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História da pedagogia:
Nasceu entre os séculos XVIII e XIX associada a pesquisas de pessoas ligadas à escola -
uma instituição cada vez mais central na modernidade - e empenhadas em sua
organização.
Foco dessas pesquisas à sublinhar aspectos mais atuais da educação –instrução e idéias
mestras que nortearam o desenvolvimento histórico da escola.
Daí se conclui que essa história da Pedagogia surge ideologicamente orientada = valoriza
a continuidade dos princípios e dos ideais = ênfase nos ideais e na teoria, representada,
sobretudo pela filosofia.
Perfil: história persuasiva e teoricista = distante dos processos educativos reais, referentes
às diversas sociedades; distante das práticas de educação e de instrução, das contribuições
das ciências para o conhecimento dos processos formativos.
Existência de histórias da pedagogia com profunda influência filosófica à diversidade de
orientações filosóficas (positivismo, idealismo, espiritualismo) = várias histórias da
pedagogia que veiculavam entre os docentes um princípio ideal.
Uma perspectiva nova que fundamenta a transição: novos estudos preocupados em focar
aspectos mais concretos, praxistas, contingentes da pedagogia. Objetivo à Desvelar as
problemáticas da educação nas diversas sociedades, além da história das idéias
pedagógicas.
A transição:
Novas orientações historiografias são difundidas desde o segundo pós-guerra,
contemplando também o campo pedagógico.
A pedagogia:
à Perde a exclusiva conotação filosófica e torna-se um saber interdisciplinar, com a
colaboração de diversas ciências, especialmente as humanas;
à Assume o papel de formar o indivíduo socializado por meio de múltiplas vias
institucionais e técnicas.
O fazer história = construção de uma história total capaz de contemplar os diversos
aspectos da vida social e dos vários momentos históricos. No que isso resulta? à A
história das idéias perde toda exclusividade, tornando-se um momento da história da
cultura.
Transformação radical da metodologia histórica: acolhe uma multiplicidade de fontes,
organiza-se em setores especializados etc.
História da Educação:
A partir dos anos 1950: ruptura com o modelo teoricista, unitário e continuísta do
passado (história das idéias pedagógicas) e fortalecimento da pesquisa problemática,
pluralista, articulada e diferenciada.
A história da educação toma a noção de educação como conjunto de práticas sociais e
feixe de saberes.
Conseqüência da transição: redefinição do domínio histórico da educação e todo o arsenal
da sua pesquisa.
A transformação amadureceu acompanhando a mudança historiográfica.
Orientações:
· Marxismo:
à Foco na compreensão do papel da estrutura econômico-social sobre os eventos
históricos, propondo estudar as complexas mediações entre economia e política, política e
cultura, cultura e sociedade.
· Psicanálise:
à Aplicação da psico-história americana à pesquisa histórica.
à Psico-história = estudo crítico das mentalidades coletivas e individuais, legíveis
(fundamentação freudiana: atenta a conceitos como: inconsciente, repressão e conflito do
eu etc.). Atenção voltada sobre a família, na sua dimensão espiritual e no seu papel de
conexão nas diversas sociedades.
A historiografia contemporânea passa por três revoluções por conta do cruzamento entre
essas orientações: dos métodos, do tempo e dos documentos.
Há uma abertura dos arquivos para documentos marginais ou ignorados, novos ou mais
bem usados e uma interpretação como produtora de documentos novos no momento em
que se desenvolve o enriquecimento documental (ex: história oral).
As novas séries documentais dilatam nosso conhecimento dos eventos e das estruturas da
história, fazendo-nos ir às estruturas, às temporalidades profundas da história.
Do imaginário:
à Setor ainda pouco desenvolvido e que veio definir-se como uma fronteira da história
social, porém mais autônomo pela sofisticação de seu objeto e mais complexo pela
problemática de sues métodos, é o do imaginário.
à Trabalhado especialmente pelos medievalistas e de raríssima incidência no âmbito
educativo.
A história da educação hoje é plural, articulada em muitos níveis, mais “macro” ou mais
“micro”, que se relacionam e se entrecruzam para formar um saber magmático, mas rico
tanto de sugestões como de resultados para o conhecimento das sociedades na sua
história. E trata-se de um “paradigma” (um modelo) de pesquisa histórica que é preciso
compreender e explorar em toda a sua amplitude, variedade e complexidade.
A memória:
à Não é: o exercício de uma fuga do presente; a justificação genealógica daquilo que é; o
inventário mais ou menos sistemático dos monumentos de um passado encerrado e
definitivo a ser reativado pela nostalgia.
à É: imersão na fluidez do tempo e o traçado de seus múltiplos itinerários; recomposição
de um desenho que, retrospectivamente, atua sobre o hoje o projetando para o futuro, por
meio da indicação de um sentido, de uma ordem ou desordem, de uma execução possível
ou não.
à É categoria importante do fazer história, com seus condicionamentos e seus
esquecimentos, seus desvios e o peso da tradição, com seu trabalho não linear, sempre
incompleto, mas necessário.
à Aplicada ao passado histórico significa o reconhecimento/apropriação de todas as
formas de vida que povoam aquele passado; o reconhecimento das suas identidades, suas
condutas, suas contradições; a reapropriação de seu estilo, de sua funcionalidade interna,
de sua possibilidade de desenvolvimento.
à Permite repovoar aquele passado com muitas histórias entrelaçadas e em conflito e
restituir ao tempo histórico o seu pluralismo de imagem e a sua problematicidade.
à Possibilita o distanciamento do puro presente e de sua rigidez, para relê-lo sobre o
fundo do qual ele emerge, relativizando-o na autoridade que lhe vem do fato de ser
presente (evidente, necessário, logo verdadeiro).