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Apartheid

Apartheid ("vida separada") é uma palavra de origem afrikaans, adotada


legalmente em 1948 na África do Sul para designar um regime segundo o qual os
brancos detinham o poder e os povos restantes eram obrigados a viver separados dos
brancos, de acordo com regras que os impediam de ser verdadeiros cidadãos. Este
regime foi abolido por Frederik de Klerk em 1990 e, finalmente, em 1994 eleições
livres foram realizadas.
O primeiro registro do uso desta palavra encontra-se num discurso de Jan Smuts
em 1917. Este político tornou-se Primeiro-ministro da África do Sul em 1919. Tornou-
se de uso quase comum em muitas outras línguas. As traduções mais adequadas para
português são segregação racial ou política de segregação racial.

Dia-a-dia do Apartheid na África do Sul

O apartheid foi implementado por lei. As restrições a seguir não eram apenas
sociais mas eram obrigatórias pela força da lei.
Não-brancos eram excluídos do governo nacional e não podiam votar exceto em
eleições para instituições segregadas que não tinham qualquer poder.
Aos negros eram proibidos diversos empregos sendo-lhes também vetado
empregar brancos. Não-brancos não podiam manter negócios ou práticas profissionais
em quaisquer áreas designadas somente para brancos. Cada metrópole significante e
praticamente todas as áreas comerciais estavam dentro dessas áreas. Os negros sendo
um contingente de 70% da população, foram excluídos de tudo menos uma pequena
proporção do país, a não ser que eles tivessem um passe que era impossível para a
maioria conseguir. A implementação desta política resultou no confisco da propriedade
e remoção forçada de milhões de negros. Um passe só era dado a quem tinha trabalho
aprovado; esposas e crianças tinham que ser deixadas para trás. Esse passe era emitido
por um magistério distrital confinando os (negros) que o possuíam àquela área apenas.
Não ter um passe válido fazia um negro sujeito à prisão imediata, julgamento sumário e
"deportação" da "pátria". Viaturas da polícia que continham o símbolo sjambok da
polícia vasculhavam a "área branca" para enquadrar os negros "ilegais".
A terra conferida aos negros era tipicamente muito pobre, impossibilitada de
prover recursos à população forçada a ela. As áreas de negros raramente tinham
saneamento ou eletricidade.
Os hospitais eram segregados, sendo os destinados a brancos capazes de fazer
frente a qualquer um do mundo ocidental e os destinados a negros, comparativamente,
tinham séria falta de pessoal e fundos e eram, de longe, limitados em número. As
ambulâncias eram segregadas, forçando com que a raça da pessoa fosse corretamente
identificada quando essas eram chamadas. Uma ambulância "branca" não levaria um
negro ao hospital. Ambulâncias para negros tipicamente continham pouco ou nenhum
equipamento médico. Nos anos 1970 a educação de cada criança negra custava ao
estado apenas um décimo de cada criança branca. Educação superior era praticamente
impossível para a maioria dos negros: as poucas universidades de alta qualidade eram
reservadas para brancos. Além disso, a educação provida aos negros era
deliberadamente não designada para prepará-los para a universidade, e sim para os
trabalhos braçais disponíveis para eles.
Trens e ônibus eram segregados. Além disso, trens para brancos não tinham
vagões de terceira classe, enquanto trens para negros eram superlotados e apresentavam
apenas vagões de terceira classe. Ônibus de negros paravam apenas em paradas de

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negros e os de brancos, nas de brancos.
As praias eram racialmente segregadas, com a maioria (incluindo todas as
melhores) reservadas para brancos.
Piscinas públicas e bibliotecas eram racialmente segregadas mas praticamente
não havia piscinas ou bibliotecas para negros. Quase não havia parques, cinemas,
campos para esportes ou quaisquer amenidades a não ser postos policiais nas áreas
negras. Os bancos de parques eram marcados "Apenas para europeus".
Sexo inter-racial era proibido. Policiais negros não tinham permissão para
prender brancos. Negros não tinham autorização para comprar a maioria das bebidas
alcoólicas. Um negro poderia estar sujeito à pena de morte por estuprar uma branca,
mas um branco que estuprasse uma negra recebia apenas uma multa, e quase sempre
nem isso.
Os cinemas nas áreas brancas não tinham permissão para aceitar negros.
Restaurantes e hotéis não tinham permissão para aceitar negros, a não ser como
funcionários.
Tornar-se membro em sindicatos não era permitido aos negros até os anos 1980,
e qualquer sindicato "político" era banido. Greves eram banidas e severamente
reprimidas. Negros pagavam impostos sobre uma renda baixa do nível de R30 (Rand, a
moeda oficial na África do Sul) ao mês (cerca de 15 libras nos anos 70), o limite de
isenção dos brancos era muito mais alto.
O apartheid perverteu a cultura Sul-Africana, assim como as suas leis. Um
branco que entrasse em uma loja seria atendido primeiro, à frente de negros que já
estavam na fila, independente da idade ou qualquer outro fator. Até os anos 1980, dos
negros sempre se esperaria que descessem da calçada para dar passagem a qualquer
pedestre branco. Um menino branco seria chamado de "klein baas" (pequeno patrão)
talvez com um sorriso amarelo por um negro; um negro adulto deveria ser chamado de
"garoto", na sua cara, por brancos.

Motivações por trás da implementação do apartheid

É interessante examinar o que motivou os criadores das políticas de apartheid e


qual visão do mundo foi defendida por essas pessoas para justificar tal discriminação.
É comum considerar que o apartheid tem como centro de suas crenças que (I)
outras raças são inferiores, (II) tratamento inferior a raças "inferiores" é apropriado, e
(III) tal tratamento deveria ser reforçado pela lei. Contudo, têm existido e continuam a
existir apologistas acadêmicos para o apartheid que argumentam que apesar da
implementação do apartheid na África do Sul ter suas falhas, tinha a intenção por seus
arquitetos de ser um sistema que separasse as raças, prevenindo os "Brancos" (e outras
minorias) de serem "engolidos" e perderem sua identidade, mas trataria, contudo, as
raças de forma justa e igual. Herman Giliomee em seu livro Os Afrikaners descreve
quantos da liderança intelectual dos Afrikaners tinham boas intenções genuínas. Ele não
responde porém, a questão de como a elite intelectual foi capaz de jogar o jogo "não
veja o mal, não ouça o mal, não fale do mal" tão bem por tanto tempo, apesar de encarar
com as crueldades do apartheid diariamente.
Um caso em discussão é o documento Afrikaner Broederbond referenciado
abaixo. Nele é afirmada a crença Afrikaner na democracia e nos princípios Cristãos. Sua
visão da democracia, contudo, sistematicamente excluiu não-brancos, e seu
entendimento dos princípios Cristãos não estendiam o tratamento igual aos seus
vizinhos negros. Aparentemente eles reconheciam negros como sendo inferiores ou
"diferentes demais" para serem tratados de forma igual.

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Uma explicação usada pelos apologistas como desculpa para os violentos
brancos sul-africanos é que, uma vez implantado o apartheid a ponto das vítimas não
mais serem cidadãos da África do Sul, mas sim cidadãos das "pátrias" nominalmente
independentes ou Bantustão que trabalhavam na África do Sul como portadores de
licença temporária de trabalho, eles não mais se consideravam responsáveis por seu
bem-estar.

Os Bantustans

O governo sul-africano tentou dividir o Estado da África do Sul reconhecido


internacionalmente em um sem número de republiquetas. Algo como 87% da terra era
reservada aos brancos, mestiços, e indianos. Cerca de 13% da terra era divida em dez
"pátrias" fragmentadas para os negros (80% da população) aos quais era dada
"independência", apesar da autonomia ser mais teórica que real: o exército da África do
Sul interviria para remover governos das "pátrias" que implementassem políticas que
não fossem do gosto da África do Sul. O governo da África do Sul tentou traçar uma
equivalência entre sua visão de "cidadãos" negros nas "pátrias" e a visão da União
Européia e dos Estados Unidos sobre imigrantes ilegais vindos da Europa Oriental e
América Latina, respectivamente.
Onde a África do Sul se diferenciava de outros países é que, enquanto estes
desmantelavam sua legislação discriminatória e tornavam-se mais abertos em assuntos
relacionados à raça, a África do Sul construía um labirinto legal de discriminação racial.
Que os brancos sul-africanos considerassem a implementação do apartheid necessária
pode ter sido motivado por estudos demográficos; como minoria que estava diminuindo
em relação ao total da população, havia um pensamento incômodo de ser engolido pela
maioria negra, e de perder sua identidade através de casamentos inter-raciais se isso
fosse permitido.

História do apartheid na África do Sul

A África do Sul foi colonizada pelos neerlandeses e britânicos do século XVII


em diante. Como acontecia normalmente no caso de colónias na África, os
colonizadores Europeus dominavam os nativos através de controle político e militar e
do controle da terra e da riqueza.
Depois da Guerra dos Bôeres entre os independentistas bôeres e os ingleses, foi
criada a União Sul-Africana em 1910, com o estatuto de Domínio do Império Britânico.
Embora o sistema colonial fosse essencialmente um regime racista, foi nesta fase que se
começaram a forjar as bases legais para o regime do apartheid. Por exemplo, na própria
constituição da União, embora fosse considerada uma república unitária, com um único
governo, apenas na Província do Cabo os não-brancos que fossem proprietários tinham
direito ao voto, porque as províncias mantinham alguma autonomia.
Uma das primeiras leis adoptadas foi o "Regulamento do Trabalho Indígena"
("The Native Labour Regulation Act", em inglês) de 1911, segundo a qual era
considerado um crime - apenas para os "africanos", ou seja, os "não-brancos", a quebra
dum contrato de trabalho. Ainda no mesmo ano, foi promulgada a "Lei da Igreja
Reformada Neerlandesa" ("The Dutch Reformed Church Act"), que proibia os negros de
se tornarem membros de pleno direito daquela igreja.
Mais importante ainda foi a "Lei da Terra" ("Natives Land Act") de 1913, que
dividiu a África do Sul em áreas onde só negros ou brancos podiam ter a posse da terra:
os negros, que constituíam dois terços da população, ficaram com direito a 7,5 % da

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terra, enquanto os brancos, que eram apenas um quinto da população, ficaram com
direito a 92,5 % da terra; os mestiços ("coloured") não tinham direito à posse da terra.
Esta lei determinava igualmente que os "africanos" só poderiam viver fora das suas
terras quando empregados dos brancos. Passou também a ser ilegal a prática usual de ter
rendeiros negros nas plantações.
Nos anos que se seguiram à vitória do Partido Nacional nas eleições gerais de
1948, um grande número de leis foram aprovadas, instituindo ainda mais a dominação
da população branca sobre outras raças.
As principais leis do apartheid foram as seguintes:

• Lei de Proibição de Casamentos Mistos (1949)


o Tornou crime um casamento entre uma pessoa branca e uma não-branca.
• Emenda à Lei de Imoralidade (1950)
o Tornou ato criminoso uma pessoa branca ter relações sexuais com uma
pessoa de raça diferente.
• A Lei de Registro Populacional (1950)
o Requeria que todos os cidadãos se registrassem como negros, brancos ou
mestiços.
• A Lei de Supressão ao Comunismo (1950)
o Bania qualquer partido de oposição ao governo que o governo decidisse
catalogar como "comunista".
• Lei de Áreas de Agrupamento (Group Areas Act de 27 de Abril de 1950)
o Barrou o acesso de pessoas de algumas raças de várias áreas urbanas
• Lei da Auto-determinação dos Bantu (Bantu Self-Government Act, de 1951)
o Estabelecia as chamadas “Homelands” (conhecidas para o resto do
mundo como “Bantustões”) para dez diferentes tribos “africanas” (de
negros), onde eles podiam residir e ter propriedades.
• Lei de Reserva de Benefícios Sociais Separados (1953)
o Proibiu pessoas de diferentes raças de usar as mesmas instalações
públicas como bebedouros, banheiros e assim por diante.
• Lei de Educação Bantu (1953)
o Trouxe várias medidas explicitamente criadas para reduzir o nível de
educação recebida pela população negra.
• Lei de Minas e Trabalho (1956)
o Formalizava a discriminação racial no emprego.
• Lei de Promoção do Auto-Governo Negro (1958)
o Criou "pátrias" nominalmente independentes para pessoas negras. Na
prática, o governo sul-africano tinha uma influência forte sobre um
bantustão.
• Lei de Cidadania da Pátria Negra (1971)
o Mudou o estatuto dos nativos das 'pátrias' de forma que eles não fossem
mais considerados cidadãos da África do Sul, não tendo assim mais
nenhum direito associado a essa cidadania.

Em 21 de Março de 1960, 5.000 pessoas negras congregadas em Sharpeville


demonstraram contra o requerimento para negros portarem as identidades (sob as regras
estipuladas na Lei da Licença). A polícia abriu fogo nos protestantes, matando 69 e
ferindo 180. Todas as vítimas eram negras. A maioria delas foi baleada nas costas. O
Coronel J. Pienaar, o oficial da polícia encarregado no dia, foi visto dizendo que:
"Hordas de nativos cercaram a delegacia. Meu carro foi acertado com uma pedra. Se

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fazem essas coisas, eles devem aprender a lição do modo difícil."
Esse evento ficou conhecido como o Massacre de Sharpeville. Como
conseqüência, o governo baniu o Congresso Nacional Africano (CNA) e o Congresso
Panafricanista (PAC).
O evento levou a uma grande mudança nas táticas do ANC, mudando de meios
pacíficos para meios violentos. Apesar de suas unidades terem detonado bombas nos
edifícios do governo nos anos seguintes, o ANC e o PAC não eram ameaças ao Estado,
que tinha o monopólio de armamento moderno.
A Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou a Resolução 1761 em 6 de
Novembro de 1962 que condenou as políticas racistas do apartheid sul-africano e pediu
que todos os países-membros da ONU cortassem as relações militares e econômicas
com a África do Sul.
Em 1964, Nelson Mandela, líder do ANC, foi condenado a prisão perpétua.
Em 1974 o governo aprovou o Decreto de Mídia Afrikaans que forçava todas as
escolas a usarem o africânder quando ensinassem aos negros matemática, ciências
sociais, geografia e história nas escolas secundárias. Punt Janson, o vice-ministro de
educação bantu disse: "Eu não consultei o povo Africano na questão da língua e não
vou consultar. Um Africano pode achar que 'o chefe' apenas fala Afrikaans ou apenas
fala Inglês. Seria vantajoso para ele saber as duas línguas".
Essa política foi profundamente impopular. Em 30 de Abril de 1976, crianças da
escola primária Orlando West no Soweto entraram em greve, recusando-se a ir às aulas.
A rebelião espalhou-se por outras escolas em Soweto. Os estudantes organizaram um
protesto em massa para 16 de Junho de 1976, que acabou com violência - a polícia
respondendo com balas às pedras jogadas pelas crianças. O incidente disparou uma
onda de violência generalizada por toda a África do Sul, custando centenas de vidas.
Internacionalmente, a África do Sul ficou isolada. Inúmeras conferências
aconteceram e as resoluções das Nações Unidas foram aprovadas condenando-a,
incluindo a Conferência Mundial Contra o Racismo em 1978 e 1983. Um imenso
movimento de cerceamento de direitos iniciou-se, pressionando os investidores a se
recusarem a investir em empresas da África do Sul ou empresas que fizessem negócios
com a África do Sul. Os times esportivos da África do Sul foram barrados de
participarem de eventos internacionais, e o turismo e a cultura sul-africanos foram
boicotados.
Esses movimentos internacionais, combinados com problemas internos,
persuadiram o governo Sul-Africano que sua política de linha-dura era indefensável e
em 1984 algumas reformas foram introduzidas. Muitas das leis do apartheid foram
repelidas, e uma nova constituição foi introduzida que dava representação limitada a
certos não-brancos, apesar de não estendê-las à maioria negra. A violência continou até
os anos 1980.
Os anos mais violentos dos anos 80 foram os de 1985 a 1988, quando o governo
P. W. Botha começou uma campanha para eliminar os opositores. Por três anos a polícia
e os soldados patrulharam as cidades sul-africanas em veículos armados, destruindo
campos pertencentes a negros e detendo, abusando e matando centenas de negros.
Rígidas leis de censura tentaram esconder os eventos, banindo a mídia e os jornais.
Em 1989, F. W. de Klerk sucedeu a Botha como presidente. Em 2 de Fevereiro
de 1990, na abertura do parlamento, de Klerk declarou que o apartheid havia fracassado
e que as proibições aos partidos políticos, incluindo o ANC, seriam retiradas. Nelson
Mandela foi libertado da prisão. De Klerk seguiu abolindo todas as leis remanescentes
que apoiavam o apartheid.
Mandela torna-se presidente nas primeiras eleições presidenciais livres em

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muitos anos. Em 15 de Abril de 2003, o seu sucessor, presidente Thabo Mbeki anunciou
que o governo da África do Sul pagaria 660 milhões de Rand (aproximadamente 85
milhões de dólares norte-americanos) para cerca de 22 mil pessoas que haviam sido
torturadas, detidas ou que haviam perdido familiares por consequência do apartheid. A
Comissão da Verdade e Reconciliação, formada para investigar os abusos da era do
apartheid, havia recomendado ao governo pagar 3000 milhões de rands em
compensação, pelos cinco anos seguintes.

O apartheid nas leis internacionais

O apartheid Sul-africano foi condenado internacionalmente como injusto e


racista. Em 1973 a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou o texto da Convenção
Internacional da Punição e Supressão ao crime do Apartheid. A intenção imediata da
convenção era provir a estrutura formal e legal para que os membros pudessem aplicar
sanções para pressionar os governos Sul-africanos a mudar suas políticas. Entretanto, a
convenção foi fraseada, em termos gerais, com a intenção expressa da proibição de que
qualquer outro estado adote políticas parecidas. A convenção ganhou força em 1976.

O Artigo II da convenção define o apartheid assim:


Pelo propósito da presente convenção, o termo "crime de apartheid", que deve
incluir práticas de segregação e discriminação racial e políticas similares, como as
praticadas no sul da África, deve aplicar-se aos seguintes atos desumanos cometidos
com o propósito de estabelecer e manter a dominação de um grupo racial de pessoas
sobre qualquer outro grupo racial de pessoas e a opressão sistemática destas:

(a) Negação a um membro ou membros de um grupo ou grupos raciais ao direito


à vida e à liberdade individual
(i)Por assassinato ou assassinatos de grupo ou grupos raciais;
(ii) Por uso de agressões mentais ou corporais graves a membros de grupos
raciais, pelo infringimento de suas liberdades ou dignidades, ou pela sujeição
dos mesmos à tortura ou à punição/tratamento cruel e desumano;
(iii) Pela prisão arbitrária ou aprisionamento ilegal de membros de grupos
raciais;
(b) Imposição deliberada a grupos raciais de condições de vida calculadas para
causar sua destruição física total ou parcial;
(c) Qualquer medida legislativa e outras medidas calculadas para evitar que um
grupo ou grupos raciais participem da vida política, social, econômica ou
cultural de um país e a criação deliberada de condições que evitem o
desenvolvimento completo de um grupo ou grupos raciais, em particalar através
da negação dos direitos e liberdades humanas, incluindo o direito ao trabalho, o
direito de formar uniões comerciais, o direito à educação, o direito de deixar e
retornar ao seu país, o direito à uma nacionalidade, o direito de ir e vir e da
mobilidade da residência, o direito à liberdade de opinião e expressão, e o direito
a junções e associações livres e pacíficas a membros de grupos raciais.
(d) Qualquer medida, incluindo medidas legislativas, destinadas a dividir
racialmente a população pela criação de reservas separadas e guetos para
membros de um grupo ou grupos raciais, a proibição de casamentos que
mesclem grupos raciais distintos, a expropriação de propriedades territoriais
pertencentes a grupos raciais a membros que não são da comunidade;

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(e) Exploração da força laborial de membros de um grupo ou grupos raciais, em
particular pela submissão a trabalhos forçados;
(f) Perseguição de organizações ou pessoas, para privá-las de direitos e
liberdades fundamentais, pelo fatos dessas serem opostas ao apartheid.

O crime também foi definido na Corte Criminal Internacional:


"O crime de apartheid" refere-se a atos inumanos de caráter similar aos referidos
no parágrafo 1, cometidos no contexto de um regime institucionalizado para a opressão
sistemática e dominação de um grupo racial sobre qualquer outro grupo ou grupos,
cometidos com a intenção de manter o regime .

Conclusão

Em 10 de Março de 1994, Nelson Mandela fez o juramento como presidente da


África do Sul diante de uma eufórica multidão. Dentre suas primeiras ações foi criada a
Comissão Verdade e Reconciliação e reescrita a Constituição. Na eleição multi-racial
seguinte, o ANC de Mandela ganhou com larga margem, efetivamente terminando com
a era do apartheid.
A herança do apartheid e as desigualdades sócio-econômicas que ela promoveu e
sustentou podem vir a prejudicar a África do Sul por muitos anos no futuro.

[Wikipédia]

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