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1.

Relação de Ordem

Dentre as maneiras de manipular conjuntos destacamos:

- Particionar o conjunto em subconjuntos de tal modo que os elementos em cada conjunto sejam parecidos sob
alguma propriedade. Por exemplo, relação de equivalência.

- Ordenar os elementos do conjunto de tal forma que, ao manipular cada um deles saibamos a posição que cada um
se coloca em relação ao outro.

Definição 1.1: Uma relação não vazia R sobre um conjunto A≠ será chamada relação de ordem sobre A se
satisfazer as seguintes propriedades:

a) R é reflexiva.

Para todo xA, xRx ou (x, x)R.

b) R é anti-simétrica.

Para todo x, yA se xRy e yRx então x=y.

c) R é transitiva.

Para todo x, y, zA se xRy e yRz então xRz.

Diremos que o conjunto A é parcialmente ordenado se sobre A está definida uma relação de ordem. Além disso, se
para quaisquer x, yA temos que xRy ou yRx dizemos que A é um conjunto totalmente ordenado, isto é, a relação R
é uma relação de ordem total sobre A.

Notação: Usualmente escreveremos ≤ no lugar de R, quando R for uma relação de ordem.

Exemplos:

(1) No conjunto dos números naturais ={0,1,2,3,...}, definimos a seguinte relação: m≤n se, e somente se, mn.

(Lembre que, 0=, 1={}, 2={, {}}={0,1}, 3={, {}, {, {}}}={0,1,2,3},... ).

Assim, ≤..é uma relação de ordem total em .

(2) A relação de inclusão entre conjuntos, isto é, AB se, e somente se, para todo xA então xB, é uma ordem
parcial. Note que a relação “” é uma relação sobre (X) sendo X o nosso conjunto universo.

De fato, para todo A(X), A  A. Logo, a relação é reflexiva. Agora, para todo A, B(X), se A  B e
B  A, então A=B. Assim, a relação é anti-simétrica. Para finalizar, dados A, B, C(X), se A  B e
B  C, então A  C. Portanto, a relação é transitiva.

Definição 1.2: Uma relação binária R em A é dita assimétrica se xRy implica que yRx não é válido. Assim, xRy e
yRx não podem ambas serem verdadeiras.

Definição 1.3: Uma relação não vazia R sobre um conjunto A≠ será chamada relação de ordem estrita sobre A
se satisfazer as propriedades assimétrica e transitiva.
1
Representação Gráfica

Quando um conjunto possui um número finito de elementos, a relação de ordem possui uma representação
gráfica denominada Diagrama de Hasse ou Diagrama de Linha. Este tipo de representação torna evidente o
comportamento dos elementos do conjunto dado pela relação. Pois bem, considere uma relação de ordem sobre
um conjunto A, então o Diagrama de Hasse é construído da seguinte maneira:
- Cada elemento do conjunto A é representado por um ponto.
- Se um elemento x estiver relacionado com um elemento y representamos isto por um segmento de reta unindo
ambos.
- A propriedade reflexiva é omitida na representação.
- A propriedade transitiva fica subentendida na representação, ou seja, se xRy e yRz temos xRz, mas o segmento
indicativo de xRz não é colocado.
- A representação será orientada de baixo para cima, ou seja, se xRy então o elemento x será colocado numa
posição abaixo do elemento y.

Exemplos:
(1) Seja A={a, b, c, d} e IA (relação identidade em A).
   
a b c d

(2) Seja A={a, b, c} e (A) com a relação “”.

(3) R={ (a, a), (b, b), (c, c), (a, b), (b, c), (a, c) }.

(4) Sejam as estruturas <, ≤ >e <Z, ≤ >.

Existe uma diferença significativa entre os Diagramas de Hasse para uma relação de ordem parcial e uma
relação de ordem total. Na ordem parcial os pontos se espalham horizontalmente formando uma cadeia de
segmentos, unindo certos pontos segundo a relação estabelecida. A ordem total tem como diagrama pontos
sobre uma linha vertical.

2. FUNÇÃO

Uma função representa um tipo especial de relação, uma relação onde cada objeto „a‟ do domínio da relação
está relacionado a um e somente um objeto da imagem, isto é, o valor da função para „a‟.

2
Definição 2.1: Uma relação binária f é chamada de função (ou aplicação, correspondencia), se aFb e aFc implica
que b=c para quaisquer a,b,cDom(F).

Assim, uma relação binária F é uma função se, e somente se, para qualquer aDom(F) existe exatamente um b
tal que aFb. Este „b‟ é chamado de valor de F para „a‟ e é denotado por F(a) ou Fa. É claro que F(a) não está
definido se aDom(F). Se F é uma função com Dom(F)=A e Im(F)B, denotamos usualmente isto por: F:AB,
<F(a):aA>, <Fa: aA> ou <Fa>aA . A imagem da função F é denotada por {F(a) : aA} ou {Fa} aA .

Lema 2.1: Sejam F e G funções. F=G se, e somente se, Dom(F)=Dom(G) e F(x)=G(x) para todo xDom(F).

Demonstração:
() Sejam F e G funções tais que F=G. Logo, Dom(F)=Dom(G). Agora, para qualquer xDom(F) segue que (x,
F(x))F. Logo, (x, F(x))G (pois F=G). Agora, como G é uma função temos F(x)=G(x).
() Sejam F e G funções e (x, F(x))F. Por hipótese, Dom(F)=Dom(G), isto é, xDom(G). Como F(x)=G(x)
segue que (x, F(x))G. Analogamente, se (x, G(x))G então (x, G(x))F. Assim, F=G. 

Teorema 2.1: Sejam f e g funções. Então gf é uma função: gf está definida para x se, e somente se, f está
definida para x e g está definida para f(x), isto é, Dom(gf)=Dom(f)f 1(Dom(g)). Além disso, (gf)(x)=g(f(x)) para
todo xDom(gf).

Exemplos:
(1) Seja f=< x2  1 : x >, g=< 𝑥 : x  0 >.
Pois bem, Dom(f)=  e Dom(g)= +. Agora,
Dom(gf) = Dom(f)  f 1(Dom(g)) =   {xDom(f) : f(x)Dom(g)} =   {xDom(f) : f(x)  }=
+

=   {x  : x21  0 } =   { x  : x1 } =   { x  : x  1 ou x  1 } = { x  : x1 ou x1 }.


Assim,
gf = { (x,z) : „ x  1 ou x1 ‟ e para algum y, x21 = y e 𝑦 = 𝑧 }=
= { (x,z) : „ x1 ou x  1 ‟ e 𝑧 = 𝑥 2 − 1 } = < 𝑥 2 − 1 : x1 ou x1 >.
Note que se f é uma função, a relação inversa f 1 pode ou não ser função.

1
(2) f=<(1,2) (2,2), (3,2), (4,2)> é função, f =<(2,1) (2,2), (2,3), (2,4)> não é função.

Definição 2.2: Dizemos que uma função f é inversível se f 1 é uma função.

Definição 2.3: Uma função f é chamada injetora se a, bDom(f) e ab implicar f(a)f(b). Em outras palavras, se
a, bDom(f) e f(a)=f(b), então a=b.

1
Teorema 2.2: Uma função f é inversível se, e somente se, f é injetora. Se f é inversível, então f é também
inversível e (f 1) 1 = f.

Demonstração:
() Seja f uma função inversível, isto é, f 1 é função. Pois bem, sejam a, bDom(f) tal que f(a)=f(b), isto é, (a,
f(a)), (b, f(b))f. Logo, (f(a), a), (f(b), b)f 1. Como f 1 é função segue que a=b.
() Sejam aDom(f1) tal que (a, b)f 1 e (a, c)f 1. Logo, (b,a), (c, a)f e como f é injetora b=c. portanto, f 1
é função.

Vimos anteriormente que para relações binárias (f 1) 1 = f. Agora, f inversível significa que f 1
é função, mas
a relação inversa de f 1 , pela igualdade anterior, é função. Portanto f 1 é inversível. 

Para finalizar destacamos algumas propriedades para funções.

3
Propriedades:
(a) f(AB) = f(A)  f(B).
(b) f(AB)  f(A)  f(B).
(c) f 1(AB) = f 1(A)  f 1 (B).
(d) f 1(AB) =f 1(A)  f 1(B).
(e) f 1(AB)=f 1(A)  f 1(B).

3. Princípio de Indução

Dada uma proposição P(n), n, em que condições P(n) é verdadeira? A partir de observações induz-se uma lei
geral P(n), n, em que condições esta indução é correta?
Vejamos se o exemplo a seguir nos ajuda a entender as questões acima.

Exemplo:
Para todo número natural n, considere

𝑛 (𝑛 +1)
P(n): 1 + 2 + 3 +...+ n =
2
.

Pois bem, se fizermos n=1, 2, 3, 4, 5 podemos verificar que P(n) é verdadeira. De fato,
1(1+1) 2(2+1) 3(3+1) 4(4+1) 5(5+1)
P(1): 1= ; P(2): 1+2= ; P(3): 1+2+3= ; P(4): 1+2+3+4= ; P(5): 1+2+3+4+5= .
2 2 2 2 2
Tente fazer, P(1000000000000) !
É claro que a idéia é utilizar o raciocínio dedutivo para verificar se P(n) é verdadeira para todo n. Vejamos a
seguinte ilustração.
Dizer que P(1) é verdadeiro é como se empurrássemos a primeira pedra do dominó. Em seguida, o fato de que
P(k) verdadeiro implica em P(k+1) verdadeiro, significa que os dominós estão dispostos de tal forma que se
derrubássemos uma pedra então derrubaríamos a próxima pedra. Portanto, todas as pedras do dominó serão
derrubadas. É claro que a matemática não é um jogo de pedras. Lembramos que em matemática os resultados
precisam passar por um raciocínio dedutivo.

Primeiro Princípio de Indução Finita (PPI)


Seja P(n) uma proposição aberta envolvendo um número natural n e suponha que
(a) P(0) é verdadeira;
(b) Para todo k, P(k) implica P(k+1).
Então, P(n) é verdadeiro para todo número natural n.
Parece estranho o nome Princípio de Indução Finita pois, o princípio é baseado no método dedutivo. Mas a
similaridade com o „raciocínio indutivo‟ serviu como inspiração para este nome.
Nem sempre temos uma propriedade verdadeira para todo número natural n, mas a partir de ou até um certo
n0. Para verificar isto, utilizamos uma outras versões do Princípio de indução.

Segundo Princípio de Indução Finita (SPI)


Seja P(n) uma proposição aberta envolvendo um número natural n e suponha que
(a) P( n0 ) é verdadeira para algum n 0  ;
(b) Para todo k ≥ n0, P(k) implica P( k+1 ).
Então, P(n) é verdadeiro para todo número natural n  n0.

Terceiro Princípio de Indução Finita (TPI)


Seja P(n) uma proposição aberta envolvendo um número natural n e suponha que
(a) P(0) é verdadeira;
(b) Para todo n<k, k, P(n) implica P(n+1).
4
Então, P(n) é verdadeiro para todo número natural n ≤ k.

Para demonstrarmos os princípios de indução citados anteriormente necessitamos dos conceitos de conjunto
indutivo e/ou Princípio da Boa Ordem que não fazem, por ora, parte de nosso estudo.

Exemplos:
2 2 2 2 (2𝑛 +1)(𝑛 +1)𝑛
1. Mostre que 0 + 1 + 2 +...+n = .(Lista de exercícios).
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4. Recursão

Um objeto é dito recursivo se pode ser definido em termos de si próprio. Toda recursão é composta por:
1. Um caso base, uma instancia do problema que pode ser solucionada facilmente. Por exemplo, é trivial fazer
a soma de uma lista com um único elemento.
2. Uma ou mais chamadas recursivas, onde o objeto define-se em termos de si próprio tentando convergir para
o caso base. A soma de uma lista de n elementos pode ser difinida a partir da lista da soma de n  1
elementos.

Sequências, definições, operações, definidos por Recorrência (Recursão)


Uma sequência S é uma lista de objetos que são numerados em uma determinada ordem. Existe um primeiro
objeto, um segundo e assim por diante. S(k) denota o k-ésimo objeto da sequência. Uma sequência é definida
por recorrência nomeando-se o primeiro valor (ou alguns primeiros) na sequência e depois definindo os demais
valores subsequentes em termos dos valores anteriores.

Exemplos:
1. A seqüência S é definida por recorrência por:
(a) S(1) = 2
(b) S(n) = 2S(n 1) para n  2.
Por (a), S(1) = 2. De (b), o segundo objeto em S é S(2) = 2S(1) = 2(2)=4. Novamente, por (b) S(3) = 2 S(2) =
= 2(4) = 8. Continuando desse modo, vemos que a sequência S é: 2, 4, 8, 16, 32, 64, ... .
Uma regra como (b) , que define um valor de uma sequência em termos de um ou mais valores anteriores é uma
relação de recorrência.

2. Escreva os cinco primeiros valores da sequência T. A seqüência T é definida por:


(a) T(1) = 1
(b) T(n) = T(n 1) + 3 para n  2
Solução:
T(1) = 1; T(2) = T(21) + 3 = T(1) + 3 = 1 + 3 = 4; T(3) =T(2) + 3 = 4 + 3 = 7;
T(4) = T(3) + 3 = 7 + 3 = 10; T(5) = T(4) + 3 = 10 + 3 = 13.
Assim, os cinco primeiros valores da sequencia T são: 1, 4, 7, 10, 13.

3. Prove diretamente que, na sequência de Fibonacci, a fórmula F( n + 4 ) = 3 F( n + 2 )  F(n), para todo n  1,


é verdadeira.
Solução:
A relação de recorrência da sequência de Fibonacci pode ser escrita como: F(n+2)=F(n)+F(n+1) (exercício 24) e
daí, temos que F(n+1) = F(n+2) – F(n) . Novamente pelo exercício 24 segue que, F(n+4)=F(n+2)+F(n+3) e
F(n+3)=F(n+2)+F(n+1) . Pois bem,
F( n+4 ) = F( n+2 ) + F( n+3 ) =
= F( n+2 ) + F( n+2 ) + F ( n+ 1) =
= F( n+2 ) + F( n+2 ) + F( n+2 )  F(n) = 3 F( n+2 )  F(n).

4. Prove diretamente que, na sequência de Fibonacci, a fórmula F( n+1 ) + F( n  2 ) = 2 F(n), para todo n  3, é
verdadeira.
Solução:
Da relação de Recorrência (exercício 24) temos que:
F( n+1 )=F(n  1) + F(n) e F(n) = F(n  1) + F( n  2 ).
Logo,
F(n+1) + F(n  2) = F(n  1) + F(n) + F(n  2) = F(n  1) + F(n2) + F(n) = F(n) + F(n) = 2 F(n).
5
Portanto, F( n+1 ) + F( n  2 ) = 2 F(n).

Relações de recorrência são usadas em programas computacionais, estudos de decaimento químico,


crescimento populacional, etc. Seria bom encontrar sempre soluções fechadas! Uma técnica para resolver
relações de recorrência é uma abordagem do tipo “expandir, conjecturar e verificar”. Essa técnica usa
repetidamente a relação de recorrência para expandir a expressão a partir do n-ésimo termo até obtermos uma
idéia da forma geral. Depois de obtida a forma geral, a conjectura é provada por indução matemática. Vejamos
como fazer isto através de um exemplo.

Exemplo:
Seja S a seqüência definida por recorrência :
S(1) = 2 (*)
S(n) = 2 S( n 1 ) para n  2, (**)
Pois bem, a relação S(n) = 2S(n  1) estabelece que um elemento S pode ser substituído por duas vezes o
elemento anterior. Seguindo essa receita, expandimos para n, n  1, n  2, assim por diante. Logo,
S(n) = 2 S( n 1 ) = 2 [ 2 S(n 2) ] = 2 2 S(n2) = 2 2 [ 2S( n  3) ] = 2 S( n3 )
3

Olhando o padrão que está se formando, conjecturamos que, após k expansões, a equação tem a forma:
S(n) = 2 k S( n  k ).

Assim, a forma geral da expansão é dada por : S(n) = 2 k S( n  k ).


A expansão dos elementos de S em função dos elementos anteriores, pára quando n  k = 1 (significa que
estamos com o último e o penúltimo elemento). Se n  k = 1 então, k = n  1 e nesse ponto temos:
S[ n  (n  1) ] = 2
(n1) (n1) (n1) n
S(n) = 2 S(1) = 2 (2) = 2 que é a solução em forma fechada
A solução encontrada é apenas a conjectura, que precisa ser confirmada, ou seja devemos provar que:
S(n) = 2 n para n  1.
Provaremos usando a indução matemática.

Exercício: Provar que S(n) = 2 n para n  1.


Solução.
1. S(1) = 2 1 = 1, isto é, S(1) é verdadeiro
2. Se S(n) = 2 n (hipótese de indução) então S( n +1 ) = 2 n+1.
De fato,

hipótese de
indução
S( n +1 ) = 2 S( n ) = 2 2 n = 2 n+1 .
(**)
exemplo anterior

Portanto, pelo SPI segue que S( n ) é verdadeiro para todo n  1.

Dizemos que S(n) = 2 n é a solução fechada para a relação de recorrência (**) sujeita a condição básica (*).
Assim, é possível calcular diretamente S(n) sem ter que calcular explicitamente ou por recorrência.

Definições recursivas de conjuntos também têm duas partes:


Passo básico: uma coleção inicial de elementos é especificada.
Passo recursivo: regras para formar novos elementos a partir daqueles que já se sabe que estão no conjunto

Exemplo: Considere o subconjunto S dos inteiros definido por:


Passo básico: 3 ∈ S
Passo indutivo: se x ∈ S e y ∈ S, então x + y ∈ S
Quais são os elementos que estão em S?
Solução:
(a) 3 ∈ S (passo básico)
(b) 3 + 3 = 6  S (primeira aplicação do passo indutivo)
(c) 3 + 6 = 6 + 3 = 9 e 6 + 6 = 12 (segunda aplicação do passo indutivo)
(d) etc
Note que S é o conjunto de todos os múltiplos positivos de 3.

Definições recursivas são muito importantes no estudo de strings. String sobre um alfabeto  é uma sequência
finita de símbolos de  . O conjunto  , de strings sobre o alfabeto  pode ser definido por:
*

6
Passo básico:  ∈  (contém a string vazia)
*

Passo recursivo: se w ∈  * e x ∈  , então wx ∈  * .

O passo recursivo estabelece que novas strings são produzidas pela adição de um símbolo de  ao final das
strings já em  * . A cada aplicação do passo recursivo, são geradas strings contendo um símbolo a mais.

Exemplo: Se  = {0, 1}, então  * é o conjunto de todas as strings de bits. As strings que estão em  * são:
(a)
(b) 0 e 1 (primeira aplicação do passo recursivo)
(c) 00, 01, 10, 11 (após 2a aplicação do passo recursivo)
etc...

Um outro importante exemplo do uso de definições recursivas é na definição de “fórmulas bem formadas” (FBFs)
de vários tipos.

Exemplo: A linguagem proposicional, indicada por L, associada ao conjunto S (conjunto de fórmulas atômicas)
pode ser descrita da seguinte forma:
Alfabeto: {V , F}, conjunto de variáveis proposicionais ( são os elementos de S), conjunto de operadores ou
conectivos proposicionais { ¬, ∧ , ∨ , →, ↔ }, símbolos linguisticos{ ( , ),}.
Definimos as FBFs de L como:
Passo básico: V, F, e p (uma variável proposicional, isto é, um elemento de S), são fórmulas bem formadas.
Passo recursivo: se E e G já são fórmulas bem formadas, então ( ¬E ), ( E ∧ G ), ( E ∨ G ), ( E → G ),
e ( E ↔ G ) são também fórmulas bem formadas.
Assim, pelo passo básico, sabemos que V, F, p e q são fórmulas bem formadas. Por uma aplicação inicial do
passo recursivo temos: (p ∨ q), (p → F), (F → q) e (q ∧ F) são fórmulas bem formadas.
Uma segunda aplicação do passo recursivo mostra que são FBFs: ((p ∨ q) → (q ∧ F)) , (q ∨ (p ∨ q)),
((p → F) → V).
Note que não são fórmulas bem formadas: p¬ ∧ q, pq∧ e ¬ ∧ pq.

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Lista de Exercícicos (Relação de ordem, Indução Matemática, Recursão)

Relação de ordem
1. Seja A={1, 2, 3, 4, .5, 6} e a relação R sobre A tal que xRy se, e somente se, x divide y. Trace o
diagrama de Hasse desta relação.
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
–1
2. Suponhamos que sobre A está definida uma relação de ordem R. Mostre que R é também uma
–1
relação de ordem sobre A. Além disso, R é ordem total se, e somente se, R também é ordem
total.
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
3. Considere a relação R e x dada por
(x,y)R(z,w) see “y=w e x≤z” ou y<w.
Mostre que R é uma relação de ordem.
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
4. Quais das relações abaixo são relações de ordem parcial ou total sobre o conjunto A dado:
a) A={a, b, c, d} e R={(a,a), (a,b), (a,d), (b,a), (b,b), (b,d), (c,c)}.
b) A={a, b, c, d} e R={(a,a), (a,b), (a,d), (b,b), (b,d), (c,c)}.
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
5. . Prove que, se a relação R é simétrica, então R=R 1.
Lembre que R1={z : z=(x,y)para algum x e y tal que (y,x)R}.
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
6. Sejam os conjuntos A={a, b, c} e B={ g, h}.
(a) Construa uma relação R sobre A que é reflexiva, não anti-simétrica e não transitiva.
(b) Construa uma relação S sobre B que é reflexiva, simétrica e não anti-simétrica.
(c) Construa uma relação Q sobre AB que é reflexiva, simétrica e não transitiva tal que QRS.
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
7. Dada a relação T sobre B={5, 6, 7, 8} com T={(5, 5), (5,6), (5,7), (6,5), (6,6), (6,7)}.
(a) T é reflexiva? (b) T é simétrica? (c) T é anti-simétrica?
(d) T é assimétrica? (e) T é transitiva? (f) T é total?
Justifique suas respostas.
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
8. Consideremos a ordem habitual “≤” sobre o conjunto dos números naturais  e seja E=x. Se
(a,b) e (c,d) são dois elementos quaisquer de E, definimos a seguinte relação R sobre E:
(a,b) R (c,d) see a≤c e d ≤ d.
Mostre que R é uma relação de ordem sobre E, mas não é total.

8
Indução Matemática
(2𝑛 +1)(𝑛 +1)𝑛
9. Mostre que 0 2 + 1 2 + 2 2 +...+ n 2 = .
6

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

10. .Prove por indução que para todo n,

𝑞 𝑛 +1 − 1
1 + q + q 2 + ... + q n = q ≠ 1.
𝑞 −1

---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

11. Prove por indução que para todo n, (1+x) n  1 + nx sendo x e x > 1.

---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

12. . Mostre por indução que para todo n, n  1


1 1 1 1 𝑛
+ + +⋯+ =
1𝑥2 2𝑥3 3𝑥4 𝑛 𝑛+1 𝑛+1
-------------------------------------------------------------------------------------------------------- ----------------------------
13. Prove as igualdades a seguir por indução.
𝑛 (3𝑛 −1)
(a) 1+4 +7+ ... + (3n2) = ;
2

𝑛 2 (𝑛 +1)2
(b) 13 + 23 + ... + n3 =
4
.
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
14. Demonstrar, pelo princípio da indução matemática, que são verdadeiras as seguintes propriedades
no conjunto dos números naturais.

a) 1 + n < 2n,  n > 0


1 1 1 1
b) 1  2  ...  n  2  n , n  0
2 2 2 2
n n  1
2 2
c) 13  23  33  ...  n 3  , n  1
4
 1  1  1   1  1
d) 1  1  1  ...1   , n  1
 2  3  4   n  1  n  1
 1  1  1  1  n 1
e) 1  1  1  ...1  2   , n  2
 4  9  16   n  2n
 n(n  1) 
2

f) 1  8  ...  n  
3
, n  1
 2 
g) 2 + 4 + 6 + ... + 2n = n (n + 1), n1

h) 2 + 6 + 10 + ... + (4n – 2) = 2n2 , n1

i) 1 + 5 + 9 + ... + (4n  3) = n(2n  1)  n  1

j) 4 + 10 + 16 + ... + (6n  2) = n(3n + 1)  n  1

9
k) n2 + n é par n1

l) 2 n ≤ 2 n+1  2 n-1  1, n1

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15. Pode-se usar indução para provar que um algoritmo recursivo está correto, ou seja, ele
produz a saída desejada para todas as entradas possíveis. Prove que está correto o algoritmo para
computar an :
function power(a, n)
if n = 0 then
p←1
else
p ← a  power(a, n  1)
return (p)

Recursão
16. Suponha que Silva casou-se e teve dois filhos. Vamos chamar estes filhos de geração1. Suponha
agora que cada um destes filhos tenha dois filhos; então, a geração 2 contém quatro descendentes.
Isso continua de geração em geração. Escreva a relação de recorrência para n-ésima geração.
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17. Um certo banco está cobrando 5% de juros ao mês. Tadeu tomou emprestado R$ 1000,00 e deve
pagar prestações mensais fixas de R$100,00. A primeira prestação será paga ao final do primeiro mês
de empréstimo. Encontre a relação de recorrência para a dívida de Tadeu ao final do n-ésimo mês.
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18. Considere uma seqüência que começa no número 3 e cada um dos termos seguintes é obtido pela
multiplicação por 2 do termo anterior, ou seja, 3; 6; 12; 24; 48; ... Defina esta seqüência
recursivamente. Calcule o 10o termo.
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19. A função n! pode ser definida recursivamente. Qual é a relação de recorrência para esta função?
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20. Seja
A(1) = 5
A(n) = A(n  1) + 2; para n > 1 :
Calcule A(10) usando a relação de recorrência acima.
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21. Seja
P(1) = 1
P(n) = n2 + P(n  1) + (n  1); para n > 1 :
Calcule os cinco primeiros termos da relação de recorrência acima.
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22. Seja
B(1) = 1; B(2) = 2; B(3) = 3
B(n) = B(n  1) + 2B(n  2) + 3B(n  3); para n > 3 :
Calcule os cinco primeiros termos da relação de recorrência acima.
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23. Considere a seguinte seqüência definida por recorrência:
a 0=1 e, para n > 0, seja
a n = 2 a n-1 + 1. Os primeiros termos da seqüência a 1, a 2, a 3, ... são 1, 3, 7, 15, ...
a) Quais são os próximos três termos?

10
b) Prove que an  2 n1  1 .
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24. Considere a seguinte seqüência definida por recorrência:
a 0 = 3 e, para n > 0, seja
a n = a n-1 + n.
a) Quais são os cinco primeiros termos da seqüência?
n2  n  6
b) Prove que a n 
2
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25. A famosa sequência de Fibonacci é uma sequência de números definida por recorrência, sendo
que:
(a) F(1) = 1
(b) F(2) = 1
(c) F(n) = F( n  2 ) + F( n  1 ), para n > 2.
Nesse caso, são dados os dois primeiros valores e a relação de recorrência define o n-ésimo valor em
termos dos dois valores precedentes. Na sua forma mais geral, a relação de recorrência é a soma de
F em seus dois valores anteriores.
Escreva os oito primeiros valores da sequência de Fibonacci.
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26. Prove diretamente que, na sequência de Fibonacci, a fórmula F(n+3) = 2F(n+1) + F(n), para todo
n  1, é verdadeira.
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27. Encontre uma solução em forma fechada para a relação de recorrência, sujeita à condição básica,
para a sequência T:
1. T(1) = 1
2. T(n) = T(n  1) + 3 para n  2.
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28. Forneça uma definição recursiva de l(w) (o comprimento de uma string w).

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