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MATRICULA

Atitude do registrador
Constatada oficialmente a existência de uma rádio, revista ou qualquer outro meio
de comunicação previsto na legislação, sem a competente matrícula no Registro Civil das
Pessoas Jurídicas, cabe ao Oficial informar o fato ao Juiz Corregedor.

JORNAL
Documentação
Os documentos exigidos para a matrícula de jornal estão relacionados no artigo 123
da Lei n° 6.015/73, na Lei n° 5.250 (Lei de Imprensa) e, muitas vezes, nas Normas de
Serviço das Corregedorias Estaduais.
São eles:
- requerimento de matrícula contendo o título do periódico, sede da redação, administração
e oficinas impressoras - esclarecendo se são próprias ou de terceiros e nesse caso os
respectivos proprietários;
- nome, idade, residência e prova de nacionalidade do diretor ou redator-chefe e do
proprietário do jornal;
- sendo de propriedade de pessoa jurídica, exemplar do contrato social ou estatuto com
todas as suas alterações, em caso de instituição política juntar decreto que criou o órgão de
imprensa oficial;
- relação e qualificação (nome, idade, comprovante de residência, prova de nacionalidade,
cópia autenticada do RG e do CPF) de todos os sócios, diretores e/ou gerentes da pessoa
jurídica proprietária;
- certidão da matrícula da gráfica impressora em PJ, conforme art. 122, item II, da Lei
6.015/73;
- declaração da gráfica, com firma reconhecida, se responsabilizando mar pelo periódico
que vai imprimir, contendo nome, endereço, CNPJ,sócios, gerentes e cartório onde
matriculada.
Observações:
- Havendo estrangeiro no quadro social, fica impedido o registro face ao que dispõe o art.
3°, da Lei 5.250/67, excetuado o caso das publicações elencadas no § 72 do mesmo art. 3°,
e a permissão do art. 222, da Constituição, para estrangeiros com mais de dez anos de
naturalização.
- Dispensável á declaração de que o jornal não está circulando.

Gráfica impressora
Para imprimir um jornal é necessário que a gráfica possua um número de matrícula,
nos termos do art. 122, item II, da Lei 6.015/73 e art. 8°, item II, da Lei 5.250/67. Isso,
portanto, vale também para a empresa jornalística que tenha gráfica própria. Uma vez feita
tal matrícula, a certidão dela deverá ser juntada ao ato de registro do periódico.

CASOS ESPECIAIS

Alteração da denominação do jornal


Para proceder à alteração da denominação de um jornal é necessário que o
proprietário apresente uma declaração, com firma reconhecida, relatando a nova
denominação do seu jornal e requeira a respectiva averbação à margem do registro.
Após a averbação deverá ser fornecida uma Certidão de Alteração de Matrícula.

Denúncia de clandestinidade
O caso de jornais que comprovadamente circulam sem matrícula é passível de
denúncia ao Ministério Público, nos termos da Lei 5.250/67 e Lei 6.015/73, pois aos olhos
da Lei eles são clandestinos.

Filial de jornal
Não é possível criar uma filial do periódico. Porém, é possível criar uma filial da
empresa proprietária do jornal ou até mesmo um escritório de representação do periódico,
que funcionará como filial.
Os procedimentos para isso se equiparam aos de abertura de filial de entidade ou
sociedade civil.
Primeiro o proprietário do jornal deverá requerer o registro da documentação de
criação da filial/escritório de representação junto ao cartório de origem. Feito esse registro,
ele deverá dirigir-se ao cartório da comarca em que será instalada a filial/escritório de
representação com a seguinte documentação:
- requerimento solicitando o registro da filial/escritório;
- documento de criação da filial/escritório, devidamente registrado na comarca de
origem;
- certidão em breve relato dos registros da proprietária do jornal no cartório de origem.
Providencia-se o registro do documento de criação da filial/escritório e arquivam-se
os anexos.
Caso o proprietário do jornal seja uma sociedade comercial, será prudente consultar
o órgão registrador competente sobre o procedimento a ser adotado.

Inclusão de nome fantasia


Geralmente, para a sua identificação, o jornal já usa um nome chamado "fantasia".
Assim, é possível incluir um nome fantasia para a empresa proprietária do jornal e não para
o jornal. Neste caso, deve-se providenciar uma alteração do contrato social acrescendo um
nome fantasia para identificar a empresa, além da razão social que ela já possui. Feita essa
alteração, deve-se requerer sua averbação junto à matrícula, para constar que a empresa
também será identificada por aquele nome de fantasia.

Propriedade de microempresa
Na legislação de Microempresa não há proibição quanto propriedade de jornal.
Saliente-se que cabe à Receita Federal, e não ao Registro de Pessoas Jurídicas fazer esse
tipo de análise.

Propriedade de pessoa física


Qualquer pessoa física no uso de seus direitos constitucionais e legais pode ser
proprietário de jornal, revista ou qualquer outro meio de comunicação. Exceção feita ao
estrangeiro com menos de 10 anos de naturalização e outras consignadas na legislação.

Registro de mais de um jornal de mesmo proprietário


Não há dispositivo que impeça uma empresa de ter mais de um jornal na mesma
cidade.
Registro de nomes semelhantes
Não há impedimento legal para o registro de publicação com nome semelhante a
um já registrado.

RADIODIFUSÃO
Diferença entre a matrícula e a constituição da pessoa jurídica
É preciso fazer distinção entre matrícula de radiodifusão (art. 122, item III, da Lei
6.015/73 e o art. 8°, item III, da Lei 5.250/67) e o registro de uma entidade sem finalidade
lucrativa, com estatuto social próprio (art. 114, item 1, da Lei 6.015173) que pretende
operar uma rádio.
No primeiro caso, o registro é uma obrigação oriunda da situação política vigente à
época da promulgação da Lei de Registros Públicos, e objetivava criar um cadastramento
dos veículos de comunicação. Esse registro deve ser feito no Livro "B" (art. 116, item II,
da Lei 6.015/73).
No segundo caso, o registro objetiva dar personalidade jurídica à entidade e deve
ser feito no Livro "A" (art. 116, item 1, da Lei 6.015/73).
Portanto, primeiro é necessário constituir a entidade civil e dar-lhe personalidade
jurídica para que então ela possa requerer junto ao Ministério das Comunicações, a
autorização para funcionamento, que virá em forma de permissão ou concessão. O simples
registro do estatuto da entidade não permite lançar no ar a radiodifusão.
Somente após a concessão do Ministério das Comunicações é que será feito o pedido de
matrícula junto ao Registro Civil de Pessoas Jurídicas.

Documentos para o registro da entidade que operará a rádio


1) ata de fundação na qual é aprovado o estatuto e eleita a primeira diretoria, que
deverá estar qualificada, assinada pelo representante legal em 2 vias;
2) estatuto em 2 vias, rubricadas em todas as páginas e assinada ao final pelo
representante legal, com firma reconhecida;
3) visto de advogado com o respectivo número de registro na OAB,
4) lista de presença assinada por todos os presentes à assembléia;
5) requerimento assinado pelo representante legal

Documentos necessários para a matrícula da rádio


1) contrato social e respectivas alterações;
2) cópia autenticada dos seguintes documentos dos sócios: título de eleitor e
comprovante das últimas eleições, CPF, RG e prova de residência;
3) requerimento de Matrícula, com firma reconhecida e visto de advogado com
número de OAB;
4) concessão de outorga, representada pela publicação no Diário Oficial da União
ou por documento hábil que comprove o fato.
Observações
Mesmo tratando-se de Radiodifusão Comunitária, com potência máxima de 25
Watts ERP e altura do sistema irradiante não superior a 30 metros, a legislação não
dispensou as mesmas formalidades exigidas para o registro de matrícula de radiodifusão
convencional.
Radiodifusão comunitária
Somente entidades sem fins lucrativos podem receber a outorga para operar uma
Rádio Comunitária. Para isso é preciso que antes seja constituída a entidade civil com
estatuto registrado em PJ. Nesse estatuto deverá figurar um Conselho Comunitário,
conforme disposto no artigo 82 da Lei 9.612/98 (RTD Brasil n° 87 - pág. 470). Deverão ser
providenciadas todas as inscrições nos órgãos fiscalizadores
(CNPJ/INSS/Prefeitura/Receita Federal). Só então, seu representante legal deverá requerer
ao Ministério das Comunicações a concessão de outorga para a execução do Serviço de
Radiodifusão Comunitária. Depois que essa concessão for recebida e publicada no Diário
Oficial da União é que será requerido o registro da matrícula junto ao Registro Civil das
Pessoas Jurídicas, de acordo com os requisitos da Lei de Registros Públicos, nos arts. 116 §
único;122, item III e 123, item III.

Rádio comunitária de associação evangélica


A sede da rádio comunitário pode ser no mesmo local da Igreja. Quanto à matrícula,
ela deve ser feita junto ao Livro B de PJ (art. 123, item III, da Lei 6.015/73). Os requisitos
para o ato estão elencados nas Leis 6.015/73, 5250/67 e nas Normas da Corregedoria de
cada Estado, além do item documentação deste capítulo, à página 70.

Parecer esclarece as mudanças


na Radiodifusão Comunitária
Em consulta sobre o registro de radiodifusão comunitária, o Colega Paulo Ávila, de
Teutônia, RS, ofereceu a este Instituto o parecer que recebeu do Ministério das
Comunicações, baseado na Norma 0112004, sobre a necessidade da existência de Conselho
Comunitário, na constituição de entidade que preveja Rádio Comunitária. Confira a íntegra
do Parecer.

Sobre a consulta temos a informar:


A Lei 9612/98 que rege o serviço de Radiodifusão no Brasil estabelece em seu
artigo oitavo que :
"Art. 8°A entidade autorizada a explorar o Serviço deverá instituir um Conselho
Comunitário, composto por no mínimo cinco pessoas representantes de entidades da
comunidade local, tais como associações de classe, beneméritas, religiosas ou de
moradores, desde que legalmente instituídas, com o objetivo de acompanhar a
programação da emissora, com vista ao atendimento do interesse exclusivo da comunidade
e dos princípios estabelecidos no art. 4°
Lei".
A Norma 01/2004, que regulamenta a Lei 9.612 e estabelece os critérios de análise
de processos em termos jurídicos e técnicos, ao se referir aos Estatutos Sociais de uma
Associação requerente para outorga de Rádio Comunitária junto ao Ministério das
Comunicações estabelece que:
"7.2.1. O Estatuto Social das associações comunitárias e fundações deverá:
a) ser apresentado na íntegra;
b) estar legível;
c) conter no cabeçalho e artigos pertinentes, a denominação da entidade rigorosamente de
acordo com a constante da Ata de constituição ou da Ata da Assembléia Geral que a tenha
alterado, quando se tratar de Associação Comunitária, ou ainda, do ato constitutivo ou da
alteração estatutária que a tenha alterado, quando se tratar de Fundação;
d) estar registrado no Livro "A" do Registro de Pessoas Jurídicas, sendo que qualquer
alteração efetuada deverá estar averbada junto àquele Registro;
e) conter a denominação, os fins, o endereço da sede e o tempo de duração da entidade e,
ainda, quando houver, o fundo social;
f) indicar, entre seus objetivos sociais, a finalidade específica de executar o Serviço de
Radiodifusão Comunitária, mencionando expressamente os fins a que se destina, conforme
incisos Ia V do art. 3° da Lei no 9.612, de 1998;
g) indicar o modo de constituição e funcionamento dos órgãos deliberativos e adminis-
trativos da entidade, estabelecendo:
g.1) os cargos que compõem a estrutura deliberativa e administrativa, bem conto as suas
respectivas atribuições;
g.2) o cargo ao qual caberá a representação passiva e ativa, judicial e extrajudicial;
g.3) o tempo de mandato dos membros que compõem a diretoria;
h) indicar que todos os dirigentes sejam brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez
anos;
i) indicar que todos os dirigentes deverão manter residência na área da comunidade
atendida;
j) indicar as condições para a alteração das disposições estatutárias, observadas as
disposições contidas nos arts. 59 e 67 da Lei n° 10.406, de 10 de janeiro de 2002, que
institui o Código Civil; e
l) indicar as condições de extinção da entidade e a previsão da destinação do seu pa-
trimônio, observadas as disposições contidas nos arts. 61 e 69 da Lei n° 10.406, de 10 de
janeiro de 2002, que institui o Código Civil.
7.2.1.1. Os Estatutos Sociais das associações comunitárias deverão ainda conter dis-
posições que:
a) estabeleçam os critérios para ingresso, demissão e exclusão dos associados;
b) assegurem o ingresso, como associado, de todo e qualquer cidadão domiciliado na
localidade:
c) assegurem a todos os seus associados, pessoas físicas, o direito de votar e ser votado
para todos os cargos que compõem os órgãos administrativos e deliberativos, bem como o
direito de voz e voto nas deliberações sobre a vida social da entidade, nas instâncias delibe-
rativas existentes;
d) assegurem o ingresso, como associadas, de pessoas jurídicas sem fins lucrativos, se-
diadas na localidade, conferindo-lhes inclusive, por intermédio de seus representantes
legais, o direito de escolher, mediante voto, os integrantes dos órgãos deliberativos e
administrativos, bem como o direito de voz e voto nas deliberações sobre a vida social da
entidade, nas instâncias deliberativas existentes;
e) estabeleçam os direitos e deveres dos associados;
f) especifiquem as fontes de recursos para manutenção da entidade;
g) determinem que não haverá a distribuição de bônus ou eventuais sobras da receita entre
os associados; e
h) determinem as cornpetências da Assembléia Geral, observadas as disposições constantes
do art. 59 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002, que institui o Código Civil".

PARECER
1 - Desse modo , conforme legislação supra-citada, a entidade para o Ministério, deverá
instituir e eleger seu Conselho Comunitário obrigatoriamente DEPOIS DE AUTO-
RIZADA.
2 - Somente , segundo a Norma 01/ 2004 , após uni ano, no dia de aniversário do
documento de Licença é que o Ministério exigirá uma avaliação do Conselho Comunitário
sobre a qualidade da programação da emissora gerida pela entidade.
3 - O Conselho Comunitário devera ser apenas instituído pela entidade como órgão de
controle externo. Isto é, o Conselho Comunitário não é organismo da entidade ou de sua
diretoria. A entidade, após constituída, deverá no prazo que lhe convier, "instituir" um
conselho autônomo da comunidade que deverá avaliar a qualidade da programação quanto
ao estabelecido no artigo 40 da Lei 9612/98.
Assim, ao Cartório, cabe verificar, se o Estatuto da Associação que solicita registro
está de acordo com a legislação específica para registro de associações sem fins lucrativos
conforme as exigências do novo Código Civil. Não é da competência do Cartório requerer
exigências que a Lei 9612/98 ou a Norma 01/2004 estabelecem apenas para associações
que tornem-se requerentes de serviço de Rádio Comunitária. No caso , conforme a
legislação supra-citada, nem o Ministério das Comunicações , estabelece a exigência que o
Cartório está a estabelecer antes da Autorização.
Resumindo : não existe fundamentação jurídica para a exigência que o Cartório, no
caso, esta a estabelecer.
05/04/2004
Luiz Carlos Vergara Menin Netto
Chefe de Divisão - SIAP 1373238 - Coordenação de Outorgas de Rádios Comunitárias do
Ministério das Comunicações

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