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Disciplina: Bioclimatologia
Alunos:
Anderson Fernando Guarda
Gilvan Charles Cerqueira de Araújo
Jaime Lopes Batista
Ronaldo Gentil
Silas Nogueira de Melo
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A Importância do Balanço de Radiação para
os Seres Vivos
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ÍNDICE GERAL
1. Introdução.......................................................................................................................... 5
2. Resgate dos conceitos principais que norteiam o tema...................................................... 5
2.1 Radiação Solar ............................................................................................................ 5
2.2 Albedo ......................................................................................................................... 8
2.2.1 Fatores que influenciam o albedo da Terra........................................................... 8
2.3 Insolação Solar ............................................................................................................ 9
3. O Balanço de Radiação Solar ............................................................................................ 9
3.1 Introdução e Definições ............................................................................................... 9
3.2 Radiação Solar e Terrestre ........................................................................................ 10
3.3 Processos que Atenuam a Entrada de Radiação Solar na Superfície Terrestre......... 11
3.4 Instrumentos que Medem a Radiação Solar .............................................................. 12
4. O efeito estufa.................................................................................................................. 13
4.1 Balanço de energia .................................................................................................... 14
4.2 Conseqüências do aumento do efeito estufa ............................................................. 15
5. A Importância do Balanço de Radiação para os seres vivos ............................................ 16
5.1 Radiação Solar e Plantas........................................................................................... 16
5.1.1 Estratégias de Adaptação................................................................................... 17
5.1.2 Temperatura do ar e evapotranspiração............................................................. 19
5.2 Radiação Solar e Agricultura...................................................................................... 20
5.3 Radiação Solar e a Vida nos Mares ........................................................................... 26
5.4 A Radiação Solar e o Ser Humano ............................................................................ 27
5.5 Crime e Temperatura ................................................................................................. 28
6. Considerações Finais....................................................................................................... 30
7. Referências Bibliográficas................................................................................................ 31
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ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1. Tipos de Radiação por comprimento de onda (Espectro visível da Luz) ........ 7
Figura 2. Comprimento de ondas do Espectro Visível da Luz ....................................... 7
Figura 3. Balanço de radiação da Terra: onda curta e longa....................................... 11
Figura 4. Equipamentos utilizados para medir radiação e insolação ........................... 12
Figura 5. Demonstração do funcionamento do efeito estufa ....................................... 14
Figura 6. Demonstração do balanço de energia.......................................................... 15
Figura 7. Esquema de fotoperiodismo ........................................................................ 18
Figura 8. Marcha de ETp, calculada segundo Thomthwaite, da evaporação à sombra,
obtida em evaporímetro de Piche, da umidade relativa do ar e da precipitação
pluvial, para a localidade de Ribeirão Preto, SP. Valores mensais médios para o
período de 1950 a 1960. ..................................................................................... 20
Figura 9. Casa de vegetação ...................................................................................... 23
Figura 10. Radiação e reirradiação em superfícies vegetadas.................................... 24
Figura 11. Esquema simples de fotossíntese.............................................................. 26
Figura 12. Zonas do oceano ....................................................................................... 27
Figura 13. Comparação entre temperatura do ar e a ocorrência de Crimes Contra a
Pessoa na cidade de Belém-PA.......................................................................... 29
Figura 14. Comparação entre temperatura do ar e a ocorrência de Crimes Contra o
Patrimônio na cidade de Belém-PA..................................................................... 29
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O Balanço de Radiação e sua importância para os seres vivos
1. Introdução
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perde para o espaço é compensado pela radiação solar que é absorvida de nossa
estrela. O Sol está a 5770K (mais ou menos 5500°C). Sua superfície emite 68 milhões
de watts por cada metro quadrado. A Terra se encontra a 150 milhões de kilômetros
de distância, de forma que a radiação que chega a nossa órbita é apenas 1360
watts/m2 (S = constante solar).
6
Espectro Eletromagnético
Radiação solar
7
Tabela 1. Cores e comprimento de ondas do Espectro de Radiação
Cores λ (µm)
2.2 Albedo
8
6. Tipo de solo nos terrenos arados
7. Quantidade de água retida pelas partículas dos solos
A quantidade de energia solar que chega, por unidade de tempo e por unidade
de área, a uma superfície perpendicular aos raios solares, à distância média Terra-Sol,
se chama constante solar.
Para entendermos melhor o que vem a ser o balanço de radiação, achamos melhor
expor as definições segundo alguns autores ou órgãos de pesquisa. Essas definições,
propositalmente, estão em ordem cronológica, para notarmos qualquer modificação
em seu conceito com o passar dos anos.
9
Segundo o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), balanço de
radiação é a diferença entre a entrada e a saída de elementos de um sistema. As
componentes principais do sistema terrestre importantes para o balanço de radiação
são: superfície, atmosfera e nuvens. Esta breve explicação se traduz na singela
expressão: Entrada - Saída = Balanço.
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Figura 3. Balanço de radiação da Terra: onda curta e longa
11
No capítulo 4, no item que vai tratar do balanço de energia do Sistema Terra-
Atmosfera, será quantificado de maneira mais precisa esses processos que atenuam a
entrada de radiação solar na superfície terrestre.
12
4. O efeito estufa
13
Figura 5. Demonstração do funcionamento do efeito estufa
O Sol emite radiação de onda curta, sendo que essa emissão fornece a
energia para toda a vida natural e movimentos no nosso planeta. Quando atinge a
Terra a radiação solar é refletida, retrodifundida e absorvida por vários elementos,
sendo que 6% dessa radiação é retrodifundida para o espaço pelo ar, 20% é refletida
pelas nuvens e 4% pela superfície da Terra. Sendo assim constata-se que 30% da
radiação é refletida diretamente para o espaço. As nuvens absorvem 3% da radiação
solar restante, ao passo que o vapor de água, as poeiras, o O3 e outros componentes
no ar contam com mais 16% de absorção. Portanto apenas 51% da radiação solar
incidente atinge verdadeiramente a superfície terrestre.
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Figura 6. Demonstração do balanço de energia
Para que haja o equilíbrio energético, toda a radiação absorvida pela Terra
deve ser emitida novamente para o espaço. Porém, se houver um aumento do gás
carbônico, que vem sendo favorecido pela poluição oriunda das atividades antrópicas,
poderá ocorrer um aumento do efeito estufa e, portanto, sairá menos radiação do que
entra, causando um desequilíbrio no balanço de energia. Essa diferença causará o
aquecimento da baixa atmosfera, aumentando a temperatura média da Terra e
causando diversos desequilíbrios ambientais.
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• Crescimento e surgimento de desertos: o aumento da temperatura provoca
a morte de várias espécies animais e vegetais sensíveis a alterações ambientais,
desequilibrando vários ecossistemas. Somado ao desmatamento que vem ocorrendo,
principalmente em florestas de tropicais, a tendência é aumentar cada vez mais as
regiões desérticas do planeta Terra;
• Aumento de furacões, tufões e ciclones: o aumento da temperatura das
águas oceânicas faz com que ocorra maior evaporação, potencializando estes tipos de
catástrofes climáticas;
• Ondas de calor: regiões de temperaturas amenas têm sofrido com as ondas
de calor. No verão europeu, por exemplo, tem se verificado uma intensa onda de calor,
provocando até mesmo mortes de idosos e crianças.
Se aceita hoje que, entre as condições planetárias básicas para que possa
existir vida tal como a conhecemos, seja essencial a presença de água no estado
líquido, em quantidade suficiente e energia solar em quantidade adequada,
fornecendo luz e calor (Pitombo & Lisboa, 2001, apud Mendonça e Batista, 2008).
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Na superfície do planeta, a radiação solar condiciona a evaporação da água
em superfícies líquidas e do solo úmido e é necessária para o desenvolvimento
vegetal.(Henrique, 2006, apu Mendonça e Batista, 2008). Sendo também fator
condicionante das temperaturas do ar e do solo (Pereira et al., 2002, apud Mendonça
e Batista, 2008).
Pelo mesmo motivo, algas podem sobreviver com muito menos luz (ponto de
compensação mais baixo) do que plantas terrestres porque apresentam menor
proporção de tecidos não fotossintetizantes (Daubenmire 1974, apud Pillar, 1995).
Sementes de árvores são mais pesadas do que as de ervas, pois quando há menos
luz as plântulas (embrião vegetal já desenvolvido e ainda encerrado na semente) têm
que dispor de mais reservas (Tilman 1988, apud Pillar, 1995).
17
a apresentar células menores e isodiamétricas em plantas mais altas em vegetação
desértica (Lausi & Nimis 1986, apud Pillar, 1995), a densidade de estômatos
(estruturas celulares que têm a função de realizar trocas gasosas entre a planta e o
meio ambiente) é maior em heliófitas e xerófitas (Lausi et al. 1989, apud Pillar, 1995),
e folhas com estômatos em ambas a as faces da folha são mais freqüentes em plantas
que crescem em sítios ensolarados ou mais secos (Wood 1934, Lausi et al. 1989,
apud Pillar, 1995).
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Quanto maior a superfície contínua da folha, mais espessa é a camada limite
porque é mais difícil o fluxo livre do ar ao redor da folha. Portanto, folhas grandes têm
menor perda por convecção do que folhas pequenas ou folhas compostas, e tendem a
aquecer mais quando expostas a sol. Folhas pequenas ou folhas compostas trocam
calor mais rapidamente, e assim mantém-se em temperaturas mais baixas (Givnish
1979, apud Pillar, 1995).
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um elemento meteorológico padrão, fundamental, representando a chuva necessária
para atender às carências de água da vegetação.
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físicos e biológicos existentes no campo da agrometeorologia. A radiação solar,
principalmente no que diz respeito à agricultura é tratada no campo da
agrometeorologia, e esses estudos que tratam sobre a energia recebida do sol são
fundamentais em numerosos campos da ciência pura e aplicada, pois todo organismo,
planta ou animal na superfície da Terra está mergulhado neste ambiente de radiação,
respondendo de acordo. Também chamada de meteorologia agrícola, esse ramo da
ciência tem como principal objetivo melhorar a produção agrícola pela previsão mais
precisa e pelo controle do meio atmosférico. O desenvolvimento da meteorologia
agrícola depende da compreensão das respostas biológicas ao meio atmosférico, mais
do que simplesmente a compressão do meio atmosférico.
1a faixa: Radiação com comprimento de onda maior que 1,0 mícronmetro (µm)
21
2a faixa: Radiação entre 1,0 µm e 0,72 µm
• Esta é a região que exerce efeito sobre o crescimento das plantas. O trecho
mais próximo a 1,0 µm é importante para o fotoperiodismo, germinação de
sementes, controle de floração e coloração do fruto.
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Essa divisão por faixas do espectro é importante até mesmo para a adequação
ou ambientação das plantas em diferentes locais do planeta. Além disso, em casa de
vegetação onde a radiação solar precisa ser complementada por outra fonte de
energia, considerando que em alguns lugares o número de horas de brilho solar é
pequeno, lâmpadas incandescentes são usadas para a geração de radiação na faixa
do espectro correspondente ao vermelho e ao amarelo e, algumas vezes na faixa do
infravermelho (próximo) e pequenas quantidades na faixa do azul e do violeta. Por
exemplo, algumas espécies vegetais como girassol, repolho, alface, espinafre,
rabanete e outras são extremamente sensíveis a deficiência de radiação na faixa do
azul ao violeta, reagindo com forte elongação. Para tanto, lâmpadas de mercúrio com
bulbos de quartzo ou tubos luminosos cheios de vapor de mercúrio, devem ser
incluídos, por emitirem radiação com comprimentos de onda correspondentes do azul
ao violeta e ultravioleta.
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fotossíntese seja primariamente dependente da luz. O processo de fotossíntese
aumentará ou diminuirá, se a temperatura das plantas subir ou diminuir muito, e
atingirá um ótimo num nível intermediário de temperatura. A radiação é
quantitativamente o mais importante dos três processos para regulação de
temperatura e com relação a esta, existem duas formas que são as radiações solar e
termal. A radiação solar é absorvida pelas plantas de maneira diferente para cada
comprimento de onda do espectro. A radiação termal é a energia emitida por qualquer
objeto mais quente que o zero absoluto. Objetos com a temperatura entre 0 e 50 ºC,
por exemplo, irradiam somente em comprimentos de onda infravermelho.
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no ambiente emitindo constantemente energia. Ao fim de um dia a quantidade total de
energia termal irradiada do solo e da atmosfera pode ser igual ou exceder a radiação
solar. Se as plantas continuamente absorvessem energia, sem dissipar nenhuma, a
sua temperatura aumentaria constantemente até sofrer a morte pelo calor. Entretanto
mais da metade da energia que elas absorvem é dissipada pela reirradiação.
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série de processos físico-químicos e metabólicos culminando com a produção de
carboidratos. A fotossíntese pode ser dividida em três processos principais:
fotoquímico, onde a luz é o elemento principal, gerador do processo de transferência
de energia através de uma cadeia de transporte de elétrons, e bioquímico, onde
processos enzimáticos ativados (em alguns casos pela luz) vão unir o CO2 atmosférico
com a ribose 1,5 bisfosfato, gerando ao final açúcares mais complexos (glicose e
sacarose).
As radiações solares que chegam até o planeta produzem efeitos de luz e calor
sobre os mares. Esses efeitos variam com a profundidade: quanto mais profundas
forem as regiões do mar, menos luz e calor elas recebem. Por causa disso, surgem
regiões muito diferentes, que tornam possível a existência de uma grande variedade
de seres vivos. Podemos assim observar três regiões distintas: eufótica, disfótica e
afótica.
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Figura 12. Zonas do oceano
Zona afótica - Região totalmente escura, que vai além dos duzentos metros de
profundidade. Aí não é possível a existência de animais herbívoros.
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conseqüências do calor, sendo o aumento dos ritmos cardíacos, a elevação da
temperatura do corpo, a dilatação dos vasos e a transpiração, provocariam hesitação,
agressividade e explosões emocionais.
Um estudo feito por João de Athaydes Silva Júnior, Lídia Maria G. Farias e
Maria do Carmo Felipe de Oliveira, respectivamente Aluno de Graduação em
Meteorologia da UFPa; Professora do Departamento de Meteorologia da UFPa e
Aluna de Graduação em Direito da UFPa, para o XII Congresso Brasileiro de
Meteorologia, Foz de Iguaçu-PR, de 2002 tem entre outras a intenção de relacionar
variação anual da criminalidade com a variação anual da temperatura média do ar na
Grande Belém, usando dados da temperatura do ar média mensal, referentes ao
período de 1997 e 1998, da Estação Meteorológica nº 82193 do INMET/2ºDISME.
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Figura 13. Comparação entre temperatura do ar e a ocorrência de Crimes Contra
a Pessoa na cidade de Belém-PA
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questão: Temperatura baixa/criminalidade baixa, temperatura média/criminalidade
média e temperatura alta/criminalidade alta durante o decorrer do ano. Os quadros
apresentados acima indicam tão e somente que em picos elevados de temperatura há
um aumento no número de crimes.
6. Considerações Finais
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7. Referências Bibliográficas
http://www.criatividadecoletiva.net/cbm-files/11-
0d1174713f9f572c7fe6647ea0fa52ee.pdf
http://74.125.47.132/search?q=cache:dyyWHNQMP_UJ:www.ufrgs.br/agropfagrom
/disciplinas/502/radiacao2001.doc+radia%C3%A7%C3%A3o+solar+e+plantas&cd=
2&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0006-87052000000200002
http://www.portalbrasil.net/educacao_seresvivos_biosfera.htm
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http://www.lce.esalq.usp.br/sentelhas.html
http://www.guia.heu.nom.br/sol.htm
http://videoseducacionais.cptec.inpe.br/
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