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10 Nossa Folha

Geral De 24 de março de 2011

Feincos 2011 é lançada João Marcelo


e shows são divulgados jomazappel@hotmail.com
Fone: 9971-8815

DESRESPEITO
Sou gremista, quem me conhece sabe.
Mas não posso deixar de criticar o que acho errado.
Quem acompanha futebol tem ciência de que antes de todos os
jogos, o hino nacional é cantado de alguma forma, jogadores perfila-
dos, público em pé em respeito à pátria amada e para os mais entusi-
asmados uma emoção por ser filho deste castigado, mas lindo país.
Pois, no Rio Grande do Sul é diferente, após o hino nacional tem-
se a execução do hino Rio Grandense e aí, não há um só gaúcho no
estádio que não cante com o fervor dos guerreiros gaudérios que
lutaram pela revolução farroupilha.
Para nós catarinenses um exemplo, tenho certeza que 90% dos
cidadãos deste Estado maravilhoso não sabem a letra do nosso hino,
mas esse é um assunto de repente para uma outra coluna.
O que quero dizer, e quem não sabe pode se revoltar, é que a
torcida do grêmio (deve acontecer na do Inter também) vaia o hino
nacional.
Sim senhores e senhoras, o estádio solenemente vaia o hino des-
te país como se fossem da Argentina, é, porque povos com educa-
ção não vaiam os hinos de outro país, é que na Argentina eles real-
mente são mal educados, pelo menos eu acho.
Imagine um jogo na frança, estádio Parc des Princes, Zidane nas
tribunas ao lado da bela Carla Bruni e do questionado Sarkozi, final
de copa, França e Brasil.
Os ipirangas, a gigante natureza, os heróis retumbantes e o sol da
liberdade, todos ecoados na música de Francisco Manuel da Silva (a
letra é de Joaquim Osório Duque Estrada) seriam apreciados pelos
blues e reverenciados em sinal de respeito, não tenho dúvidas
disso.
Mas os brasileiros do Rio Grande não, estes não conseguem
respeitar um símbolo nacional nem mesmo do seu país.
Não me venham com a ladainha de que os gaúchos têm uma
cultura separatista (guerrearam por dez anos para se separar do
Brasil), que se sentem excluídos do resto do país, que não com-
binam com a cultura do samba, futebol e alegria.
Se assim fosse, o povo maranhense que marcou época em
uma guerra armada denominada balaiada também tinha esse di-
reito.
A Feincos deste ano apresenta algumas novidades, entre elas, o aumento no número de empresas parceiras no evento Para mim, é apenas a representação da soberba, um sopro de
prepotência incrustada em um povo que historicamente se acha
Tubarão - Organizadores da 8ª de vitrine e venda nossos produtos ta. Na sequência vem Michel Telo superior, um complexo de gringo castelhano da grande Buenos
Feincos (Feira da Indústria, Comér- e a nossa cidade”, ressaltou o pre- (26), RPM (27), Turma do Pagode e Aires que não me entra.
cio e Serviços), apresentaram o sidente do Cecontu (Centro de Con- DJ Malboro (28) e Tchê Garotos (29). Quando vou aos jogos me envergonho, não sou gaúcho e
evento oficialmente à imprensa e venções e Exposições de Tubarão) Participaram da coletiva o vice-rei- não ajo desta forma, mas sou gremista e ao ir à adorável Porto
parceiros. e Acit, Eduardo Silvério Nunes. tor da Unisul, Sebastião Salésio Her- Alegre sinto que esse movimento começa a tomar proporções
Para este ano, uma das novida- O evento acontece de 25 a 29 de dt, o secretário de Indústria e Co- preocupantes.
des estará na área de stands, que maio. Muitos parceiros já estão con- mércio de Tubarão, Estener Soratto, A Geral do Grêmio, uma torcida fabulosa e que copiou o que
aumentou 50%. Em 2010 foram 120 firmados, como a Unisul e o Gover- a representante do CDL (Câmara de os tais gringos tem de melhor, a garra para torcer até o último
espaços e neste ano serão 180 stan- no do Estado. Dirigentes Lojistas) de Tubarão, minuto, foi à precursora desta infeliz idéia, pelo menos no está-
ds distribuídos em uma área de 1,8 Shows - A organização também di- Marieli Della Justina, a representan- dio que eu frequento.
mil metros quadrados. “Tubarão vulgou a programação de shows. Na te do Sindilojas, Natália Massih e a Uma meia dúzia começou, outros foram atrás e hoje uma vaia
merece uma grande feira de negóci- abertura, dia 25, o Canta Viola Sul rea- Agetec, representada por Luciano de decibéis absurdos permeia o estádio olímpico em uma mani-
os que se transforme em uma gran- liza as apresentações em noite gratui- Marcelino. festação indescritível de má educação e ingratidão a um país
que deu tanto por aquela terra.
Mas aí o hino Rio Grandense começa. Alguns se abraçam,
fecham os olhos, cantam em absoluta efervescência, um espetá-
culo de amor ao seu estado que deveria se perpetuar pelo país,
mas a lembrança da vaia momentos antes já incomodou e o belo
exemplo se apequena diante da indecência cometida.
Sério, o que sinto deve ser....repulsa, nojo, algo do tipo.
Tinha vontade de entrar no estádio só depois dos hinos,
mas aí corro o risco de ficar de fora em grandes jogos.
O que temos condições de concluir é uma única certeza: o
povo que se auto denomina o mais politizado do Brasil, figura
no topo do ranking como o mais mal educado, pelo menos nos
seus estádios.
E para mim, um gremista que ama o seu clube, mas acima de tudo
ama também o seu país, sobra apenas à resignação de ter que ir
torcer e aturar uma atitude deplorável da torcida que idolatro.

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