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CORREA R.L, Região e organização espacial 7. ed. Sao Paulo : Atica, 2002.
Nesta obra o autor aborda pelo menos dois conceitos fundamentais na Geografia
que seriam o de região e de organização espacial, o primeiro conceito como sendo a
principal via de acesso para entendermos a noção fundamental de diferenciação de área,
ou seja, de que assim visualizamos a superfície terrestre constituída por áreas diferentes
entre sí, ainda dentro do conceito região o mesmo poderá ser dividido em outros sub
conceitos compostos por região natural e região geográfica. Em relação ao segundo
conceito entendemos a sua importância como sendo um pressuposto a materialidade
social e da própria geografia chegando a ser o estudo do seu objeto que é também a
sociedade e toda a reprodução desenvolvida por essa. O autor ainda salienta a respeito
das principais correntes do pensamento geográfico, centralizando sua analise na
geografia critica, sem deixar de abordar os paradigmas da geografia como determinismo
ambiental, o possibilismo, o método regional e a nova geografia.
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significado próprio e se insere dentro de uma das correntes de pensamento
geográfico...” (Pág. 22)
O autor comenta sobre a validade dos conceitos de região “Em segundo lugar,
queremos deixar claro que todos os conceitos de região podem ser utilizados pelo
geógrafos, Afinal todos eles são meios para se conhecer a realidade, quer num aspecto
espacial especifico, quer numa dimensão totalizante: no entanto, é necessário que
explicitemos o que estamos querendo e tenhamos um quadro territorial adequado aos
nossos propósitos...” (Pág. 23)
Seguindo essa linha de analise voltamos a repensar e aflorar uma velha discusão
que é a do problema da escala e da responsabilidade do geógrafo em adotar a escala
correta para cada analise desenvolvida a cerca de um determinado assunto.
O autor saliente ainda que o conceito de região deve ser repensada dentro da geografia
critica a partir do propósito em que aja uma sociedade organizada em determinado
espaço tendo a capacidade de opor a resistência a superioridade da sociedade e do
espaço interposto pelo capital monopolístico. “ O que segue é uma tentativa de inserir o
conceito de região dentro de um quadro teórico amplo, que permita dar conta da
diversidade da superfície da Terra sob ação humana ao longo do tempo. Este quadro
consiste na lei do desenvolvimento desigual e combinado proposto por Trotsky...” (Pág.
42)
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XV. “Sob a égide do capital, os mecanismos de diferenciação de áreas tornam-se mais
nítidos, quais sejam: A divisão territorial do trabalho, que define o que será produzido
aqui e ali; o desenvolvimento dos meios técnicos e científicos de produção; a ação do
estado e da ideologia que se espacializa desigualmente; articulação dos eficientes
meios de comunicação, entre as regiões criadas ou transformadas pelo e para o
capital...” (Pág. 45)
Correa discorre ainda em relação aos conceitos de região empregados pela classe
dominante desenvolvidos para fins de ação e controle, onde “as diferentes
conceituações de região estão presentes...” (Pág. 47)
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espacial, Correa aborda as relações ocorridas por essas organizações espaciais
especificas a globalidade, citando a metáfora sugerida por Ruy Moreira, apud Milton
Santos (1982) “Imagine um ginásio esportivo polivalente. A quadra está organizada
para ali realizarem-se jogos de vôlei, basquete e futebol de salão. Para cada esporte
(atividade), a quadra (Superfície da terra) tem um zoneamento especifico (regiões),
áreas limitadas por linhas onde há certas restrições ou penalidades. Para cada jogo, há
regras (leis, códigos morais) e um juiz (aparelho repressor). Cada jogador (agente
realizador de uma atividade) tem uma posição dentro da quadra (localização da
atividade) e há caminhos a serem percorridos pelo jogador e a bola (fluxos materiais
ou não). Em outras palavras, para cada esporte existe uma organização espacial
especifica...” (Pág. 59)
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desigual, à semelhança da grande corporação...” (Pág. 66) Acredito que assim o é
moldado em razão do próprio modelo capitalista atual beneficiando grandes corporações
em detrimento do povo, pois não adianta só gerar empregos, o Estado sobretudo deve
ser o agente modelador social, viabilizando o bem estar social.