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Síntese dos Conceitos em Administração

Visões tradicional e atual de elementos importantes do campo administrativo

Professor - João Antonio da Silva - http://www.unicap.br/jantonio/sintese.html

Sumário: I. Introdução II. Seqüência dos conceitos

Palavras chaves: Administração; conceitos; visão tradicional ; visão atual.

O artigo focaliza alguns dos principais elementos e fenômenos tratados no dia a


dia dos administradores e estudiosos da área gerencial, destacando as
conotações que esses componentes adquirem em cada momento da evolução da
teoria administrativa. O texto procura tratar esses conceitos de forma simples e
direta, dentro de uma visão didática de estímulo à discussão, sem pretender a
profundidade em cada caso.

I. Introdução

A teoria administrativa assinala, em sua evolução, três momentos importantes


desde que Taylor e Fayol estabeleceram seus princípios de administração no
início do século 20. Esses primeiros passos, com Taylor estudando o trabalho na
fábrica e Fayol desenvolvendo uma visão mais estrutural da empresa, resultaram
na conhecida Escola Clássica da Administração na qual, pode-se ainda incluir a
abordagem burocrática de Max Weber. Mais tarde, em um segundo momento, os
clássicos passam dividir as atenções com a Escola de Relações Humanas que
veio adicionar, à teoria existente, as variáveis humanistas necessárias para suprir
uma lacuna bem visível. No terceiro momento, após a transição que destaca o
movimento estruturalista, os impactos causados pelo advento da abordagem
sistêmica na Administração ampliaram substancialmente o alcance teórico e o
porte da disciplina gerencial. A partir daí, sob a influência da visão sistêmica,
definiu-se, pelo lado humanista, a corrente do desenvolvimento organizacional,
buscando harmonizar de forma mais efetiva as relações indivíduo-organização.

Pode-se dizer, que pelo lado clássico, a mesma influência sistêmica conduziu a
administração para a chamada abordagem contingencial. Esta vai se fortalecendo
a partir dos anos 70, impulsionada pela percepção de que a tecnologia será o fator
preponderante na transformação dos conceitos administrativos até então
estabelecidos. Essa visão consolida-se nos anos 80 e avança pela década
seguinte com a Administração sob impacto de um fluxo crescente de idéias e
teorias emergentes e quase sempre ruidosas, tendo como background uma
incontrolável influência da explosão tecnológica, notadamente, a tecnologia da
informação.

Os conceitos, aqui sintetizados (em rápidas pinceladas), refletem esses diversos


momentos da formação e evolução da teoria administrativa e são colocados como
pontos de partida para estimular a discussão e a reflexão. Componentes
substanciais das teorias de gestão, os conceitos condicionam a maneira de pensar
e agir dos dirigentes e administradores em geral e, muitas vezes, desenvolvem um
ciclo de vida indeterminado e resistente diante das mudanças. Vejamos, a seguir,
os significados e tendências na interpretação dos elementos e questões mais
presentes no universo dos administradores.

II. Seqüência dos conceitos

Organização

Em uma definição acadêmica e genérica, organização é uma criação social


estruturada para realizar objetivos preestabelecidos. Entre os clássicos sobressai
a idéia de que a organização é um instrumento de produção. Uma máquina com
um projeto definido. Pelo viés humanista, a organização é vista como uma
estrutura de relações interpessoais. A abrangência da abordagem sistêmica
concebe a organização como um sistema sociotécnico no qual destacam-se: o
subsistema social, que inclui as variáveis humanas, e o subsistema técnico, neste
pontificando os recursos tecnológicos. A par dessa abordagem, a teoria
administrativa reconhece que a maneira como as pessoas agem e se comportam
em relação às outras depende de suas personalidades, mas depende também do
sistema técnico do qual fazem parte (Litterer, 1980 p.38). A tendência recente
concebe uma visão contingencial da organização propondo uma estrutura flexível
e adaptável ao ambiente, para isso contando com a arma da tecnologia. Outras
concepções visualizam a organização como um encadeamento horizontal de
relações e processos ou, ainda, uma rede virtual de relações humanas amparada
nas tecnologias da informática e das telecomunicações.

Administração

A administração pode ser definida como uma função social que consegue que as
coisas sejam realizadas (Litterer,1980 p.4). Entre os clássicos destaca-se a idéia
de que a Administração constitui um recurso para a racionalização e condução do
processo produtivo. O conceito entre os humanistas refere-se à condução do
processo de cooperação e relações humanas no trabalho. Uma visão sistêmica
coloca a administração como uma técnica de conduzir o processo produtivo e as
relações sociais na organização, conforme solicitações do ambiente de tarefa
(mercado) e do ambiente geral (macro-ambiente). Na abordagem contingencial
vigora o conceito de adocracia: administração de situações e da incerteza. Neste
caso, todos os princípios gerenciais são válidos, tudo depende das circunstâncias.

Administrador

Define-se como toda e qualquer pessoa que pratica a Administração na posição


de comando ou chefia dentro da organização. O administrador é o responsável
pela condução do processo de trabalho na empresa, afirmam os clássicos,
enquanto os humanistas preferem colocá-lo como um condutor do processo de
cooperação e interações humanas no ambiente de trabalho.
A tendência atual, de eliminação ou abrandamento das estruturas hierárquicas,
coloca o administrador como um facilitador, interagindo nas relações decorrentes
do processo administrativo.

Concebe-o, também, como um intrapreneur, um empreendedor interno que se


antecipa aos impactos do processo de mudança. Neste caso, cai-lhe bem o
conceito de agente de transformações. Interessante observar que, a redução do
contingente de pessoas na organização, substituídas pelos computadores ou
outras formas de automação, acaba por estender a definição de administrador
para as pessoas que respondem pelos compartimentos de produção ou de
informações, compostos exclusivamente por máquinas.

Trabalho

O trabalho é a aplicação da energia humana, física e mental, no sentido de


realizar algo. É a atividade humana vinculada aos propósitos da empresa. A
conceituação de trabalho pode ser estabelecida a partir de uma gama de
perspectivas, quando se deseja explorar o tema de maneira mais profunda.

Num plano mais simples, para os clássicos, o trabalho constitui um esforço


desagradável ao qual se atende por obrigação e por necessidade de
sobrevivência. Os humanistas, ao contrário, enxergam o trabalho como uma
função natural do ser humano, fonte de satisfação e realização.

Torna-se evidente que as maneiras de gerenciar o processo de trabalho,


envolvendo pessoas, leva os gerentes a cultivarem uma atitude que reflete
diretamente os conceitos abraçados. A rigidez do estilo clássico de administrar,
por exemplo, decorre da forma como o trabalho é concebido nesta escola.

A tendência atual, decorrente da redução sistemática dos empregos causada pela


automação e pela tecnologia da informática, traduz o trabalho como uma
oportunidade que as empresas concedem às pessoas para demonstrarem suas
habilidades e conhecimentos em um determinado período. É uma situação que
caracteriza o chamado trabalho " just-in-time" (Rifkin,1995).

Homem

Em rápidas palavras, pode-se defini-lo como sendo um mamífero bípede dotado


de razão. A teoria clássica tradicional concebeu-o como "homem econômico"
enfatizando os interesses materiais que o cercam. Neste caso, os fatores que o
motivam correspondem sempre à medidas monetárias. Os humanistas tradicionais
preferem chamá-lo de homem social, um conceito firmado logo depois das
pesquisas de Hawthorne, quando Elton Mayo verificou que o ser humano é
tipicamente grupal e comporta-se de acordo com as normas do grupo a que
pertence. As teorias mais recentes, dos sistemas e contingencial, preferem
chamá-lo de homem funcional (sistemas), capaz de ajustar-se à papéis
diversificados, ou de homem complexo (contingência), em virtude de suas
múltiplas facetas de comportamento e capacidades (Chiavenato, 1976).

Treinamento

Nos limites da administração, constitui um recurso para desenvolvimento das


habilidades profissionais. Nos clássicos, o treinamento soa como um expediente
para aumentar a habilidade e perícia do trabalhador, tornando-o capaz de produzir
sempre mais. Nos humanistas o treinamento é visto como um recurso para
melhorar a adaptação das pessoas ao trabalho e induzir a autoconfiança através
da competência.

Em uma visão sistêmica ou sociotécnica, o treinamento constitui um investimento


das empresas nos seus recursos humanos para impulsionar o potencial produtivo
e favorecer a evolução profissional. Nos dias atuais, a grande disponibilidade de
recursos humanos, gerada pelo desemprego tecnológico, tem alimentado a
tendência nas empresas, de descartar investimentos em treinamento de pessoal
enquanto, ao mesmo tempo, aumentam-se as exigências de qualificação para o
emprego. A preparação de maior alcance, hoje mantida em um número reduzido
de organizações, está cedendo lugar ao simples adestramento para as operações
do dia a dia.

A palavra treinamento vem sendo substituída por "educação", no jargão


empresarial. A par disso, as escolas e universidades vêm procurando ajustar o
processo de formação profissional dos seus alunos às demandas e exigências do
mundo organizacional. Essa inclinação mais intensa das escolas para atender às
demandas do mundo dos negócios, contudo, não impede a percepção de que
entre treinamento e educação cabe uma distância considerável. No primeiro caso,
vigora o interesse imediato das organizações, que é restrito e pode ter um
significado relativo na formação pessoal. Por outro lado, a educação, no âmbito
das escolas e universidades, tem sentido mais amplo e abrangente. Além de
preparar as pessoas para o desempenho profissional, as escolas devem,
simultaneamente, qualificá-las para pensar e criar, indicando-lhes os caminhos da
cidadania e ampliando-lhes a capacidade de contribuir para o bem do país.

Especialização

Concentração das habilidades e experiência em uma atividade ou um segmento


do conhecimento. No conceito clássico traduz-se como a maximização da
habilidade para realização de uma tarefa. Para os humanistas a especialização
pode ser vista como um nível de competência que se alcança, compatível com um
desempenho profissional satisfatório, estimulando a auto-suficiência e o
sentimento de confiança.

Em certos segmentos do mercado de trabalho têm-se tornado correntes os


argumentos de que, na atualidade, os especialistas estão cedendo lugar aos
generalistas, capazes de moverem-se de um ponto para outro da organização,
conforme necessidades desta. De acordo com os headhunters das consultorias de
recursos humanos, essa tendência é compatível com a flexibilidade estrutural que
as empresas estão exercitando. Estas, cada vez mais enxutas pelos constantes
processos de downsizing e reengenharias, reduzem os espaços dos especialistas
ao mínimo necessário e concentram os interesses naqueles profissionais que
exibem a capacidade de atuação nos diversos segmentos básicos da empresa.
Esses profissionais são, naturalmente, cada vez mais favorecidos pelos avanços
da informática, jogando softwares no mercado, prontos para cada necessidade
empresarial.

A apologia dos MBAs, produzidos pelas universidades americanas e européias,


prestigiados e copiados no Brasil, tem ligação com essas idéias, percebendo-se,
no conteúdo desses cursos, o direcionamento para a formação daquele perfil
profissional.

Motivação

Define-se como o processo de influenciar pessoas para a ação. No pensamento


clássico, em virtude da tendência materialista vigente, a motivação consiste na
estimulação das pessoas para o trabalho enfatizando a noção de compromisso e
obrigação do trabalhador em um jogo de recompensas e sanções. As
necessidades materiais e a estabilidade no emprego representam fatores
explorados com freqüência nesse jogo.

A visão humanista enfoca a motivação como um processo que envolve uma


cadeia de necessidades e carências humanas que determinam o comportamento.
Essas necessidades começam no nível material, de sobrevivência, e se estendem
para um nível mais complexo no terreno psicológico e social. Torna-se necessário
observar que a tarefa de motivar os indivíduos para o trabalho,
independentemente da postura clássica ou humanista, constituiu sempre um
interesse comum dos administradores, como parte de uma atitude característica
do processo de liderança nas empresas. No panorama atual, os interesses estão
mudando e a atitude que se pretende introduzir caracteriza-se pela exigência de
"automotivação".

Muitas empresas estão preferindo que as pessoas sejam capazes de criar o


próprio entusiasmo. Essas pessoas têm um projeto bem definido, constroem suas
próprias esperanças e buscam na empresa um meio para atingir suas
expectativas (Somoggi, 1999) A lógica da automotivação guarda proximidade com
a tendência atual das empresas em minimizar os compromissos com o
treinamento. Enquanto isso, colocam-se como premissas da automotivação: ter
metas precisas e bem definidas; buscar sempre novos desafios, e transformar
dificuldades e crises em oportunidades.
Relações humanas

Entendem-se como sendo todas e quaisquer formas de contatos entre os seres


humanos. No terreno da administração, em tom formal, os clássicos concebem-
nas como sendo as relações entre as pessoas, decorrentes do processo de
trabalho. Para os humanistas relações humanas significam algo mais:
caracterizam-se pela disposição de manter contatos sempre baseados no
respeito, na consideração e valorização dos indivíduos. Onde quer que seja, essa
atitude prevê resultados otimistas nos contatos pessoais, tornando-os
gratificantes, eliminando barreiras e estabelecendo um clima de boa vontade nas
relações. Essa é uma visão sempre moderna e de validade indiscutível.

Eficiência/Eficácia

A eficiência está vinculada ao esforço necessário para fazer as coisas de maneira


correta. Quanto menor o esforço maior a eficiência. Por outro lado, Peter Drucker
nos diz que eficácia é fazer a coisa certa (Montana & Charnov, 1999).Assim,
podemos exemplificar dizendo que, freqüentar a igreja é eficiência, enquanto que
cumprir seus preceitos é a eficácia.

Economizar recursos é exemplo de eficiência. Empregar ou investir bem esses


recursos é eficácia. Os clássicos enfatizam o zelo para com os procedimentos e
métodos, embora os humanistas vejam, como eficientes, os cuidados para com a
liberdade e a criatividade no trabalho.

Quanto à eficácia, os clássicos a vêem como uma medida de aferição de


resultados, os quais devem ser otimizados. Para os humanistas, isso acontece
quando a medida acusa resultados satisfatórios para os empregados e para a
organização.

Expansão

Entende-se como: o crescimento da organização através do desdobramento da


estrutura, nos níveis interno e externo, estimulado pelo incremento da produção e
pela diversificação de produtos e atividades. Sob um viés clássico, pode dizer que
a expansão consiste em uma demonstração de força e poder da empresa na
conquista do mercado. Por outro lado, os humanistas preferem entender a
expansão da empresa como uma oportunidade para ampliar sua função social de
atender necessidades e gerar empregos. O conceito de expansão, na atualidade,
tem se transformado em virtude da necessidade de as empresas ajustarem-se às
exigências da globalização econômica, através da definição de um foco principal
no mercado e da agilização de suas estruturas que precisam ser enxutas. Em vez
de expansão física e diversificação, as empresas estão buscando a expansão de
resultados. Para isso, recorrem à estratégias variadas, como o downsizing e a
terceirização para evitar que funções não produtivas ocupem as energias que
devem ser aplicadas em seu objetivo focal, buscando uma maior competitividade
do mercado.
Hierarquia

De forma genérica, hierarquia é uma escala de poder na organização. É uma


graduação de autoridade necessária para conduzir o processo de trabalho
produtivo, como dizem os clássicos.

A hierarquia impulsiona a produtividade imprimindo uma dinâmica conduzida de


cima para baixo. Para os humanistas a hierarquia encerra uma definição de
responsabilidades e compromissos com o apoio e harmonização dos recursos
humanos no trabalho.

A tendência atual contempla uma diminuição de tamanho e intensidade da escala


hierárquica, em virtude da drástica redução de cargos e da burocracia. Enfatiza-
se, hoje, mais o trabalho de grupo, diluindo as responsabilidades e contribuindo
para uma maior horizontalização da estrutura.

Burocracia

Modelo impessoal e racional de gerir as organizações para garantir-lhes a


eficiência. Na concepção de Max Weber, a organização burocrática, maximizando
a racionalização, tornar-se-ia mais eficiente resistindo melhor ao personalismo e
subjetivismo dos administradores.

Para os humanistas, essa racionalidade taylorista da burocracia constitui um


empecilho para o exercício da iniciativa e criatividade no ambiente de trabalho. A
teoria da burocracia, nos dias de hoje, padece de um esquecimento e desprestígio
tal que, nem parece ter sido, no passado, uma estratégia bem intencionada de
gestão, concebida por Weber.

O conceito atual costuma lembrar uma montanha de papel, uma teia viciosa de
passos desnecessários para resolver um problema e, sobretudo, o grande
instrumento de incompetência dos governos, aplicado nos procedimentos para
atender suas obrigações diante do público.

Tecnologia

Por definição a tecnologia é um conjunto de conhecimentos empregado na


produção de bens e serviços pelas organizações. Para os clássicos, em sua visão
utilitarista, a tecnologia consiste em um instrumento de produção, inovação e
incremento dos negócios. As preocupações humanistas interpretam a tecnologia
como um recurso que deve ser aplicado para o bem estar social, evitando-se os
impactos negativos sobre as pessoas, direta ou indiretamente através dos efeitos
destrutivos sobre a natureza. A tecnologia tem um significado insuperável na
trajetória da humanidade, marcando todos os passos importantes que o homem
deu em sua evolução e desenvolvimento. A história da humanidade é a própria
história da tecnologia. Do arado aos tratores; da escrita aos fabulosos meios de
comunicação de hoje; do ábaco à microinformática e aos velozes meios de
transporte que já alcançam outros planetas. Tudo isso contam 10 mil anos de
tecnologia, cujos avanços demonstram que as coisas estão apenas começando.

Globalização

Difusão internacional da economia que vem se processando desde o


mercantilismo, a partir do século XV, promovendo as transações econômicas e a
distribuição de bens através dos continentes.

Coincide, essa fase, com os descobrimentos e a colonização do continente


americano, incluindo-se o Brasil. No sentido atual, consiste na interação e
integração dos mercados mundiais para a realização de todas as formas de
transações comerciais e econômicas.

Nesse cenário, tem lugar um processo competitivo, dominado por países inseridos
em blocos econômicos favorecidos por tecnologias avançadas e grande poder
financeiro. A tecnologia da informação, os bancos, os meios de transporte e as
telecomunicações representam armas decisivas na determinação da hegemonia
dos países componentes desses blocos econômicos, tais como o Nafta e a União
Européia.

Na América do Sul, o Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai vêm ensaiando, desde


1991, o chamado Mercosul, uma réplica sul-americana desses blocos montados
nos países ricos, que até o momento não conseguiu decolar, em virtude de
conflitos freqüentes e limitações econômicas dos próprios participantes.

Delegação

Entende-se como a transferência de poder, dos níveis mais altos da empresa para
os escalões inferiores. O administrador clássico serve-se desta alternativa para
aliviar a sobrecarga de trabalho ou para facilitar a solução de problemas
recorrentes em determinados pontos da organização.

Para os humanistas a delegação é um recurso necessário para o job enrichment.


Na tendência atual, a delegação transforma-se no empowerment, uma estratégia
valiosa nos novos tempos, quando a rapidez do processo decisório e a agilidade
das ações determinam o sucesso das empresas no mercado. O empowerment
consiste em algo como conceder poderes ao empregado para que este possa, no
seu posto de trabalho, decidir e agir para atender ao cliente naquilo que o
computador não pode fazer.

Centralização/Descentralização

A centralização faz parte da experiência clássica de administrar que, lastreada no


princípio da unidade de comando, tornou-se uma característica marcante da
estrutura linear. O conceito de centralização, na visão clássica, relaciona-se com
uma filosofia de uso do poder como força propulsora do processo de trabalho.

O avanço das teorias humanistas fez com que esse conceito fosse aos poucos
ganhando flexibilidade, aproximando-se mais da descentralização. Na própria
trilha da administração clássica, essa flexibilização aconteceu para dar espaço à
estratégia de administração por objetivos, dos neoclássicos Odiorne e Peter
Drucker.

Nessa estratégia, os rígidos sistemas de controles tradicionais são descartados


para liberar as unidades de produção, ou de negócios, em suas decisões, ficando
o controle final restrito às avaliações dos resultados alcançados.

A aplicação generalizada, pelas empresas, da tecnologia da informação


descaracterizou e reduziu as estruturas tradicionais. Com isso, as escalas
hierárquicas foram minimizadas e a concentração de poder perde espaço para dar
lugar ao trabalho de equipes, cujos esforços priorizem o exterior da empresa. A
descentralização torna-se uma estratégia mais presente diante dessas
circunstâncias, embora empobrecida dos requisitos do job enrichment, tão
desejados pelos humanistas tradicionais.

Na atualidade, a descentralização tem assumido formas drásticas. Em vez de


deslocar recursos, poderes e funções para diferentes pólos da organização, as
empresas passaram a descartar partes de sua estrutura através da terceirização.

Racionalização

No sentido tradicional taylorista, corresponde ao esforço para encontrar e


determinar a "melhor e única maneira" de fazer e resolver as coisas. A visão
humanista conceberia a racionalização como a busca de soluções para minimizar
as condições adversas de trabalho e adaptá-lo às pessoas, contribuindo para uma
situação de bem estar. O alcance atual do conceito de racionalização é ditado pela
tecnologia da informática. Nele, os indivíduos são substituídos pela máquina em
tudo que for possível, com insuperáveis vantagens de velocidade e custos. Nada
mais clássico e taylorista do que esse tecnicismo exacerbado dos novos tempos!

Contingência

Caracteriza uma situação inesperada, de incerteza. A teoria da contingência


recomenda que todos princípios de administração são válidos e devem ser
aplicados de acordo com as características da situação. A tradução disto é a
adocracia, um neologismo emergente para identificar a administração das
circunstâncias.
Neste caso, pressupõe-se que as empresas vivem a supremacia do transitório.
Extraindo suas características das demandas de um ambiente em constante
mutação, empresa não pode permanecer estanque no tempo.

Carece estar pronta para reagir aos desafios e as oportunidades que se


apresentam (Ferreira et al., 1999), dando o melhor dos cursos aos seus objetivos.
Na teoria contingencial considera-se a tecnologia como o mecanismo básico de
capacitação das empresas para superar os desafios e acompanhar as mudanças.

Considerações finais

Como vimos, em cada conceito abordado, os impactos da evolução e das


transformações sociais, econômicas e tecnológicas transparecem claramente,
colocando as idéias e formas de pensar em planos diferentes para situações
diferentes. Pode ser visto, também, que alguns conceitos são muito resistentes,
embora dotados de certa maleabilidade. O texto, correspondente a um glossário
mais elaborado, procura mostrar, sem perda de tempo, as mudanças de rumo e as
interpretações adquiridas por cada conceito em sua trajetória, tudo de forma bem
resumida.

Observe-se que o interesse predominante nessa trajetória é distinguir, sobretudo,


as conotações que os conceitos adquirem na visão de cada escola ou corrente da
administração. Finalmente, deve-se levar em conta que a discussão mais profunda
sobre cada um dos conceitos, em particular, demandaria um texto de
consideráveis dimensões, proposta descartada neste espaço, da mesma forma
como não cabia abordar todos os temas ou conceitos que cabem dentro de uma
discussão no âmbito da teoria administrativa.

Síntese dos Conceitos em Administração

Bibilografia (Material de consulta e leitura de apoio)

• CHIAVENATO,Idalberto (1976) Teoria Geral da Administração. São Paulo:Ed. Mcgraw-Hill


do Brasil
• FERREIRA, Ademir A; REIS, Ana Carla F; PEREIRA, Maria I., Gestão Empresarial. São
Paulo: Editora Pioneira, 1999.
• LITTERER, Joseph (1980) Introdução à Administração . São Paulo. Ed.LTC
• MONTANA, Patrick/ CHARNOV, Bruce (1999) Administração. São Paulo: Ed.Saraiva
• RIFKIN, Jeremy (1995) O fim dos empregos, in Gestão empresarial/ Ferreira, Reis e
Pereira (1999) Ed.Pioneira, opus cit.
• SOMOGGI, Laura (1999) "Motivação não vem de lugar nenhum" - artigo, em Você s/a,
Julho 1999.

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