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líquido o valor numérico da grandeza que está sendo medida, o valor é mostrado
diretamente por isso não é preciso fazer multiplicações como acontece ao utilizar
multímetros analógicos.
Um multímetro digital pode ser utilizado para diversos tipos de medidas, os três tipos de
medidas mais comuns são:
- Medir tensão elétrica (medida do nível de tensão elétrica medida em volts, cujos
símbolos podem ser ACV se a tensão for alternada, DCV se a tensão for contínua).
Além destas medidas, um multímetro digital pode ter escalas para outras medidas
específicas como: temperatura, freqüência, semicondutores (que é a escala indicada pelo
símbolo de um diodo), capacitância, ganho de transistores, continuidade, e outros tipos
de medidas.
Nos multímetros digitais o valor da escala já indica o máximo valor a ser medido por
ela, independente da grandeza, uma indicação de valores encontrados na prática para
estas escalas pode ser vista a seguir:
Escalas de tensão contínua: 200mV, 2V, 20V, 1000V ou 200m, 2, 20, 1000.
Escalas de resistência: 200, 2000, 20K, 200K, 2M ou 200, 2K, 20K, 200K, 20000K.
Escalas de corrente contínua: 200u, 2000u, 20m, 200m, 2A, 20A ou 200u, 2m, 20m,
200m, 2, 10.
A seleção entre as escalas geralmente é feita através de uma chave rotativa, mas
também existem multímetros em que a seleção da grandeza a ser medida deve ser feita
através de chaves de pressão, também existem multímetros que não tem nenhuma
chave, neste caso será um multímetro digital de auto-range, ou seja, ele mesmo
seleciona a grandeza e a escala que esta sendo medida automaticamente.
Também podem ser encontrados multímetros que tem apenas uma escala para tensão,
uma escala para corrente e uma escala para resistência, este tipo de multímetro também
é auto-range, nele não é preciso procurar uma escala específica para se medir um
determinado valor de uma grandeza, apenas selecionar a seção da grandeza que será
feita a medida.
Veja a seguir algumas grandezas com seus respectivos nomes nas escalas dos
multímetros:
Tensão contínua = VCC, DCV, VDC (ou apenas um V (em maiúsculo) com duas linhas
sobre ele, uma linha tracejada e a outra linha continua).
Tensão alternada = VCA, ACV, VAC (ou um V (em maiúsculo) com um ~ (til) sobre
ele).
Corrente contínua = DCA, ADC (ou um A (em maiúsculo) com duas linhas sobre ele,
uma linha tracejada e uma linha continua).
Corrente alternada = ACA (ou um A (em maiúsculo) com um ~ (til) sobre ele).
Para medirmos uma tensão é necessário que conectemos as pontas de prova em paralelo
com o ponto a ser medido, se a intenção for a de medir o nível de tensão aplicada sobre
uma lâmpada devemos colocar uma ponta de prova de cada um dos terminais da
lâmpada, este é um exemplo de uma medição em paralelo.
Se a intenção é medir a intensidade de corrente que circula por uma lâmpada devemos
desligar um lado da lâmpada, encostar-se a este ponto uma ponta de prova e a outra
ponta de prova deve ser encostado no fio que soltamos da lâmpada, este é um
procedimento de uma ligação em série.
É interessante deixar claro, que a grande maioria dos multímetros digitais só medem
corrente contínua, por isso não devem ser utilizados para se medir intensidade de
corrente alternada fornecida pela rede elétrica.
Para executar a medida de resistência deve-se desligar todos os pontos da peça a ser
medida e encostarmos uma ponta de prova em cada terminal da peça, se for o caso de
medir a resistência de uma lâmpada incandescente encostamos uma ponta de prova na
rosca e outra na parte inferior e metálica do conector da lâmpada.
Todos os tipos de medidas devem ser feitas com critério e em nenhuma hipótese devem
ser encostadas as mãos ou qualquer parte do corpo em nenhuma ponta de prova ou parte
metálica durante a medida, caso isto venha a acontecer, o risco de levar um choque é
grande além de eletricamente ter uma leitura errada, o interessante para quem não tem
prática é treinar bastante manipulando as pontas antes de começar a medir qualquer
coisa que encontre.
É importante observar e estar atendo para o fato de que a grande maioria dos
multímetros digitais tem 3 ou 4 bornes para a ligação das pontas de prova.
O borne comum, normalmente é indicado por COM, e é onde deve estar sempre ligada
a ponta de prova preta.
O borne indicado por V/Ohms/mA é onde deve estar conectada a ponta de prova
vermelha para a medição de tensão (contínua ou alternada), resistência e corrente na
ordem de miliamperes.
Borne indicado por A é onde deve estar a ponta de prova vermelha para a medição de
corrente continua ou alternada, lembre-se que a grande maioria dos multímetros digitais
não mede corrente alternada, é altamente recomendável que seja verificada a existência
de uma escala no instrumento antes de fazer a medição da intensidade de corrente
alternada.
Para descarregar capacitores coloque os seus dois terminais em curto usando uma chave
de fenda, e se o capacitor tiver mais de um terminal positivo, os terminais deverão ser
colocados em curto com o terra um a um.
Caso uma leitura precise ser monitorada durante um longo tempo este problema poderá
fazer com que você acredite que uma tensão, ou corrente, está variando, quando ela está
fixa e na verdade é a bateria do multímetro que está fraca.
Associação de Pilhas
Objetivo
Neste experimento mostramos como é possível fazer associações ou
arranjos de pilhas (geradores de energia) em circuitos elétricos e suas
aplicações.
Contexto
Pilhas são um dos vários tipos de geradores que podem fazer parte de
circuitos elétricos. Por exemplo, uma associação de pilhas que resulte
numa diferença de potencial (ddp) de 12 Volts, tem o mesmo efeito que
uma bateria de 12 Volts neste mesmo circuito, embora não tenha a
mesma durabilidade.
Por causa desta equivalência usamos neste experimento pilhas de 1,5 V
ao invés de outro tipo de gerador. Logo, ao ler pilha neste experimento,
entenda que ela pode ser substituída por outro gerador equivalente, até
mesmo uma usina.
O comportamento e os resultados destes geradores num circuito elétrico
muda de acordo com o tipo de associação. Os dois tipos de associações
básicas são: a associação de pilhas em paralelo e a associação de pilhas
em série (veja as figuras abaixo).
É uma idéia comum que uma bateria de tensão constante, como uma
pilha, libera para qualquer tipo de circuito a mesma corrente elétrica.
Ou seja, a idéia é de que uma bateria libera uma corrente constante, o
que não é verdade. Na realidade uma bateria libera para o circuito uma
corrente apropriada, que depende da necessidade de cada circuito.
Quando a combinação é feita em paralelo temos que a tensão ou ddp
entre os terminais dos geradores é igual à tensão de cada pilha. Mas a
corrente elétrica que percorre o circuito é dividida entre os geradores,
de forma que a corrente elétrica total é a soma das correntes que são
liberadas por cada gerador. Já na associação em série, temos que a
corrente entre os terminais dos geradores é igual à corrente de cada
pilha. Mas a tensão sobre o circuito é a soma das tensões em cada
gerador. Então não se engane: a corrente elétrica fornecida por cada
pilha é diferente nos dois casos.
Idéia do Experimento
Numa associação em série, duas pilhas são conectadas de forma que o
polo positivo de uma se ligue ao polo negativo da outra e os polos da
extremidade estão livres para se conectarem ao circuito, como mostra a
parte "Associação em série" da figura abaixo.
Nesta associação, a ddp é a soma do potencial individual de cada pilha
ou seja, 3.0 V e a corrente total "it" fornecida ao circuito tem valor
igual às correntes que saem de cada pilha, nesta associação.
Numa associação em paralelo, duas pilhas são conectadas de forma que
o polo positivo de uma se ligue ao polo positivo da outra e o mesmo
acontece com os polos negativos. E destes polos saem as pontas que se
ligarão ao restante do circuito, como mostra a parte "Associação em
paralelo" da figura abaixo.
Nesta associação, a ddp resultante da associação é igual em valor da
ddp individual de cada pilha. A corrente elétrica total "it" fornecida ao
circuito é dividida entre as pilhas de forma que somando-se a corrente
que cada pilha fornece ao circuito se tem a corrente total consumida
pelo circuito.
Logo, estas associações possuem características distintas. Numa temos
uma soma de potenciais e na outra um potencial constante. Ou seja, se
num circuito for necessário um potencial alto, associa-se pilhas em
série e se num circuito for necessário um longo período de
funcionamento, associa-se pilhas em paralelo.
Tabela do Material
Item Observações
Um pedaço de fio condutor Fio elétrico para conexão.
Pilha Serão necessário 2 pilhas comuns, de 1,5 Vcada.
Uma lâmpada de lanterna De 3 V.
Montagem
• Montagem em Série:
o Una duas pihas de 1.5 V, prendendo-as sobre uma mesa com fita
adesiva de tal modo que o polo negativo de uma esteja em
contato com o positivo da outra, como mostra a Figura A.
o Corte dois pedaços de fios elétricos e desencape cerca de dois
centímetros de cada extremidade.
o Prenda com fita adesiva um fio elétrico em cada um dos polos
das extremidades da associação.
o Ligue a extremidade livre de cada fio elétrico nos contatos da
lâmpada.
• Montagem em Paralelo:
o Una duas pihas de 1.5 V, prendendo-as sobre uma mesa com fita
adesiva de tal modo que suas laterais estejam juntas e seus polos
estejam voltados para o mesmo lado, como mostra a Figura B.
o Corte dois pedaços de fios elétricos e desencape cerca de dois
centímetros de uma extremidade e 4 centímetros da outra.
o Prenda com fita adesiva a extremidade mais desemcapada de um
dos fios elétricos nos polos positivos da associação. Prenda de
modo que a parte desemcapada encoste nos dois polos positivos
da associação simultaneamente. Repita o mesmo para os polos
negativos da associação.
o Ligue a extremidade livre de cada fio elétrico nos contatos da
lâmpada.
Tabela do Material
Item Observações
Aproximadamente 10 cm de fio elétrico comum. Pode ser
Um pedaço de encontrado em casa de materiais elétricos ou eletrônicos ou então
fio condutor retirados de enrolamentos elétricos velhos. Ou retirados de
aparelhos elétricos ou eletrônicos fora de uso.
Pilha 1 pilha comum de 1,5 volts será suficiente.
Verifique o funcionamento da bússola antes de usá-la ou faça uma
Bússola
(veja a seção de comentários).
Porta Pilhas e Estes equipamento são opcionais. O funcionamento do experimento
Fios de Conexão não será prejudicado, na falta destes.
(jacaré)
Montagem
Comentários
Motor Elétrico
Objetivo
Neste experimento vamos construir um sistema simplificado de motor
de corrente contínua.Trata-se de uma aplicação de grande importância
de eletricidade e magnetismo.
Contexto
O motor elétrico funciona com base na repulsão entre imãs, um natural
e outro não-natural, neste nosso exemplo.
Idéia do Experimento
O imã não-natural neste experimento é uma bobina.
O conveniente de se usar imãs não naturais num motor elétrico é a
possibilidade de se manipular (inverter) os polos magnéticos.
O funcionamento deste motor elétrico pode ser explicado em alguns
passos (acompanhe pela figura abaixo):
1) Num primeiro momento, os fios raspados estão em contato com as
tiras e a corrente elétrica cria um campo magnético na bobina. Esta
bobina por ter liberdade de rotação entra em movimento, para se livrar
da repulsão do imã comum, que está fixo à sua frente.
2) Em um quarto de volta, a bobina está parcialmente em contato com
as tiras e o campo magnético começa a perder sua força. Não deixando
assim que a atração do polo sul da bobina pelo polo norte do imã
comum seja forte o suficiente para frear o movimento.
3) Quando a bobina completa meia volta, começaria o processo inverso.
Ou seja, deveria existir um campo atrativo entre a bobina e o imã. Mas
isso só aconteceria se os contatos estivessem ligados. Este contato não é
estabelecido, pois, esta atração frearia ou cessaria o movimento
adquirido no primeiro momento.
4) Completando-se mais um quarto de volta, o contato com as tiras
começa a se reestabelecer e o campo magnético a ganhar força. Neste
momento a bobina começa a ser repelida pelo imã comum. Dado o
movimento que a bobina já possui, este ganha nova aceleração.
5) Volta-se à posição inicial e o ciclo recomeça.
Assim o processo continua periodicamente, enquanto existir corrente
elétrica passando pela bobina.
Tabela do Material
Item Observações
Aproximadamente um metro de fio (nº26). Pode ser encontrado
Um pedaço de fio
em casa de materiais elétricos ou eletrônicos ou então retirados
de cobre esmaltado
de enrolamentos elétricos velhos.
Neste experimento foi utilizado presilhas de lata das pastas de
Tiras de lata
cartolina que são vendidas em papelarias.
Acrescentar pilhas, ligadas em série, conforme a necessidade da
Pilhas
montagem.
Quanto mais intenso for o campo magnético melhor. Pode ser
Imã retirado de alto falantes velhos ou encontrado em lojas de ferro
velho.
Pedaço de madeira Servirá como base para a montagem.
Montagem
Comentários
Associações de Resistores
Objetivo
Este experimento se presta a dois tipos de abordagem:
Para os alunos que nunca viram como funciona uma associação de
resistores, o objetivo é tão somente ilustrar o papel dos resistores num
circuito elétrico e também a forma como estes resistores podem ser
arranjados dentro do circuito. Pois estes se comportam de maneira
diferente quando se muda o tipo de arranjo. Os dois tipos de arranjo
possíveis, com dois resistores, serão ilustrados e comparados neste
experimento: são o arranjo ou associação de resistores em paralelo e em
série.
Já para aqueles alunos, que já estudaram ou estão estudando
eletricidade, nosso interesse é reverter uma concepção bastante comum,
porém incorreta que os alunos tem. É comum entre os alunos a idéia de
que uma bateria de tensão constante, como uma pilha comum, libera
para qualquer tipo de circuito a mesma corrente. Ou seja, grande parte
dos alunos acham que uma bateria libera uma corrente constante, o que
não é verdade. Na realidade uma bateria libera para o circuito uma
corrente apropriada, que depende da necessidade de cada circuito.
Contexto
Os resistores de um circuito podem ser combinados em paralelo ou em
série.
Quando a combinação é feita em paralelo temos que a tensão (ou
diferença de potencial elétrico) entre os terminais das resistências será a
mesma, mas a corrente elétrica que percorre o circuito é dividida entre
as resistências, de forma que a corrente elétrica total é a soma das
correntes que passam pelos resistores.
Já na associação em série, temos que a corrente entre os terminais das
resistências será a mesma, mas a tensão sobre o circuito é dividida entre
as resistências, de forma que a tensão total é a soma das tensões em
cada resistor.
Porém não se engane: a corrente elétrica fornecida pela bateria é
diferente nos dois casos.
Idéia do Experimento
Para aqueles que não tem noções de eletricidade, após a realização do
experimento, fica claro que a intensidade luminosa é diferente nos dois
tipos de associação. As lâmpadas brilham mais na associação em
paralelo do que na associação em série.
Para aqueles alunos que já estudaram um pouco de eletricidade, é
possivel explicar esse fenômeno com uma explicação matemática.
Sabemos que o potencial elétrico entre dois pontos de um circuito é
igual ao produto do valor da resistência elétrica pela corrente elétrica
daquele trecho (V=R.i). Sabemos também que o potencial gerado por
uma bateria, neste caso uma pilha comum, é constante.
Quando associamos os resistores em série, temos que a corrente que
passa pelos pontos onde estão os resistores, será a mesma em todo o
circuito (veja a figura a).
A corrente que passa pelos resistores (trecho CD) é calculada tomando-
se a tensão entre os pontos C e D e dividindo-se pela resistência total
entre os mesmos pontos.
A tensão no trecho CD é igual à tensão V entre os polos da bateria
(AB). Já a resistência em CD vale R+R=2R. Assim, a corrente no
trecho CD vale i=V/2R.
Já quando associamos os resistores em paralelo, temos que a corrente
que sai da bateria ao chegar no nó da associação, se divide em duas: i1 e
i2. E como neste caso o valor da resistência é igual para cada resistor
(são usadas duas lâmpadas iguais), a intensidade da corrente em cada
ramo do circuito será a mesma (veja figura b).
A corrente que passa pelo resistor do trecho CD é calculada da mesma
forma que na associação em série. A tensão no trecho CD é igual a
tensão V entre os polos da bateria (AB). Já a resistência em CD vale R.
Assim, a corrente no trecho CD vale i1=V/R.
Analogamente, a corrente que passa pelo resistor do trecho EF é
calculada da mesma forma que na associação em série. A tensão no
trecho EF é igual à tensão do trecho CD, que é igual à tensão V entre os
polos da bateria (AB). Já a resistência em EF vale R. Assim, a corrente
no trecho EF vale i2=V/R.
Com esta análise matemática podemos concluir que a corrente que
atravessa cada resistor, quando associados em série é igual a V/2R e
quando associados em paralelo é igual a V/R. Ou seja, a intensidade da
corrente elétrica em cada lâmpada da associação em série é a metade da
intensidade da corrente elétrica em cada lâmpada da associação em
paralelo. Daí resulta que cada lâmpada individualmente brilha mais na
associação em paralelo do que na associação em série, visto que o valor
da intensidade da corrente elétrica que atravessa cada uma delas na
associação em paralelo é maior.
Podemos finalizar observando que a corrente elétrica total fornecida
pela bateria é diferente nas duas associações. Para provar tal fato basta
comparar a intensidade da corrente total do circuito nos dois casos: na
associação de resistores em paralelo, temos duas corrente de valor V/R,
totalizando uma corrente que tem que ser gerada pela bateria de 2V/R.
E na associação de resistores em série temos uma corrente total
fornecida pela bateria de intensidade V/2R. Comparando a intensidade
destas corrente vemos que a intensidade da corrente elétrica na
associação em paralelo é quatro vezes a intensidade da corrente elétrica
na associação em série. (iparalelo = 4.isérie).
Tabela do Material
Item Observações
Se não houver lâmpadas pequenas, poderão ser utilizadas outras
Duas lâmpadas lâmpadas, mas a voltagem da bateria deve ser condizente com a
de lanterna voltagem das lâmpadas, ou seja, não pode ser muito inferior pois
(1.2V ou 1.5 V) corre-se o risco de não acender as lâmpadas e nem muito superior
para não queimá-las.
Duas pilhas de
1.5 V
Fios para
conexão