Ano XI l Edição 49 l São Paulo l Março de 2011 l www.sindjorsp.org.

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FISCALIZAÇÃO > repercussão

FESTIVAL DE MULTAS PORNTO DE CONVENIÊNCIA

Placa em banca Sindjorsp na TV

é alvo de multa
Na banca de Juarez Massicano placa de curso chamou atenção da Subprefeitura
A Lei Cidade Limpa está em
vigor há mais de três anos, mas
continuam a persistir certas situ-
ações preocupantes para os jor-
naleiros. Que o diga Juarez Mas-
sicano, dono da banca situada na
Praça Baronesa de Bocaína, próxi-
ma da Estação do Metrô Vila Ma-
dalena, no Sumarezinho. No dia
19 de fevereiro, o Diário Oficial do
Município (DOM) publicou lavra-
tura de multa pela Subprefeitura
de Pinheiros no valor de R$ 10 mil
endereçada para sua banca por
causa de uma placa de propagan-
da de um curso de idiomas.
“Essa placa estava aqui na late-
ral há dez anos e recebia um valor
simbólico pelo aluguel do espaço.
Foi num sábado à tarde, quando
o subprefeito passou e ordenou a
multa. Depois vieram com a mul-
ta e a entregaram para a diretoria
da escola, ainda retiraram a placa.
Sei que eles estão recorrendo”, re-
lata Juarez. “Se foi pelo tamanho,
não entendo o porquê não apli-
cam em certos comércios, que têm
placas até maiores”.
Para o presidente do Sindi-
cato dos Jornaleiros (Sindjorsp),
Ricardo L. Carmo esse episódio
do Sumarezinho serve de exem-
plo para todos os jornaleiros.
“Apesar de termos dúvidas com
relação a Lei Cidade Limpa, in-
felizmente, os jornaleiros tam-
bém devem seguir a legislação”,
comenta . “É preciso estar atento
para não entrar no prejuízo”. n
No dia 23 de fevereiro, o pre-
sidente do Sindjorsp, Ricardo
L. Carmo, foi entrevistado por
uma equipe da Rede TV News,
comandada pelo repórter Luis
Gationi. A pauta foi a trans-
formação das bancas em lojas
de conveniência oferecendo os
mais variados produtos. A ma-
téria foi motivada por pesquisa
elaborada pela empresa Tool
BoxTM. O levantamento dá
conta de que 68% das bancas
do Brasil vendem chocolates,
doces e gomas, por exemplo. O
mesmo levantamento informa
que 52% das bancas comercia-
lizam bebidas refrigeradas.
Esses dados, porém, não re-
fletem o quadro na cidade de
São Paulo que possui legisla-
ção considerada extremamente
restritiva. A entrevista foi gra-
vada na banca do Sr. Antônio,
na Avenida Ipiranga esquina
com a Rua Santa Ifigênia.
De acordo com diretor de
Desenvolvimento da Tool-
-BoxTM, Luiz Sedeh, o garga-
lo para transformar as bancas
em pontos de conveniência
está na falta de mentalidade
do empreendedor em inovar.
“O jornaleiro precisa deixar
de ser apenas um jornaleiro
Ricardo L. Carmo durante entrevista
para ser uma varejista”, disse.
Para o presidente do Sindjorsp
esse comentário é superficial,
pois não considera as condições
impostas em São Paulo. “Hoje,
com a internet e dos pontos de
vendas alternativos em padarias
e postos de combustível, as ven-
das de revistas e de jornais repre-
senta uma porcentagem pequena
nas bancas”, comenta Ricardo.
“A legislação paulistana tem de-
talhes absurdos. A venda de pro-
dutos como balas não pode ultra-
passar as 30 gramas. Um drops
como o Halls, que tem 37 gramas,
está fora da venda de bancas. Se
o fiscal flagrar a venda o jornalei-
ro pode ser autuado. Na segun-
da vez tem o seu TPU [Termo de
Permissão de Uso] cassado. n

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