo da pureza e da
inocência, representava o homem não corrompido pela sociedade, o não capitalista, além de
assemelhar-se aos heróis medievais, fortes e éticos. Junto com tudo isso, o indianismo
expressava os costumes e a linguagem indígenas, cujo retrato fez de certos romances
excelentes documentos históricos.

Romance urbano Os temas desenvolvidos tratam da vida na capital e relatam as


particularidades da vida cotidiana da burguesia, cujos membros se identificavam com os
personagens. Os romances faziam sempre uma crítica à sociedade através de situações
corriqueiras, como o casamento por interesse ou a ascensão social a qualquer preço.

Romance regionalista Propunha uma construção de texto que valorizasse as diferenças


étnicas, lingüísticas, sociais e culturais que afastavam o povo brasileiro da Europa, e
caracterizava-os como uma nação. Os romances regionalistas criavam um vasto panorama
do Brasil, representando a forma de vida e individualidade da população de cada parte do
país. A preferência dos autores era por regiões afastadas de centros urbanos, pois estes
estavam sempre em contato com a Europa, além de o espaço físico afetar suas condições de
vida.
1º Geração (Nacionalista–indianista)

Voltada para a natureza, regressa ao passado histórico e ao medievalismo. Cria um herói


nacional na figura do índio, de onde surgiu a denominação de geração indianista. O
sentimentalismo e a religiosidade são outras características presentes. Entre os principais
autores podemos destacar Gonçalves Dias, Gonçalves de Magalhães e Araújo Porto Alegre.

• Gonçalves de Magalhães foi o introdutor do Romantismo no Brasil. Obras: Suspiros


Poéticos e Saudades.
• Gonçalves Dias foi o mais significativo poeta romântico brasileiro. Obras: Canção
do exílio, I-Juca-Pirama.
• Araújo Porto Alegre fundou com os outros dois, a Revista Niterói-Brasiliense

Principais características:

• Nacionalista Ufanista
• Indianista
• Subjetivismo
• Religioso
• Brasileirismo (linguagem)
• Evasão do tempo e espaço

2º Geração (Mal do Século)

Essa geração, também conhecida como Byroniana e Ultra-Romantismo, recebeu a


denominação de mal do século pela sua característica de abordar temas obscuros como a
morte, amores impossíveis e a escuridão.

• Álvares de Azevedo fazia parte da sociedade epicuréia destinada a repetir no Brasil


a existência boêmia de Byron. Obras: Pálida à Luz, Soneto, Lembranças de Morrer,
Noite na Taverna
• Casimiro de Abreu. Obras: As Primaveras. Poemas: Poesia e amor, etc.
• Fagundes Varela: Embora byroniano, a poesia dele já apresentava algumas
características da 3º geração do romantismo.
• Junqueira Freire - Com estilo dividido entre a homossexualidade e a
heterossexualidade, demonstrava as idiossincrasias da religião católica do século
XIX.

Principais características:

• Profundo subjetivismo
• Egocentrismo
• Individualismo
• Evasão na morte
• Saudosismo (lamentação)- Casimiro de Abreu
• Pessimismo
3º Geração (Condoreira)

Conhecida também como Condoreira, simbolizado pelo Condor, uma ave que costuma
construir seu ninho em lugares muito altos, ou Hugoniana, referente ao escritor francês
Victor Hugo, grande pensador do social.

• Apresenta linguagem declamatória e vem carregada de figuras de linguagem.


• Sentimento Social Liberal e Abolicionista.

Apresenta como principais autores Castro Alves, Sousândrade e Tobias Barreto.

• Castro Alves: Negro, denominado "Poeta dos Escravos", o mais expressivo


representante dessa geração. Obras: Espumas Flutuantes, Navio Negreiro.

Essas três gerações citadas acima, apenas se aplicam para a poesia romântica, pois a prosa
no Brasil, não foi marcada por gerações, e sim por estilos de textos - indianista, urbano ou
regional - que aconteceram todos simultaneamente.

Principais romancistas românticos brasileiros

• Joaquim Manuel de Macedo, romancista urbano escreveu A Moreninha e também O


Moço Loiro.
• José de Alencar, principal romancista romântico. Romances urbanos: Lucíola; A
Viuvinha; Cinco Minutos; Senhora. Romances regionalistas: O Gaúcho, O
Sertanejo, O Tronco do Ipê. Romances históricos: A Guerra dos Mascates; As
Minas de Prata. Romances indianistas: O Guarani, Iracema e o Ubirajara.
• Manuel Antônio de Almeida: romancista urbano, precursor do Realismo. Obras:
Memórias de um Sargento de Milícias.
• Bernardo Guimarães: considerado fundador do regionalismo. Obras: A Escrava
Isaura; "O Seminarista"
• Franklin Távora: regionalista. Obra mais importante: O Cabeleira.
• Visconde de Taunay: regionalista. Obra mais importante: Inocência.

No país, entretanto, o romantismo perdurará até à década de 1880. Com a publicação de


Memórias Póstumas de Brás Cubas, por Machado de Assis, em 1881, ocorre formalmente a
passagem para o período realista.

Arte brasileira no período romântico

Apesar da produção literária ser predominantemente romântica, vive-se no país neste


período um grande incentivo ao academicismo e ao neoclassicismo. O neoclássico é o estilo
oficial do Império recém-proclamado e o grande centro das artes no país é a Escola
Imperial de Belas Artes do Rio de Janeiro, lar do neoclassicismo no Brasil, sob influência
direta da Missão francesa trazida pelo Príncipe-Regente D. João VI.

Principais características: subjetivismo, evasão, erotismo, senso de mistério e religiosidade.

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