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Artigo de Revisão
1 Musculacao e Treinamento de Forca – Pos Graduacao da Universidade Gama Filho - Unidade Brasilia – Turma 2
O
referido estudo de revisão versa sobre a importância do treinamento de força como
auxiliador no tratamento e prevenção da osteoporose. A perda óssea vem se acentuando
devido a falta de interesse pessoal e também a falta de conhecimento por parte da
população. A hereditariedade, a nutrição e a atividade física têm sido consideradas
fundamentais no processo do desenvolvimento e preservação da integridade óssea, principalmente em
se tratando da idade adulta. Está claro a importância e os benefícios do treinamento de força sobre a
densidade mineral óssea . Pessoas ativas e atletas com ciclos menstruais regulares têm demonstrado
maior densidade óssea que pessoas sedentárias. Períodos iniciais da vida (duas décadas) parecem
importantes no aumento do pico da massa óssea, como essencial é também estabelecer metas de uma
vida permanentemente ativa.
INTRODUÇÃO
Segundo a American College of Sport Medicine, a osteoporose é uma doença caracterizada por
baixa massa óssea e uma deterioração macroarquitetural do tecido ósseo, levando ao aumento da
fragilidade dos ossos, conseqüentemente aumentando o risco de fraturas. Ela é portanto uma condição
patológica crônica, associada à incidência de quedas e perda de autonomia funcional.
Diversos estudos vêm demonstrando que o aumento na densidade óssea durante o período de
crescimento e desenvolvimento pode
tornar-se um importante aliado na profilaxia da osteoporose.
Um estilo de vida que envolvam exercícios regulares é hoje apontado como uma grande
estratégia para a prevenção e o tratamento da osteoporose, porém, os resultados de pesquisas revelam-
se conflitantes. Sabe-se que as pessoas sedentárias são mais suscetíveis à perda da massa óssea e ao
aumento nas incidências de fraturas (CHILIBECK et alii. 1995), desconsiderando a causa ou a duração
da vida inativa (CHESNUT et alii. 1992). Dessa forma, a prevenção primária da osteoporose se dará
com a obtenção máxima da massa óssea, sendo para tanto, aconselhado:
1) Consumo adequado de cálcio,(especialmente no período de crescimento), 2) Exercícios físicos, 3)
Devida moderação nos exercícios físicos (PUTUKIAN 1994)
Sabe-se portanto que contrariamente aos fatores de prevenção estão os fatores que aumentam a
perda de massa óssea em população idosa: 1) Pouco desenvolvimento da massa óssea durante os anos
de crescimento, 2) Dificuldade na manutenção de massa óssea durante a fase adulta 3) Perda excessiva
do mineral ósseo na terceira idade.(BAYLEY & MARTIN 1994). Como conseqüência disso, ocorre o
desequilíbrio no processo de formação e de reabsorção óssea. Se a reabsorção óssea for maior que a
formação, resultará em perda da densidade, desagregação da arquitetura óssea e recuperação ineficaz da
lesão por fadiga (CHESNUT 1992)
O objetivo desta revisão é portanto analisar o papel da atividade física no tratamento e
prevenção da osteoporose. As revisões feitas neste tipo de assunto indicam que pessoas ativas tendem a
possuir densidade óssea mais elevada do que a população em geral. Exercícios que incluam o suporte
do peso corporal contra a gravidade parecem ser os mais indicados para um possível aumento ou
manutenção da densidade mineral óssea. Por outro lado, as atividades sem impacto ou sobrecarga
acentuada, como as sobre rodas ou em meio aquático, parecem não ter o mesmo efeito. Estudos revelam
que, havendo significados aumentos no volume de atividades físicas em crianças e jovens têm
contribuído para uma maior densidade mineral óssea, influenciando dessa forma em idades avançadas.
A atividade física na fase adulta diminuiria os riscos para a doença e incidência de fraturas a ela
associadas.
No que concerne aos atletas, em geral, o aumento na massa óssea é significativo e indispensável
no processo de controle do treino e da nutrição.
Portanto, demonstra-se assim que se a massa óssea aumenta com as atividades físicas, do
contrario tornar-se-á também reversível, tal como ocorre nos músculos. (BAR OR 1994)
A osteoporose é definida como uma doença esquelética sistêmica, caracterizada por diminuição
da massa óssea, por unidade de área de osso acompanhada pela desorganização da microestrutura do
tecido ósseo e pela perda da força, levando à fragilidade óssea e maior risco para fraturas.(MEIRELLES
1995). Nos Estados Unidos, a doença afeta em média 28 milhões de pessoas, na sua grande maioria
mulheres (Nelson, 2000). Mais de 1,5 milhões de fraturas ocorrem todos os anos em decorrência da
osteoporose naquele país, o que claramente identifica esta doença como um problema de saúde pública.
Os dados do IBGE de nossa população demonstram que a osteoporose tende a aumentar de 7,5
milhões em 1980 para 15 milhões nos próximos anos. (MATSUDO & MATSUDO 1991)
No Brasil, dos 10 milhões de pessoas acima de 60 anos, 12% (1,2 milhões) tiveram fraturas por
osteoporose. Cerca de 6 a 8 % (quase 80 mil) dessas fraturas ocorrem no fêmur. Os locais mais
comuns de fratura incluem o terço inferior do antebraço( punho), vértebras e quadris ( ACMS 1995).
Segundo o Sistema Único de Saúde – SUS e dados do Ministério da Saúde, estima-se que em meados
do ano 2003, cerca de 15 milhões de brasileiros estarão propensos a desenvolver a osteoporose, o que
representa um parcela importante da população acima dos 50 anos. MUNDY (1996) em estudo
prospectivo cita que, por volta do ano 2010, o numero de pacientes com osteoporose deve ser maior do
que até hoje foi estimado.
Como toda doença crônica (segundo a ACSM, 1995), a prevenção da osteoporose é hoje foco de
pesquisa e debate. As medidas preventivas incluem modificações no estilo de vida, nos hábitos
alimentares, e prática de atividades físicas, bem como também a administração de agentes
farmacológicos , por exemplo a reposição hormonal (estrogênio). (RALSTON, 1997)
A estimativa dos gastos com a osteoporose é difícil de ser verificada com exatidão pois, nem
todas as fraturas requer cuidados médicos.
Verifica-se entretanto que custos humanos são superiores significativamente aos custos
econômicos, o que na verdade não é verdade para o governo, mas o é para os acometidos de tal
enfermidade e para seus respectivos familiares.
OSTEOPOROSE: CAUSAS
CHILIBECK et. Alii (1995), demonstraram que os atletas, especialmente nas provas de força,
têm maior densidade óssea que os não atletas, e que a força, a massa muscular e o consumo de oxigênio
correlacionam-se com a densidade óssea. Embora tendo sido feito esse estudo, ficou comprovado que
tanto o treinamento de força com poucas repetições como o treinamento de resistência, tiveram
significativo desenvolvimento de massa óssea.
DRINKWATER (1994) verificou aumento de 7,8% na densidade mineral óssea da coluna entre
as atletas que treinavam em média de 2,5 horas por dia, 5 dias por semana comparado com o grupo de
mulheres sedentárias.
RISSER et.alii (1990) verificaram a relação entre o exercício físico e a densidade óssea nas
jovens atletas com fluxo menstrual regular.
As atletas demonstram densidade óssea aumentada em relação às pessoas sedentárias e ativas,
mas, o treinamento desportivo intenso, se desprovido de uma boa orientação nutricional e de controle
do treino, poderá prejudicar o resultado final.
Algumas modalidades atléticas requerem a taxa de gordura baixa, para que melhores
desempenhos sejam atingidos, entretanto, essa situação poderá diminuir a densidade óssea,
principalmente no osso trabecular. Isso requer cuidado, pois, a perda óssea é um processo lento, que
muitas vezes só será percebido quando ocorrer uma fratura. Alem disso, mesmo não havendo fratura,
poderá haver perda de mineral ósseo (osteopenia), gerando com isso uma osteoporose precoce.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Hoje, estudos indicam que a contribuição das características herdadas é predominante na massa
óssea mas o estado nutricional e as atividades físicas são fundamentais para aumentar a densidade
óssea. Calcula-se que, o insuficiente acúmulo de massa óssea, em particular nas duas primeiras décadas
de vida, predispõe à sua redução e à osteoporose na idade madura. Para isso, as atividades físicas têm
sido amplamente indicadas. É notória a percepção de pessoas ativas demonstrarem maior densidade
óssea que pessoas sedentárias, bem como disposição e bem estar. Em relação aos atletas, em particular
as do sexo feminino, durante a adolescência, é de extrema importância propiciar condições adequadas
de nutrição e não exagerar no volume de treinamento, e durante as avaliações periódicas identificar o
estado de saúde ginecológico. O limiar mínimo de cargas mecânicas para prescrição de exercícios
físicos que exerçam influencia na massa óssea não está determinado, todavia, parece que a idade das
pessoas, as condições físicas iniciais e o estado de saúde são importantes no controle do
condicionamento.
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ABSTRACT:
REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA:
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