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A POLITÉCNICA
ECONOMIA POLÍTICA I
Texto de Apoio
Elaborado por:
Agostinho Machava
Master in Economics
Texto de Apoio – Economia Política I
INTRODUÇÃO
A economia política aparece para dar noções fundamentais da economia sem as quais estaria
inviabilizado outras áreas das ciências políticas e juridíco-económicas.
I. Objectivos
No final da disciplina o estudante deve ser capaz de:
Entender a problemática da Economia e sua inserção na sociedade politicamente
organizada, que no contexto interior das soberanias nacionais, sobretudo de Moçambique,
quer no contexto mais amplo, de todo o mundo envolvente.
Avaliar os fenómenos económicos em função do desenvolvimento do seu país e do
universo circundante e de como a legislação pode comandar e ser comandado por esses
mesmos fenómenos.
2 Sistemas Económicos 3
3 O Mercado 6
5 Micro-economia 6
6 Teoria do Consumidor 3
7 Teoria de Produção 4
8 Análise de Custos 4
10 Duas Avaliações 4
Total 48
III. Avaliação
A avaliação a esta cadeira será feita com base em 2 (dois) testes escritos de igual peso e
um ensaio em grupos de 4 a 5 elementos, nas semanas indicadas no plano analítico anexo.
V. Bibliografia
Os estudantes são fortemente encorajados a criar hábitos de leitura como complemento das
matérias ministradas nas aulas. Os manuais básicos recomendados são:
ANEXO
VIII. PLANO ANALÍTICO (detalhado):
Semana 1: 14 a 18 de Fevereiro
BIBLIOGRAFIA OU
CAPITULO 1 Fundamentos da Economia, Conceitos Básicos
MATERIAL DE APOIO
Semana 2: 21 a 25 de Fevereiro
17 e 24 - Rossetti: Cap. 8
Samuelson: Cap. 2, 8, 9 e 10
Semana 4: 07 a 11 de Março
Semana 5: 14 a 18 de Março
Semana 6: 21 a 25 de Março
AULA 11 3.5 Política económica à luz da ligação entre Estado e Texto de Apoio
“mão-invisível”.
AULAS B/MA
PRÁTICAS
Semana 8: 11 a 15 de Abril
Semana 9: 18 a 22 de Abril
CAPITULO 4 Micro-economia
4.3 Política governamental e regulamentação
AULA 16 Texto de Apoio
4.4 Demanda e Oferta no Mercado de Factores;
AULA 17 Texto de Apoio
AULAS B/MA
PRÁTICAS
CAPÍTULO I
FUNDAMENTOS DA ECONOMIA, CONCEITOS BÁSICOS
1. Definição de economia
Como ciência, a economia faz parte das chamadas ciências sociais, e consiste no estudo da
forma como as sociedades utilizam de forma eficiente os recursos escassos para produzir
bens com valor e como os distribuem entre os individuos.
Para podermos compreender e explicar a realidade social (do homem em sociedade), temos de
recorrer a uma análise multidiciplinar das ciências sociais. As ciências sociais são
interdependentes e complementares e todas elas são necessárias à compreensão da realidade
do homem em sociedade, poís, cada uma estuda apenas uma das faces do fenómeno social.
Cada ciência estuda a mesma realidade social, ou seja, os mesmos fenómenos, mas em
prespectivas e dimensões diferentes. Não há verdadeiramente fenómenos exclusivamente
económicos, sociais ou políticos, poís os fenómenos são totais. À economia interessam todos
os fenómenos, estudando-os de forma específica e utilizando um método próprio. Os
fenómenos sociais são totais, podendo, no entanto, ser estudados sob perspectivas específicas,
daí podermos falar em fenómenos económicos.
A natureza oferece ao homem um vasto conjunto de recursos que este transforma, de maneira
a satisfazer as suas necessidades. Porém estes recursos não são ilimitados, pelo contrário, eles
são escassos e finitos, havendo que ponderar a sua utilização.
Assim torna-se necessário realizar escolhas a fazer opções de como utilizar os recursos
escassos para satisfazer as necessidades humanas, que são múltiplas e ilimitadas.
Escassez: Numa situação de escassez os bens são limitados relativamente aos desejos – a
escassez é o problema central da ciência económica. Deste modo é importante que uma
economia faça o melhor uso dos seus recursos limitados, ou seja que os utilize de forma
eficiente.
Actualmente, a economia aplica o seu corpo de conhecimento para análise e gestão dos mais
variados tipos de organizações humanas (entidades públicas, empresas privadas, cooperativas
etc.) e domínios (internacional, finanças, desenvolvimento dos países, ambiente, mercado de
trabalho, cultura, agricultura, etc.).
Tal como nas demais ciências socias, em economia por vezes se cometem erros de
raciocínio, ou seja, falácias. Os mais típicos são:
(i) A falácia da composição é uma falácia que ocorre sempre que se admite que
aquilo que é verdade para uma parte do sistema, então também é verdade para
todo o conjunto, sendo muito frequente no raciocínio económico. Por exemplo,
se a quantidade de peixe pescado por uma traineira num determinado dia for
excepcionalmente elevada, o rendimento dos seus pescadores aumentará;
contudo, é natural que, se todas as traineiras conseguirem pescar quantidades de
peixe muito elevadas, o rendimento do conjunto dos pescadores seja mais
baixo. Concluir o contrário seria cair na armadilha da falácia da composição
Economia Política I – CP/CJ- ESGCT | Agostinho Machava 9
Texto de Apoio – Economia Política I
(ii) Post hoc é a abreviatura de post hoc, ergo propter hoc, que traduzida
literalmente do latim significa "a seguir a isto, logo necessariamente, por causa
disto". A falácia do post hoc é uma falácia que tem a haver com a dedução de
causalidade, sendo muito frequente no raciocínio económico. Esta falácia
ocorre sempre que, pelo simples facto de um determinado acontecimento
preceder um outro, se conclui que o primeiro acontecimento é causa do
segundo.
Os Bens são classificados quanto à sua raridade: Bens Livres e Bens Económicos.
Bens Livres: São aqueles que existem em quantidade ilimitada e podem ser obtidos com
pouco ou nenhum esforço humano, ou seja, sua utilização não implica relações de ordem
econômica. Bens Livres não possuem preço, isto é, tem preço zero, como o mar, a luz solar, o
ar. O ar é um bem livre, pois a terra oferece ar para todas as pessoas em quantidades maiores
do que as desejadas por todos os indivíduos.
Bens Económicos: São relativamente escassos e supõe a ocorrência de esforço humano na sua
obtenção, por esse motivo, possuem preço, ou seja, preço maior que zero.
(i) Bens Materiais são tangíveis, e podemos atribuir características como peso, altura etc.
Por exemplo: alimentos, roupas, livros, eletrodomésticos.
Bens Materiais classificam-se quanto ao seu destino em: Bens de Consumo e Bens de Capital.
Tanto os Bens de Consumo como os Bens de Capital podem ser classificados como Bens
Finais Bens Intermediários.
Bens Finais são aqueles que já passaram por todos os processos de transformação,
estão acabados.
Bens Intermediários são aqueles que ainda precisam ser transformados para atingir sua
forma definitiva.
Bens Privados: são os produzidos e possuídos por particulares. Como por exemplo, os
automóveis, eletrodomésticos.
Bens Públicos: são o conjunto de bens gerais fornecidos pelo setor público.Como a
educação, a justiça, segurança, transporte.
(ii) Bens Imateriais (ou Serviços) - "Serviço são bens imateriais, não podem ser tocados e
nem estocados, pois são intangíveis". Fazem parte dessa categoria de bens os cuidados
de um médico, os serviços de um advogado. Acabam no mesmo momento de sua
produção.
Mão de Obra: todo esforço humano, físico ou mental, despendido na produção de bens
e serviços. Como o trabalho no sentido económico do serviço prestado de um médico,
do operário da construção civil, a supervisão de um gerente de banco, o trabalho de
um agricultor no campo.
Capital ou Bens de Capital: o conjunto de bens fabricados pelo homem e que não se
destinam ao consumo para a satisfação das necessidades, mas utilizados no processo
de utilização de outros bens. É o conjunto de riquezas acumuladas pela sociedade,
destinadas à produção de novas riquezas. Inclui,além de máquinas e equipamentos,
ferramentas e instrumentos de trabalho, infra-estrutura econômica e social.São todos
os edifícios e todos os estoques dos materiais dos produtos, incluindo os bens
intermediários (parcialmente acabados) e os finais (acabados).
Capital Juros
Cada espingarda que é fabricada, cada barco de guerra que é lançado ao mar, cada míssil
que é disparado significa, em última instância, um roubo a quem tem fome e não tem o que
comer.
“Every gun that is made, every warship launched, every rocket fired signifies in the final
sense, a theft from those who hunger and are not fed, those who are cold and are not
clothe”d.
16 Abril 1953
CAPÍTULO II
SISTEMAS ECONÓMICOS
3. A Economia de Mercado
Numa Economia de Mercado, como dos países capitalistas, o Mercado é que dá respostas para
as questões fundamentais da economia. Toda economia opera segundo um conjunto de regras
e regulamentos. A sociedade desenvolve suas atividades segundo esse sistema de regras e
regulamentos em termos políticos, económicos e sociais.
O sistema económico de uma Economia de Mercado (de países capitalistas) pode ser:
Características:
Promove o equilíbrio dos mercados pelo mecanismo de preço;
Promove o equilíbrio dos mercados com base na filosofia do liberalismo económico.
Advoga a soberania do mercado, sem interferência do Estado. Este deve
responsabilizar mais com justiça, paz, segurança, e deixar o mercado resolver as
questões económicas fundamentais).
Uma economia mista é uma economia em que o governo e o mercado compartilham decisões
de o que, como e para quem produzir.
Características:
O mercado sozinho não garante que a economia opere sempre com pleno emprego dos
seus recursos. Necessitando de maior atuação do Setor Público na economia.
Agentes Económicos integrantes de um Sistema Económico de Concorrência Mista
(Com a Interferência do Governo):
(i) Unidades Familiares englobam diferenciadas formas de unidades domésticas,
unipessoais e familiares, segundo as quais a sociedade se encontra segmentada.
São essas unidades que detém a posse e domínio dos factores de produção,
colocando-os à disposição das empresas.
(ii) Empresas tem como principal característica comum a intertividade, isto é,
nenhuma subsiste isoladamente, cada uma depende direta ou indiretamente de
todas as demais e as operações produtivas descrevem-se por um permanente e
complexo processo de entradas-e-saídas.
(iii) Governo interagindo com as unidades familiares e as empresas, o governo destaca-
se como agente económico produtor de bens e serviços públicos, além de ser um
centro de geração, execução e julgamento de regras básicas para a sociedade como
um todo.
A nossa vida quotidiana identifica-se com a actividade económica, visto que a maioria das
tarefas e realizações do Homem visam a satisfação das necessidades. Essa actividade é
económica porque produz bens e serviços utilizando convenientemente os recursos escassos.
O funcionamento da actividade económica exige a realização e a dinamização de várias
actividades: o Consumo, a Produção, a Distribuição, a Repartição do rendimento e a
Acumulação.
A venda da produção gera um conjunto de rendimentos que são repartidos pelos vários
intervenientes sob a forma de salários, lucros, rendas e juros
CAPÍTULO III
O MERCADO
Quando se fala em mercado, pode-se falar em mercado de bens de consumo (por exemplo,
mercado das batatas) ou mercado dos factores produtivos (por exemplo, mercado petrolífero,
mercado financeiro ou mesmo mercado de trabalho). As leis e mecanismos que se aplicam ao
mercado dos bens de consumo e ao mercado dos factores produtivos são as mesmas: por
exemplo, no mercado de trabalho também existe um encontro entre a oferta
(famílias/trabalhadores) e a procura (empresas/empregadores), formando-se um preço que
regulará esse mercado (o salário); da mesma forma, no mercado financeiro existe o encontro
entre quem tem dinheiro para emprestar ou aplicar e quem dele necessita, formando-se um
preço que é a taxa de juros.
subsiste, uma vez que os avanços tecnológicos nas comunicações permitem que hajam
transações econômicas até sem contato físico entre o comprador e o vendedor, tais como nas
vendas por telefone e/ou Internet.