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IMPLANTAÇÃO DO
SISTEMA SILVIPASTORIL
Fazenda
Cabeceira do Prata
Samuel Duleba
Biológo - CRBio - 34.623-03D
Introdução ................................................................................................................................................... 2
Objetivo ....................................................................................................................................................... 2
Metodologia ................................................................................................................................................ 3
Resultados ................................................................................................................................................... 8
Recomendações ........................................................................................................................................... 9
Referências bibliográficas ............................................................................................................................ 9
Introdução
Objetivo
Metodologia
Área de Implantação
Antes da implantação do SSP, a área estava sendo utilizada como área de pastagem, sendo a
cobertura do solo composta por capim Brachiaria com infestação de vassourinha. Foi realizada análise de
solo, e após a análise dos resultados, por recomendação do agronômo, foi adicionada em torno de 1
tonelada de calcário por hectare, e passado grade niveladora para incorporar o calcário no solo.
Após essa preparação do solo, foi plantada a leguminosa da espécie Crotalaria juncea, visando o
enriquecimento do solo com nutrientes, uma planta arbustiva considerada uma melhoradora e recuperadora
da capacidade produtiva dos solos, pois tem uma excelente capacidade de fixar nitrogênio, promovendo uma
elevada reciclagem dos nutrientes do solo (Foto 01). O plantio da leguminosa ocorreu no mês de junho de
2008, 5 meses antes do plantio das mudas de árvores na área. No entanto, é importante citar que ocorreu
um atraso no cronograma de plantio da Crotalaria, devido a problemas com o transporte das sementes.
Após o seu crescimento, foi verificado que a
Crotalaria não sombreou toda a área, conforme era
esperado, o que acabou favorecendo o retorno da
Brachiaria. Assim, verifica-se que a Crotalaria não
cumpriu o objetivo esperado, que era de troca de
pastagem, apesar de ter sido importante como técnica de
adubação verde. Como em seu retorno, o capim
Brachiaria veio muito bem formado, foi tomada a decisão
de não trocar o pasto.
Para o início da implantação do SSP a área foi
isolada completamente através de cercamento com
Foto 01 – Leguminosa Crotalaria juncea, utilizada
arame liso e farpado para que bovinos e caprinos não para fixar nitrogênio no solo antes do plantio das
tivessem acesso. mudas na área do SSP.
Utilizando uma trena de 30m, foi definido na face sul da área de plantio, utilizando o princípio de área
protegida, uma barreira de quebra-ventos convencional, onde a distância entre as mudas foi de 15m
dispostas em duas linhas (leste-oeste) intercaladas, resultando em uma muda a cada 7,5 m.
Para o arranjo das demais mudas na área, foi utilizado o plantio reticulado largamente espaçado, em
média 15m entre as mudas, uma vez que espaçamentos curtos (2,00m X 2,50m) promovem a competição
entre as árvores pelos fatores que influenciam o crescimento, tais como água, luz e nutrientes.
Foram plantadas um total de 486 mudas de 35 espécies nativas do cerrado em uma área de
14ha, o que nos dá uma média de 34,7 mudas/ha. Abaixo segue a relação e a quantidade de cada uma
das espécies plantadas (%).
Tabela 01 – Espécies e a quantidade de mudas utilizadas no SSP. Espécies com baixa representatividade no SSP,
como o Araticum (Annona coriacea) justifica-se pela já ocorrência natural da espécie na área do plantio.
65
representativas utilizadas no SSP da
60 Fazenda Cabeceira do Prata. As
55
mudas de Aroeira foram as mais
50
Qtde. de mudas
45
utilizadas, representando 15,6% (76
40 mudas) do total das espécies.
35
30
25
20
15
10
0
Ã
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A
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M
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Método de plantio das mudas
A tabela abaixo lista os materiais utilizados para a implantação do Sistema Silvipastoril na Fazenda
Cabeceira do Prata para uma área de aproximadamente 14ha.
Vale ressaltar que as mudas das árvores foram provenientes do Viveiro de mudas nativas da própria
fazenda.
Os custos com a mão de obra também não foram incluídos, uma vez que se pode partir do pressuposto
de tratar o SSP como a constituição da “floresta da família”, envolvendo todos os seus integrantes na sua
manutenção e proteção, produzindo, desta forma, um patrimônio que será utilizado, com muitos benefícios,
pela presente e futuras gerações de forma cíclica e contínua (AHRENS, 2000).
Resultados
Os resultados preliminares obtidos até o momento mostram tendências positivas para a viabilização do
uso do Sistema Silvipatoril na Fazenda Cabeceira do Prata. Constatou-se no primeiro levantamento,
realizado 15 (quinze) dias após o plantio das mudas no campo, que o percentual de sobrevivência das
mudas foi alto (90,6%), sendo o total de replantes (mudas que morreram) de 46 mudas (9,4%). Nesse
primeiro levantamento das mudas no campo não foi verificada a altura e diâmetro. Inspeções subseqüentes
mostraram que algumas mudas se adaptaram melhor as condições edáficas e hídricas que outras. Podemos
citar a Aroeira (Myracrodruon urundeuva), Amendoim-do-campo, Manduvi (Sterculia apétala), Caroba
(Jacarandá cuspidifolia), Para-tudo (Tabebuia caraíba) e Tarumã (Vitex polygama) as que melhor se
adaptaram as condições no campo, apresentando uma taxa de mortalidade muito baixa. Dentre as espécies
que apresentaram taxa de mortalidade elevada, podemos citar: Mandiocão (Didymopanax morototonii), Pequi
(Caryocar brasiliense) e Pororoca (Rapanea ferruginea), sendo necessário fazer o replantio dessas espécies
por várias vezes. A partir de Junho de 2009, monitoramentos mais criteriosos serão realizados para o
desenvolvimento do SSP, através da coleta de dados da altura e diâmetro das mudas.
Espera-se, como resultado final do projeto, desenvolver uma metodologia para implantação de Sistema
Silvipastoril eficiente, evitando a degradação ambiental e proporcionando um aumento na produtividade das
pastagens, ganho da colheita de produtos florestais bem como proporcionar maior estabilidade e proteção ao
solo. Aliado a isso, a área pode se tornar um sítio para desenvolvimento de pesquisas científicas, além de
incrementar as informações e conhecimentos práticos para os produtores e técnicos da área.
Recomendações
Foi observado que houve falha de planejamento na coleta de informações após o plantio. Assim,
recomenda-se para etapas futuras de implantação do SSP que seja definido melhor a metodologia
de monitoramento e de registros após o plantio.
Houve falha de seguimento das orientações por parte dos funcionários. Assim, recomenda-se um
mini-curso de capacitação, ou uma palestra de orientação, antes da próxima etapa do plantio. O que
também visa motivar a equipe.
Como uma metodologia experimental está sendo desenvolvida, é fundamental que sejam escritos
todos os passos realizados, pontos positivos, e os erros e falhas decorrentes, ou seja, precisa-se de
registros adequados para o acompanhamento dos trabalhos e a avaliação dos mesmos.
Considera-se essencial padronizar o monitoramento para que o mesmo possa dar uma resposta real
da implantação do sistema.
Referências bibliográficas