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Jul./Set. 2002
Práticas
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que se presta à criança não é a mais eficaz devido à forma como são
caracterizadas as diferenças individuais e à maneira como é elaborada a
informação acerca da criança. Para muitos, a forma como se lida com a
diversidade no processo de aprendizagem ainda consiste em agrupar as
crianças de acordo com as diferenças sinalizadas, utilizando termos pouco
adequados para as classificar como, por exemplo, “alunos com problemas” ou
“alunos do apoio”. Este tipo de informação, além do aspecto pejorativo que
muitas vezes lhe está associado, pode ocasionar intervenções desajustadas
que poderão contribuir para o agravamento das dificuldades de aprendizagem.
Estudos desenvolvidos durante os anos 80, em especial os de Stanovich
(1984), referidos por Wang, M. (1994), classificam como “Efeito de Matthew”
um tipo de problema que pode ser decorrente da aplicação de uma estratégia
inadequada. Nesse estudo verificou-se que as crianças que apresentavam
dificuldades de aprendizagem progressivas nas primeiras fases da sua
escolaridade, em áreas básicas como a leitura, tinham tendência a apresentar
dificuldades de aprendizagem progressivas ao longo dos anos de escolaridade
seguintes. Verificou-se também que os professores tendiam a dar menor
atenção aos alunos que apresentavam dificuldades de aprendizagem, fazendo-
lhes menos perguntas ou esperando menos tempo pelas suas respostas.
Atitudes como estas aumentam, em vez de diminuir, o problema do insucesso
em relação a um grande número de crianças na medida em que, ao invés de
estarem incluídos nas dinâmicas da aula, estão apenas integrados – uma mera
presença física do aluno diferente no meio escolar regular, são “os do apoio”,
tidos como um elemento estranho à turma, vedando-se-lhe muitas vezes a
possibilidade de participar das experiências do grupo. Assim, não basta que
uma criança com necessidades educativas especiais esteja integrada num
contexto escolar, mas que esteja incluída em todas as dinâmicas de modo a
que a escola possa ter em atenção todos no geral e cada um em particular.(in
Vaz, I. 1997).
A turma do Luís é composta por 23 crianças do 2º ano de escolaridade,
oriundas do mesmo bairro, de uma localidade na periferia de Lisboa, integrada
num sistema de aprendizagens muito próximo de uma perspectiva objectivista
do ensino. É uma turma que apresenta um elevado índice de insucesso, em
especial na área da Língua Portuguesa, na qual sobressai um grupo com mais
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