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JUS PRAETORIUM

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NAGASAWA

ATOS ADMINISTRATIVOS

´´Ato administrativo é toda a manifestação unilateral de vontade da Administração Pública que,


agindo nessa qualidade, tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir
e declarar direitos, ou impor obrigações aos administrados ou a si própria.``
Hely Lopes Meirelles

Podemos classificar os atos administrativos da seguinte maneira, espécie do gênero ato


jurídico. Para o direito nos importa saber que os eventos, os fenômenos humanos ou
naturais que possuam conseqüências jurídicas são considerados fatos jurídicos. Temos
portanto os fatos jurídicos em sentido amplo que dividem-se em fatos jurídicos e atos
jurídicos. Os fatos jurídicos em sentido estrito, são todos os acontecimentos que possuam
repercussão jurídica e não dependem da vontade humana para se dar, tais como o
decurso do tempo, o nascimento e a morte. E por fim temos os atos jurídicos que são
eventos que dependem da manifestação direta da vontade humana para ocorrerem
possuindo conseqüências jurídicas. Podemos daí defini-los como unilaterais, bilaterais e
plurilaterais.

Entendendo isso, podemos entrar no conceito de ato administrativo, basta saber por ora
que tais atos são manifestações de vontade ou declarações do poder público de maneira
unilateral, enquanto no uso de suas prerrogativas de poder público, ou de particulares
investido em funções públicas. Devemos ressaltar portanto que os poderes do Estado
possuem atos inerentes as suas funções, sendo eles: atos legislativos, atos jurisdicionais
e atos administrativos. No exercícios de suas prerrogativas cada poder tem sua função
especifica, mas como podemos observar o modelo da separação de poderes adotados
por nosso Ordenamento Jurídico, não é de todo absoluto. Pois bem, podemos intuir a
partir dessa assertiva que o poder judiciário além de sua função jurisdicional de dirimir
conflitos, o poder judiciário também edita atos administrativos. Não será diferente ao
poder legislativo, que edita atos administrativos e exerce sua função legiferante.

Pois bem, vale observar antes de começarmos, que nem sempre os atos praticados pela
administração publica serão atos administrativos. Podemos afirmar, que existem atos que
não gozam dos elementos característicos dos atos administrativos. São atos praticados
sob o regime de direito privado, não possuindo as prerrogativas de poder publico. Esses
atos são regidos pelas mesmas regras dos particulares, podendo daí intuir que em tais

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atos a administração se coloca no mesmo nível dos particulares e se encontra regido
pelas mesmas regras.

(Analista Judiciário – Área Administrativa – TRT 21ª Região/2003) - Na matéria sobre os


elementos do ato administrativo, pode-se dizer que

A) as competências são derrogáveis e não podem ser objeto de avocação.

B) basta apenas sua capacidade, seja o sujeito agente político ou pessoa pública.

C) a competência decorre sempre da lei, mas no âmbito federal pode ser definida por
decreto.

D) o objeto será sempre lícito e moral, mas cabível ou não, certo ou incerto.
E) a finalidade é o efeito jurídico imediato que o ato produz, o objeto é o efeito mediato.

COMENTÁRIOS:

Os requisitos ou elementos são essenciais para a formação e validade do ato. Um ato que
não observe ou mesmo não possuía um dos elementos será um ato nulo com vicio
insanável em sua formação. Os requisitos são: competência, finalidade, forma, motivo e
objeto. Vale observar que os requisitos competência, finalidade e forma, são elementos
vinculados do ato administrativo, enquanto que motivo e objeto podem ser elementos
vinculados ou não. Os elementos vinculados dos atos administrativos são os elementos
previamente definidos por lei não dando margem de atuação para a edição de tais atos.
Nos atos que os elementos não são inteiramente vinculado, temos os ditos atos
discricionários. Em tais atos os elementos motivo e objeto sofrem uma liberdade gradativa
conforme o interesse da administração, lembrando porem, que mesmo o ato sendo
discricionário essa liberdade é limitada.

GABARITO C

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OS ELEMENTOS OU REQUISITOS E SUAS CARACTERÍSTICAS:

Competência:

É um dos elementos vinculado do ato administrativo que tem por definição o poder legal
conferido ao agente por lei para o desempenho das funções de seu cargo. Tal elemento
tem como características: ser de exercício obrigatório para os órgãos ou agentes públicos,
irrenunciável, intransferível, imodificável e imprescritível. Valendo citar também que parte
da doutrina elenca a esse rol a característica de improrrogabilidade, que significa dizer
que um órgão ou agente incompetente ao praticar um ato não faz com que este seja
considerado competente, a não ser que exista previsão legal expressa que assim
determine. Dentro desse mesmo assunto, podemos destacar como importante a
Delegação e Avocação de competência. Tal assunto é disciplinado pela lei 9784/99, em
seus dispositivos temos que a competência pode ser delegada desde que não haja
impedimento legal, pode haver delegação para agentes ou órgãos subordinados, mas é
possível também a delegação mesmo que não haja subordinação hierárquica, a
delegação deve ser parcial, não se admitindo delegação total de competência, a
delegação deve ser feita por prazo determinado, pode haver ou não ressalva de exercício,
o ato de delegação é revogável a qualquer tempo, o ato de delegação e sua revogação
devem ser publicados em meio oficial, o ato praticado por delegação deve mencionar
expressamente esse fato e é considerado adotado pelo delegado. Por fim vale mencionar
que a lei 9784 veda expressamente a delegação nos seguintes casos: na edição de atos
de caráter normativo, na decisão de recursos administrativos e em matérias de
competência exclusiva do órgão ou autoridade.

O conceito de Avocação não apresenta dificuldades, sendo definido como o ato do qual o
superior hierárquico chama para si as atribuições de um subordinado. A observação que
deve ser feita quanto a este instituto é o entendimento de que não se pode fazer
avocação quando se tratar de competência exclusiva do subordinado.

Por fim, tal elemento pode apresentar o vicio de excesso de poder, quando o agente
excede suas atribuições, sendo este uma das modalidades do vicio abuso de poder,
sendo a outra modalidade conhecida como desvio de poder ( vicio no elementos
finalidade ). Vale notar também que a doutrina aponta outros vícios relacionados com o
excesso de poder, a saber: usurpação de função e função de fato.

Na usurpação de função, temos um agente que não possui nenhum vinculo com a
Administração Pública, ou seja, não possui relação jurídica com a administração. Na
função de fato, temos um agente que embora possua uma relação jurídica com a
Administração Pública, esta relação possui alguma irregularidade.

Finalidade:

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É um requisito sempre vinculado e idêntico para todos os atos administrativos, com essa
afirmação temos que a Administração Pública deve buscar como finalidade o interesse
publico, sendo este objetivo mediato de toda autuação da administração publica mesmo
que esteja de modo implícito na lei. Tal elemento tem o desvio de finalidade como vicio.

Forma:

Elemento vinculado do ato administrativo, sendo sempre necessária sua observância pela
forma indicada por lei, que é quase sempre escrita, mas o ato pode ser revestido por
outras formas. Vale apontar que a lei 9784/99 no artigo 22 dá uma suavizada nesse
conceito de forma vinculada, estabelecendo certa discricionariedade ao elemento forma.
Mas por enquanto parece apropriado considerar o elemento forma como elemento
vinculado do ato administrativo.

Motivo:

É o pressuposto fático e jurídico que leva a pratica do ato. Pode ser expresso na lei,
vinculando assim o elemento motivo ao ato administrativo ou a lei pode conferir certa
margem de liberdade para a valoração de oportunidade e conveniência para a pratica do
ato.

Objeto:

O objeto do ato administrativo é na verdade seu próprio conteúdo, ou seja, na concessão


de licença, a própria licença é o objeto do ato administrativo. O objeto é a própria
alteração no mundo jurídico.

Alternativa A

A) as competências são derrogáveis e não podem ser objeto de avocação.

Como podemos perceber as competências podem ser derrogadas ou melhor anuladas,


sendo assim a primeira parte da alternativa esta correta com o ordenamento jurídico,
conforme preceitua a lei 9784/99. Mas quando a alternativa afirma que as competências
não podem ser objeto de avocação, encontramos aí a parte que invalida a questão. A
respectiva lei no seu artigo 15 prevê a possibilidade de avocação de competência, o
dispositivo tem a seguinte redação:

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´´ será permitida, em caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente
justificados, a avocação temporária de competência atribuída a órgão hierarquicamente
inferior.``

A lei estabelece não estabelece de maneira taxativa os casos a avocação de


competência, mas é entendimento doutrinário que tal artigo autoriza de maneira genérica
o uso da avocação e também é entendimento que não será possível a avocação quando
se tratar de competência exclusiva do subordinado.

Alternativa B

B) basta apenas sua capacidade, seja o sujeito agente político ou pessoa pública.

Tal afirmação por demais genérica nos leva a pensar que afirmação se trata do elemento
competência do agente. Se for essa a tentativa podemos eliminar desde cedo tal
afirmação já que para tal elemento, não basta apenas sua capacidade, a competência
tem como fonte direta a lei. É um poder legal conferido ao agente para que este
desempenhe suas atribuições conferidas pelo seu cargo. Então podemos observar que
não basta que o agente seja capaz, deve este, estar investido legalmente para poder
exercer a competência.

C) a competência decorre sempre da lei, mas no âmbito federal pode ser definida por
decreto.

Como observamos em linhas pretéritas, podemos chegar a conclusão que tal alternativa
está correta. A competência sempre decorre da lei, o ato administrativo que não observar
tal pressuposto é fulminado de nulidade. É perfeitamente possível a competência ser
definida mediante decreto.

D) o objeto será sempre lícito e moral, mas cabível ou não, certo ou incerto.

O objeto do ato administrativo deve ser sempre licito e moral, cabível e certo. Não há que
se falar em objeto ilícito, impossível ou indeterminado. Portando podemos eliminar tal
alternativa.

E) a finalidade é o efeito jurídico imediato que o ato produz, o objeto é o efeito mediato.

Na verdade podemos conceituar que a finalidade mediata dos atos administrativos é a


tutela do interesse publico e não o objeto. Então temos que toda a finalidade perseguida
pela administração publica é o interesse publico. Sendo assim, a alternativa esta
incorreta.

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(Analista Judiciário – Área Administrativa – TRT 24ª Região/2003) - O motivo, um dos
requisitos do ato administrativo, pode ser conceituado como o:

A) fim público último ao qual se subordina o ato da Administração, que é nulo na sua
ausência.

B) objeto do ato, que deve coincidir sempre com a vontade da lei.

C) conteúdo intransferível e improrrogável que torna possível a ação do Administrador.

D)pressuposto de fato e de direito em virtude do qual a Administração age.

E) revestimento imprescindível ao ato, visto que deixa visível sua finalidade para ser
aferida pelos administrados.

Alternativa A

A) fim público último ao qual se subordina o ato da Administração, que é nulo na sua
ausência.

Essa alternativa refere-se ao elemento finalidade. A finalidade como observamos


anteriormente tem o interesse publico como objetivo mediato. Então todo o ato
administrativo se subordina ao fim público, que será também nulo o ato que não respeitar
esse elemento ou mesmo não possuir tal elemento. Essa alternativa não corresponde ao
elemento motivo.

B) objeto do ato, que deve coincidir sempre com a vontade da lei.

Conforme definimos anteriormente o objeto do ato administrativo identifica-se com seu


próprio conteúdo definido na lei, por meio do qual a administração manifesta sua vontade
ou simplesmente declara situações preexistentes. Podemos então concluir que o objeto
do ato administrativo será sempre definido por lei, tal como afirma a alternativa.
Observando porém que o enunciado da questão procura a definição de motivo.

C) conteúdo intransferível e improrrogável que torna possível a ação do Administrador.

Nessa alternativa temos dois elementos definidores do requisito competência do ato


administrativo. Pois bem a competência é intransferível, ou seja, não se transfere a
competência de um agente ou órgão para o outro, o que podemos ter é a delegação de

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competência de maneira parcial. E improrrogável, isso quer dizer que a competência não
se prorroga, ou melhor falando, um órgão ou agente incompetente quando pratica um ato,
este não se torna competente apenas pela pratica do ato, a não ser que haja previsão
legal expressa.

D)pressuposto de fato e de direito em virtude do qual a Administração age.

Esse é o gabarito da questão. Como definimos anteriormente motivo é o pressuposto de


fato e de direito para a pratica do ato administrativo. Com essa afirmação temos que a
administração em sua atuação ao deparar se com os motivos expressos na lei deve
praticar o ato ( objeto ). Podemos usar como exemplo o ato de concessão de licença
paternidade. Quando um servidor preenche os requisitos para a concessão de tal licença (
pressuposto fático ) que está devidamente expressa na lei ( pressuposto jurídico ), temos
então a subsunção normativa e por conseqüência a concessão da referida licença.
Podemos notar que em tal caso o motivo é elemento vinculado. Sempre que o servidor
preencher a situação fática que corresponde a uma situação normativa descrita na norma,
será concedida a este licença de 5 dias. Observamos que nesse caso não há uma
margem de escolha por parte da Administração Pública, estamos dessa forma diante de
um ato vinculado, diferente seria se por exemplo se estivéssemos falando de licença para
tratar de assuntos particulares, nesse caso a administração poderia valorar a
oportunidade e conveniência do ato administrativo em até 3 anos, podendo conceder essa
licença por tempo inferior ou até mesmo indeferir tal licença, temos portanto um ato
discricionário.

E) revestimento imprescindível ao ato, visto que deixa visível sua finalidade para ser
aferida pelos administrados.

Por fim temos nessa alternativa a definição do elemento forma do ato administrativo.
Como mostramos anteriormente os atos devem seguir a forma prescrita por lei, sendo
quase sempre a forma escrita a mais corrente, nada impedindo porém que existam atos
com formas diversas da escrita. Com essa afirmação podemos observar que a forma é
necessárias aos atos administrativos conferindo a estes segurança e transparência
perante os administrados.

GABARITO D

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MOTIVO, MOTIVAÇÃO E A TEORIA DOS MOTIVOS DETERMINANTES

Para dar continuidade a matéria, fica imprescindível falarmos sobre motivo, motivação e a
teoria dos motivos determinantes (TDM ), que abrange grande parte do conteúdo de
diversos concursos. Pois bem, a primeira coisa que deve se ter em mente, é que não se
confunde motivo com motivação. Pode parecer bobagem, mas muitos confundem tal
assunto. A saber, motivo é o pressuposto fático e jurídico que enseja a pratica do ato
administrativo. Nas melhor das palavras, o pressuposto jurídico é a situação descrita na
norma jurídica e o pressuposto fático é o conjunto de situações que ensejam a pratica de
determinado ato pela administração. Tendo se isso em mente, nos deparamos com o
conceito de motivação, que é a declaração dos motivos que levaram a Administração
Pública a pratica do ato. Se por um lado temos o motivo do ato administrativo, por outro
temos a declaração deste motivo. Fazendo esta distinção, faz necessário falar sobre a
TDM. Como regra geral reza a boa pratica Administrativa, que todos os atos
administrativos devem ter sua motivação declarada, regra geral que não encontra
nenhuma exceção nos atos ditos vinculados, agora excepcionalmente encontramos
exceção nos atos ditos discricionários, tendência essa é desaparecer do ordenamento
pátrio. Ao nos depararmos com a TDM, temos que quando a Administração Pública
declara os motivos ensejadores da prática do ato fica portanto esta adstrita ao motivo por
ela declarado. Caso haja desconformidade entre o motivo por ela declarado e a realidade,
este ato se torna ilegítimo e nulo, podendo ser anulado pelo poder judiciário ou pela
própria administração. Importa saber também que ao motivar um ato administrativo não o
está tornando ato vinculado, está na verdade vinculando o ato aos motivos declarados
pela Administração Pública. Então podemos concluir que motivo é diferente de motivação,
sendo o motivo a situação de fato e de direito que levaram a prática do ato e motivação a
declaração desses motivos. Por outro lado, a TDM determina que os motivos alegados
pela Administração Pública caso estejam em desconformidade com a realidade, são
passiveis de anulação, justamente por serem atos ilegítimos e nulos.

(Analista Judiciário – Área Judiciária – TRT 19ª Região/2003) - Pela teoria dos motivos
determinantes,

A) os motivos alegados pela Administração integram a validade do ato e vinculam o


agente.

B) todo ato administrativo deve conter motivação.

C) todo ato administrativo deve conter motivo.

D) os objetivos perseguidos pelo ato não precisam decorrer dos motivos alegados.

E) os motivos alegados pela Administração não podem ser apreciados pelo Poder
Judiciário.

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COMENTÁRIOS:

A) os motivos alegados pela Administração integram a validade do ato e vinculam o


agente.
Como foi dito anteriormente, os motivos alegados pela administração segundo a Teoria
dos Motivos Determinantes, integram a validade do ato e vinculam o agente aos motivos
declarados. Caso haja desconformidade entre a realidade e os motivos declarados, o ato
torna-se ilegítimo e nulo, sendo assim é passível de anulação tanto pela Administração ou
pelo Judiciário. Esta alternativa é portanto o gabarito da questão.

B) todo ato administrativo deve conter motivação.


Regra geral é que todos os atos administrativos sejam motivados, regra esta que não
encontra nenhuma exceção aos atos vinculados, mas encontra de maneira excepcional
nos atos discricionários. O exemplo mais utilizado é de nomeação e exoneração Ad
Nutum ( Conforme a vontade ) de servidores ocupantes de cargos comissionados. A
tendência é que mesmo essas raras exceções para os atos discricionários, desapareçam
do ordenamento jurídico pátrio.

C) todo ato administrativo deve conter motivo.


Para todo ato administrativo existe um motivo isto é claro, só não é o gabarito da questão
por ser a alternativa A a que mais se encaixa com o Teoria dos Motivos Determinantes.

D) os objetivos perseguidos pelo ato não precisam decorrer dos motivos alegados.
A partir do momento que se declara os motivos que ensejaram a prática do ato, torna se
imprescindível que estejam em conformidade com a realidade, caso isso não ocorra
estamos diante de um ato ilegítimo e nulo.

E) os motivos alegados pela Administração não podem ser apreciados pelo Poder
Judiciário.

Quando há desconformidade entre os motivos declarados pela Administração e a


realidade, encontra-se esse ilegítimo e nulo, sendo assim é passível de apreciação pelo
Poder Judiciário, o que não é permitido ao Poder Judiciário é apreciar as razões do mérito
administrativo, isto é possível apenas ao Poder que editou o ato.

GABARITO A

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ATRIBUTOS DO ATO ADMINISTRATIVO

Enquanto os requisitos são necessários para a validade do ato administrativo, os atributos


são as características ou melhor dizendo as qualidades inerentes dos atos
administrativos. As qualidades são: presunção de legitimidade, imperatividade, auto-
executoriedade e tipicidade.

Ao observar um ato administrativo podemos perceber tais qualidades, valendo lembrar


que os atributos da imperatividade e da auto-executoriedade não estão presentes em
todos os atos administrativos. Existem atos administrativos de mero expediente dos quais
não há a necessidade de imposição e muito menos de execução.

Presunção de legitimidade:

Atributo existente em todos os atos administrativos desde sua gênese até o fim do
mesmo. Tal atributo confere vem da necessidade que possui o Poder Público de exercer
com agilidade suas atribuições. Ficaria prostrada caso precisasse a cada ato praticado
recorrer ao judiciário quanto a validade de seus atos. Pois bem, decorre desse atributo,
que o ato mesmo que possuía vícios em sua formação, mesmo que esses vícios sejam
aparentes, deve produzir efeitos normalmente, ensejando sua imediata execução, até que
seja declarada sua nulidade, seja pelo poder judiciário enquanto nas suas Funções
Jurisdicionais ou pela própria administração. Deve-se ficar claro, que mesmo o ato
sendo considerado valido, pode o administrado sustar seus efeitos, desde que se utilize
dos remédios corretos, tais como recursos administrativos com efeitos suspensivos,
liminares etc.

Por fim vale registrar que duas importantes conseqüência desse atributo é o ônus da
prova e a presunção relativa ( iuris tantum ). O ato mesmo eivado de vicios irá como
dissemos anteriormente produzir efeitos como se valido fosse, cabe aquele que se sentir
prejudicado pelo ato, apontar e provar a invalidade do ato. Temos portanto uma
transferência do ônus para quem invoca a ilegitimidade do ato. Para a administração
ocorre o que chamamos de presunção relativa ( Iuris Tantum ), tal presunção permite
para a administração que seja os atos por ela editados considerados validos até que se
prove a sua invalidade.

Imperatividade:

Esse atributo decorre do poder Extroverso do Estado, poder este que cria obrigações ou
impõe restrições unilateralmente para os administrados. Podemos afirmar que este
atributo não se encontra presente em todos os atos administrativos, apenas naquelas
espécies que obriguem os administrados sua fiel observância, tais como: atos normativos,

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atos punitivos e atos de policia. Em linhas gerais é o atributo do ato de se impor perante
os administrados.

Auto-executoriedade:

Atributo este que não se encontra presente em todos os atos administrativos, confere a
administração a prerrogativa de implementa-lo materialmente sem a necessidade de
recorrer ao judiciário. Justifica se tal atributo pela necessidade de defesa dos interesses
da sociedade, do qual seria de pouca praticidade se tivesse que recorrer ao judiciário toda
vez que precisasse pratica-los, não quer dizer com isso que tais atos não sejam passiveis
de apreciação pelo poder judiciário, apenas quer dizer que tais atos são auto-aplicaveis
pela administração publica. Esse atributo segundo a doutrina dominante, ensina que pode
ocorrer em duas situações, quando a lei expressamente prever ou em situações não
previstas em lei a fim de assegurar a segurança da sociedade. Vale enfatizar no presente
trabalho que o Professor Celso Antonio Bandeira de Mello, faz a distinção entre um
executoriedade e exigibilidade, para este autor, os dois atributos são distintos, enquanto
que aquele tem a prerrogativa de oferecer a administração a possibilidade de aplicar o ato
ou até mesmo impelir materialmente a execução do ato, enquanto que a exigibilidade
como aponto ao autor, se caracteriza pela obrigação que tem o administrado de cumprir o
ato. Para este autor pode existir atos com o atributo da exigibilidade e não executórios.
Por fim vale apontar que o mesmo autor aponta a diferença entre imperatividade e
exigibilidade, aquele é o atributo que está relacionado com a possibilidade de a
administração poder impor unilateralmente uma obrigação para o administrado, enquanto
que na exigibilidade traz a noção de obrigação de cumprir o ato imposto pela
administração.

Tipicidade:

Este atributo apresenta duas conseqüências distintas para o administrado; representa


uma garantia ao administrado e afasta a possibilidade de ser praticado ato totalmente
discricionário. Enquanto garantia para o administrado, temos que a tipicidade garante que
não seja praticado um ato unilateral e coercitivo sem prévia previsão legal. Quando afasta
a possibilidade de praticar um ato totalmente discricionário, quer dizer que a lei ao prever
um ato discricionário já traça os limites para a pratica do ato. Enfim para entender melhor
o conceito temos que observar que a tipicidade é o atributo pelo qual o ato administrativo
deve corresponder a uma ação predefinida capaz de produzir resultados previstos pela
norma jurídica.

(Analista Judiciário – Execução de Mandados – TRT 21ª Região/2003) - Um dos efeitos


decorrente da presunção de veracidade do ato administrativo é o de que

A) haverá imposição a terceiros em determinados atos, independentemente de sua


concordância ou aquies-cência.

B) não há a inversão absoluta ou relativa do ônus da prova, cabendo à Administração


Pública demonstrar sua legitimidade.

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C) o Judiciário poderá apreciar ex officio a validade do ato, tendo em vista o interesse
público relevante.

D) ele (ato) produzirá efeitos da mesma forma que o ato válido, enquanto não decretada
sua invalidade pela própria Administração ou pelo Judiciário.

E) o destinatário será impelido à obediência das obriga-ções por ele (ato) impostas, sem
necessidade de qualquer outro apoio.

COMENTÁRIOS:

A) haverá imposição a terceiros em determinados atos, independentemente de sua


concordância ou aquies-cência.

Esta alternativa nos remete ao significado do atributo da imperatividade do ato


administrativo, atributo este que como vimos em linhas pretéritas, não está presente em
todos os atos administrativos. Tal atributo confere a Administração Publica a prerrogativa
de impor unilateralmente obrigações ou restrições a direitos.

B) não há a inversão absoluta ou relativa do ônus da prova, cabendo à Administração


Pública demonstrar sua legitimidade.

Nada mais falso do que tal afirmação, ocorre uma inversão relativa do ônus da prova no
atributo da presunção de veracidade. Decorre da presunção relativa ( Iuris Tantum ) dos
atos administrativos, que para todos os atos praticados pela Administração Publica será
tido como valido até que seja declarada sua nulidade pela administração ou pelo poder
judiciário enquanto no exercício de suas funções jurisdicionais.

C) o Judiciário poderá apreciar ex officio a validade do ato, tendo em vista o interesse


público relevante.

Enquanto a administração deve anular o ato invalido, o poder judiciário deve apreciar o
ato invalido mediante provocação.

D)) ele (ato) produzirá efeitos da mesma forma que o ato válido, enquanto não decretada
sua invalidade pela própria Administração ou pelo Judiciário.

Como observamos antes, o ato devido ao seu atributo de presunção de legitimidade


presente em todos os atos administrativos, será considerado valido produzindo todos os
seus efeitos até que seja decretada sua invalidade pela administração ou pelo judiciário.

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E) o destinatário será impelido à obediência das obriga-ções por ele (ato) impostas, sem
necessidade de qualquer outro apoio.

Essa alternativa nos aponta para o conceito de auto executoriedade, do qual o ato impele
o administrado a sua fiel observância sem necessidade de qualquer outro apoio, que na
verdade quer dizer que não há necessidade que recorra-se ao poder judiciário para a
execução do ato. Lembrando que mesmo nessas hipóteses não escapa o ato
administrativo ao controle de legalidade exercido pelo poder judiciário.

GABARITO D

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CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS

Os atos administrativos podem ser classificados em:

Gerais ou individuais:

Atos gerais possuem comandos gerais e abstratos, de observância por todos os


administrados,não possuindo destinatário determinado, necessitam de publicação oficial
para produzirem efeitos, tendo como exemplos decretos regulamentares, instruções
normativas, circulares normativas etc. As principais características apontadas são:

a) Impossibilidade de impugnação judicial diretamente pela pessoa lesada;


b) Prevalência sobre o ato administrativo individual;
c) Revogabilidade incondicionada;
d) Impossibilidade de impugnação por meio de recursos administrativos.

Já os atos individuais possuem destinatários determinados ou determináveis, podendo


abranger um ou vários administrados, os atos que produzam efeitos externos devem ser
publicados na imprensa oficial. São exemplos de atos individuais, nomeação, exoneração,
autorização etc. Admitem impugnação por meio de recursos administrativos ou de ação
judicial, como mandado de segurança, ação popular dentre outros.

Atos internos e externos:

Atos Internos são atos que produzem efeitos no âmbito da própria Administração Pública
atingindo seus órgãos e agentes. A principio não é necessária sua Publicação no Diário
Oficial para terem eficácia, já que podem se utilizar de outros meios de divulgação. Tais
atos não produzem direitos ou obrigações, sendo assim podem ser revogados a qualquer
tempo, tendo como exemplo: portaria de remoção, ordens de serviço etc.

Aqueles atos que atingem os administrados de forma geral, criando para estes
obrigações, direitos, situações jurídicas dentre outros, são considerados Atos Externos.
Pode entrar nessa classificação os atos que produzam efeitos externamente ou onerem o
patrimônio publico. Temos daí que para produzirem efeitos devem ser publicados em
órgãos oficiais e temos como exemplos de atos externos decretos, regulamentos,
nomeação de candidatos etc.

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Atos de império, gestão e de expediente:

Os Atos de Império são os atos impostos de maneira coercitiva pela administração aos
administrados, são estes de observância obrigatória pelo administrados, praticado Ex-
officio ( não são provocados ) pelo administração. Exemplos de atos de império:
procedimentos de desapropriação, de interdição de atividade, apreensão de mercadorias
etc.

Os Atos de Gestão não possuem a característica de supremacia que ocorre nos atos de
império, são atos típicos de administração tais como: alienação ou a aquisição de bens
pela administração, o aluguel de imóvel de propriedade de uma autarquia etc.

Os Atos de Expediente são atos praticados no âmbito da Administração, que possuem a


finalidade de dar andamento as funções de uma entidade, órgão ou repartição. Podemos
citar como exemplo, o encaminhamento de documentos à autoridade que possua
atribuição de decidir sobre seu mérito, formalização de um processo protocolado por um
particular etc.

Atos Vinculados e Atos discricionários:

Os Atos Vinculados são aqueles em que a lei estabelece de forma minuciosa sua
atuação, sendo mínima ou inexistente a liberdade para a pratica do ato. Sendo assim não
cabe apreciar a oportunidade ou a conveniência do ato, já que sua atuação se encontra
de forma detalhada pela lei. Temos que nos atos vinculados seus elementos competência,
finalidade, forma, motivo e objeto são previamente previstos de forma detalhada não
restando liberdade de atuação por parte do administrador.

Os Atos Discricionários são aqueles em que a lei confere uma margem de atuação para
a pratica do ato, sendo assim seus elementos competência, finalidade e forma são
inteiramente vinculados enquanto que os elementos motivo e objeto são apreciados por
critérios de oportunidade e conveniência para a pratica do ato. Sendo assim tal ato
confere uma maior liberdade de atuação para a Administração Publica.

Atos simples, complexo e composto:

Em um Ato Simples a manifestação de vontade de um órgão independendo de ser


unipessoal ou colegiado, já está formado com a manifestação de vontade, sem depender
de outro ato que o torne eficaz.

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No Ato Complexo para sua formação é necessário a manifestação de um ou mais órgãos
para dar a existência do ato. Nesse casso o ato só se aperfeiçoa e torna se apto a gerar
efeitos quando houver a manifestação de vontade distinta dos órgãos que produzirem o
ato.

Já no caso dos Atos Compostos, temos que para a sua formação e produção de efeitos
precisamos da manifestação de um só órgão mas que para produzir efeitos é necessário
outro ato que o aprove, sendo este considerado ato instrumental. Percebemos que para a
formação do ato composto é necessário um ato principal e outro ato acessório para sua
formação. Tais atos acessórios podem ser, aprovação, autorização, ratificação, visto ou
homologação, podendo ser posterior ou prévio ao ato principal.

Ato constitutivo, extintivo, declaratório, alienativo, modificativo ou abdicativo.

Ato constitutivo é o ato que constitui uma nova situação jurídica para os administrados,
podendo ser o reconhecimento de um direito ou a imposição de uma obrigação ao
administrado.

O Ato extintivo é aquele que põe fim a situações jurídicas individuais existentes.

O Ato declaratório é aquele que declara uma situação preexistente a fim de assegurar
ao administrado a preservação de um direito conferido a este.

O Atos alienativos são os atos que transferem bens ou direitos de um titular a outro.

O Ato modificativo é o ato que opera alterações em situações preexistentes, sem


contudo operar sua supressão.

O Ato abdicativo é aquele do qual o titular abre mão de um determinado direito.

Ato válido, nulo e inexistente

Ato Válido é aquele ato que em sua formação foi observada todos os requisitos legais
necessários em seus elementos constitutivos. Pode porem não ser eficaz por estar sujeito
a um determinado evento; condição ou termo.

Ato nulo é o ato que em sua formação encontra-se eivado de vicio insanável fulminando
o dessa forma de nulidade.

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Ato inexistente á o ato que possui apenas a aparência de manifestação de vontade da
administração mas não chegou a se aperfeiçoar como ato administrativo.

Ato perfeito, imperfeito, pendente ou consumado.

Ato Perfeito é o ato que completou todas as fases necessárias para a sua formação.

Ato imperfeito em contraposição com o ato perfeito, é o ato que ainda não completou o
seu ciclo de formação.

Ato Pendente é ao ato que embora esteja perfeito, tem a sua produção de efeitos
condicionada a um evento futuro e incerto ( condição ) ou evento futuro e certo ( termo ).

Ato consumado é o ato que já produziu todos os seus efeitos para o qual foi criado.

Espécies dos atos Administrativos:

Atos Normativos

Exemplos clássicos de atos normativos sãos os Decretos e os regulamentos. São atos


que contem comandos gerais e abstratos com o limite de não poderem inovar no
ordenamento criando direitos ou deveres.

Atos Ordinatórios
As instruções e circulares são exemplos de atos ordinatórios. Como podemos aferir, são
atos administrativos internos com destinatário determinado com a finalidade de instruir ao
adequado desempenho de funções. Derivam do poder hierárquico tendo como
destinatário os servidores e não os administrados em geral.

Atos Negociais

Licença, autorização e permissão são exemplos de atos negociais. Quando a vontade do


particular coincide com a manifestação de vontade da administração estamos diante dos
denominados atos negociais. Podem ser vinculados, discricionários, definitivos ou
precários. Quando falamos em atos negociais vinculados, estamos diante de um direito
subjetivo do particular que preenche determinados requisitos perante a Administração
Pública não cabendo a esta escolha para a prática do ato. Nos atos negociais
discricionários, mesmo que o particular tenha preenchido os requisitos necessários para

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a prática do ato, fica a critério da Administração Pública praticar o ato ou não. Temos
também atos precários e atos definitivos, aqueles são os atos que predominam o
interesse do particular, não geram direito adquirido para o particular e podem ser
revogados a qualquer tempo, já nos atos definitivos, são atos que predominam
visivelmente o interesse da Administração. Podem ser revogados, mas não com a mesma
liberdade dos atos precários, devem se respeitar os direitos adquiridos podendo daí surgir
direito a indenização.

Dos exemplos citados temos que a licença é ato administrativo vinculado e a principio
definitivo, existe nesse ato direito subjetivo para o administrado do qual preenchido os
requisitos necessários, a Administração fica vinculada a prática do ato e enquanto for
preenchidas as condições legais não há que se falar em revogação, caso ocorra deve o
destinatário do ato ser indenizado.

Ato administrativo discricionário e precário, a autorização é um dos mais precários dos


atos negociais, justamente por predominar o interesse do particular. Existem pelo menos
três distintas modalidades de autorização, a saber: autorização para a pratica de
determinados atos de outra forma seriam ilegais, tais como o porte de arma, autorização
para uso de bens públicos e autorização que delega ao particular a exploração de um
serviço público.

Por fim, temos a permissão ato administrativo unilateral precário e discricionário, que
possibilita ao particular realizar determinadas atividades que o interesse predominante é
da coletividade.

Atos enunciativos

Nessa espécie de ato, a Administração atesta ou certifica uma situação jurídica


preexistente em relação ao particular e a pedido deste. Nesse tipo de ato não temos uma
manifestação de vontade da Administração propriamente dita, temos uma declaração, que
podem ser certidões, atestado parecer e apostila dentre outros.

Atos punitivos

Podem ser internos ou externos, derivam do poder de império no que se refere aos
particulares ou no poder disciplinar quando se tratar de servidores. Temos como
exemplos de atos punitivos a aplicação de multas ou a interdição de atividades.

(Analista Judiciário – Área Judiciária – TRF 1ª Região/2001) - O ato administrativo,


vinculado ou discricionário, segundo o qual a Administração Pública outorga a alguém,
que para isso se interesse, o direito de prestar um serviço público ou usar, em caráter
privativo, um bem público, caracteriza-se como

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A) licença.

B) autorização.

C) concessão.

D) permissão.

E) homologação.

Como apontamos anteriormente, os atos negociais são os atos que a vontade da


Administração coincide com a vontade do particular. Na licença estamos diante de ato
vinculado e a principio definitivo que uma vez atendidos os requisitos necessários para a
obtenção do ato não cabe juízo de valoração por parte da administração uma vez que
atingido tais requisitos estamos diante de direito subjetivo do administrado perante a
Administração Pública. Podemos citar como exemplos de licença a concessão de um
alvará para a realização de uma obra, licença para o exercício de uma profissão etc. A
autorização configura ato discricionário e precário, justamente por predominar o interesse
do particular para a obtenção do ato e em muitos casos o interesse é exclusivo do
particular. A doutrina aponta três modalidades de autorização: autorização para atividade
de exclusivo interesse do administrado ( porte de arma de fogo ), autorização para uso de
bem público e autorização que delegue ao particular a exploração de serviço publico. A
concessão tem como melhor definição sendo um contrato administrativo do qual ocorre
uma um ajuste de vontade entre a Administração e o particular, dessa maneira é um ato
bilateral diferenciado-se dessa forma da permissão que é ato administrativo unilateral,
discricionário e precário. A permissão possibilita ao administrado a realização de
determinadas atividades no interesse da coletividade, deferida especialmente de maneira
onerosa ao particular para a realização de serviços públicos. E por fim temos a
Homologação que pode ser caracterizado como ato acessório do ato principal, que
confere e atesta o ato principal.

GABARITO D

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EXTINÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS

A extinção do ato administrativo poderá decorrer de sua ilegitimidade, de vícios em sua


formação, por desnecessidade de sua existência ou poderá ainda resultar da imposição
de sanção ao administrado que deixou de cumprir com os requisitos necessários a
manutenção do ato. Dessa forma temos a anulação, revogação e a cassação do ato
administrativo.

Anulação:

O ato administrativo em sua formação, poderá conter vícios insanáveis ou sanáveis. Em


tais casos poderá o ato ser anulado ou convalidado. O que importa saber agora, é que os
atos que possuam vícios insanáveis devem ser anulados pela administração ou pelo
poder judiciário. Valendo citar que a anulação do ato administrativo é vinculada, ou seja,
não há que se falar em oportunidade e conveniência para a anulação de um ato
administrativo eivado de vicio de legalidade ou legitimidade. Pois bem, a anulação do ato
administrativo retira do mundo jurídico os efeitos que emanaram do ato. Sendo assim,
temos que a eficácia do ato retroage até a data de sua produção, preservando apenas os
efeitos produzidos para terceiros de boa fé. Estamos afirmando que os efeitos produzidos
pelos ato devem ser desfeitos com eficácia ex-tunc (efeito retroativo), justamente por
não gerar direitos ou obrigações para as partes e não criar situações definitivas.

Os atos administrativos gozam do atributo chamado presunção de legitimidade, devido a


esse principio os atos administrativos produzem efeitos, mesmo sendo ilegais ou
ilegítimos. Quando o ato administrativo é anulado, cessam todos os efeitos produzidos
desde a produção do ato, mas resguarda se os efeitos produzidos aos terceiros de boa-fé.
Não podemos falar aqui em direitos adquiridos, na verdade o que ocorre é o respeito ao
principio da boa-fé. Então os efeitos decorrentes do ato eivado de vício de ilegalidade ou
de legitimidade, são preservados aos terceiros de boa-fé, mas os demais efeitos
produzidos pelo ato cessam.

Importante destacar, que os atos administrativos devem ser anulados pela administração
de oficio ou mediante provocação, ou pelo poder judiciário mediante provocação. A
atuação do poder judiciário nesse caso, é um controle de legalidade e não um controle de
mérito do ato administrativo, temos portanto que o judiciário não anula um ato por achar
que é inconveniente ou desnecessário, da-se a anulação por questões de legalidade ou
legitimidade. Vale observar também que na esfera federal a lei 9784/99 estipulou um
prazo para a anulação do ato administrativo de cinco anos, caso o administrado esteja de
boa fé, se diferente for não há prazo estipulado.

Revogação:

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Tal instituto pressupõe que o ato seja valido e discricionário. Quando retiramos do mundo
jurídico um ato administrativo por revogação, temos que ter em mente que este ato na
verdade não contem vicio em sua formação, portanto é um ato valido. Vale observar que
alem de valido o ato precisar ser discricionário, não podemos então falar em revogação
de um ato vinculado, para este, temos o instituto da anulação. Partindo desse ponto,
devemos observar um outro ponto muito importante, quem pode revogar um ato
administrativo? Só pode revogar um ato administrativo aquele que o tenha editado. Então
temos que os atos administrativos revogáveis não são passiveis de anulação pelo poder
judiciário quando no exercício de suas funções jurisdicionais. O poder judiciário não pode
revogar um ato de outro poder, justamente por ser a revogação um ato discricionário, do
qual o poder que o editou valora a oportunidade e conveniência do ato e decide se tal ato
é oportuno ou não. Outra coisa importante é atentar para o fato de que o judiciário não
pode revogar um ato próprio seu exercendo função jurisdicional, ele só revoga seu ato
exercendo suas funções atípicas administrativas.

A revogação produz efeitos prospectivos, ou seja, Ex Nunc ( para frente ), justamente por
estarmos falando de um ato valido que produziu seus efeitos e criou situações jurídicas.
Sendo assim, respeita-se os direitos adquiridos decorrentes do ato. Portanto encontramos
limitações para tal instituto, dos quais a doutrina chama de atos irrevogáveis, a saber: os
atos consumados, os atos vinculados, os atos que já geraram direitos adquiridos, os atos
que integram um procedimento e os chamados meros atos administrativos.

Cassação:

A cassação não recai no próprio ato em si, não há nesse instituto um ato inválido ou
mesmo inoportuno, na verdade o que acontece é uma medida punitiva ao
descumprimento por parte do administrado de alguma premissa necessária a manutenção
do ato. Em linhas mais claras, a cassação é uma sanção para o administrado que deixou
de cumprir as condições necessárias para a manutenção do ato.

Mostramos até aqui as formas volitivas do desfazimento do ato, mas temos outras formas
que ensejam na extinção do ato, tais como: extinção natural, extinção subjetiva, extinção
objetiva, caducidade e contraposição. Na extinção natural, o ato perde sua eficácia
porque cumpriu a finalidade pela qual foi criado, na extinção subjetiva desaparece o
próprio sujeito do ato, na objetiva se dá quando desaparece o próprio sujeito do ato, na
caducidade temos uma nova legislação que impede a permanência da situação jurídica
anteriormente consentida, por fim temos a contraposição, que ocorre quando um ato
emitido com base em uma competência extingue outro ato de base em competência
diversa.

(Analista Judiciário – Área Administrativa – TRF 1ª Região) - No que tange a invalidação


do ato administrativo é certo que

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A) à Administração cabe revogar ou anular o ato, e ao Judiciário somente anulá-lo.

B) ao Judiciário cabe revogar ou anular o ato, e à Administração somente anulá-lo.

C) cabe tanto à Administração como ao Judiciário revogar ou anular o ato.

D) à Administração cabe somente a revogação do ato, enquanto que ao Judiciário apenas


sua anulação.

E) ao Judiciário cabe somente a revogação do ato, enquanto à Administração apenas sua


anulação.

COMENTÁRIOS:

A) à Administração cabe revogar ou anular o ato, e ao Judiciário somente anulá-lo.

Todo o poder que edita um ato administrativo pode revogar ou anular seus próprios atos.
O judiciário pode apenas apreciar a ilegalidade ou ilegitimidade do ato administrativo
editado por outro poder, não podendo o judiciário revogar um ato editado por outro poder,
sendo assim pode apenas revogar seus próprios atos no exercício de suas funções
administrativas ( Função Atípica ). Essa é portanto o gabarito da questão.

B) ao Judiciário cabe revogar ou anular o ato, e à Administração somente anulá-lo.

Como comentamos em linhas pretéritas, o judiciário pode revogar ou anular seus próprios
atos, limitando-se a anular atos de outros poderes enquanto no exercício de suas funções
jurisdicionais. E a administração pode revogar ou anular seus próprios atos, não se
limitando apenas a anulá-lo.

C) cabe tanto à Administração como ao Judiciário revogar ou anular o ato.

Pois bem, uma alternativa um tanto quanto dúbia. Talvez o erro da alternativa seja a
afirmação genérica de para tais poderes caiba a anulação ou revogação do ato
administrativo. Como já observamos, quem edita o ato pode anulá-lo ou revogar, isso
cabe a qualquer poder, ou seja, judiciário, executivo e legislativo. O instituto da revogação
é privativo do próprio poder que o editou, enquanto que a anulação pode ser apreciada
pelo judiciário no exercícios de suas funções jurisdicionais mediante provocação, seja de
seu próprio poder como de outros poderes.

D) à Administração cabe somente a revogação do ato, enquanto que ao Judiciário apenas


sua anulação.

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Como podemos perceber tal afirmação é falsa e dispensa maiores comentários.

E) ao Judiciário cabe somente a revogação do ato, enquanto à Administração apenas sua


anulação.

Redundância da alternativa anterior, dispensando maiores comentários.

GABARITO A

(Analista Judiciário – Área Administrativa – TRT 20ª Região/2002) - No Direito brasileiro,


a anulação, pelo Poder Judiciário, de um ato administrativo discricionário praticado pelo
Poder Executivo,

A) apenas é possível com a concordância da Admi-nistração.

B) é possível, independentemente de quem a provoque ou da concordância da


Administração.

C) não é possível.

D) apenas é possível por provocação da Administração.

E) apenas é possível por provocação do destinatário do ato.

COMENTÁRIOS:

A) apenas é possível com a concordância da Admi-nistração.

A anulação de um ato administrativo tanto discricionário quanto vinculado pode ser feita
pelo poder judiciário independentemente da concordância da administração. Vale lembrar
que essa anulação pelo poder judiciário é mediante provocação. Portanto a alternativa
está errada.

B) é possível, independentemente de quem a provoque ou da concordância da


Administração.

Essa alternativa é a que melhor atende ao enunciado da questão. Como vimos, a


anulação pelo poder judiciário de um ato discricionário é possível, desde que tal ato esteja
eivado de vicio que importe na ilegalidade ou ilegitimidade do ato, lembrando que o poder
judiciário realiza um controle de legalidade do ato e não um controle de mérito. O poder
judiciário não pode julgar o mérito do ato administrativo, deve apenas julgar quanto a

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legalidade ou legitimidade do ato. Quando um ato discricionário extrapola o âmbito legal,
é passível de apreciação por parte do judiciário podendo acarretar sua anulação. Então
temos que o poder judiciário pode anular um ato discricionário praticado por outro poder
independentemente de quem o provoque. Portanto esta alternativa é o gabarito da
questão.

C) não é possível.

Alternativa que dispensa maiores comentários, visto que foi dito anteriormente.

D) apenas é possível por provocação da Administração.

Como vimos independe de quem provoque o poder judiciário para a apreciação do ato
quanto a sua legalidade ou ilegitimidade.

E) apenas é possível por provocação do destinatário do ato.

Não configura pressuposto para a anulação do ato administrativo a provocação pelo


destinatário do ato, como afirmamos anteriormente a apreciação do ato se dá
independentemente de quem o provoque.

GABARITO B

(Analista Judiciário – Área Administrativa – TRE PI/2002) - É INCORRETO afirmar que a


anulação do ato administrativo

A) produz efeitos ex tunc, ou seja, retroativos.

B) está relacionada a critérios de conveniência e oportunidade.

C) é de competência tanto do Judiciário como da Administração Pública.

D) é cabível em relação aos beneficiários do ato ou terceiros, se ambos de boa-fé.

E) pressupõe que ele (ato) seja ilegal e eficaz, de natureza abstrata ou concreta.

COMENTÁRIOS:

A) produz efeitos ex tunc, ou seja, retroativos.

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Como vimos anteriormente, a anulação de um ato administrativo pressupõe um ato
invalido, sendo assim é fulminado de nulidade. Desta forma produz efeitos ex tunc ( Efeito
Retroativo ), retirando os efeitos decorrentes do ato desde a sua edição, preservando
apenas os efeitos produzidos aos terceiros de boa-fé.

B) está relacionada a critérios de conveniência e oportunidade.

A anulação não esta relacionada aos critérios de conveniência a oportunidade, não se


anula um ato por esses motivos. Anula-se uma ato por este se encontrar comprometido
em sua formação seja por vicio de legalidade ou legitimidade. Tanto um ato vinculado
quanto um ato discricionário são passiveis de anulação, desde que sejam ilegais ou
ilegítimos. Um ato discricionário tem em seu núcleo o mérito administrativo, que é
formado pela conveniência e oportunidade do ato. Pois bem, dessa forma quando
invalida-se um ato discricionário, o que é apreciado é sua ilegalidade e ilegitimidade e não
o seu mérito, este torno a repetir nunca será objeto de apreciação pelo poder judiciário.

C) é de competência tanto do Judiciário como da Administração Pública.

Fica certo afirmar que tanto o poder judiciário e a administração publica pode anular um
ato administrativo. Agora apenas o judiciário pode anular um ato de outro poder enquanto
no exercício de sua função jurisdicional ( Função Típica ). Já a Administração Pública só
pode anular ou revogar seus próprios atos. O mesmo vale para o legislativo.

D) é cabível em relação aos beneficiários do ato ou terceiros, se ambos de boa-fé.

Perfeitamente correta tal assertiva, esta se encontra embasada na lei 9784/99.

E) pressupõe que ele (ato) seja ilegal e eficaz, de natureza abstrata ou concreta.

A anulação tem como pressuposto um ato ilegal e eficaz, ou seja, o ato deve contar vícios
em sua formação quanto a ilegalidade ou ilegitimidade e devido ao atributo da presunção
de legitimidade o ato produz efeitos até que seja declarada sua nulidade. Dessa forma
temos que o ato pode ser ilegal e eficaz ao mesmo tempo, não importando se é concreto
ou abstrato.

GABARITO B

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CONVALIDAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS

É transformação e correção (aperfeiçoamento) de um ato administrativo com defeito


sanável em sua formação que resulte em um ato administrativo válido, não sendo mais
passível de anulação. É importante observar que a doutrina dominante possuía o
entendimento de que não havia a possibilidade de convalidação, o ato simplesmente seria
anulado quando possuísse defeito em sua formação. Com a entrada da lei 9784/99 muda-
se o tratamento da matéria e positiva-se a teoria dualista (atos nulos e anuláveis) dos atos
administrativos. Tal instituto se encontra devidamente expresso nos seguintes artigos da
referida lei:

Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram


efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que
foram praticados, salvo comprovada má-fé.

§ 1º No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo de decadência contar-se-á da


percepção do primeiro pagamento.
§ 2º Considera-se exercício do direito de anular qualquer medida de autoridade
administrativa que importe impugnação à validade do ato.

Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem
prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser
convalidados pela própria Administração.

Ao observamos tais dispositivos nos deparamos com dois tipos de convalidação, uma por
decurso de prazo e outra discricionária. Não primeira hipótese vale observar que
temos de um lado o prazo decadencial de cinco anos e de outro um ato viciado (não
importa o vício). Tendo isso, a não manifestação da administração acarreta a
convalidação do ato, impedindo a sua anulação. Por fim, deve-se deixar claro que a
comprovação de má-fé é ônus da própria administração. Passando para a segunda
hipótese, o que vale observar é que tendo um ato administrativo com defeito sanável em
sua formação e interesse em torna-lo um ato administrativo deve-se cuidar para que o ato
não acarrete lesão ao interesse público e muito menos cause danos a terceiros. Nesse
último caso, é entendimento que os atos administrativos que são passíveis de
convalidação, são aqueles que possuam vício de competência não exclusiva e forma
não essencial. Nos demais elementos dos atos administrativos não é possível o efeito da
convalidação. E por fim pode dizer que a convalidação possui efeitos ex-tunc, retroagindo
ao momento em que foi praticado o ato administrativo.

QUESTÕES COMENTADAS

don_nagasawa@hotmail.com
(Analista Judiciário – Área Administrativa – TRT 24ª Região/2003) - O Prefeito Totonho
Filho, cumprindo todas as formalidades, desapropriou um imóvel para construir uma
escola no local. Esse ato administrativo pode ser classificado como ato

A) de expediente.

B) vinculado.

C) de gestão.

D) complexo.

E) de império.

Na classificação dos atos administrativos nos deparamos com os atos de expediente. Que
podem ser definidos como atos da caráter interno com a finalidade de dar andamento aos
serviços de uma entidade ou um órgão. Os atos vinculados são os atos que são
determinados por lei de maneira rigorosa sem deixar qualquer margem de liberdade para
a atuação da Administração Pública. Atos de Gestão, são atos típicos da Administração
Pública que quando praticados se assemelham aos atos dos particulares, não há que
falar aqui em predominância do ato em relação aos particulares, temos como exemplos: a
emissão de um cheque, a locação de um imóvel, a aquisição de um bem, etc. Ato
complexo é o ato que necessita para sua formação a manifestação de vontade de dois ou
mais órgãos, dessa forma apenas podem gerar direitos ou obrigações quando forem
manifestadas quantas forem necessárias as vontades distintas para a formação do ato. E
por fim temos o ato de império, que são os atos impostos de maneira coercitiva aos
administrados, sendo de observância obrigatória sem que sejam solicitados pelo
administrado. Está alternativa é portanto o gabarito da questão.

GABARITO E

(Técnico Judiciário – Área Administrativa – TRF/2001) - O atributo do ato administrativo,


consistente na prerrogativa da Administração Pública de impor unilateralmente as suas
determinações, válidas, desde que dentro da legalidade, é conhecido por

A) exigibilidade.

B) imperatividade.

C) auto-executoriedade.

D) tipicidade.

E) presunção de legitimidade.

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Como sabemos os atributos dos atos administrativos são as qualidades que estes
possuem, temos portanto qualidades tais como a exigibilidade, que como preceitua Celso
Antonio Bandeira de Mello é atributo distinto da executoriedade, em tal atributo a
exigibilidade é caracterizada pela obrigação do administrado de cumprir o ato. Temos
também o atributo da imperatividade que não está presente em todos os atos
administrativos, mas apenas nos que exigem imposição de maneira unilateral obrigações
ou restrições aos administrados, sendo portanto essa alternativa o gabarito da questão. A
auto-executoriedade é o atributo que permita a Administração Pública a implementação
material de seus atos, sem precisar recorrer ao poder judiciário para tanto. A tipicidade é o
encontro da conduta com a norma, fenômeno conhecido também como subsunção, deste
atributo decorre duas conseqüências, a primeira apresenta ao administrado uma garantia,
pois impede que a administração pratique ato que não haja previsão legal, e a segunda é
o afastamento da possibilidade da pratica de um ato totalmente discricionário pela
Administração Pública. Temos também o atributo da presunção de legitimidade, atributo
este que se encontra presente em todos os atos administrativos, que tem por
conseqüência serem reputados como validos mesmo que eivados de vícios em sua
formação, o ato devido a esse atributo produzirá efeitos normalmente até que seja
declarada sua invalidade pelo poder judiciário mediante provocação ou pela própria
administração independente de provocação.

GABARITO B

(Técnico Judiciário – Área Administrativa – TRT 20ª Região/2002) - Os pressupostos de


fato e de direito que servem de fundamento ao ato administrativo correspondem ao seu
requisito dito

A) agente.

B) forma.

C) objeto.

D) motivo.

E) finalidade.

Sempre descrito como pressuposto fático e jurídico para a pratica do ato, o motivo ou
causa é a situação de direito e de fato que determina ou autoriza a pratica do ato
administrativo. Em palavras mais simples, podemos entender o motivo, como a situação
material e normativa ( aquela que está descrita na norma ) que determina a pratica do ato
Administrativo. Então temos uma situação material, como por exemplo interesses
particulares e temos a situação normativa, que é o dispositivo normativo que preceitua
que em caso de interesses particulares será concedida a licença ao servidor conforme
critério de oportunidade e conveniência na duração de até 3 anos. Então percebemos que
no elemento motivo, temos uma situação fática, ou seja um fato material que possui
conseqüências jurídicas e de outro temos a situação normativa, que é justamente a
descrição da conduta desejada para que se preencha os requisitos necessários para a

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pratica do ato.

GABARITO D

(Técnico Judiciário – Área Administrativa – TRT 20ª Região/2002) - No Direito brasileiro, a


revogação, pelo Poder Judiciário, de um ato administrativo discricionário praticado pelo
Poder Executivo

A) só é possível se não afetar direitos adquiridos.

B) só é possível após esgotada a via administrativa.

C) só é possível se o ato não houver exaurido seus

efeitos.

D) só é possível para atos de caráter normativo.

E) não é possível.

Como sabemos a revogação se dá por bases discricionárias, sendo valorado a oportunidade e


conveniência para a pratica da revogação, sendo assim fica fácil concluir que apenas o poder que
emana o ato é que pode revoga-lo. Então não há que se falar em revogação de um ato administrativo
praticado por um outro poder. Sendo assim não é possível que o Poder Judiciário revogue um ato
praticado pelo Poder Executivo.

GABARITO E

(Técnico Judiciário – Área Judiciária e Administrativa – TRF 4ª Região/2001) - A imediata


execução ou operatividade dos atos administrativos, mesmo que argüidos de vícios ou defeitos que
os levem à invalidade, diz respeito ao atributo da
A) imperatividade.
B) auto-executoriedade.
C) presunção de legitimidade.
D) impessoalidade.
E) indisponibilidade.

Atributo presente em todos os atos administrativos, a presunção de legitimidade confere


aos atos administrativos legitimidade para sua atuação, mesmo eivados de vícios, até que

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se declare sua nulidade pelo judiciário ou pela Administração Pública. Temos portanto
uma inversão do ônus da prova e uma presunção relativa ( Iuris Tantum ) a favor da
Administração, sendo assim aquele que alegar a invalidade do ato, fica incumbido de
provar que tal ato seja ilegal, enquanto isso não ocorre o ato produzirá seus efeitos
normalmente como se válido fosse.

GABARITO C

(Técnico Judiciário – Área Judiciária e Administrativa – TRF 4ª Região/2001) - Os atos de


império podem ser conceituados como sendo todos aqueles que
A) a Administração pratica usando de sua supremacia sobre o administrado ou servidor e lhes
impõe obrigatório atendimento.
B) a Administração pratica sem usar de sua supremacia sobre os destinatários, podendo utilizá-
la apenas sobre o servidor.
C) se destinam a dar andamento aos processos e papéis que tramitam nas repartições públicas.
D) a lei estabelece os requisitos e condições de sua realização, mediante livre conveniência do
administrador.
E) decorrem da parcial conveniência e oportunidade, mas de livre escolha pelo administrador.

Uma das classificações dos atos administrativo é o ato de império, ato este do qual a
Administração impõe de maneira coercitiva aos administrados usando de sua supremacia.
Sendo assim não é facultado ao administrado a observância do ato, esta se faz
obrigatória e de pronto atendimento, sendo praticados sem que tenham sido requisitados
ou solicitados pelo administrado.

GABARITO A

(Juiz Substituto – TJ RN/1999) - Segundo a teoria dos motivos determinantes,

A) todo ato administrativo deve ter sua motivação expressamente prevista na lei

B) a inexistência dos motivos explicitados pelo agente para a prática do ato administrativo
invalida o ato, ainda que outros motivos de fato existam para justifica-lo

C) os motivos invocados para a prática do ato administrativo fazem parte do mérito da ato
e não podem ser apreciados judicialmente

D) a finalidade de interesse público a que visa o agente com a prática do ato


administrativo pare sanar eventual vício de forma do ato ou de competência relativa do
agente

E) o desatendimento ao interesse público pode ser invocado pelo Poder Judiciário para a
anulação do ato administrativo.

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Como regra geral a motivação é elemento obrigatório dos atos administrativos. Segundo a
teoria dos motivos determinantes quando a Administração motiva um ato administrativo,
fica este vinculado aos motivos declarados que ensejaram a pratica do ato administrativo.
Havendo desconformidade entre a realidade e o motivo declarado, o ato é nulo e se torna
passível de anulação tanto pelo poder judiciário mediante provocação ou pela própria
Administração Publica independente de provocação. A motivação não é sempre expressa
pela lei, como regra geral, todos os atos administrativos devem ser vinculados, o
entendimento era que apenas os atos vinculados deveriam ser motivados, mas como reza
a boa pratica administrativa os atos discricionários também devem ser motivados. São
raras as exceções de atos que não precisem ser motivados, o mais comum é a nomeaçao
e exoneração de cargos ad nutum, e mesmo essas raras exceções com o tempo serão
extintas do ordenamento jurídico. Podemos concluir daí que existem atos que não tem
previsão expressa na lei sobre sua motivação. A inexistência dos motivos declarados para
a pratica do ato invalida o ato administrativo, mesmo que outros motivos existam para a
pratica do ato. Quando se declara o motivo para a pratica do ato, este motivo vincula-se
ao ato tornando assim independente de ser um ato discricionário ou vinculado, passível
de apreciação judicial sempre que houver desconformidade entre a realidade e a pratica
do ato, não há dessa maneira uma apreciação do mérito do ato, mas sim de sua validade.
Lembrando que independente do vicio que se encontre no ato administrativo, o poder
judiciário ao apreciar o ato, age mediante provocação.

GABARITO B

(Juiz Substituto – TJ RN/1999) - A revogação de um ato administrativo discricionário pelo


Poder Judiciário

A) pode ocorrer apenas em razão de vicio de forma

B) pode ocorrer apenas em razão de vicio de competência do agente.

C) pode ocorrer apenas em razão de ilegalidade do abjeta.

D) pode ocorrer apenas em razão de desvio de finalidade.

E) não pode ocorrer

Pois bem, a questão em si não apresenta muita dificuldade, se tivermos em mente que os
atos administrativos são revogáveis apenas pelo próprio poder que o praticou, não há que
se falar em revogação de um ato administrativos por outro poder. Mas devemos ter em
mente, que o instituto da revogação tem por base a discricionariedade e pode sofrer
também anulação, já o ato vinculado não sofre revogação e sim anulação. Devemos
observar que o enunciado embora não muito claro, refere-se ao poder judiciário em suas
funções jurisdicionais. Pois bem, quando o judiciário estiver em exercício de suas funções
jurisdicionais, não há que se falar em revogação e sim em anulação do ato administrativo.
Embora o ato discricionário quando exorbitar em sua legalidade será apreciado pelo

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poder judiciário e sofrera anulação e não revogação.

GABARITO E

(Procurador Judicial do Município de Recife/2003) - Exclui-se das possíveis


manifestações da discricionarie-dade administrativa a competência para o agente público
decidir

A) se o ato deverá ou não ser praticado.

B) o momento da prática do ato.

C) quais os meios a serem utilizados para a prática do ato.

D) se os requisitos legais para a prática do ato serão ou não observados.

E) se estão presentes os motivos de conveniência e oportunidade para a prática do ato.

Pois bem quando falamos em atos discricionários, estamos falando de do ato que a lei
confere uma certa margem de liberdade para a valoração da oportunidade e conveniência
para a pratica do ato, então temos que pode o poder que editar o ato discricionário decidir
se pratica ou não o ato conforme nos mostra a alternativa A,pode decidir o momento para
a pratica do ato conforme afirma a alternativa B, pode ainda decidir quais os meios a
serem utilizados para a pratica do ato, tal como a alternativa C afirma. Agora ao
depararmos com a alternativa D, devemos ter em mente que em um Estado Democrático
de Direito, do qual o principio da legalidade é seu principal informador, ficaria por demais
absurdo que por motivos discricionários pudesse o Poder que pratica valorar se observa
ou não os requisitos legais. Em todas as hipóteses tendo ou não a lei conferido
discricionariedade para a pratica do ato, deve se observar os requisitos legais, seria esta
alternativa portanto a afirmação que exclui se do margem de discrição para a pratica do
ato. Por fim, temos o corolário do mérito administrativo que é a oportunidade e
conveniência para a pratica o ato.

GABARITO D

(Procurador Judicial do Município de Recife/2003) - A ausência de motivação em um ato


administrativo que, por expressa previsão legal, devesse ser motivado, e a prática de ato
administrativo visando-se a fim diverso daquele previsto explicitamente na regra de
competência, segundo a classificação do direito positivo brasileiro, caracterizam,
respectivamente, os vícios ditos
A) desvio de finalidade e incompetência.

B) ilegalidade do objeto e inexistência dos motivos.

C) inexistência dos motivos e incompetência.

D) vício de forma e desvio de finalidade.

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E) inexistência dos motivos e desvio de finalidade.

Pode parecer estranho a primeira vista como a motivação pode influir no elemento forma
como um vicio. Pois bem, o conceito de motivo e motivação deve ser claro; motivo é o
pressuposto fático e jurídico que ensejam a pratica do ato, enquanto que motivação é a
declaração pela Administração dos motivos que ensejaram a pratica do ato. Quando a lei
por expressa previsão legal exige que o ato seja motivado ( declaração dos motivos pela
Administração ) entendemos que dessa forma a lei determina uma forma que condiciona
a validade do ato, a inobservância desse pressuposto leva a invalidade do ato que tem
por conseqüência a anulação do ato. O desvio de finalidade é justamente a pratica de um
ato visando fim diverso daquele previsto na norma jurídica, ou seja, quando a
Administração pratica um ato visando outra finalidade do que aquela prevista, estamos
diante de um vicio de finalidade.

Portanto temos que o gabarito da questão é a letra D.

GABARITO D

(Procurador Judicial do Município de Recife/2003) - Considere dois atos administrativos:


um, que já tenha exaurido seus efeitos; outro, que tenha sido praticado de modo
vinculado. É usual a doutrina afirmar que a própria Administração

A) não pode revogá-los, mas pode anulá-los.

B) não pode anulá-los, mas pode revogá-los.

C) pode anulá-los e revogá-los.

D) não pode anulá-los, nem revogá-los.

E) pode anular, mas não revogar o primeiro; e pode revogar, mas não anular o segundo.

Enquanto que a anulação de um ato administrativo pressupõe que este seja ilegal e
ilegítimo, temos por outro que a revogação é feita por bases discricionárias. Portanto não
se revoga um ato vinculado e um ato que já tenha exaurido os seus efeitos. Os atos
vinculados devem ser anulados quando apresentarem ilegalidade ou ilegitimidade,
conforme já foi observado de forma pretérita. Opera eficácia ex-tunc, ou seja, retira do
mundo jurídico os efeitos decorrentes do ato, desde a pratica do mesmo, respeitando
porem os efeitos produzidos para terceiros de boa-fé. Já na revogação, temos que esse
instituto é a retirada do mundo jurídico os efeitos prospectivos, ou seja para frente,
denominada ex-nunc, é ato discricionário que por decorrência lógica retira do mundo
jurídico apenas atos discricionários, respeitando limites que a doutrina costuma chamar
de atos irrevogáveis tais como: os atos consumados, os atos vinculados, atos que já
geraram direitos adquiridos, atos que integram um procedimento, meros atos
administrativos e por fim os que já exauriram a competência. Sendo assim, a alternativa
A, é a alternativa á o gabarito da questão.

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GABARITO A

(Analista Judiciário – Jud – TRT 2ª R/2004) - No que se refere à invalidação do ato


administrativo, é INCORRETO afirmar que

A) o ato anulatório só atinge atos válidos, porque quando se trata de atos inválidos está
presente outra categoria, ou seja, a revogação.

B) a invalidação deve ocorrer, em princípio, sempre que haja vício no ato administrativo.

C) há hipóteses em que situações passadas não podem ser reconstituídas por


obstáculos de outras normas jurídicas, não alcançando efeitos já consumados.

D) havendo consolidação pelo decurso do tempo, de atos surgidos como


viciados, fica a invalidação obstada.

E) embora existente ato inválido, se tal ato não tiver contaminado novas relações
jurídicas surgidas, à invalidação não se deve proceder.

Refutando a alternativa A, temos que os atos inválidos sofrem anulação e não a


revogação. Devemos entender que a noção de validade do ato esta ligada ao conceito de
conformidade com a lei, se o ato não esta em conformidade com a lei, será este um ato
invalido, eivado de vicio de legalidade, passível de anulação. A invalidação deve ocorrer
sempre que o ato apresentar vícios em sua formação. Existem casos como o previsto no
artigo 54 da lei 9784 que preceituam um prazo decadencial para a pratica da invalidação
do ato administrativo e a ultima alternativa nos remete a hipótese de convalidação do ato
administrativo do qual quando não acarretem lesão a direitos de terceiros poderá ser em
vez de anulado convalidado.

GABARITO A

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