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A INTEGRAÇÃO REGIONAL
NA AMÉRICA LATINA E A
NOVA DINÂMICA DAS
RELAÇÕES COM OS
ESTADOS UNIDOS
Apoio
logístico:
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A CEPAL foi criada em 25 de fevereiro de 1948, sendo uma das cinco comissões
regionais das Nações Unidas. Sua função era de monitorar, assessorar e contribuir
para o desenvolvimento da região latino-americana. Hoje, a CEPAL promove estudos
para retomar o caminho do crescimento sustentado, assim como a consolidação de
sociedades plurais e democráticas. Disponível em www.eclac.cl, último acesso em
01/06/2010.
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A idéia básica deste processo de crescimento econômico é substituir gradualmente
os produtos importados por produtos produzidos no país, dos mais simples aos mais
complexos. No Brasil, este processo teve início com Getúlio Vargas, com a
substituição das importações de bens intermediários; nos anos 1950, com Juscelino
Kubitscheck, o processo acelerou-se até culminar, ao longo dos governos militares,
com a substituição das importações de bens de capital e de base.
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Segundo o Direito Internacional, a reciprocidade implica o direito de igualdade e de
respeito mútuo entre os Estados.
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INTEGRAÇÃO REGIONAL NA AMÉRICA LATINA E A NOVA DINÂMICA DAS RELAÇÕES
Período de Maturação
A adesão dos quatro países à Tarifa Externa Comum (TEC)9 marca
uma nova fase para o bloco e para a integração como um todo. A TEC é,
sem dúvida, o aspecto mais desenvolvido do processo de integração,
ainda que seja necessário alguns ajustes (como a manutenção de
algumas listas de exclusão por prazos maiores) em razão da instável
conjuntura internacional do momento. Foi necessário repactuar a TEC
em 1997 devido às pendências que permaneceram sem solução ao
longo da fase de adaptação.
O período, apesar das dificuldades, foi de grandes avanços para
as relações com os países vizinhos, a começar pela adesão de Chile e
Bolívia, ainda que sob um estatuto diverso10. Também foi firmado acordo
com a Comunidade Andina de Nações, tendo em vista uma possível
área de livre comércio decorrente das relações entre os dois maiores
blocos econômicos da América do Sul.
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Luiz Inácio Lula da Silva, no Brasil; Evo Morález, na Bolívia; Rafael Corrêa, no
Equador; Nestor Kirschner, na Argentina, seguido de sua esposa, Cristina Kirschner;
Fernando Lugo, no Paraguai; Hugo Chávez, na Venezuela; Michelle Bachelet, no
Chile; Alan García no Peru.
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De acordo com Faria (2004), as relações do Brasil com os Estados Unidos podem ser
consideradas pendulares, pois oscilam entre o alinhamento automático da política
externa brasileira com as diretrizes norte-americanas, em alguns momentos, e uma
posição mais autônoma por parte dos governantes brasileiros, voltando-se para as
questões “terceiro mundistas” (ou, mais recentemente, para as relações Sul-Sul),
em outros momentos. O governo de Fernando Henrique Cardoso caracterizaria um
momento de alinhamento, enquanto o governo de Luiz Inácio Lula da Silva ilustra
bem o momento atual de busca por maiores autonomia e iniciativa, desvinculada
dos interesses norte-americanos.
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O IBAS ou G-3 é um Fórum de Diálogo composto por Índia, Brasil e África do Sul. Foi
criado em 06 de junho de 2003 sob a Declaração de Brasília, e tem importância
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política e estratégica para esses países tanto no âmbito das relações Sul-Sul,
quanto para obter maior poder político nas arenas multilaterais em relação aos
países desenvolvidos.
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A supranacionalização do MERCOSUL consiste na criação ou remodelagem de
estruturas institucionais do bloco para que atuem fora do âmbito nacional, ou seja,
que funcionem acima das soberanias nacionais. O melhor exemplo do processo de
supranacionalização atualmente é a União Europeia, cujos órgãos atendem ao bloco
independentemente das instituições nacionais. No momento, a estrutura do
MERCOSUL se dá de forma intergovernamental, o que significa que todas as
decisões concernentes ao bloco são negociadas diretamente entre os Estados, e
não através de um órgão permanente e com representações fixas responsável por
mediar os interesses de cada membro.
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integração com a Venezuela. A chamada equação energética da América Latina poderia ser
alterada neste contexto, uma vez que a Argentina sofre com a falta de energia (e disputa
com o Brasil o mercado boliviano), a Venezuela poderia ser uma fonte importante, a menos
que o Brasil coloque seus interesses energéticos imediatamente à frente de seu vizinho
argentino, o que poderia trazer ainda mais conflitos. Atualmente, o Brasil melhorou a
infraestrutura energética integrada com a Argentina, e compromete-se em ajudar a
abastecer o país nos momentos de maior demanda (BERNAL-MEZA, 2008).
A retomada do bloco na atual década, portanto, traduz as
estratégias brasileiras de expansão econômica e de integração, usando
o MERCOSUL e, em menor escala, - mas não com menor importância –,
a Comunidade Andina como pilares de sustentação para uma nova
instância de integração, englobando todo o continente sul-americano.
A COMUNIDADE ANDINA DE NAÇÕES
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Consenso de Washington foi o nome dado para o conjunto de dez regras
estabelecidas em 1989 para promover o ajustamento econômico dos países em
desenvolvimento que passavam por dificuldades. Dentre as principais diretrizes,
figuram a abertura comercial, a privatização das estatais e a desregulamentação
das leis econômicas e trabalhistas. O Consenso de Washington ficou conhecido
como símbolo das medidas neoliberais dos anos 1990.
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A América Latina, a partir das anos 2000, foi palco de uma nova
etapa para a integração; desta vez, buscando abranger todos os países
sul-americanos. Para este novo momento, os blocos econômicos
regionais deparam-se com desafios que vão além de suas realidades
regionais. Exemplos de tais desafios são a IIRSA, nascida em 2000, e a
UNASUL, em 2006.
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Disponível em: www.integracionsur.com. Último acesso em 28 de junho de 2010.
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LEITURAS COMPLEMENTARES20
Leitura obrigatória
FARIA, Luiz Augusto Estrella. La Política Exterior de Brasil: ¿dónde
queda el sur?
<http://www.integracionsur.com/actividades/FariaDondeQuedaSur.pdf>
FARIA, Luiz Augusto Estrella. Integração Regional e Desenvolvimento no
Cone Sul. Ensaios FEE, Porto Alegre, v.20, n.2, p-129-158. 1999.
<http://revistas.fee.tche.br/index.php/ensaios/article/view/1953/>
VIZENTINI, Paulo Fagundes. A ALCA e seu sentido estratégico: desafio ao
Brasil e ao MERCOSUL. Indic. Econ. FEE, v.29, n.3, 2001. p.127-146.
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Disponível no site do Projeto “Relações Internacionais para Professores”:
http://www.cursoripe.blogspot.com/.
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Leitura complementar
FARIA, Luiz Augusto Estrella. As negociações comerciais do Brasil:
arenas, agendas e interesses. Indic. Econ. FEE, Porto Aegre, v.33, n.3.
p.7-14. 2005.
<www.fee.tche.br/sitefee/download/indicadores/rie3303.pdf>
SILVA, André Luiz Reis da. A américa do sul na política externa do
governo fernando henrique cardoso: um legado para o governo lula?
NERINT, 2009. Disponível em:
http://www6.ufrgs.br/nerint/folder/artigos/artigo3169.pdf
LINKS ÚTEIS
http://www.iadb.org/intal/index.asp?idioma=POR
5)Site da Iniciativa para a Infraestrutura Regional da América do Sul –
IIRSA
http://www.iirsa.org/index_POR.asp?CodIdioma=POR
6)Site do Centro Latino-americano de Ecologia Social – CLAES
http://www.integracionsur.com
7)Site da CLAES para a União de Nações Sul-Americanas – UNASUL
http://www.uniondenacionessuramericanas.com/
8) Observatório Político Sul-Americano – OPSA
http://observatorio.iuperj.br
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AMORIM, Celso (2009). A integração Sul-Americana. DEP: Diplomacia,
Estratégia e Política. n.10. pg. 6-27. Brasília, Projeto Raúl Prebisch.
BECARD, Danielly Silva Ramos. Relações Exteriores do Brasil
Contemporâneo. Ed. Vozes. Porto Alegre, 2009.
CERVO, Amado Luiz. Política exterior e relações internacionais do Brasil:
enfoque paradigmático. Rev. bras. polít. int., Brasília, v.46, n.2, dez.
2003 . Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S0034-
73292003000200001&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 13.jun.2010.
CERVO, Amado Luiz. Relações internacionais da América Latina:
velhos e novos paradigmas. Brasília: IBRI, 2001.
FARIA, Luiz Augusto Estrella. A Chave do Tamanho:
desenvolvimento econômico e perspectivas do MERCOSUL.
Editora da UFRGS. Porto Alegre, 2004.
FARIA, Luiz Augusto Estrella. A Nova Política Exterior do Brasil. Nueva
Sociedad (especial em português). Disponível em:
<www.nuso.org/upload/portugues/2009/4Faria.pdf> dez.2009. Acesso
em: 13.jun.2010.
FIORI, José Luís. (2009). Estados Unidos, América do Sul e Brasil: seis
tópicos para uma discussão. In. DEP: Diplomacia, Estratégia e
Política. n.9. pg. 35-44. Brasília, Projeto Raúl Prebisch.
SILVA, André Luiz Reis da. Do otimismo liberal à globalização
assimétrica: A política Externa do Governo Fernando Henrique
Cardoso (1995-2002). Ed. ABDR. Porto Alegre, 2008.
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