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DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO
UM ESTUDO EXPLORATÓRIO
São Paulo
1999
II
Para
Fátima e Tatiana
por terem compreendido
que o esforço era necessário
e o sacrifício era de todos
III
AGRADECIMENTOS
Muito Obrigado !
IV
RESUMO
ABSTRACT
SUMÁRIO
CAPÍTULO PÁG.
1- INTRODUÇÃO 02
2- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 07
Varejo 22
2.7.1 Promoção 35
3 METODOLOGIA 56
ANEXO 1 115
CAPÍTULO I
2
I – INTRODUÇÃO
produzem efeitos sobre o que está sendo vendido, sobre o que está sendo
negócios.
as mãos dos varejistas, que buscam suas próprias ações mercadológicas e criam
afirmam que:
1
CESPEDES, Frank V. Marketing Integrado. São Paulo: Futura, 1996 p.55
2
TOLEDO, Geraldo L. , NEVES, Marcos F. e MACHADO, Claudio A. P. Marketing Estratégico e
Varejo : O caso Europeu Revista de Administração da Usp São Paulo V.32 N. 2 p.50-51 abril/junho
1997
3
volume de vendas. Cinco anos depois, em 1995/96, a fatia de 15,6% das lojas
este fenômeno não se restringe ao Brasil apenas, havendo uma concentração ainda
- França 70%
- Argentina 60%
- Chile 53%
- Inglaterra 48%
- EUA 33%
- Brasil 28%
dos produtos não é feita “para” o varejista, mas “ por meio do do” varejista.
distribuição, uma vez que estes terão forte influência sobre as estratégias e ações de
de Trade Marketing.
reforçando com essa afirmação a visão de que os fabricantes devem definir novas
verificando como têm se desenvolvido essa aplicação nas relações comerciais com
3
MIRANDA, Roberto L. Marketing de Varejo e Alianças Estratégicas com a Indústria São Paulo:
Qualitymark, 1997 p. 12
5
conceito.
aplicação do método de estudo de casos, uma vez que o conceito é novo e devem
uma ampla linha de produtos voltados para o consumidor final, que tenham marcas
base conceitual que explica e sustenta o estudo a ser realizado. Neste capítulo
CAPÍTULO II
8
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
da empresa.
e serviços, segundo Buel4 “Marketing está ligado a toda atividade empresarial que
4
BUELL, V.P. e HEYEL, C. (ORGS) HANDBOOK OF MODERN MARKETING. New York : McGraw-
Hill, 1970. pXV
5
McCARTHY, E.. Jerome e PERREAULT JR., William D. Marketing Essencial. São Paulo: Atlas,
1997. p 22
9
Ao dar uma definição mais ampla, Kotler6 insere a mesma idéia quando
grupos obtêm o que necessitam e o que desejam por meio da criação e troca de
Toledo e Santos7:
6
KOTLER, Philip. Administração de Marketing: análise, planejamento, implementação e controle.
2.ed.São Paulo. Atlas, 1993 p. 32
7
TOLEDO, Geraldo Luciano e SANTOS, Dilson Gabriel A responsabilidade social do marketing
Revista de Administração FAAP. São Paulo n. 14 jan-mar 1979 p. 46-7
10
pela organização.
outra.
e da análise do ambiente que irá determinar o grau de dificuldade que a empresa irá
processo gerencial (as atividades conduzidas para assegurar um melhor ajuste entre
ambiente externo e suas mudanças adequando suas ações internas para fazer frente
a este ambiente.
8
HOOLEY, Graham J. e SAUNDERS, John : Posicionamento Competitivo : Como estabelecer e
manter uma estratégia de marketing no mercado. São Paulo Makron 1996 p.6
11
microambiente, que é composto pelos agentes que estão mais diretamente ligados
9
op. cit.. p.169
10
CULLITON, James W. . The Concept of the Marketing Mix. apud V.P.Buell e C.Heyel (Orgs).
Handbook of Modern Marketing. USA : Mcgraw-Hill, 1970. p.11-4
11
Idem, Ibdem. Cit. p.42
12
Produto, Preço, Ponto e Promoção. Este composto se tornou conhecido como 4P’s.
Públicas e Publicidade.
empresas que ajudam a promover, vender e distribuir seus bens aos consumidores
12
Idem, Ibdem. Cit. p.47
13
cumprindo com os objetivos e ações de marketing”, o que é confirmado por Stern, El-
Ansary e Coughalan14 que definem os canais de marketing como sendo “um grupo
13
BENNETT, Peter. D. Dictionary of Marketing Terms in Barry Berman. Marketing Channels. New
York:John Wiley & Sons. 1996. p.5
14
STERN, Louis W. , EL-ANSARY, Adel I. e COUGHLAN Anne T. Marketing Channels. 5ª Ed. New
Jersey: Prentice Hall 1996. p.1
14
bancos.
varejistas.
para a venda ao consumidor final; famílias, indivíduos e uso doméstico. É o elo final
a negociação e de estimular a compra, que são realizados pelo canal exigem uma
série de atividades :
15
- Promoções – os membros do canal têm o contato direto e grande parte das vezes
resultados.
das vendas
estoque pode ser conseqüência de uma relação direta com o consumidor final, de
financeiras.
existência de intermediários:
tal modo que os consumidores finais tenham uma ampla variedade de produtos a
escolher.
consumidores finais, indivíduos que compram algo para uso pessoal ou doméstico.
pela própria empresa produtora, quando esta vende diretamente aos consumidores
consumidor final de “porta a porta” ou como acontece na maioria das vezes por meio
15
Idem, Ibdem p. 3
16
MORGENSTEIN, Melvin e STRONGIN, Harriet Modern Retailing: management, principles and
practices 3.ed. New Jersey: Regents/Prentice Hall 1992 p5
17
4- Alta competitividade
5- Concentração Geográfica
8- Influência de Modas
alvo. Sua forma de gerenciamento dos recursos está fortemente centrada nos
estoques e no seu giro, uma vez que seu capital está fortemente concentrado nos
mesmos. Esta necessidade de estar girando rapidamente o capital, faz com que a
resguardando a lucratividade
17
BEISEL, John L.. Contemporary Retailing 2ªed. New York:Macmillan 1993 p53
18
inteira
processo.
categorias18 :
diferentes critérios que podem ser aplicados, e deve ser feita comparativamente
do varejo:
- loja de descontos ou loja de fábrica que atua com variedade limitada de produtos
- o segmento de varejo sem loja, que são as vendas por meio de catálogos,
entanto, os grandes volumes de negócios são operados pelas redes que fazem
18
Idem, Ibdem p.65-85
19
op. cit.. P. 609
20
consumidor.
comércio foi regulamentado desta forma pois era a melhor maneira dos nobres e
evidências de que, por volta do século XVII, já existiam lojas fixas de varejo em
diretamente a comercialização de seu produto, uma vez que este deveria ser
20
DAVIES, Gary I. Trade Marketing Strategy London: Paul Chapman, 1993 p.17
21
diretamente aos varejistas ou por meio dos atacadistas, o que obriga os varejistas a
O varejo sempre foi alvo de grande controle, quer seja por parte dos
não podiam estabelecer seus próprios preços e margens. Somente em 1964 esta lei
foi abolida.
consumidor final.
21
CRISPIM, Sergio Feliciano A importância do marketing estratégico no varejo e a evolução estrutural
do auto varejo brasileiro de bens de magazines Tese de Doutorado em Administração FEA-USP São
Paulo ; 1994 p. 113
23
abandono da relação for alto, então as áreas críticas do conflito devem ser
resolvidas”.
membro do canal, menor será o seu poder e mais suscetível estará a conceder
22
GATTORNA, J. Channels of Distribution Conseptualisations: A state-of-the-art review European
Journal of Marketing Londres: vol 12, n. 7, p 470. 1978
23
PINDYCK e RUBINFELD. Microeconomia São Paulo, Makron, 1994 p449
24
Idem, Ibdem p. 457
24
cadeias e pela absorção de pequenas redes varejistas por estas grandes empresas.
25
Idem, Ibdem p.472
26
SCHEWE, Charles D. e SMITH, Reuben. Marketing: conceitos, casos e aplicações São Paulo:
MacGraw-Hill 1982 p.208
25
Stanton27, “a marca é uma forma fácil para permitir que o consumidor identifique o
recompra”
mente do consumidor uma identificação única para a marca, que a distingui das
de vendas único que o diferencia do concorrente e que não está vinculado a preço.
Este poder obtido pelo detentor de marcas fortes começa a ser abalado
produção, o que passa a ser um expediente de risco, pois como mencionou Porter28
27
STANTON, Willian J. Fundamentals of Marketing 5ª Ed. Nova York : MacGraw-Hill 1978 p. 216
28
PORTER, Michael E. Vantagem Competitiva: criando e sustentando um desempenho superior Rio
26
com o mercado”.
no ponto de venda ficasse escasso para a quantidade de novas opções que estavam
sendo apresentadas.
há garantia que a verba aplicada terá efetivamente retorno pois, para cada categoria
adoção do auto serviço como forma de venda que permite que as lojas aumentem de
menos lojas, porém muito maiores e de auto serviço, como forma de adaptar-se aos
número de lojas de alimentos nos Estados Unidos passou de 327.000 em 1958 para
dispostos a aceitar novas marcas e produtos desde que tenham garantia de que o
consumidor irá procurar esta marca e comprar rapidamente os produtos, pois com a
forte concorrência entre os varejistas, as margens estão sendo cada vez mais
corroídas e não se pode ter espaços ocupados por produtos que não tenham um
30
RIES, Al e TROUT, Jack. Posicionamento a batalha pela sua mente 6ªed. São Paulo : Pioneira,
1996. p.5
31
WEILBACHER, Willian M. Marketing de Marcas. São Paulo : Makron, 1994 p. 52-54
28
produtos com marca própria que representam entre 10% e 25% no volume de
tornam os produtos cada vez mais parecidos uns com os outros, os varejistas
32
op. cit. P. 52
33
GOUVEA DE SOUZA, Marcos e NEMER, A. Marca & Distribuição São Paulo : Makron 1993 p 88-89
29
vendendo o espaço na área de vendas, obrigando o produtor que pagar uma taxa
para poder colocar seu novo produto na prateleira. Outra situação difícil enfrentada
pequenas; “os varejistas sentem que para alguns itens suas vendas são tão
pequenas, que não podem perder muito tempo escolhendo cada item de produto”
historicamente esteve nas mãos dos atacadistas e dos fabricantes, está passando
cabeça do consumidor.
as suas negociações comerciais com o cliente. Não basta apenas a ação de venda
do produto, mas é necessário concentrar-se nas ações pós venda como forma de
busca estas interações pós venda e a manutenção dos clientes como forma de
34
McCARTHY, Jerome E.. Basic Marketing: a managerial approach 6ª ed. Illinois : Irwin, 1978 p.186
35
VAVRA, Terry G. Marketing de Relacionamento: aftermarketing – como manter a fidelidade de
clientes através do marketing de relacionamento. São Paulo : Atlas 1993 p. 32
30
do tempo.
altos recursos desenvolvendo uma marca, buscando com isto fixa-la na mente do
consumidor e fazer com que este demande a marca todas vezes que realize uma
tornam cada vez mais parecidas umas com as outras, é cada vez mais difícil para o
preferida não estiver presente ou quando uma boa oferta de preço ou promoção de
que:
36
IDEM, Ibdem p15
31
esta pesquisa, sete em dez entrevistados afirmam que o mais importante em uma
37
BARILI, Domenico. A Contramão do Marketing: o medo da indústria de marca São Paulo : Siciliano
1977 p.13
38
LOBOS, Júlio Pensando Global: Fatos & Dados. São Paulo: Instituto de Qualidade, 1945 p.69-70
32
corporações varejistas, faz com que haja uma pressão muito forte sobre os preços
de venda final, uma vez que os produtos com marcas são os mesmos e portanto,
venda.
compra:
39
CODELLUPI, V. e WEBER,D. apud Davies, Gary I Trade Marketing Strategy London : Paul
Chapman, 1993 p109
33
poupem tempo.
preteridos aos que transmitem estilo, embora isto seja mais difícil de expressar.
- Saúde – a preocupação com a vida saudável será cada vez maior, principalmente
- Poligamia com Marcas – a lealdade a uma marca será substituída pela lealdade a
varejo, uma vez que este poderá administrar substituições de marcas sem afetar a
consumidor final.
como um canal de passagem para o consumidor final, mas sim como um cliente,
que deve ser conquistado para que dê preferência ao produto da empresa frente ao
produto da concorrência.
varejista atual, uma vez que pressupõe um paradigma de marketing, onde o varejista
deverá aceitar que o produtor determine os produtos que irão ser comercializados no
canal de distribuição. Isto representa uma realidade cada vez menos presente nos
maioria das linhas, podendo assim exercitar seu poder de seleção. Embora as
essas ações de Trade Marketing, que as empresas produtoras podem utilizar para se
2.7.1 - Promoção
40
De acordo com Davies , no mercado de produtos de consumo de alto
Esta ação assumia que a existência da demanda seria suficiente para encorajar o
40
DAVIES, Gary I. Trade Marketing Strategy London: Paul Chapman, 1993 p.187-188
36
nos pontos de venda. Dos 100 bilhões gastos pelas empresas produtoras
consumidor final.
dirigidas exclusivamente aos varejistas, tem um risco para o qual alertam Curhan e
consumidor final, como forma de manter a imagem e o desejo pelo produto, mas
devem considerar a influência dos varejistas no processo e avaliar o que deve ser
41
JOHNSON, W.C. apud . . . . p. 188
42
CURHAN, R.C. e KOPP, R.J. Obtaining Retailer Support for Trade Deals, Journal of Advertising
Research, vol. 27, n. 6, p.51
37
concentração dos varejistas, já vem sendo notada a algum tempo. De acordo com
Grant43, o vendedor tinha uma grande influência dentro de uma loja de varejo. Esta
independentes porém, nas grandes redes e cadeias de lojas que são responsáveis
vendas.
contas” que são responsáveis por atender os grandes clientes, não apenas no
43
GRANT, A . apud Davies, Gary I. Trade Marketing Strategy London: Paul Chapman, 1993 p 191
38
atende as grandes contas e por um grande grupo nacional, que atende as pequenas
estoques são vendidos e nas margens que são obtidas em cada produto, sendo que
varejista.
aquele produto.
uma vez que a rapidez com que os produtos giram no canal de distribuição permitem
uma economia integral de custos e portanto uma maior competitividade no preço final
ao consumidor.
Uma aplicação que começa a ser cada vez mais desenvolvida é a troca
gerar perdas de vendas por faltas de produtos e ao mesmo tempo ter o mínimo de
nos volumes realizados pela empresa, é fundamental que seja medido o custo de
44
op. cit. p.175-178
40
ou cor que são intrínsecas ao produto e que não representam uma novidade para o
segmento
no mercado
tecnologia ou uma inovação de uso, algo que o consumidor desconhecia e que não
estava sendo aplicado ou utilizado de outra forma ou por outro produto existente no
mercado.
45
GRUENWALD, George. New product development: responding to market demand 2ª ed. Illinois:
NTC ,1992, p.30-41
41
nível de inovação que o produto apresenta para o mercado, sendo que será mais
Ainda segundo o mesmo autor, outro aspecto que deve ser considerado
produto.
negociação, é natural que haja uma forte pressão por preços e descontos na
o único e cabe ao produtor buscar novos itens a serem negociados que permitam
diminuir o foco sobre o mesmo. É importante lembrar que a redução de preço obtida
na compra pode não ser repassada para a venda, o que não influenciará os volumes
46
STERN, Louis W., EL-ANSARY, Adel I. e COUGHLAN, Anne T., Marketing Channels 5ª ed.
New Jersey: Prentice Hall , 1996 p.353
43
entendam do negócio de varejo e saibam fazer propostas atrativas aos olhos dos
mas quando isso não for possível deveria evitar o conflito e buscar a negociação por
meio da cooperação.
poder negociar e ser vitoriosa com o consumidor final, precisa antes negociar e ser
como este atendimento está sendo realizado; com ações mais técnicas e objetivos
Esta função de Trade Marketing têm uma área de conflito com a função
de gerente de produto, uma vez que a ação esperada do homem de Trade Marketing
têm como público prioritário o cliente varejista, o segundo têm o consumidor final
47
SANTOS, Dilson G. . O papel do gerente de produto em empresas brasileiras produtoras de bens
de consumo Dissertação (Mestrado em Administração) – FEA-USP São Paulo, 1982 p.63
48
MATTAR, Fauze N. e SANTOS, Dilson G. Gerência de Produtos : Como tornar seu produto um
sucesso São Paulo : Atlas : 1999 p. 33
45
lidando com diversos assuntos relativos à área de marketing tais como; produto,
dentre outros.
Davies49, é a seguinte:
- Criativo e perseverante
do varejista.
Marketing.
49
op. cit , p 196
47
o consumidor final, mas atua como um complemento importante para auxiliar e dar
olha para o consumidor final por meio da lente do cliente varejista e procura otimizar
os dois relacionamentos.
Marketing também têm seu composto ou mix de elementos que devem ser
são os seguintes:
50
Idem, Ibdem . P 187
48
ser evitada, buscando ampliar o conceito para o valor dos produtos e serviços
oferecidos.
margens obtidas em cada cliente devem ser apuradas; devendo ainda ser
Trade Marketing :
- PRODUTO
- deve ser considerado com uma visão ampliada da Marca, uma vez que a
51
RANDALL, Geoffrey. Trade Marketing Strategies: The Partnership Between Manufacturers, Brands
and Retailers. 2ª ed. London: Butterworth-Heinemann , 1994, p. 152
49
de gôndola que irá ser necessário, qual a margem de rentabilidade que será
- PREÇO –
- PROMOÇÃO –
- Quanto mais forte a marca for junto ao consumidor final, menor será a
- PONTO DE VENDA –
aplique e desenvolva uma política de mercado voltada para o consumidor final, por
pode ser feita formalmente com a formação de uma estrutura que contemple a
deverá atuar de forma diferenciada, voltada para o cliente em suas diversas áreas:
- PRODUTOS
52
Idem, Ibdem p. 133-134
52
- O lançamento dos novos produtos deverá definir em quais clientes deve ser
- PREÇOS
- PROMOÇÃO
comunicação.
-EQUIPES DE VENDAS
- SERVIÇOS
- RESULTADOS E RENTABILIDADE
no fato de tratar o mercado de consumidores finais por meio das ações comerciais
CAPÍTULO III
56
METODOLOGIA
objeto do estudo, sua natureza e abrangência temporal e espacial. Assim sendo, não
existe uma metodologia pré-estabelecida e sim critérios gerais que possuem o intuito
um número cada vez menor de empresas detêm fatias cada vez maiores de vendas.
no período de 1989/1990 14,6% das lojas eram responsáveis por 78,5% do volume
vendas. De um total de 282.435 lojas auditadas pela Nielsen em 1996, 1734 lojas ou
produtoras.
Diante deste quadro, os fabricantes destes mercados têm que buscar novas
A esta nova forma de gerenciamento das relações com o canal têm se dado o
nome de Trade Marketing, um conceito novo no Brasil e que está no processo inicial
53
LAKATOS, Eva e MARCONI, Marina A. Metodologia Científica. São Paulo: Atlas, p.41
58
pesquisa:
pesquisada.
54
CERVO, Amado e BERVIAN, Pedro A.. Metodologia Cientifica para Uso dos Estudantes
Universitários. São Paulo: McGraw-Hill, 1983. P. 53-59.
59
determinado problema.
se deseja verificar a freqüência com que algo ocorre ou com que está ligado a
alguma coisa
variáveis.
Com relação aos estudos exploratórios, muitos deles têm como objetivo
55
SELLTIZ, Jahoda; DEUTSCH, Morton & COOK, Stuart W. ,Métodos de pesquisa nas relações
sociais. São Paulo: Pedagógica Universitária – EPUSP, 1974 p.59-60
60
recomendado” 56 Este tipo de estudo pode ter outras funções, tais como:
- o esclarecimento de conceitos
seguintes funções:
- classificar conceitos
56
Idem, Ibdem p 61
57
MATTAR, Fauze N.. Pesquisa em Marketing. Vol. 1 São Paulo: Atlas, 1993, p.85
61
uma pequena parte deste todo, mesmo que não se saiba quanto ela é representativa
Ao definir o estudo de caso, YIN afirma que este método é uma das
maneiras entre tantas outras de se fazer pesquisa, e o define como : “um inquérito
mundo real, que não apresenta de forma clara as fronteiras entre o fenômeno e seu
estudo de caso.
58
Idem, Ibdem p 88
59
CASTRO, Claudio M. A prática da Pesquisa São Paulo: McGraw-Hill, 1977 p.89
60
YIN, Robert K, Case Study Research: Design and Methods Revised Edition California: McGraw Hill
1977 p.29
61
Idem, Ibdem p.32
62
estudo pode ser holístico, quando usa uma unidade de análise ou segmentado no
estudos de caso. Críticos deste método afirmam que muitas vezes o pesquisador
explicativos, onde o pesquisador tenta determinar se o fator “x” leva ao evento “y”,
ser generalizados. A validade externa tem sido uma grande barreira em se fazer
estudos de caso. Os críticos tipicamente dizem que casos únicos oferecem uma
generalizações analíticas.
63
62
Idem, Ibdem p 43
64
O método do estudo de caso dá uma falsa impressão de ser mais fácil que
ego e emoções de uma pessoa são muito maiores que aquelas de qualquer outra
habilidades que são requeridas tais como: a capacidade de fazer boas perguntas e
63
SOUZA, Franklin M>S> e LEITE, Ana P.R. – Estratégias de Marketing no Setor Supermercadista :
Um estudo exploratório, apud FELISONI DE ANGELO, Claudio e SILVEIRA, José A. G. Varejo
Competitivo São Paulo, Atlas 1997 p. 165
64
Idem, Ibdem p. 61
65
regras gerais que devem ser seguidos na utilização destes instrumentos. Ter um
Marketing.
b- procedimentos de campo
65
idem, ibdem
66
tema estão descritas no roteiro de entrevistas que está apresentado nos anexos.
O guia para reportar o estudo de caso serão os próprios tópicos que foram
um período de tempo relativamente curto; uma hora, por exemplo. Nesses casos, as
de caso.
A seleção se deu por três empresas, sendo duas empresas que são
conhecidas no mercado como tendo ações muito fortes de ponto de venda e ações
de Trade Marketing; a Quaker e a Sadia; e por uma empresa que têm ações fortes
de ponto de venda, mas que não aplica formalmente o conceito de Trade Marketing,
empresas pesquisadas.
interesse, que poderão ser objeto de outros estudos mais específicos sobre partes
do tema central.
66
AAKER, D.A. Marcas: Brand Equity gerenciando o valor da marca São Paulo: Negócios, 1988 p.64
68
CAPÍTULO IV
69
A) Dados da empresa
1- Desenvolvimento de Produtos
3- Promoção e Propaganda
4- Equipe de Vendas
5- Logística e Serviços
6- Resultados e Rentabilidade
coleta, que viabilizaria sua tradição de distribuidora de leite na cidade de São Paulo.
era a segunda entre as empresas de laticínios. A marca Leco é mantida até hoje,
Em 1986, faz uma joint venture com o grupo dinamarquês MD Foods, criando
tecnologia da MD.
óleos vegetais comestíveis (soja, milho, girassol), gorduras vegetais para a indústria
de alimentos e margarinas.
Paulo, iniciando estas atividades em 1925, mantendo ainda hoje a maior frota de
A empresa têm uma linha completa de derivados de leite, tendo produtos nas
linhas de leite pasteurizado, leite longa vida, manteiga, iogurtes e queijos que
LECO como uma segunda marca em alguns segmentos e a marca FLOR DA NATA
FRANCISCANO.
71
(auto serviço) que responde por 30% do faturamento, o “empreiteiro” que vende
pré-venda. Neste canal, até como reflexo do mercado, há uma forte concentração,
sendo que os 10 principais clientes representam 10% das vendas totais da empresa;
e o Carrefour e rede Pão de Açucar representam, cada um, 10% da venda do auto
serviço.
para esses clientes em função do alto volume de negócios que são gerados. Em São
Batavo e CCPL. Os cinco maiores fabricantes de Leite Longa Vida detém 45% do
mercado. Este produto está se aproximando muito de uma commodity onde o preço
Nestlé, Parmalat, Itambé e a Paulista que têm uma linha parecida à da Vigor.
sendo que em alguns segmentos, como o de queijos especiais, têm com a marca
concentração, que fará com que uma grande fatia de mercado fique acumulada em
WalMart.
e custosas, uma vez que sempre se busca uma conciliação nos pontos de conflito.
negociações.
73
de vendas que atuam junto aos grandes mercados, e supervisores e vendedores que
conceitos e formalizado a função do Trade Marketing, mas ainda não foi definido
Trade Marketing.
produtos por exemplo, que se destinam apenas para as padarias e outros apenas
empresa.
têm uma previsão de gastos em promoção e esses terão os recursos alocados por
Na prática o que têm ocorrido é uma concentração cada vez maior dos
gastos com o ponto de venda; em parte pela necessidade de estar bem representado
Não existe uma verba destinada a cada cliente, até porque este tipo de
despesa de propaganda.
exceção feita ao Carrefour que exige uma programação anual. Isto porém é realizado
mais por uma exigência deles, do que por uma ação intencional da empresa.
de venda.
os principais clientes.
76
estoques nas gôndolas, é feito um pedido de reposição que passa apenas pelo crivo
implantado com sucesso. Está se realizando um teste com o Pão de Açucar e talvez
exclusivas.
77
resultado global.
empresa.
empresa o mercado ainda não está preparado para este tipo de relacionamento. Os
produtos iniciais foram a farinha e farelo de trigo, banha, toucinho, lingüiça, salame,
congelados que começa a ser expandido a partir de 1972, em 1974 é lançado o Peru
margarina Qualy, ainda em 1991 lança a Pratice Line, linha de partes de frango
produtos de maior valor agregado lança a linha Todo Sabor de pratos prontos
lança a pizza congelada. Ainda em 1997 lança a linha Sete Mares Sadia à base de
segmento de alimentos.
Sadia vendeu quatro de seus ativos na área de soja, extinguindo, assim, o negócio
valor agregado.
com 31%, Frango com 14%, Peru com 100% e Suínos com 13%. No segmento de
linha; tendo desenvolvido para segmentos específicos marcas diferentes tais como
1998.
80
segmentos onde a Sadia está presente, sendo que grande parte são concorrentes
regionais.
Paulo.
concentração de poder, sendo que poucas redes têm dominado mais e mais volume
inclusive se agrave, uma vez que essas grandes redes estão comprando redes de
pelo poder ampliado que os clientes vão tendo na medida que têm agregado mais e
que têm uma estrutura composta por várias áreas relativas ao conceito:
clientes.
produtos. Existe uma integração entre o Trade Marketing que permite que as
clientes. Para cada grupo de clientes, região e tipologia de segmentos existe um mix
ideal de produtos.
negociados.
Embora este seja o objetivo, ainda não foi possível estabelecer uma metodologia que
produto.
que faz parte de um Marketing Plan (Plano) específico para o cliente. Este marketing
prestados ao cliente.
um resultado financeiro.
vendedores especiais.
relacionamento.
pode ou não passar pelo comprador. O que se percebe é que cada vez mais se
ainda está em sua fase inicial. Serão feitos alguns pilotos ainda este ano. Não há
mercado.
Por outro lado não é política da empresa fabricar produtos com a marca
para o consumidor e Vendas que é voltada para o Trade. A conciliação dessas duas
varejo tendem a ficar mais próximas e mais estáveis, tornando o Trade Marketing
venda.
esportistas.
Milharina.
introdução de mais dois novos produtos, lançou ainda três novos produtos na linha
massas.
seja:
leite.
variações de produtos.
marcas são conhecidas, Quaker, Toddy, Coqueiro, Gatorade e Adria, de tal forma
que não se coloca a assinatura institucional com o logotipo Quaker, nas marcas.
88
mercado, sendo que a Nestlé que detém a liderança possui 50% deste segmento.
- Massas Alimentícias 7%
dólares.
padarias, e os pontos de dose e canal frio e que respondem por 45% das vendas e
do Auto Serviço que é atendido pela equipe de vendedores e responde por 40% das
vendas.
ser definidos como pontos de entrega, uma vez que essa definição de clientes refere-
cliente, já o conjunto das lojas do Pão de Açucar que têm um endereço central de
que vem se acentuando ano a ano; os dois maiores clientes; o Carrefour e o Grupo
são atendidos exclusivamente pelo Key Account Manager (Gerente de Contas). Para
Santista e Otker, a Yoki e a Ferla para o segmento de Aveia; a Nestlé e a Arisco para
concentração, indicando que para o futuro existirão ainda menos redes responsáveis
por uma fatia cada vez maior de mercado. Na visão da empresa restarão cinco
brasileira.
90
Açucar têm praticado, é possível que os dois cheguem a representar em breve algo
complicadas, sendo necessário manter uma posição muito firme nas políticas
características peculiares.
organização.
em toda a organização.
informações que são coletadas dos clientes. Como a força de vendas está totalmente
negociação individual que acaba gerando preços diferenciados, mas não há uma
clientes.
na formação de preços.
comunicação de produto.
comercialização com os mesmos. Estes planos são trimestrais e são orientados por
(gerente de contas especiais) que é responsável por toda a operação com os clientes
dados (EDI). Esta operação foi iniciada há 6 anos com o grupo MAKRO e hoje já há
vendas e a presença dos produtos no ponto de venda, o que permite uma gestão de
empresa para sua implantação. A visão deve estar voltada para os consumidores e
relevância nacional.
encontram-se na faixa dos 500 milhões de reais ao ano, o que as coloca entre as 15
marca de 100 itens em diversos segmentos, sendo que a Sadia chega a ter 400
itens.
96
grandes redes. Houve uma unanimidade em afirmar que o mercado ficará polarizado
Açucar, têm uma fatia significativa das vendas e chegam a representar até 15% do
A Sadia é a que mais avançou, tendo uma estrutura formal para toda a
ampliar esta implantação para as demais e a Vigor não implantou ainda o conceito e
de varejistas.
particulares.
clara nas empresas que estão aplicando o Trade Marketing, mas não é realizada na
regional.
cliente.
eletrônica de dados). A empresa que não aplicou o Trade Marketing está iniciando o
prestados.
formais por cliente onde são estabelecidas as metas e as ações de vendas a serem
brasileiro ainda não está preparado para esse novo sistema de trabalho e atribui à
do conceito. Neste processo critica a posição dos clientes, que querem se beneficiar
relações com os clientes estão menos tensas e que já passam por um processo de
prazo.
CAPÍTULO V
103
CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
vendas.
venda.
relacionamento comercial com seus clientes, uma vez que não podem mais impor a
Trade Marketing.
104
Este conceito é algo novo nas empresas, que estão ainda no início ou
com os clientes.
está sendo aplicado, reconhecendo que o volume de vendas não representa mais o
sucesso do negócio.
ponto de venda que gere alto volume de negócios, atesta o reconhecimento de que o
fornecedora.
trabalho desses gestores de contas e pela reposição do ponto de venda que é feita
de maneira quase que automática pelos promotores, mas que deverá ser realizada
totalmente automática.
são mais efetivas e mais mensuráveis, embora não haja ainda um sistema de
fornecedora.
sejam tomadas com bases de informação muito mais específicas e que haja uma
Por estar ainda no início de sua implantação, não está sendo medida a
Trade Marketing. Acredita-se que o conceito seja muito benéfico para a indústria,
das relações comerciais entre fornecedores e clientes, que devem estar preparados
Marketing têm uma relação mais estável com seus principais clientes, o que aponta
estudo exploratório, não podendo afirmar que as conclusões acima descritas sejam
pelos fornecedores.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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-CULLITON, James W. The concept of the Marketing Mix, apud Buell, V.P. e
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111
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Negócio, 1997
-RIES, Al Posicionamento : a batalha pela sua mente 6ª ed. São Paulo : Pioneira,
1996
-SOUZA, Marcos G. e NEMER, Artur Marca & Distribuição São Paulo: Makron 1993
-TULL, D.S. e HAWKINS, D.I. Marketing Research: Measurement and Method 2ª ed.
Atlas, 1993
-YIN, Robert K. Case Study Research: Design and Methods Revised Edition
ANEXO I
116
QUESTIONÁRIO
DATA
NOME
FUNÇÃO
EMPRESA
2- QUALIFICAÇÃO DA EMPRESA
3- CARACTERÍSTICAS DO MERCADO
7- CONSIDERAÇÕES GERAIS
7-1 – Existe algum ponto sobre o Trade Marketing que o sr. julgue relevante e que
não foi abordado?
7-2 - Existe algum comentário adicional que o sr. queira fazer ?