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CENTRO UNIVERSITÁRIO NEWTON PAIVA

CAMPUS BURITIS
FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS
CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA
CARLOS ALBERTO PONTELO PASSOS JUNIOR
CARLOS ROBERTO VIEGAS MOREIRA
JOSÉ PIO COTA JUNIOR
MATEUS SANTOS GONÇALVES
THIAGO AUGUSTO TEIXEIRA DA SILVA
Sala Nº 308

MOBILIDADE URBANA: Estudo de caso do modelo aplicado na


cidade de Bogotá, Colômbia e aplicação deste na cidade de
Belo Horizonte.

Belo Horizonte
2010.1
Carlos Alberto Pontelo Passos Junior
Carlos Roberto Viegas Moreira
José Pio Cota Junior
Mateus Santos Gonçalves
Thiago Augusto Teixeira da Silva

MOBILIDADE URBANA: Estudo de caso do modelo aplicado na


cidade de Bogotá, Colômbia e aplicação deste na cidade de
Belo Horizonte.

Prrojeto apresentado ao Curso de


Engenhara Mecânica, do Centro Universitário
Newton Paiva, 3º período, como
requisito parcial ao desenvolvimento
do trabalho interdisciplinar.

Orientador(a): Antonio David de Sousa Júnior

Belo Horizonte
2010.1
Resumo

O TRANSMILENIO implantado na cidade Bogotá, Colômbia é uma das


variáveis da equação do sistema de transporte público, além dele outras
medidas como construção de calçadas largas, ciclovias, melhorias do espaço
urbano, trouxeram ganhos formidáveis para o cidadão local, como rapidez em
seus deslocamentos, redução de emissões de poluentes, espaço público
revitalizado. Pela primeira vez a cidade foi planejada mais para as pessoas e
menos para os carros. O objetivo deste trabalho é apontar estes aspectos e
demonstrar que a experiência urbanistica semelhante pode e está sendo
aplicada na cidade de Belo Horizonte, onde, ao contrário de Bogotá, as
condições são mais favoráveis, já que a mesma é dotada de uma
infraestrutura de transporte de ônibus e metrô relativamente boa, bastando as
devidas correções como integração dos modelos de transporte de massa,
obras viárias nos chamados corredores principais que interligam as várias
regiões da capital às cidades da região metropolitana para adoção dos ônibus
articulados de grande capacidade com prioridade sobre os demais veículos
particulares, sendo que este sistema tem o custo de implantação de 20% de
um metrô, ainda sim cabe aqui ressaltar que no caso de Belo Horizonte a
integração é o ponto chave dos sistemas metrô/ônibus articulados (BRT).
Levantamento de pesquisa de opinião demonstrada nesse trabalho comprova
que a maioria das pessoas admitem diminuir o uso do carro caso o sistema de
transporte público seja eficiente e os espaços públicos sejam mais seguros.
Estes projetos de mobilidade urbana onde o cidadão possa ser respeitado
farão com que o uso do carro seja diminuído, toda politica urbana deve ser
pensada do ponto de vista do cidadão que causará uma melhoria significativa
na qualidade de vida na metrópole.

Palavras-chave

Mobilidade urbana, Transmilenio, ônibus articulado, transporte de massa,


urbanismo.
Introdução

O desenvolvimento de grandes áreas metroplitanas quando quando se dá pela


lógica do interesse particular em detrimento do coletivo, cria situações de
degradação do espaço urbano e dificuldades de locomoção por todos as
parcelas que compoem a sociedade, neste ambiente tanto os mais abastados
quanto os menos favorecidos são prejudicados pela omissão dos poderes
públicos.
Um sistema de transporte público de massa deve ser pensado tomando como
prioridade o cidadão, e suas reais necessidades de locomoção e acessibilidade
a esses meios; estes deslocamentos não podem criar impactos ambientais.
Nos grandes centros urbanos o modo de transporte predominante é o
rodoviário, com participação significativa do automóvel particular. Nas últimas
décadas, houve um aumento na maioria das cidades da dependência de
automóveis e houve paralelamente uma queda no uso do transporte público
(THE ROYAL COMISSION ON TRANSPORT AND ENVIRONMENT, 1994;
GOODWIN, 1999 APUD IPCC, 2007).
O obejtivo desse estudo é tomar por base o TRANSMILENIO, implantado na
cidade de Bogotá, Colombia onde este eficiente sistema de transporte foi capaz
de minimizar os congestionamentos e mudou a face daquela metrópole. Ele
está sendo implantado em etapas desde 2000 levando em consideração os
grandes corredores de tráfego e onde tem mais concentração populacional. Os
veiculos adotados, os grandes ônibus articulados com suas vias exclusivas e
com total controle operacional por parte de uma central confere ao sistema
uma alta eficiência operacional. Estes ônibus articulados são abastecidos por
um sistema integrado de ônibus convencionais e existe a integração tarifária.
Isto confere uma grande aceitação da população daquela ciadade, sendo que
de cada 5 usuários do sistema um possui carro e ainda prefere deixá-lo em
casa.
O estudo de caso do modelo colombiano dá subsidios de análise da situação
dos dos sistemas de transporte na cidade de Belo Horizonte e possiveis
soluções. A cidade possui uma estrutura chamada intermodal, constituida por
trem de superficie (metrô), ônibus convencionais e taxis que operam com
pouca integração. Além destes, o carro é prioritario pelas politicas de
mobilidade urbana, obras viárias são feitas para atender este meio de
transporte com pouco eficiência logistica, como consequencia os
engarrafamentos são constantes, prejudica a todos.

Desenvolvimento

A cidade de Bogotá na Colômbia , apresentava no fim dos anos 90 um grave


problema de mobilidade urbana devido ao caos em que se encontrava seu
sistema de transporte coletivo que era dominado em sua maioria por empresas
de tranporte clandestino que atendiam de forma precária as necessidades da
população.
A administração pública local enfrentou esse grave problema e criou o sistema
Transmilênio, um sistema de transporte coletivo com alta eficiência baseado no
transporte rápido de alta capacidade (BRT – Bus Rapid Transit) , inspirado no
sistema de transporte coletivo implantado nas cidades de Curitiba, Brasil e
Quito, Equador com reduções de emissões de gases polulentes.
Estima-se que em 1999, cerca de 95% da malha viária era utilizada por 850 mil
veiculos particulares, dos quais, somente tranportavam somente 19% dos
habitantes da cidade de Bogotá. Por outro lado 72% das pessoas eram
tranportadas por cerca de 21 mil ônibus os quais ocupavam de maneira
desordenada uma área relativamente pequena da malha viária
(TRANSMILENIO S.A., 1999).
Em 1999, Bogotá possuia pouco mais de 6 milhões de habitantes. A oferta de
transporte público coletico contava com 64 empresas operando 639 rotas
diferentes que cobriam amplamente a cidade, muitas delas sobrepostas nos
corredores de maior demanda, principalmente no centro da cidade. O excesso
de oferta de transporte público (40%) somada à elevada taxa de motorização
da população criaram volumes de veículos que excederam a capacidade da
tráfico das vias da cidade (DNP, 2003 apud TRANSMILENIO S.A.; 2006).
Apenas 22% do sistema idealizado foi implantado naquela cidade e já trouxe
melhorias significativas na qualidade de vida da população, onde se privilegiou
a mobilidade das pessoas quando que as outras soluções anteriormente eram
pensadas no transporte individual.
O sistema Transmilênio é composto de linhas troncos que são grandes
avenidas com destinação exclusiva aos BRT’s que tem como objetivo dar
grande fluidez ao deslocamento dos veiculos para que o intervalo entre as
estações de embarque seja reduzido com ganhos no tempo da viagem e o
incremento da maior capacidade de passageiros transportados. Estas linhas
troncos são alimentadas por ramais, chamadas alimentadoras, estas tem
como função deslocar os passageiros de maneira igualmente eficiente até a
linha tronco, na sua maioria interligam regiões onde não é possível o uso dos
ônibus articulados, neste caso uttilizam ônibus convencionais.
Os ônibus do Transmilenio são articulados com 19 metros de comprimento e
com capacidade para mais de 160 passageiros. Eles apresentam piso elevado,
transmissão automática, suspensão peneumática e freios com sistemas de
bloqueio. Além disso, possuem 4 conjuntos de portas com 1,1 metros de
largura para embarque e têm registrado embraques de apenas 3 segundos por
passageiros (WRIGHT e HOOK, 2007).
O acesso aos BRt’s é feito por estações fechadas com embarque feitos no
mesmo nível dos ônibus. Um central de controle operacional garante o
monitoramento das viagens. Neste sistema foi adotado a utilização de cartões
eletronicos pré-pagos, onde a coleta da tarifa é realizada antes do embarque
do passageiro minimizando o tempo de embarque.
Paralelamente com a implantação deste sistema houve reduções significativas
de poluição do ar, a melhoria do espaço urbano com construção de ciclovias,
pistas para pedestres, praças e áreas verdes. Proporcionou harmonização,
reconquista do espaço publico como um bem coletivo.
O panorama aqui relatado antes da implantação do sistema transmilenio, vai de
encontro a situação de mobilidade urbana na cidade de Belo Horizonte, que
possui algumas caracteristicas análogas à cidade de Bogotá naquela época.A
estratégia seria utilizar os principais eixos viarios de Belo Horizonte adaptando-
os para linhas troncos utilizando os ônibus articulados com pistas exclusivas,
prioritárias e total integração intermodal com o metrô nas várias estações, além
da integração tarifária tanto do sistema gerenciado pela BHTRANS quanto do
sistema do DER, pois é importante a integração deste sistema com as demais
linhas da RMBH. Ver mapa abaixo.
(Fonte: Diagnostico Preliminar do sistema de mobilidade urbana de Belo
Horizonte)
As linhas troncos serão alimentadas por onibus que circularão exclusivamente
nos bairros, utilizando um sistema de estações de embarque e desembarque.
Juntamente com a implantação destas linhas troncos os estreitamentos dos
eixos principais, caracteristica das avenidas de Belo Horizonte, seriam
eliminados dando mais fluxo ao trânsito. Na medida do possivel devem ser
construidas ciclovias e calçadas largas integradas a este sistema, além de
parques e jardins para reconquista e valorização do espaço urbano.
A mobilidade urbana sustentável deve ser mantida como politica prioritaria da
administração pública, e a sua implantação será feita em etapas com ganhos
no longo prazo.
Considerações Finais

O modelo de transporte público implantado na cidade de Bogotá, Colômbia, o


TRANSMILENIO, trouxe melhorias relevantes para aquela cidade, onde um
cenário de caos urbano imperava decorrente de politicas públicas mau
formuladas ao longo dos anos. Politicas que privilegiavam o transporte
individual, o carro e que seu sistema de transporte coletivo era desorganizado
e regido por máfias locais.
A escolha do uso dos ônibus articulados foi uma decisão acertada, já que o
mesmo apresentava um custo de implantação de aproximadamente 20% de
um metrô. Isso aliado a um cronograma de implantação com etapas sendo
cumpridas, trouxe melhorias já nas primieiras vias de uso exclusivo sendo
implantadas, as viagens tiveram seus tempos reduzidos, houve uma grande
aceitação por parte dos usuários.
Os espaços públicos foram revitalizados, a construção de ciclovias e grandes
calçadas para pedestres fez com que o cidadão que antes se locomovia de
carro passasse usar o sistema de forma significativa, podemos até afirmar que
houve uma comunhão entre as pessoas daquela cidade, segundo palavras do
prefeito na época: “O TRANSMILENIO FEZ COM QUE O MESMO CIDADÃO
QUE POSSUI UMA BICICLETA DE 30 DÓLARES SEJA IGUALADO AO
CIDADÃO QUE POSSUI UM CARRO DE 30 MIL DÓLARES” (Enrique
Penãlosa).
A análise aqui feita desse caso de sucesso nos traz a Belo Horizonte, uma
cidade com área geografica e com semelhanças á cidade de Bogotá, mas com
uma posição melhor no estágio de implantação de novos modos de transporte
e melhoria de outros já existentes.
A adoção dos BRT’s, os ônibus articulados de grande capacidade e com pistas
exclusivas nos grandes corredores de tráfego nas várias regioões da cidade,
no curto prazo, incluido ai o horizonte para a Copa de 2014, deve solucionar
boa parte dos problemas de engarrafamento. Cabe aqui ressaltar que este
sistema deve ser integrado a ao metrô existente, sendo necessário a
implantação ou construção dos ramais em direção ao Barreiro e o trecho
subterrâneo ligando a região da Pampulha à Savassi. O controle eficiente feito
por uma central adotando tecnologias reconhecidamente funcionais como o
GPS e câmeras espalhadas ao longo das vias.
Os sistema de transporte coletivo discutido neste trabalho nos leva a crer que
as melhores soluções para a melhor mobilidade das pessoas passa pela
integração dos vários meios de transporte disponíveis, este é um trabalho que
não termina e sua implantação se dará ao longo dos anos, por isso as decisões
que deveriam ser técnicas sempre esbarrarão que questões políticas.
Referências

BELO HORIZONTE. Lei nº 8.758, de 16 jan. 2004. Altera a Lei nº 8.574/03, que
dispões sobre facilitação de acesso, a espaço público, de pessoa portadora de
deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências. Disponível
em:<http://bhz5.pbh.gov.br/legislacao.nsf/42d34f6e3014477e0325679f0041f8fa
/d660be98e0124c9e03256e980058c77b?OpenDocument> Acesso em 19 mar.
2010.
BUSTAMANTE, Roberto F. González. Transporte público coletivo em
Bogotá, do sistema tradicional ao Transmilenio: um mercado em transição.
Tese (Dissertação submetida ao corpo docente da COOPE/UFRJ) – Rio de
Janeiro, RJ. jun de 2007. Disponível em:
<http://www.pet.coppe.ufrj.br/dissertacoes/transporte_publico/bustamante_robe
rto.pdf>. Acesso em 19 mar. 2010.
LOBATO, Paulo Henrique. Invasão motorizada. Estado de Minas. Belo
Horizonte, MG, 21 de mar de 2010. Caderno Gerais. p. 25.
ESTRADA, Johann D. Julio.; DUARTE, Fábio. Transporte e mercado
imobiliário: uma lógica urbana sustentável? Estudo sobre o Transmilênio,
Bogotá. Disponível
em:<http://www.revistatransportes.org.br/index.php/anpet/article/viewFile/101/9
0>. Acesso em 19 mar. 2010.

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