Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
Prezado(a) aluno(a),
Armando Mercadante
mercadante@pontodosconcursos.com.br
129
www.pontodosconcursos.com.br
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR: ARMANDO MERCADANTE
Durante as aulas anteriores você se deparou com diversas questões de concursos com
indicação de gabarito. O objetivo era que você lesse as questões e já fixasse a resposta
correta. O momento inicial de qualquer estudo não tem como foco testar conhecimentos, mas
sim assimilar e fixar conhecimentos.
Agora sim, você terá a oportunidade de testar o que aprendeu, resolvendo as questões da FCC
contidas na primeira e na segunda aula:
www.pontodosconcursos.com.br
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR: ARMANDO MERCADANTE
131
www.pontodosconcursos.com.br
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR: ARMANDO MERCADANTE
www.pontodosconcursos.com.br
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR: ARMANDO MERCADANTE
38. (TRE/PI - FCC) Sobre o conceito de atos administrativos, é INCORRETO afirmar que
a) os contratos também podem ser considerados atos jurídicos bilaterais.
b) particulares no exercício de prerrogativas públicas também editam ato administrativo.
c) os atos administrativos são sempre atos jurídicos.
d) os Poderes Judiciário e Legislativo não editam ato administrativo.
e) os atos administrativos são sempre passíveis de controle judicial.
43. (TCE-CE, FCC - Auditor - 2006) O “mérito administrativo” mostra-se compatível com o
poder
a) discricionário e com o elemento “competência” do ato administrativo.
b) discricionário e com o elemento “motivo” do ato administrativo.
c) vinculado e com o elemento “forma” do ato administrativo.
d) vinculado e com o elemento “finalidade” do ato administrativo.
e) vinculado e com o elemento “objeto” do ato administrativo.
133
www.pontodosconcursos.com.br
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR: ARMANDO MERCADANTE
134
www.pontodosconcursos.com.br
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR: ARMANDO MERCADANTE
www.pontodosconcursos.com.br
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR: ARMANDO MERCADANTE
www.pontodosconcursos.com.br
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR: ARMANDO MERCADANTE
a) só pode ser promovida por ação judicial, enquanto a revogação pode se dar por meio de
processo administrativo.
b) dispensa, tanto quanto a revogação, a instauração de processo administrativo, ainda que se
trate de ato constitutivo de direito.
c) funda-se em critérios de oportunidade e conveniência, exigindo a instauração de processo
administrativo, enquanto a revogação ocorre por vícios de ilegalidade.
d) destina-se à retirada de atos administrativos discricionários, enquanto a revogação aplica-se
exclusivamente a atos administrativos vinculados.
e) deve ser promovida em caso de vício de ilegalidade, enquanto a revogação pode se dar por
critérios de oportunidade e conveniência.
137
www.pontodosconcursos.com.br
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR: ARMANDO MERCADANTE
1. errada, 2. correta, 3. correta, 4. correta, 5. correta, 6. A, 7. B, 8. errada, 9. B, 10. errada, 11. correta,
12. errada, 13. Correta, 14. Correta, 15. errada, 16. E, 17. Errada, 18. errada, 19. Correta, 20. Correta,
21. errada, 22. correta, 23. errada, 24. Errada, 25. Errada, 26. Correta, 27. Errada, 28. Errada, 29.
Correta, 30. Errada, 31. Errada, 32. Errada, 33. Correta, 34. Errada, 35. Errada, 36. Errada, 37. Errada,
38. D, 39. D, 40. E, 41. D, 42. B, 43. B, 44. E, 45. D, 46. B, 47. Correta, 48. Errada, 49. B, 50. Correta,
51. D, 52. D, 53. Correta, 54. A, 55. E, 56. Correta, 57. B, 58. Errada, 59. Errada, 60. B, 61. errada, 62. A,
63. D, 64. C, 65. E, 66. D, 67. E, 68. D.
138
www.pontodosconcursos.com.br
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR: ARMANDO MERCADANTE
PONTO 4
Órgãos públicos e agentes públicos
De acordo com Hely Lopes Meirelles, órgãos públicos “são centros de competência
instituídos para o desempenho de função estatais, através de seus agentes, cuja atuação
é imputada à pessoa jurídica a que pertencem”.
O importante é você saber que os órgãos não possuem personalidade jurídica, sendo
apenas partes integrantes de uma pessoa jurídica. Órgãos são despersonalizados!
139
www.pontodosconcursos.com.br
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR: ARMANDO MERCADANTE
Então vamos raciocinar: se os órgãos são partes integrantes de uma pessoa jurídica e todas as
entidades acima citadas são pessoas jurídicas, podemos concluir que existem órgãos dentro
de cada uma delas, concorda?
Para você ter um exemplo: o Departamento da Polícia Federal é um órgão. Ou seja, é uma
unidade de atuação integrante da pessoa jurídica União.
Beleza Armando, eu consigo facilmente identificar um órgão da União, mas quero um exemplo
de órgão de uma autarquia. Sem problemas. Pense na autarquia INSS. Na sua cidade
provavelmente existe uma agência do INSS. Essa agência, da mesma forma que os postos de
atendimentos, as superintendências e as gerências, são órgãos da pessoa jurídica INSS.
Veja que indiquei o exemplo da PF como órgão da União (administração direta) e o de uma
agência como órgão da autarquia INSS (administração indireta) para concluir que existem
órgãos tanto na estrutura da administração direta como na da administração indireta.
Vamos agora ao erro da questão que certamente você já identificou: órgãos não possuem
personalidade jurídica, sendo despersonalizados. Conforme já dito acima, os órgãos são
partes integrantes da pessoa jurídica.
Interessante ainda destacar informação que já consta dos conceitos apresentados de órgãos
públicos: as competências atribuídas aos órgãos públicos são executadas pelos agentes
públicos nele lotados.
- Te
Teo
orriia
a do
do ór
órg
gã
ão
o
Durante o estudo de órgãos, você encontrará explicações sobre as teorias que justificam a
relação existente entre o Estado e os seus agentes públicos.
140
www.pontodosconcursos.com.br
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR: ARMANDO MERCADANTE
Por isso, fique muito atento na prova e não caia em pegadinhas que digam que o agente
público é mandatário ou representante do Estado. Se você marcar como correta uma afirmação
dessa estará aceitando as teorias do mandato ou da representação.
O agente público não é mandatário do Estado, pois a relação entre eles não foi acordada por
meio de um contrato de mandato. O Estado não outorgou para o agente público uma
procuração, para que esse atue em seu nome e sob a sua responsabilidade.
O Estado não mantém relação de mandato com seus agentes, muito menos esses são
seus representantes!
O que ocorre é que os órgãos e as pessoas jurídicas não expressam suas vontades por si sós.
Esvazie o prédio do INSS e veja o que ocorre. Nada vai acontecer, pois pessoas jurídicas e
órgãos não se expressam sozinhos. Eles dependem dos seus agentes públicos. São esses
quem executam as funções administrativas.
Mas nesse ponto surge uma indagação: têm os agentes públicos vontade própria ou eles
exercem a função pública em obediência e nos termos definidos pelas leis?
Você sabe a resposta, não é? Os agentes devem seguir as disposições das leis e por isso
eu digo que eles não têm vontade própria. O agente público é um instrumento de
expressão da vontade estatal.
Um policial federal, na condição de servidor da União, quando aplica uma multa, não está
expressando a sua vontade pessoal, mas sim aquela constante da lei. Isso é reflexo do
princípio da impessoalidade. Pense no policial diante de um amigo. Se ele seguisse a vontade
dele certamente não multaria o amigo, mas o que importa é a finalidade da lei que regulamenta
o tema. Se não aplicar a sanção desrespeitará a lei e estará exposto a punições.
141
www.pontodosconcursos.com.br
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR: ARMANDO MERCADANTE
De acordo com a teoria do órgão, que se baseia no princípio da imputação volitiva, a conduta
do agente público é imputada (atribuída) à pessoa jurídica do qual ele faça parte. Nesses
termos, a conduta do policial federal é imputada à União e será esta quem responderá por
eventuais danos causados a administrados.
Independente de ser lícita ou ilícita a conduta do agente público, essa será imputada à
pessoa jurídica, e caso dela decorra prejuízo para o administrado, este deverá propor a
ação contra a pessoa jurídica à qual está vinculado o agente.
- Cr
Criia
aç
çã
ão
o do
dos
s ór
órg
gã
ão
os
s
Para responder essa questão será preciso analisar dois dispositivos da CF/88:
No seu conteúdo consta que a lei para criação e para extinção de Ministérios (que são órgãos)
e de órgãos da administração pública é de iniciativa do Presidente da República. Ou seja,
podemos concluir que é preciso lei para criar e extinguir órgãos públicos. Tranquilo até
aqui?
142
www.pontodosconcursos.com.br
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR: ARMANDO MERCADANTE
Mas o enunciado diz: “os órgãos públicos da administração direta, autárquica e fundacional são
criados por lei”.
Veja que o art. 61, §1º, II, e, CF, refere-se a órgãos da administração pública, não fazendo
qualquer restrição se direta ou indireta.
Portanto, está correta a primeira parte da assertiva ao afirmar que os órgãos públicos da
administração direta, autárquica e fundacional são criados por lei.
Superada a primeira parte da questão, analise comigo a parte final, que traz a idéia de que os
órgãos não podem ser extintos por meio de decreto do Chefe do Poder Executivo.
Alguns alunos caem direto nessa pegadinha, dizendo que órgão pode ser extinto por decreto
por força do art. 84, VI, b, da CF. Volte algumas linhas e leia-o novamente antes de
continuarmos.
Ocorre que essa alínea “b” preceitua que cargos e funções vagos podem ser extintos por
decreto, não fazendo referência a órgãos. Inclusive, a alínea “a” é expressa ao afirmar que o
decreto pode ser usado para organização e funcionamento da administração federal, exceto se
implicar em aumento de despesas ou criação e extinção de órgãos. Ou seja, criação e
extinção de órgão somente por lei.
- Ca
Cap
pa
ac
ciid
da
ad
de
e pr
pro
oc
ce
es
ss
su
ua
all e cl
cla
as
ss
siiffiic
ca
aç
çã
ão
o do
dos
s ór
órg
gã
ão
os
Inicialmente esclareço que num mandado de segurança o pólo ativo é quem impetra a ação
(quem “entra” com o mandado de segurança).
A questão afirma que os órgãos não podem impetrar mandado de segurança, porém,
esse não é o posicionamento da doutrina e da jurisprudência.
A regra é que os órgãos, por não possuírem personalidade jurídica, não possuem capacidade
processual (personalidade judiciária) não podendo figurar em qualquer um dos pólos de uma
relação processual (o órgão não pode ajuizar ação e contra ele não pode ser ajuizada ação).
143
www.pontodosconcursos.com.br
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR: ARMANDO MERCADANTE
Contudo, essa regra tem sido excepcionada pelos tribunais pátrios ao conferirem
capacidade processual para alguns órgãos ingressarem em juízo.
A jurisprudência admite nesse caso que a Câmara Municipal impetre mandado de segurança
contra o ato ilegal praticado pelo Prefeito. Teremos um órgão impetrando mandado de
segurança, o que por si só justifica o motivo da questão ora comentada está errada.
Pois bem, você já sabe que alguns órgãos podem impetrar mandado de segurança e lhe dei
um exemplo. Mas linhas acima eu disse que apenas alguns órgãos possuem essa capacidade.
São os órgãos classificados como independentes e autônomos. Detalhe: não podem ajuizar
ação por qualquer motivo, mas somente para a defesa de suas prerrogativas e de suas
competências.
Então vamos juntar as peças da explicação para concluir que apenas os órgãos
independentes e os autônomos possuem capacidade processual (personalidade
judiciária) para a defesa de suas prerrogativas e de suas competências.
Mas certamente você deve estar perguntando: quem são os órgãos independentes e os
autônomos?
Os órgãos recebem diversas classificações, dentre elas há uma classificação que leva em
conta a posição estatal e divide os órgãos da seguinte maneira:
144
www.pontodosconcursos.com.br
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR: ARMANDO MERCADANTE
145
www.pontodosconcursos.com.br
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR: ARMANDO MERCADANTE
- Compostos: já esses órgãos atuam de forma desconcentrada, pois agregam vários outros
órgãos à sua estrutura. Pense na Secretária de Saúde de seu município, que está vinculada
a hospitais e a postos de saúde.
Justamente pelo fato de os alunos não gostarem de estudar classificação é que sugiro que
estude com afinco. Em concurso fazer diferente é muito importante. Portanto, não tem essa de
tema chato ou bom. Seja diferente da maioria e estude os temas chatos. Tenho certeza que
assim você vai se dar bem.
Agente público é toda pessoa natural (pessoa física) que, a qualquer título, exerce
função pública, integrando ou não a Administração Pública.
Dessa forma, um policial federal, que servidor da União, é considerado agente público; um
mesário de eleição, que não é servidor público, também será considerado agente público. Isto
porque ambos exercem função pública. Perceba que o fundamental para a caracterização
do agente público é o exercício de função pública.
A Lei 8.429/92 (conhecida como a “Lei de Improbidade Administrativa”) traz em seu art. 2º o
conceito de agente público:
“Reputa-se agente público, para os efeitos desta Lei, todo aquele que exerce, ainda que
transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação
ou qualquer forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas
entidades mencionadas no artigo anterior”.
A noção de agente público não se limita ao âmbito da Administração Pública, pois há pessoas
que exercem função pública e não integram a Administração Pública, como por exemplo, os
funcionários das concessionárias e das permissionárias de serviços públicos.
146
www.pontodosconcursos.com.br
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR: ARMANDO MERCADANTE
O transporte público de ônibus executado nas cidades costuma ser feito por meio de contrato
de permissão. Ou seja, o município realiza uma licitação e a empresa vencedora passa a
operar as linhas municipais na condição de permissionária. Seus empregados – o motorista do
ônibus, por exemplo – estará desempenhando função pública, sendo considerado agente
público.
• agentes políticos
• agentes delegados
• agentes honoríficos
• agentes credenciados
• agentes administrativos
• agentes políticos
• agentes administrativos
• particulares colaboradores (expressão que inclui delegados, honoríficos e credenciados).
www.pontodosconcursos.com.br
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR: ARMANDO MERCADANTE
(E) prestam serviços à Administração por conta própria, por requisição ou com
sua concordância, exercendo função pública, mas não ocupando cargo ou
emprego público.
Na prova fique tranquilo, pois ambas as classificações são aceitas. Do próprio enunciado da
questão de prova você conseguirá deduzir qual classificação a banca está utilizando.
Classi
las siffiic
ca
aç
çã
ão
o
1) Agentes políticos
A conceituação de agente político não é uniforme entre os doutrinadores, da mesma forma que
a relação de seus integrantes.
Conceito: “Agentes políticos são os componentes do Governo nos seus primeiros escalões,
investidos em cargos, funções, mandatos ou comissões, por nomeação, eleição, designação ou
delegação para o exercício de atribuições constitucionais”.
Conceito: “Agentes políticos são os titulares dos cargos estruturais à organização política do
País, isto é, são os ocupantes dos cargos que compõem o arcabouço constitucional do Estado
e, portanto, o esquema fundamental do poder. Sua função é a de formadores da vontade
superior do Estado”.
www.pontodosconcursos.com.br
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR: ARMANDO MERCADANTE
Não tenho dúvidas de que diante dessas informações você quer saber qual teoria é a correta.
Na realidade, a solução para enfrentar essa questão numa prova de concurso público não
reside em eliminar uma das posições, mas sim em saber da existência de ambas, que por sinal
encontram diversos adeptos, e, principalmente, que o Supremo Tribunal Federal, no
julgamento do recurso extraordinário nº 228977 (publicado em 12/04/02), adotou a
posição de Hely Lopes Meirelles, inclusive com transcrição de trecho de seu livro no
voto do Ministro que relatou a decisão.
Dessa forma, para a sua prova, opte pela posição do professor Hely Lopes Meirelles que
classifica como agentes públicos:
149
www.pontodosconcursos.com.br
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR: ARMANDO MERCADANTE
2) Agentes delegados
São particulares que recebem delegação do Poder Público para execução de determinada
atividade, obra ou serviço público. Executam tais atividades em nome próprio, por sua conta e
risco, contudo, com observância das normas impostas pelo Estado, que, por sua vez, exerce
permanente fiscalização.
3) Agentes honoríficos
Não possuem vínculo profissional com o Estado, apenas sendo considerados “funcionários
públicos” para fins penais (art. 327, Código Penal).
150
www.pontodosconcursos.com.br
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR: ARMANDO MERCADANTE
4) Agentes credenciados
Por exemplo, cientista brasileiro que represente o país numa convenção científica internacional.
5) Agentes administrativos
São aqueles que se vinculam ao Estado por relações profissionais, sujeitos à hierarquia
funcional e a regime jurídico determinado.
www.pontodosconcursos.com.br
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR: ARMANDO MERCADANTE
152
www.pontodosconcursos.com.br
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR: ARMANDO MERCADANTE
PONTO 5
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: DIRETA E INDIRETA
153
www.pontodosconcursos.com.br
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR: ARMANDO MERCADANTE
O que vem a ser descentralização? É quando União, Estados, Distrito Federal e Municípios
transferem a execução de determinadas atividades para outras pessoas, descentralizando
essas tarefas.
Para ficar mais fácil o entendimento, pense que na descentralização legal o ente federado
transfere a titularidade e a execução de determinada atividade para entidade integrante
da administração indireta.
Dessa forma, o INSS, que é uma autarquia, exerce as atividades que recebeu da União como
titular, uma vez que a descentralização legal implica na transferência da titularidade e da
execução da atividade.
154
www.pontodosconcursos.com.br
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR: ARMANDO MERCADANTE
Todas as vezes que você pensar em descentralização deve pensar em duas pessoas. Um ente
federado transferindo competências para outra pessoa integrante da administração indireta ou
para concessionárias/permissionárias de serviços públicos.
Aqui é preciso chamar sua atenção para o fato de que todas as entidades da administração
indireta serem pessoas jurídicas. Da mesma forma, as concessionárias obrigatoriamente
são pessoas jurídicas. Já as permissionárias podem ser pessoas jurídicas ou pessoas
físicas.
www.pontodosconcursos.com.br
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR: ARMANDO MERCADANTE
pelo fato de ser esta uma distribuição interna de competências, ou seja, uma distribuição
de competências dentro da mesma pessoa jurídica. (correta)
c) cria uma entidade e a ela transfere, mediante previsão em lei, determinado serviço
público. (as concessionárias e permissionárias não são criadas por lei. São pessoas
jurídicas de direito privado que contratam com o poder público a prestação de determinado
serviço público.
e) transfere bens e ações para uma entidade privada. (Essa transferência não guarda
relação com a definição de delegação)
156
www.pontodosconcursos.com.br
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR: ARMANDO MERCADANTE
Se a banca fizer referência a órgãos, pode ter certeza que a resposta será desconcentração ao
invés de descentralização, uma vez que órgãos não são pessoas jurídicas (gabarito da
questão: letra E.
(OAB CESPE 2009 EXAME DE ORDEM 2009) Os órgãos públicos não são dotados de
personalidade jurídica própria. (correta)
(OAB CESPE 2009 EXAME DE ORDEM 2009) O controle das entidades que compõem
a administração indireta da União é feito pela sistemática da supervisão ministerial.
(correta)
157
www.pontodosconcursos.com.br
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR: ARMANDO MERCADANTE
É certo que o referido decreto-lei tem aplicação restrita à Administração Pública federal, o que
não significa que as entidades acima citadas não integrem também a administração indireta
dos Estados, Distrito Federal e Municípios.
158
www.pontodosconcursos.com.br
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR: ARMANDO MERCADANTE
União, Estados, Distrito Federal e Municípios são chamados de entes federados ou pessoas
políticas, ao passo que as pessoas jurídicas integrantes da Administração Indireta são
denominadas de entidades administrativas.
159
www.pontodosconcursos.com.br
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR: ARMANDO MERCADANTE
Além destes nomes listados como componentes da Administração Indireta, outras pessoas
jurídicas também a integram, mas não com natureza jurídica diferente das apresentadas, pois
serão espécies de autarquias e/ou de fundações públicas, dependendo do caso. São as
seguintes entidades: agências reguladoras, agências executivas e associações públicas.
As agências reguladoras até então foram criadas no Brasil com a natureza de autarquias em
regime especial (o que não impede que possam ser criadas com outra natureza jurídica, como
fundações públicas, por exemplo), enquanto as executivas podem ser autarquias ou fundações
públicas que firme com o Poder Público contrato de gestão e possuam plano estratégico. Já as
associações públicas são constituídas com a forma jurídica de autarquias.
Importante frisar, apesar de não ser objeto de estudo desse curso, que as pessoas jurídicas
componentes do terceiro setor, as chamadas paraestatais, não integram a Administração
Pública. São elas: organizações sociais, entidades de apoio, sociedades civis de
interesse privado e serviços sociais autônomos.
160
www.pontodosconcursos.com.br
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR: ARMANDO MERCADANTE
Dessa forma, o controle das pessoas administrativas caberá ao ministério a que estiverem
vinculadas e se materializará sob a forma de supervisão, sem prejuízo da utilização de outros
instrumentos de controle previstos na CF 88.
Apesar da previsão deste controle, é preciso destacar que não há hierarquia entre as pessoas
integrantes da administração direta e as da administração indireta. A hierarquia não se faz
presente na descentralização, mas sim na desconcentração, institutos que já foram objeto de
estudos.
Além disto, vale ressaltar que as pessoas administrativas não integram a estrutura orgânica da
Administração Direta. Assim sendo, a Caixa Econômica Federal (pessoa administrativa), que é
uma empresa pública federal, não integra a estrutura orgânica da União. Diferentemente, a
Receita Federal do Brasil, que é um órgão federal, é integrante da estrutura orgânica da União.
A expressão estrutura orgânica está associada a órgãos e não a pessoas jurídicas.
A questão apresentada tem como resposta a letra B, pois ministério público e defensoria
pública são órgãos, integrantes da estrutura orgânica da respectiva pessoa jurídica.
Por fim, cumpre informar que nem toda sociedade em que o Estado tenha participação
acionária integra a administração indireta, significando dizer que o Estado de Minas Gerais
pode adquirir ações de empresas, sem que estas passem a integrar a administração indireta
mineira.
161
www.pontodosconcursos.com.br
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR: ARMANDO MERCADANTE
A entidade abordada na questão tem como exemplos: INSS, INCRA, CADE, CVM, IBAMA,
Banco Central do Brasil, ANATEL, CVI e Conselhos de Fiscalização de profissões
regulamentadas, como Conselho de Medicina, Conselho de Odontologia etc. (exceto OAB,
conforme entendimento do STF - ADI nº 1.717-DF)
1) Natureza jurídica:
Possuem personalidade jurídica de direito público interno (art. 41, IV, Código Civil),
podendo ser federais, estaduais, distritais ou municipais.
(OAB CESPE 2009 EXAME DE ORDEM 2009) As autarquias podem ter personalidade
jurídica de direito privado. (errada)
2) Criação:
Criada por lei específica, nos termos do art. 37, XIX, CF.
(OAB CESPE 2009 EXAME DE ORDEM 2009) Uma lei que reestruture a carreira de
determinada categoria de servidores públicos pode também dispor acerca da criação de
uma autarquia. (errada, pois tem que ser lei específica, ou seja, uma lei que apenas trate
da criação da autarquia)
A regra prevista no art. 45 do Código Civil de que a existência legal das pessoas jurídicas tem
início com a inscrição no registro próprio de seus atos constitutivos não se aplica às
162
www.pontodosconcursos.com.br
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR: ARMANDO MERCADANTE
4) Extinção:
Pelo princípio da simetria ou paralelismo das formas jurídicas, pelo qual a forma de nascimento
dos institutos jurídicos deve ser a mesma de sua extinção, será lei específica o instrumento
legislativo idôneo para extinção das autarquias, de competência privativa do Chefe do
Executivo.
Portanto, é o Chefe do Poder Executivo quem apresenta o projeto de lei de criação de uma
autarquia.
A CF/88 refere-se ao Presidente da República, devendo tal regra pelo princípio da simetria
constitucional ser aplicada também aos Estados (governadores), Distrito Federal (governador)
e Municípios (prefeitos) com as devidas adaptações.
1
Apenas para esclarecer, a palavra “órgão” nesse artigo foi utilizada de forma imprecisa, pois a
Constituição atribui-lhe um sentido amplo, abrangendo os órgãos propriamente ditos e as entidades da
administração indireta.
163
www.pontodosconcursos.com.br
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR: ARMANDO MERCADANTE
Apenas para fins de esclarecimento, a palavra “órgão” nesse dispositivo constitucional foi
utilizada de forma imprecisa, pois a Constituição atribuiu-lhe um sentido amplo, abrangendo
os órgãos propriamente ditos e entidades da administração indireta (autarquias,
fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista).
6) Organização:
7) Conceito:
Do decreto-lei nº 200/67 (art. 5º, I): “o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade
jurídica, patrimônio e receita próprios, para executar atividades típicas da Administração
Pública, que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e
financeira descentralizada”.
Como muitos alunos acham esse conceito complexo, segue outra definição: pessoa jurídica
de direito público, de natureza administrativa, integrante da Administração Indireta, com
patrimônio próprio exclusivamente público, criada por lei específica para execução de
funções típicas do Estado.
www.pontodosconcursos.com.br
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR: ARMANDO MERCADANTE
(TRT 17ª REGIÃO CESPE 2009 ANALISTA JUDICIÁRIO) Como pessoas jurídicas de
direito público, as autarquias têm personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios e
são criadas com a finalidade de desempenhar atividades próprias e típicas da
administração pública. (correta)
8) Objetivos sociais:
9) Autonomia administrativa:
Entre a autarquia e a pessoa política instituidora não há hierárquica, mas apenas vinculação
(tutela ou controle finalístico), por meio da qual a administração direta fiscaliza se a autarquia
está desempenhando as funções que lhe foram atribuídas.
165
www.pontodosconcursos.com.br
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR: ARMANDO MERCADANTE
(FCC - 2010 - Casa Civil - SP - Executivo Público) Além de outras, NÃO constitui
característica das autarquias, a
a) isenção de controle ou tutela.
b) especialização dos fins ou atividades.
c) criação por lei.
d) personalidade jurídica pública.
e) capacidade de autrminação.
11) Patrimônio:
• não sujeição a ônus: sobre um bem público não incide gravames (ônus), como
exemplos, uma hipoteca ou um penhor.
• alienação condicionada: o bem público poderá ser alienado3, desde que observados
alguns requisitos previstos em lei (art. 17 da Lei 8.666/93).
2
Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito
público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem.
3
A expressão alienação nesse contexto significa transferência da titularidade de determinado bem (“trocar
o dono”). Alienar não se resume à venda, pois existem outros meios de mudança de proprietário, como
ocorre na doação, na permuta e na dação em pagamento.
166
www.pontodosconcursos.com.br
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR: ARMANDO MERCADANTE
Os débitos das pessoas jurídicas de direito público decorrentes de sentença judicial são pagos
por meio de precatório, nos termos do art. 100 da CF, ou por meio de Requisição de
Pequeno Valor - RPV, quando de pequeno valor (no âmbito federal, até 60 salários mínimos).
(OAB CESPE 2009 EXAME DE ORDEM 2009) As autarquias têm prerrogativas típicas
das pessoas jurídicas de direito público, entre as quais se inclui a de serem seus débitos
apurados judicialmente executados pelo sistema de precatórios. (correta)
Quanto a esse item eu chamo a sua atenção para o fato de que os débitos das pessoas
públicas, não decorrentes de sentença judicial, não são pagos por precatório ou RPV, mas
sim administrativamente.
Inclusive, o art. 84, XIV, da CF, condiciona a nomeação do presidente e dos diretores do Banco
Central à aprovação pelo Senado Federal, bem como de outros servidores, quando
determinado em lei:
167
www.pontodosconcursos.com.br
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR: ARMANDO MERCADANTE
Passou a ser possível determinado ente federado ser estatutário e as suas autarquias
celetistas. Conforme eu disse, a EC 19/98 pôs fim ao regime jurídico único, passando a
conviver dois regimes distintos: estatutário, que se baseia num estatuto, e celetista.
Inclusive, no âmbito federal foi editada a Lei 9.962/00 para disciplinar o regime de emprego
público do pessoal da Administração federal direta, autárquica e fundacional.
Identificaram um vício na votação do seu projeto, e por conta desse vício foi proposta uma
ação direta de inconstitucionalidade no STF (ADI 2135). Não deu outra: o STF, em 02/08/07,
deferiu parcialmente medida cautelar para suspender com efeitos ex nunc (daquele
momento para frente) a eficácia do indigitado art. 39, caput, com a redação da EC nº
19/98.
Se a EC 19/98 pôs fim ao regime jurídico único ao alterar o art. 39 da CF, com a suspensão de
sua aplicação volta a ser aplicado o art. 39 com sua redação anterior, ou seja, fica
restabelecido o regime jurídico único.
Com essa decisão, o regime jurídico a ser adotado obrigatoriamente pelas pessoas jurídicas de
direito público volta a ser o estatutário (posição que prevalece na doutrina e na
jurisprudência).
Mas e os entes federados que adotaram o regime de emprego público após a EC 19/98? Como
a decisão do STF teve efeitos ex nunc, só produzindo efeitos a partir daquele momento, essas
168
www.pontodosconcursos.com.br
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR: ARMANDO MERCADANTE
15) Prerrogativas:
• imunidade tributária (art. 150, §2º, CF/88), que veda a instituição de impostos sobre o
patrimônio, renda ou serviços das autarquias, desde que estes sejam vinculados a suas
finalidades essenciais;
• imprescritibilidade de seus bens (não podem ser adquiridos por terceiros via usucapião);
www.pontodosconcursos.com.br
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR: ARMANDO MERCADANTE
www.pontodosconcursos.com.br
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR: ARMANDO MERCADANTE
III. Os atos dos seus dirigentes equiparam-se aos atos administrativos, devendo
observar os mesmos requisitos para sua expedição, sujeitando-se aos controles internos
e ao exame de legalidade pelo Judiciário, pelas vias comuns ou especiais. (correta)
IV. Por realizarem serviços públicos centralizados, despersonalizados e limitados, se
acham integradas na estrutura orgânica do Executivo e hierarquizadas à tutela do
órgão público vinculado.
V. Nascem com os privilégios administrativos da entidade estatal que as institui,
auferindo as vantagens tributárias e prerrogativas processuais da Fazenda Pública, além
de outros que lhes forem outorgados por lei especial. (correta)
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I e II. b) IV e V. c) I, III e V. d) II, III e IV. e) III, IV e V.
• ações que envolvam discussões sobre relação laboral (sobre relação de trabalho, como
exemplo, ações pleiteando pagamento de férias, 13º, horas extras etc...)
• demais ações (ações de dano moral, de ressarcimento etc...).
Destaco que todo o meu raciocínio será desenvolvido levando-se em conta autarquias
federais...
Agora, se o regime for estatutário, as ações que envolvam relação laboral serão julgadas na
Justiça Federal. Portanto, se determinado servidor do INSS pretender pleitear diferenças em
suas remunerações, deverá propor a ação na Justiça Federal.
Será também da Justiça Federal, e não da Justiça do Trabalho, a competência para julgamento
das ações envolvendo servidores temporários e autarquias federais, conforme decidiu o STF
na Reclamação nº 5.171.
171
www.pontodosconcursos.com.br
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR: ARMANDO MERCADANTE
Demais ações
- Agências reguladoras
No Brasil estão sendo criadas como autarquias em regime especial para regular e/ou fiscalizar
as atividades de determinados setores que desempenham atividades econômicas no país (ex:
ANATEL, ANVISA, ANS etc).
Nada impede que sejam criadas com outra forma jurídica, como fundações públicas, por
exemplo.
172
www.pontodosconcursos.com.br
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR: ARMANDO MERCADANTE
- Agências Executivas
Você deve estar se perguntando: por que o Armando considera importante tratar de conselhos
de fiscalização nessa aula?
A resposta é simples: porque são autarquias em regime especial, matéria abrangida pelo
tema administração indireta, presente em diversos concursos públicos.
173
www.pontodosconcursos.com.br
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR: ARMANDO MERCADANTE
Portanto, se a banca afirmar numa prova que todos os conselhos de profissões são
classificados como autarquias, essa assertiva estará errada, pois a OAB, em que pese ser
conselho de profissão, não é considerada pelo STF como autarquia. Os demais conselhos
são autarquias.
De acordo com o STF, a OAB é uma pessoa jurídica de direito público, porém, não se
enquadra com autarquia, motivo pelo qual não integra a administração indireta, não
sendo obrigada a realizar concursos públicos nem a prestar contas ao TCU (ADI 3026/DF).
Dessa forma, para fazer o ponto na prova: os conselhos de profissão são autarquias,
exceto a OAB4.
4
Ressaltou-se a diferença entre a OAB e os demais conselhos profissionais a justificar o seu tratamento
diferenciado, uma vez que aquela não está voltada exclusivamente a finalidades corporativas, mas
também a defender a Constituição, a ordem jurídica do Estado democrático de direito, os direitos
humanos, a justiça social, e pugnar pela boa aplicação das leis, pela rápida administração da justiça e
pelo aperfeiçoamento da cultura e das instituições jurídicas.
174
www.pontodosconcursos.com.br
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR: ARMANDO MERCADANTE
Atenção para esse último detalhe (regime trabalhista dos conselhos), pois se a banca afirmar
que todas as autarquias federais são regidas pela Lei 8.112/90, essa assertiva está
equivocada, pois os conselhos profissionais não são, além de outras autarquias cujo
respectivo ente público optou pelo regime celetista, conforme será estudado oportunamente.
No início da aula, demonstrei para você que na administração pública existem duas fundações:
fundação pública de direito público e fundação pública de direito privado.
Na verdade, muitos alunos ficam com dúvidas quanto à existência dessas duas fundações
quando fazem a leitura do art. 37, XIX, CF: “somente por lei específica poderá ser criada
autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de
fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação”.
Observe que o legislador constituinte faz menção à autorização para criação de fundação, o
que conduz o aluno a entender que só existe a fundação pública de direito privado, pois para
ser pública deveria ser criada por lei específica.
Dessa forma, o que eu disse nas questões relacionadas às autarquias será aplicável a
essas fundações, inclusive no que se refere à seleção de pessoal: concurso público de
provas ou provas e títulos. Por isso, está errada a assertiva apresentada.
175
www.pontodosconcursos.com.br
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR: ARMANDO MERCADANTE
Nas provas, as bancas identificam e exploram duas diferenças indicadas pela doutrina entre as
autarquias e as fundações autárquicas:
II) As autarquias são criadas para o exercício de funções típicas do Estado, enquanto as
fundações autárquicas exercem funções típicas e atípicas.
Portanto, como você já conhece as principais características das autarquias e das fundações
públicas de direito público, a partir desse momento iniciaremos um breve estudo das
fundações públicas de direito privado.
O conceito apresentado pelo Decreto-lei 200/67, em seu art. 5º, IV, é o seguinte: “entidade
dotada de personalidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, criada em
virtude de autorização legislativa, para o desenvolvimento de atividades que não exijam
execução por órgãos ou entidades de direito público, com autonomia administrativa,
patrimônio próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção, e funcionamento
custeado por recursos da União e de outras fontes”.
176
www.pontodosconcursos.com.br
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR: ARMANDO MERCADANTE
- Prerrogativas: em regra não possui privilégios. Uma prerrogativa garantida consta do art.
150, §2º, da CF, que lhe confere a imunidade tributária relativamente a impostos sobre
patrimônio, renda ou serviços, desde que vinculadas às suas atividades essenciais. Isso por
que a CF, nesse ponto, não faz qualquer ressalva relativamente às fundações públicas de
direito público e às de direito privado, apenas se referindo a fundações instituídas e mantidas
pelo Poder Público. Outro privilégio diz respeito à impenhorabilidade de bens informada acima.
- Regime jurídico: o regime jurídico será de direito privado, com incidência de regras de
direito público (por ex: obrigatoriedade de realizar concurso público e licitação). Daí dizer-se
que seu regime jurídico é híbrido, como ocorre com as sociedades de economia mista e as
empresas públicas.
177
www.pontodosconcursos.com.br
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR: ARMANDO MERCADANTE
Em virtude das semelhanças entre essas duas pessoas jurídicas integrantes da administração
indireta, será possível estudá-las em conjunto.
(OAB CESPE 2009 EXAME DE ORDEM 2009) A Caixa Econômica Federal é pessoa
jurídica de direito público interno. (errada)
178
www.pontodosconcursos.com.br
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR: ARMANDO MERCADANTE
179
www.pontodosconcursos.com.br
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR: ARMANDO MERCADANTE
Ocorre que empresas públicas e sociedades de economia mista, em regra, são criadas para a
prestação de serviços públicos.
Portanto, dois são os objetivos dessas entidades: prestação de serviço público e exploração
de atividade econômica.
(OAB CESPE 2009 EXAME DE ORDEM 2009) As empresas públicas, cujos funcionários
são regidos pelo regime dos servidores públicos da União, são criadas por meio de
decreto do presidente da República. (errada)
180
www.pontodosconcursos.com.br
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR: ARMANDO MERCADANTE
- Falência: não estão sujeitas à falência, seja prestadora de serviço público ou exploradora de
atividade econômica. Na verdade, nenhuma entidade integrante da administração indireta
está sujeita à falência. Nesse sentido foi elaborada a questão abaixo:
(OAB CESPE 2009 EXAME DE ORDEM 2009) O Banco do Brasil S.A., na qualidade de
sociedade de economia mista controlada pela União, goza de privilégios fiscais não
extensivos ao setor privado. (errada)
Quanto a essa última frase muito cuidado! A CF não diz que elas não podem gozar de
privilégios fiscais! Elas poderão sim gozar destes benefícios desde que sejam estendidos às
demais empresas do setor privado.
181
www.pontodosconcursos.com.br
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR: ARMANDO MERCADANTE
pelo regime jurídico de direito público, motivo pelo qual fazem jus a algumas prerrogativas,
conforme inclusive vem reiteradamente decidindo o STF.
Foi assim, por exemplo, no julgamento do RE 407099/RS, em que o STF estendeu para os
Correios, que é empresa pública federal prestadora de serviços públicos, a imunidade tributária
recíproca de que trata o art. 150, VI, “a”, CF, c/c o §2º do mesmo artigo (imunidade de impostos
sobre patrimônio, renda ou serviços, desde que vinculados às suas atividades essenciais).
- Regime jurídico: o regime jurídico será híbrido (direito privado + direito público). Quando
prestadoras de serviços públicos, predominam as normas de direito público; quando
exploradoras de atividades econômicas, predomínio das normas de direito privado.
As autarquias e as fundações públicas de direito público são regidas pelo regime jurídico
administrativo (ou regime jurídico de direito público).
Já o regime jurídico das fundações públicas de direito privado, das empresas públicas e das
sociedades de economia mista será híbrido (normas de direito público + normas de direito
privado).
Basta você pensar na Caixa Econômica Federal, empresa pública federal, que apesar de ser
regida por normas de direito privado, pois sua personalidade jurídica é de direito privado,
submete-se a algumas normas de direito público, como, por exemplo, obrigatoriedade de
realizar concursos públicos e licitações.
Quanto ao regime jurídico das empresas públicas e das sociedades de economia mista é
preciso ainda distinguir se prestadoras de serviços públicos ou exploradoras de atividades
econômicas.
182
www.pontodosconcursos.com.br
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR: ARMANDO MERCADANTE
O estatuto dessas entidades exploradoras de atividade econômica ainda não foi criado.
Conforme consta do art. 173, a sua criação depende da aprovação de uma lei, que ainda não
existe.
183
www.pontodosconcursos.com.br
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR: ARMANDO MERCADANTE
É muito importante que você grave que esse art. 173 só se aplica às exploradoras de
atividade econômica.
Agora dê uma nova lida no inciso III desse art. 173 e analise a questão abaixo:
Contudo, enquanto a lei não for aprovada criando o referido estatuto, tanto as prestadoras de
serviços públicos como as exploradoras de atividades econômicas, no que concerne à licitação
e à contratação, observarão a Lei 8.666/93.
a) estão sujeitas ao mesmo regime jurídico das empresas privadas, inclusive no que diz
respeito a matéria tributária e trabalhista. (resposta correta: art. 173, §1º, CF)
b) não estão submetidas aos princípios da Administração pública, exceto quando prestadoras
de serviço público. (seja prestadora de serviço público ou exploradora de atividade econômica,
estão sujeitas aos princípios da Administração Pública)
184
www.pontodosconcursos.com.br
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR: ARMANDO MERCADANTE
d) sujeitam-se ao mesmo regime jurídico das fundações públicas, exceto no que diz respeito
à matéria de pessoal. (depende da fundação pública adotada, se de direito público ou de
direito privado; além disso, todas as entidades da administração indireta observam as regras
de concurso público)
e) estão sujeitas ao mesmo regime jurídico das empresas privadas, exceto no que diz respeito
a matéria tributária e trabalhista. (inclusive)
10. (FCC - 2010 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Analista Judiciário - Área Judiciária) As
empresas públicas podem adotar qualquer forma societária, inclusive a forma de sociedade
"unipessoal".
1) Composição do capital:
Para entender essa parte da matéria eu peço para meus alunos pensarem na empresa pública
Caixa Econômica Federal e na sociedade de economia mista Banco do Brasil.
Você não poderá adquirir ações da CEF, mas poderá comprar as do BB, justamente em função
da composição do capital dessas entidades. A sociedade de economia mista é formada
obrigatoriamente pela conjugação do capital privado com o público. Já o capital da
empresa pública é inteiramente público (pertencente a integrantes da administração
publica).
185
www.pontodosconcursos.com.br
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR: ARMANDO MERCADANTE
(FCC - 2010 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Analista Judiciário - Área Judiciária) No que
concerne ao tema sociedades de economia mista e empresas públicas, é
INCORRETO afirmar:
a) O pessoal das empresas públicas e das sociedades de economia mista são
considerados agentes públicos, para os fins de incidência das sanções previstas na Lei
de Improbidade Administrativa.
b) As sociedades de economia mista apenas têm foro na Justiça Federal quando a União
intervém como assistente ou opoente ou quando a União for sucessora da referida
sociedade.
c) Ambas somente podem ser criadas se houver autorização por lei específica, cabendo
ao Poder Executivo as providências complementares para sua instituição.
d) No capital de empresa pública, não se admite a participação de pessoa jurídica de
direito privado, ainda que integre a Administração Indireta.
e) As empresas públicas podem adotar qualquer forma societária, inclusive a forma de
sociedade "unipessoal".
Quanto a essa última informação, há uma particularidade interessante nas empresas públicas:
elas podem ser unipessoais, quando o capital pertencer exclusivamente à pessoa política
instituidora. Tome como exemplo os CORREIOS. A única “dona” dos CORREIOS é a União.
O mesmo acontece com a CEF, cujas quotas pertencem na integralidade à União.
Portanto, uma parte da assertiva ora comentada está correta, pois afirma que as empresas
públicas podem ser unipessoais.
No caso das sociedades de economia mista, conforme já dito, haverá conjugação de capital
público com o da iniciativa privada, devendo o capital votante majoritário permanecer nas
186
www.pontodosconcursos.com.br
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR: ARMANDO MERCADANTE
2) Forma jurídica:
A terceira diferença entre essas entidades diz respeito ao foro dos litígios, ou seja, em que
juízo deve ser ajuizada uma ação em que uma dessas pessoas jurídicas seja parte.
187
www.pontodosconcursos.com.br
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR: ARMANDO MERCADANTE
Vou ressaltar que todo o meu raciocínio a partir de agora será desenvolvido adotando como
referência pessoas jurídicas da administração federal, pois é o que vai interessar para seu
concurso.
Não sei se na sua cidade tem Fórum. Se existir, você poderá afirmar que no seu município tem
Justiça Estadual.
Agora, em muito menos cidades existe a Justiça Federal. O que eu posso lhe afirmar é que
existe em todas as capitais.
Uma terceira “Justiça” será interessante para nosso estudo: a Justiça do Trabalho.
Portanto, nas questões de provas envolvendo administração pública e foro processual, pense
nessas três “Justiças” que será suficiente.
Nesse ponto do nosso estudo, não me limitarei apenas às empresas públicas e sociedades de
economia mista, mas também trarei para análise as demais entidades da administração
indireta, pois as bancas exploram bem esse tema.
De início, faça a seguinte divisão: ações que envolvam discussões sobre relação laboral
(sobre relação de trabalho, como exemplo, ações pleiteando pagamento de férias, 13º, horas
extras, etc...) e demais ações (ações de dano moral, de ressarcimento, etc...).
Aqui você deve lembrar que todas as pessoas jurídicas de direito privado integrantes da
administração indireta são celetistas (fundações públicas de direito privado, empresa
públicas e sociedades de economia mista).
188
www.pontodosconcursos.com.br
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR: ARMANDO MERCADANTE
Agora, se o regime for estatutário (somente pessoas jurídicas de direito público), as ações que
envolvam relação laboral serão julgadas na Justiça Federal. Lembrando aqui que apenas estou
considerando entidades da administração pública federal. Portanto, se determinado Polícia
Federal pretender pleitear diferenças em suas remunerações, deverá propor a ação na Justiça
Federal. Serão estatutários, em regra, os servidores das autarquias e das fundações
autárquicas (sem contar nos servidores das pessoas políticas).
Será também da Justiça Federal a competência para julgamento das ações envolvendo
temporários e União, autarquias e fundações autárquicas federais.
Até aqui sem problemas? Qualquer dúvida, tente buscar a solução com novas leituras do texto.
Se não conseguir, estarei à disposição no fórum do site.
Vamos agora esquecer as ações trabalhistas e pensar nas demais ações. Nesse ponto surgirá
a diferença entre empresa pública e sociedade de economia mista federais.
Observe que o constituinte não fez referência às sociedades de economia mista. Enquanto as
empresas públicas, juntamente com a União e as autarquias (aqui podemos incluir
também as fundações públicas de direito público), serão julgadas pela Justiça Federal,
as sociedades de economia mista serão julgadas pela Justiça Estadual (“Fórum”).
189
www.pontodosconcursos.com.br
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR: ARMANDO MERCADANTE
01) A personalidade jurídica do Estado brasileiro pode ser de direito público ou de direito
privado, caso atue, respectivamente, no campo do Direito Público ou no do Direito Privado,
pois a teoria da dupla personalidade do Estado é adotada no Brasil.
03) Os Territórios Federais, apesar de possuírem personalidade jurídica de direito público, nos
termos do art. 41, II, do CC, não integram a Federação brasileira.
05) Através da centralização, o Estado atua diretamente executando suas tarefas por meio de
seus órgãos e agentes; já na descentralização, o Estado outorga ou delega a atividade a outras
entidades, atuando de forma indireta.
09) A espécie organizacional da Administração Pública Indireta que deve ter sua área de
atuação definida em lei complementar é autarquia.
10) Os contratos celebrados pelas fundações públicas devem ser precedidos de licitação,
exceto, se possuírem natureza de direito privado.
11) Após a Emenda Constitucional 19/98, ficou vedado ao Poder Público criar fundações sob
regime de direito privado.
190
www.pontodosconcursos.com.br
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR: ARMANDO MERCADANTE
18) As fundações governamentais têm sua área de atuação definida por lei específica.
20) As fundações instituídas pelo poder público, tanto as que têm personalidade jurídica de
direito público quanto as de direito privado, são criadas para a persecução interesses coletivos.
22) No contexto da Administração Pública Federal, o que distingue e/ou assemelha os órgãos
da Administração Direta em relação às entidades da Administração Indireta, é que os primeiros
integram a estrutura orgânica da União e as outras não.
23) A qualificação como agência executiva pode recair tanto sobre entidade autárquica como
fundacional, integrante da Administração Pública.
24) Entre União e o Banco do Brasil, que é uma sociedade de economia mista federal, há
hierarquia.
25) Autarquias são entes administrativos autônomos, criados por lei específica, com
personalidade jurídica de Direito Público externo, patrimônio próprio e atribuições estatais
específicas.
26) As autarquias são entes autônomos, mas não são autonomias. Inconfundível é autonomia
com autarquia: aquela legisla para si; esta administra-se a si própria, segundo as leis editadas
pela entidade que a criou.
29) À autarquia pode ser outorgado serviço público típico e atividades industriais ou
econômicas, desde que de interesse coletivo.
30) Sendo a autarquia um ente autônomo, não há subordinação hierárquica para com a
entidade estatal a que pertence, mas sim mera vinculação à entidade-matriz, que, por isso,
passa a exercer um controle legal, expresso no poder de correção finalística do serviço
autárquico.
31) A autarquia, sendo um prolongamento do Poder Público, uma longa manus do Estado,
deve executar serviços próprios do Estado, em condições idênticas às do Estado, com os
mesmos privilégios da Administração-matriz e passíveis dos mesmos controles dos atos
administrativos.
32) O que diversifica a autarquia do Estado são os métodos operacionais de seus serviços,
mais especializados e mais flexíveis que os da Administração centralizada.
33) A instituição das autarquias, ou seja, sua criação, faz-se por lei complementar específica.
191
www.pontodosconcursos.com.br
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR: ARMANDO MERCADANTE
34) A organização das autarquias se opera por decreto, que aprova o regulamento ou estatuto
da entidade, e daí por diante sua implantação se completa por atos da diretoria, na forma
regulamentar ou estatutária, independentemente de quaisquer registros públicos.
35) O patrimônio inicial das autarquias é formado com a transferência de bens móveis e
imóveis da entidade matriz, os quais se incorporam ao ativo da nova pessoa jurídica.
36) Os atos dos dirigentes das autarquias não são considerados atos administrativos.
38) O controle das autarquias realiza-se na tríplice linha política, administrativa e financeira,
mas todos esses controles adstritos aos termos da lei que os estabelece.
41) O controle financeiro opera nos moldes da Administração direta, inclusive através da
prestação de contas ao tribunal competente, por expressa determinação constitucional.
43) As fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público integram a administração indireta,
podendo ter personalidade jurídica de direito público ou de direito privado.
45) Todas as fundações do Poder Público são criadas por lei específica da entidade matriz e
estruturadas por decreto, independentemente de qualquer registro.
46) Empresas públicas e sociedades de economia mista têm, exclusivamente, como objeto
institucional atividades relativas a serviços públicos.
49) As empresas públicas podem ser constituídas sob a forma de sociedade anônima.
51) As empresas públicas que explorem atividades econômicas não estão obrigadas a licitar.
53) As sociedades de economia mista integram a administração indireta, podendo ser federais,
estaduais, municipais ou distritais.
192
www.pontodosconcursos.com.br
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR: ARMANDO MERCADANTE
56) A entidade pública que instituiu a sociedade de economia mista responde, solidariamente,
pelas suas obrigações.
57) Empresas públicas são pessoas jurídicas de Direito Privado cuja criação é autorizada por
lei específica, com capital exclusivamente público, para realizar atividades de interesse da
Administração instituidora nos moldes da iniciativa particular, revestindo-se da forma de
sociedade anônima (S/A).
60) Quanto à contratação de obras, serviços e compras, bem como à alienação de seus bens,
a empresa pública fica sujeita a licitação nos termos da Lei 8.666/93, enquanto não
promulgada lei que confira o tratamento especial previsto na CF/88.
61) Os atos dos dirigentes de empresas públicas, no que concerne às funções outorgadas ou
delegadas pelo Poder Público, são equiparados a atos de autoridade para fins de mandado de
segurança, e, quando lesivos do patrimônio da entidade, sujeitam-se à anulação por ação
popular.
62) As empresas públicas não possuem, por natureza, qualquer privilégio administrativo,
tributário ou processual, só auferindo aqueles que a lei instituidora ou norma especial
expressamente lhes conceder.
63) As sociedades de economia mista são pessoas jurídicas de Direito Público, com
participação do Poder Público e de particulares no seu capital e na sua administração, para a
realização de atividade econômica ou serviço de interesse coletivo outorgado ou delegado pelo
Estado.
65) A doutrina é pacífica ao afirmar que toda participação estatal converte o empreendimento
particular em sociedade de economia mista.
67) O objeto da sociedade de economia mista tanto pode ser um serviço público ou de utilidade
pública como uma atividade econômica empresarial.
68) A sociedade de economia mista adquire personalidade jurídica com a entrada em vigor da
lei que autorizou sua instituição.
69) A sociedade de economia mista exploradora de atividade econômica está sujeita à falência.
70) O capital da empresa pública é exclusivamente público, mas pode pertencer a uma ou mais
entidades.
193
www.pontodosconcursos.com.br
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR: ARMANDO MERCADANTE
71) Em relação ao capital da empresa pública federal, não há mais obrigatoriedade de que ele
pertença exclusivamente à União; outras pessoas jurídicas de direito público interno, bem
como entidades da Administração Indireta da própria União, dos Estados, do DF e dos
Municípios dele podem participar, desde que a maioria do capital votante permaneça com a
União.
72) As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios
fiscais não extensivos às do setor privados.
73) A Justiça Federal é competente para apreciar as causas em que as empresas públicas e
sociedades de economia mista da União forem interessadas
74) A Justiça Federal é competente para apreciar todas as causas em que as empresas
públicas da União forem interessadas.
78) O regime jurídico dos servidores de empresas públicas poderá ser trabalhista ou
estatutário.
79) Somente por lei específica pode ser autorizada a criação de empresa pública e de
sociedade de economia mista, mas a criação de suas subsidiárias prescinde de autorização
legislativa;
82) Admite-se, na esfera federal, uma empresa pública, sob a forma de sociedade anônima,
com um único titular do capital.
GABARITO: 01) F (em qualquer hipótese, pessoa jurídica de direito pública externo), 02) F
(personalidade jurídica de direito público interno), 03) C, 04) C, 05) C, 06) C, 07) F (contrário), 08) F (o
que integra a estrutura orgânica da União são órgãos), 09) F (fundação pública de direito privado), 10) F
(independentemente da natureza, a licitação é obrigatória), 11) F (é possível a criação), 12) C, 13) F (de
direito público), 14) C, 15) C, 16) F (são bens públicos, portanto imprescritíveis, ou seja, não sujeitos à
usucapião), 17) C, 18) F (lei complementar), 19) F (não necessariamente, podem ser órgãos,
fundações...), 20) C, 21) C, 22) C, 23) C, 24) F (vinculação, tutela, controle finalístico, supervisão
ministerial), 25) F (autônomos são os entes federados; direito público interno), 26) C, 27) C, 28) C, 29) F
(não exerce atividade industrial ou econômica), 30) C, 31) C, 32) C, 33) F (lei ordinária específica), 34) C,
35) C, 36) F (são considerados), 37) C, 38) C, 39) F (a nomeação é possível, não afetando sua
autonomia), 40) F (autarquias ou fundações que assinam com o Poder Pública contrato de gestão), 41)
C, 42) C, 43) C, 44) C, 45) F (podem ser criadas por lei ou ter a criação autorizada), 46) F (atividade
econômica ou serviço público), 47) F (a lei autoriza a criação), 48) V, 49) V, 50) V, 51) F (devem licitar),
52) F (as prestadoras de serviços públicos podem), 53) V, 54) V, 55) F (não é obrigatória, pois a
194
www.pontodosconcursos.com.br
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR: ARMANDO MERCADANTE
administração direta já fiscaliza por meio da tutela, 56) F (subsidiariamente), 57) F (qualquer forma
jurídica), 58) F (não admitem), 59) F (inclusive), 60) F (não qualquer empresa pública, mas sim à
exploradora de atividade econômica), 61) V, 62) V, 63) F (direito privado), 64) F (visam ao lucro), 65) F
(apenas se houver conversão por lei), 66) F (a afirmação vale apenas para empresas publicas e
sociedades de economia mista), 67) V, 68) F (com o registro do ato constitutivo), 69) F (não está sujeita),
70) V, 71) V, 72) V, 73) F (sociedade de economia mista é Justiça Estadual), 74) F (todas não; as
trabalhistas, por exemplo, Justiça do Trabalho), 75) F (Justiça do Trabalho), 76) V, 77) V, 78) F (apenas
trabalhista), 79) F (imprescinde), 80) F (imprescinde), 81) V, 82) V.
Grande abraço
Armando Mercadante
armandomercadante@pontodosconcursos.com.br
195
www.pontodosconcursos.com.br