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29/07/08 - terça-feira

Direito Processual Civil II – Recurso (art. 496)


Professor Fábio Bonomo de Alcântara
fabiobonomo@bol.com.br
Telefone do escritório: 3317-0404

Plano de Disciplina no Blog

Livros:
José Carlos Barbosa Moreira – CPC Comentado (MUITO BOM)
Flávio Cheim Jorge – Teoria Geral dos Recursos
Araken de Assis – Manual dos Recursos
Luiz Orione Neto – Recursos Cíveis (mais didático e completo)
Fredie Didier Jr. – Curso de Direito Processual – Vol. III (mais didático e
completo)
Nelson Luiz Pinto – Manual dos Recursos Cíveis
Qualquer Livro de Processo Civil

VAI CAIR NA PROVA A PARTIR DE HOJE:

CPC
Livro I – Processo de Conhecimento (5º + 6º período)
Conceito:
É aquele que visa descobrir o detentor/titular do direito material
discutido em juízo.

Livro II – Processo de Execução (art. 660 ao 662)


Conceito:
É aquele que visa à satisfação do credor mediante atos de
expropriação do patrimônio do devedor.

Livro III – Processo Cautelar


Conceito:
É aquele que visa garantir a efetividade do processo principal. (para
garantir valor é arresto; para garantir um bem é seqüestro).

Livro IV – Procedimentos especiais (10º período) – matéria


optativa (escolher esta)
Conceito:
São alguns procedimentos que possuem um rito específico. Exemplos:
ação de depósito, possessória, de nunciação...

Livro V – Disposições finais e transitórias (VAI CAIR NA


PROVA)

31/07/08 - quinta-feira

ELABORADA POR SUELEN CRISTINA MEDEIROS MENDES –


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AÇÃO
A teoria abstrata diz que para existir um processo deve existir antes a
ação. Sendo assim, a ação não depende de condições ou requisitos.
Por isso a doutrina tem chamado as condições da ação de Requisitos
para um provimento final de mérito. Mas o código adota a teoria
eclética (art. 3º).
Noções gerais (art. 5º, XXXV, CF)
O processo é o que liga a ação à jurisdição (juris = direito; dição =
dizer). Qualquer um pode mover uma ação, mas se o juiz vai julgar o
mérito ou não depende do preenchimento de algumas condições.
Conceito
É um direito público, subjetivo, abstrato e autônomo de provocação
do Estado para que o mesmo preste a tutela jurisdicional.
Condições
• Legitimidade (art. 6º, CPC): é relação que existe entre os
sujeitos da demanda e o direito material discutido em juízo. Não
confundir legitimidade com parte. Parte: é que pede e contra
quem se pede a tutela jurisdicional.
o Ordinária: é pleitear em nome próprio um direito próprio.
o Extraordinária: pleitear em nome próprio direito alheio,
DESDE QUE AUTORIZADO POR LEI (se não for, é
ilegitimidade). Ex.: sindicato, associação, Ministério
Público, síndico...
 Diferente de representação processual: é um
instituto que serve para suprir a falta de capacidade
processual da parte. Ex.: ação de alimentos. Na
representação o representante NÃO É PARTE, isto
que diferencia da legitimação extraordinária.
• Interesse de agir
o Necessidade: é a necessidade de intervenção do Estado
para a pacificação de um conflito. E a conseqüência é a
extinção do processo sem resolução de mérito (art. 267).
o Adequação: Ex.: um casal em união estável quer se
separar e move uma ação de separação consensual. O
pedido não é adequado.
• Possibilidade jurídica do pedido: pedido juridicamente possível é
aquele que está previsto ou não vedado por Lei. Ex.: pedido de
usucapião de bem público. A possibilidade jurídica do pedido se
encontra dentro de adequação no interesse de agir. Sendo
assim, existem 2 condições da ação, legitimidade e interesse
(Dinamarco, Câmara...). E o nome correto é: Possibilidade
jurídica da demanda (causa de pedir), pois o pedido sempre é
possível.
Conseqüência
O processo será extinto pelo art. 267, VI. Carência de ação (o
processo é extinto por falta de condições da ação sem análise do
mérito) é diferente de ação improcedente (o pedido é analisado, mas
é indeferido).
Momento
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Pode ser argüido em qualquer tempo e grau de jurisdição.

JURISDIÇÃO
É o poder-dever-função do Estado, de dizer o direito, de forma
imparcial, substituindo a vontade das partes diante de um caso
concreto. Existe a ação e o autor aciona o Estado para dizer do
direito, por meio do processo.

05/08/08 - terça-feira

Petição Inicial (art. 282) – assim que tira o Estado da inércia, quando
ele é acionado pela petição inicial. Há uma antinomia do art. 99 do
CPC com o art. 109 da CF, com este conflito aplica-se a CF/88. O juiz
deve fazer um juízo de admissibilidade, ver se há os pressupostos, se
não houver o processo será extinto, e se houver vai determinar a
citação.
• Art. 267, 269 (prescrição e decadência, única forma de julgar
com mérito – deve falar de ofício 119, §5º), 285-A (julgamento
prima-facie – excepcional)
• Citação (art. 213) – ato pelo qual o juiz vai preencher a relação
processual.
Art. 213 – conceito de citação.
Art. 214 – comparecimento espontâneo do réu (princípio da
instrumentalidade – art. 250, §único – Dar-se-á o
aproveitamento dos atos praticados, desde que não resulte
prejuízo à defesa).
Art. 215 – quem deve ser citado – réu.
Art. 216 – local da citação – qualquer lugar.
Art. 217 – dilação da citação – hipóteses em que a citação
deverá esperar.
Art. 219 – efeitos da citação:
• Processuais:
o Tornar prevento o juízo;
o Induzir a litispendência;
o Tornar litigiosa a coisa.
• Materiais:
o Constituir o devedor em mora;
o Interromper a prescrição.
Art. 221 – modalidades de citação – como a citação será
realizada.
• Em regra pelos Correios.
Art. 222/224 – citação por oficial de justiça.
Art. 225 – conteúdo do mandado.
Art. 226 – formas de realização da citação.
Art. 227/229 – citação por hora certa.
Art. 231 – citação por edital.
o Revelia (art. 319) – ausência de contestação. No art. 320
não haverá os efeitos da revelia.
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 Julgamento antecipado da lide (330)
o Resposta do réu (297)
- Contestação (300 e 301) – antes de enfrentar o mérito
argumentar as preliminares de mérito. Deve impugnar ato
por ato da inicial.
- Exceção (304) – incompetência relativa – a absoluta
deve ser argüida na preliminar da contestação (112),
suspeição (135) e impedimento (134).
- Reconvenção (315) – é um contra-ataque (é uma ação)
que o réu propõe em face do autor dentro da mesma
relação jurídica processual.
- Impugnação do valor da causa (261) – será utilizado
quando o valor da causa for estabelecido de forma
estimativa.
 Audiência preliminar (331) – tentativa de acordo. Se
houver extingue o processo. Se não houver o juiz irá
proferir o “Despacho” saneador, fixando o ponto
controvertido, e se necessário, deferirá as provas...
• Audiência de instrução e julgamento (450) –
pode haver a sentença em audiência (prazo
de 10 dias para sentenciar).
o Sentença (458)

07/08/08 - quinta-feira

SENTENÇA

Conceito (art. 162, §1º)


Sentença é o ato do juiz que implica alguma das situações previstas
nos arts. 267 e 269 desta Lei. Se o ato que o Juiz proferir for algum
dos casos destes artigos é uma sentença, se não for é uma decisão.
Problemas decorrentes do novo conceito de Sentença
Quando existe uma ilegitimidade de algum dos litisconsortes, e o juiz
decide por excluí-los do processo, pois eles são ilegítimos, seria uma
decisão com o conceito antigo. Mas agora com o conceito novo, seria
uma sentença, pois faltou uma das condições da ação (art. 267, VI). E
ainda existem outros problemas, como por exemplo, o juiz exclui um
litisconsorte (com uma sentença, por esse novo conceito), então cabe
recurso de apelação, então o processo sobe. Se formos olhar por este
conceito o processo poderia subir várias vezes para o TJ... Pois o
processo poderia ter várias sentenças.
O recurso será de acordo com natureza jurídica do ato processual, e
não pelo rótulo que foi dado. Se a pessoa ver que a natureza jurídica
é de decisão o recurso é agravo, e se a natureza for de sentença o
recurso é apelação.
Conceito  Sentença = art. 162, §1º + 267, “caput”.
Requisitos (458)
• Relatório – síntese de tudo de mais importante que aconteceu
no processo.
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• Fundamentação – toda decisão judicial deve ser fundamentada
(previsão constitucional art. 93, IX). O júri é o único caso em
que não necessita de fundamentação.
• Dispositivo – a parte mais importante da sentença é onde o juiz
vai julgar a demanda (normalmente é no último parágrafo) é a
única parte que transita em julgado.
Classificação
Pode ser:
• Declaratória – é aquela que visa declarar a existência ou
inexistência de uma determinada relação jurídica. Ex.: ação de
usucapião, declaratória de paternidade...
• Constitutiva – é aquela que visa criar, modificar ou extinguir
uma determinada situação jurídica. Ex.: ação de separação,
divórcio, revisão de alimentos...
• Condenatória – é aquela que visa impor uma sanção.
Pela Teoria clássica são esses 3 tipos. Mas existem outras (pela
doutrina majoritária):
• Mandamental – é aquela que visa impor uma ordem. Ex.:
mandado de segurança...
• Executiva latu sensu – é aquela em que o juiz diz o direito e o
efetiva dentro do mesmo processo. Ex.: ação de despejo, ação
possessória...
Limites do julgamento (art. 460)
Princípio da Congruência, da ação ou da adstrição do Juiz – o Juiz não
pode julgar extra petita, dar algo que não pediu, ultra petita, dar além
daquilo que foi pedido, citra petita, dar aquém daquilo que foi pedido,
o juiz deixa de julgar alguns pedidos.
Imutabilidade da sentença (exceções)
Depois de publicada a sentença o juiz não poderá alterá-la (art. 463).
Não tem haver com a intimação das partes. O juiz poderá mexer
somente:
• Inexatidões materiais – erro bobo, nome e etc...
• Retificação de erro de cálculo – por exemplo, um zero a mais...
• Embargos de declaração

14/08/08 - quinta-feira

COISA JULGADA

Noções gerais
Nosso ordenamento jurídico foi estruturado pela segurança jurídica, e
ela sem sempre anda de mãos dadas com a justiça. Segurança
jurídica e justiça são coisas totalmente diferentes. E a coisa julgada é
uma forma de manter a segurança jurídica.
Conceito
É uma qualidade que é dada a uma decisão judicial que a torna
imutável e indiscutível (art. 467, CPC – o conceito do código está
equivocado, não é a coisa julgada que dá eficácia e sim a sentença).
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Coisa julgada é ação que não caiba mais recurso (art. 301, §1º, 2º e
3º).
Formação (quando surge a coisa julgada)
• Quando ocorrer a preclusão (perda da possibilidade de se
praticar um ato processual) em grau de recurso;
o Preclusão temporal – ocorre em virtude da perda dos
prazos, do tempo;
o Preclusão consumativa – ocorre em virtude de a pessoa
ter praticado o ato processual (não pode praticar o ato
novamente) – na propositura da contestação e da
reconvenção, pois as 2 devem ser protocoladas
simultaneamente, se for protocolar uma não pode
protocolar a outra depois;
o Lógica – ocorre quando houver incompatibilidade com os
atos do processo. Ex.: pagar o determinado na sentença e
depois recorrer.
• Quando ocorrer o esgotamento das vias recursais
Classificação
• Formal – é aquela decorrente da sentença terminativa (art.
267, CPC). A coisa julgada formal não impede a repropositura
da ação, pois o mérito ainda não foi discutido. Exceções:
perempção e litispendência. Possui efeitos endoprocessuais,
não traz efeitos fora do processo.
• Material – proveniente das sentenças definitivas (art. 269,
CPC). A coisa julgada material impede a repropositura da ação,
uma vez que o mérito já foi apreciado.
Limite subjetivo (subjetivo – sujeito) quais os sujeitos que serão
alcançados pela coisa julgada? Somente as partes que participaram
do processo, do litígio, serão afetadas.
• Art. 472, CPC – não vai beneficiar nem prejudicar terceiros (cai
muito em prova de concurso).
Limite Objetivo (objetivo – objeto) o que vai fazer coisa julgada? A
única parte da sentença que transita em julgado é o dispositivo, isso
não tem explícito no código.
• Art. 469, CPC – inc.III – questão prejudicial é aquela que vai
influenciar na forma como o juiz vai decidir a demanda (cai
muito em prova de concurso). Ex.: em uma ação de alimentos,
saber se é pai é fundamental, isso é uma questão prejudicial.
Se ela for decidida incidentemente no processo, ela não faz
coisa julgada. Se quiser que ela tenha força tem que entrar com
uma Ação Declaratória Incidental.
É aquela que visa atribuir à questão prejudicial a qualidade da
coisa julgada (art. 470).
Cumprimento de Sentença
Obrigações de fazer e não fazer;
Entrega de coisa;
Pagamento de quantia certa.

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19/08/08 - terça-feira

AÇÃO RESCISÓRIA

Noções Gerais
Não é um recurso é uma ação de conhecimento. A única semelhança
que tem com o recurso é que visam atacar uma decisão judicial. Só é
utilizada quando tem uma decisão que não cabe mais recurso, que já
transitou em julgado. Sem coisa julgada não se fala em ação
rescisória. Não há necessidade de esgotar as vias recursais para que
se possa falar em ação rescisória.
Conceito
Ação rescisória é uma ação de conhecimento que tem por objetivo
desconstituir uma ação transitada em julgado e eventualmente,
promover o rejulgamento da decisão impugnada.
Pressuposto
Um pressuposto essencial a coisa julgada. Se não for decisão
transitada em julgado não se pode falar em ação rescisória.
Natureza Jurídica
Ação de conhecimento
Legitimidade (art. 487, CPC)
• I - quem foi parte no processo ou o seu sucessor a título
universal ou singular;
• II - o terceiro juridicamente interessado; (não é interesse moral,
nem financeiro, pois o processo será extinto sem resolução de
mérito por falta de legitimidade, como um processo comum; já
o devedor solidário, fiador, sócio... podem entrar com o
processo, pois são legítimos)
• III - o Ministério Público:
o a) se não foi ouvido no processo, em que Ihe era
obrigatória a intervenção; Art. 82, CPC: Compete ao
Ministério Público intervir:
I - nas causas em que há interesses de incapazes;
II - nas causas concernentes ao estado da pessoa, pátrio
poder, tutela, curatela, interdição, casamento, declaração
de ausência e disposições de última vontade;
III - nas ações que envolvam litígios coletivos pela posse
da terra rural e nas demais causas em que há interesse
público evidenciado pela natureza da lide ou qualidade da
parte;
o b) quando a sentença é o efeito de colusão (conluio – vide
art. 129, CPC) das partes, a fim de fraudar a lei.
Competência
Não interessa onde a ação tenha começado, a propositura da ação
rescisória será onde ela transitou em julgado. Com uma única
exceção, se ela transitar em 1º grau, pois ela será proposta no
Tribunal de Justiça.
Está prevista na CF:
Competência do STF (art. 102, I, “j”, CF)
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Competência do STJ (art. 105, I, “e”, CF)
Competência do TRF (art. 108, I, “b”, CF)
Julgamento
Como funciona o julgamento? Passa por 2 Fases:
1º - Juízo rescindente (os desembargadores vão analisar se é o
caso de “quebrar” ou não a coisa julgada; verificação de
desconstituição da coisa julgada ou não). O juiz rescindente é
preliminar ao juízo rescisório. A natureza jurídica da decisão é
constitutiva negativa (pois vai desconstituir)
Hipóteses de cabimento (art. 485, CPC) (ex.: juiz incompetente)
• Juiz Peitado – aquele que está cometendo algum destes
crimes: prevaricação, concussão ou corrupção do juiz (art. 485,
I). Não é necessária ação penal, mas se houver pode
influenciar. Se a ação penal for julgada procedente (juiz
culpado) – a ação rescisória deverá ser julgada procedente. Se
ação for julgada improcedente por insuficiência de provas, não
irá influenciar no julgamento da ação rescisória; mas se for
julgada improcedente por inexistência material do ilícito, a ação
rescisória será julgada improcedente.
O juiz de 1º grau é um juiz peitado, a parte recorreu, foi para o
Tribunal, e os desembargadores deram a decisão que eles
acharam mais acertada, o acórdão irá substituir a sentença com
vício (art. 512).
• Tribunal – se o juiz de 2º grau for peitado, só poderá haver a
ação rescisória caso o voto deste desembargador tenha
influenciado na decisão (voto de minerva e etc.).
2º - Juízo rescisório (é o reexame da decisão impugnada, da
sentença). A natureza jurídica depende do que está sendo pedido
(condenação, declaração...).
Toda ação rescisória terá o juízo rescindente, mas pode-se ter um
juízo rescisório (nem sempre terá).
(Obs.: Coisa julgada formal – não faz coisa julgada, é sentença sem
mérito terminativa; Coisa julgada material – faz coisa julgada, é
sentença de mérito, definitiva).

21/08/08 - quinta-feira

AÇÃO RESCISÓRIA (Continuação)

Cabimento (hipóteses de cabimento)


I) Juiz Peitado (art. 485, I) Aquele que age em concussão,
corrupção ou prevaricação.
II) Juízo absolutamente incompetente ou impedido (art. 485,
II)
Incompetência absoluta Incompetência relativa
(afeta a ordem pública, o (afeta o interesse privado,
interesse público, deve ser particular das partes) – NÃO é
argüida de oficio pelo juiz ou caso de ação rescisória.
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pela parte) – é caso de AÇÃO • Valor da causa
RESCISÓRIA. • Territorial
• Matéria
• Pessoa
• Função (hierarquia)

Juiz impedido (art. 134, CPC) dá origem à ação rescisória,


suspeição não dá origem à ação rescisória.
III) Dolo da parte vencedora e colusão das partes – em
detrimento da parte vencida. E o dolo processual é a falta de
observação das hipóteses do art. 14 do CPC, é o dolo
previsto no art. 17, CPC. Não é o mesmo dolo de vícios do
negócio jurídico.
Colusão das partes – as partes combinam algo para
fraudar a Lei (conluio). Pode se dar pelo reconhecimento
jurídico do pedido.
IV) Ofender a coisa julgada – PERGUNTA: TENHO UMA AÇÃO
CODNATÓRIA EM FACE DE B, O JUIZ DETERMINOU QUE
PAGUE. B ENTROU COM UMA AÇÃO QUE DETERMINOU QUE
NÃO PAGUE. AS DUAS TRANSITARAM EM JULGADO.
ULTRAPASSADO O PRAZO DECADENCIAL DE 2 ANOS PARA
INGRESSAR COM A AÇÃO RESCISÓRIA, QUAL DAS DUAS
DEVE SER CUMPRIDA? (MANUSCRITO). QUANDO EXISTIR
UMA COISA JULGADA OFENDENDO A OUTRA E DECORRIDO O
PRAZO DECADENCIAL DE 2 ANOS, QUAL DEVE SER
CUMPRIDA?
V) Violar literal disposição de Lei – A lei (normas em geral)
comporta uma variedade de interpretação. O STF tem uma
sumula 343: “Não cabe ação rescisória por ofensa a literal
disposição de lei, quando a decisão rescindenda se tiver
baseado em texto legal de interpretação controvertida nos
Tribunais”.
PERGUNTA: CASO A DECISÃO IMPUGNADA VIOLE UMA
SÚMULA VINCULANTE, CABE AÇÃO RESCISÓRIA??
VI) Prova falsa – quando tiver A prova falsa, e não uma prova
falsa, tem que ser aquela que o Juiz formulou, fundamentou
sua decisão.
VII) Documento novo – o documento deve ser capaz de mudar
todo o entendimento do juiz. Documento que já existia e a
pessoa não tinha acesso ou não tinha conhecimento do
documento, é um documento que já existia. Não é
documento superveniente (passa a existir depois do transito
em julgado), pois este não enseja ação rescisória.
VIII) Invalidação de ato processual -
IX) Erro de fato – não basta ter tido o erro na sentença, não pode
ter existido pronunciamento sobre o erro de fato. Só neste
caso poderá existir a ação rescisória.
• Petição inicial (488)

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o Pedidos – só irá cumular os pedidos se forem necessários
(488, I) .
o Para propositura da ação rescisória, é necessário o
depósito de 5% do valor da causa a título de caução
(função inibitória a utilização da ação rescisória) – se você
perder a ação por unanimidade, perde os 5%, e vai para o
réu. Se for por maioria (2 votam de uma forma e 1 vota
de outra) ele não perde os 5%. (art. 494, 2ª parte). Se
esquecer de fazer o depósito, a sua petição será
indeferida.
• Resposta / Citação (491) – prazo nunca inferior a 15 dias e
nunca superior a 30 dias. (art. 323-331).
• Julgamento (493/494)
• Cumprimento da decisão (489) – no curso da execução e
uma das partes entra com uma ação rescisória não suspende a
execução (regra), pois estaria ofendendo a coisa julgada. Mas
PODE suspender, se por meio de uma cautelar ou antecipação
de tutela ele pode mandar suspender, precisando de 2
requisitos: periculum in mora (perigo da demora – dano
irreparável, ou de difícil reparação) e fumus boni iuris (fumaça
do bom direito – seria mostrar para o juiz que você tem uma
grande probabilidade de ganhar a rescisória).
• Prova (492) – carta de ordem.

EXERCICIO PRÓXIMA AULA – TRAZER DOUTRINA – VALENDO


1,0 PONTO EXTRA.

PERGUNTA: TENHO UMA AÇÃO CODNATÓRIA EM FACE DE B, O JUIZ


DETERMINOU QUE PAGUE. B ENTROU COM UMA AÇÃO QUE
DETERMINOU QUE NÃO PAGUE. AS DUAS TRANSITARAM EM JULGADO.
ULTRAPASSADO O PRAZO DECADENCIAL DE 2 ANOS PARA INGRESSAR
COM A AÇÃO RESCISÓRIA, QUAL DAS DUAS DEVE SER CUMPRIDA?
(MANUSCRITO). QUANDO EXISTIR UMA COISA JULGADA OFENDENDO
A OUTRA E DECORRIDO O PRAZO DECADENCIAL DE 2 ANOS, QUAL
DEVE SER CUMPRIDA?

PERGUNTA: CASO A DECISÃO IMPUGNADA VIOLE UMA SÚMULA


VINCULANTE, CABE AÇÃO RESCISÓRIA??

26/08/08 - terça-feira

RECURSOS

Apelação
Está diretamente ligada à sentença (art. 513, CPC). Sentença de
mérito ou sem mérito (art. 162, §1º - 267 e 269, CPC – DECORAR).
Deve ser proposta em um prazo de 15 dias, após a intimação (exclui
o dia do início e inclui o do fim).
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Efeitos (art. 520, caput), em regra tem efeitos suspensivos e
devolutivos:
• Suspensivos – suspende a ordem dada na sentença. É aquele
que impede a produção imediata da eficácia da decisão.
• Devolutivos – Todo recurso tem. Devolver a matéria para o
tribunal reavaliar. Decorre do direito Romano.

Agravo
Está diretamente ligada à Interlocutória (art. 162, §2º). Este é o
recurso desafiador da interlocutória (não falar “decisão
interlocutória”, é redundante, falar somente “interlocutória”).
• Retido – REGRA (art. 522, 1ª parte, CPC). Prazo de 10 dias. Só
será analisado caso quem teve seu pedido negado (ex.:
requereu a prova) “perca” a ação. Na apelação ele abre uma
preliminar reiterando o agravo que ficou retido no processo. O
agravo fica dentro da apelação (art. 523, CPC).
o Finalidade: evitar a preclusão.
Instrumento – EXCEÇÃO. Os autos continuarão correndo nos autos
de origem. Serão tiradas cópias da decisão agravada, da certidão da
respectiva intimação e das procurações outorgadas aos advogados do
agravante e do agravado (art. 525, I, CPC). Será formado um novo
instrumento. Os recursos em regra serão protocolados junto ao órgão
“a quo” é o juiz prolator da decisão (vai servir como um filtro), que
serão reexaminados no órgão “ad quem” (reexame). COM EXECEÇÃO
DO AGRAVO DE INSTRUMENTO (pois envolve questão de urgência, o
recurso irá direto para o órgão “ad quem”).
o Hipóteses de cabimento (art. 522, 2ª parte –
existem outros que serão falados no decorrer do
curso):
 Quando a decisão proferida for suscetível de causar
à parte lesão grave de difícil ou incerta reparação
(questões de urgência).
 Nos casos relativos aos efeitos em que a apelação é
recebida (normalmente efeitos suspensivos e
devolutivos).
 Nos casos de inadmissibilidade da apelação
(quando a apelação não for conhecida) – quando o
juiz entender que a apelação é intempestiva...
• Regimental – é o recurso cabível contra as decisões
monocráticas do relator do recurso. Pode ser uma decisão
monocrática, quando o recurso for manifestamente inadmissível
(art. 557, §1º CPC). O recurso quanto à esta decisão é o agravo
regimental.

04/09/08 - quinta-feira

PROVA: 09/10/2008
10 questões objetivas. Sem consulta.
ELABORADA POR SUELEN CRISTINA MEDEIROS MENDES –
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Entrega de exercícios. Correção.

Embargos de Declaração (art. 535)


É um recurso que não tem a mesma finalidade dos demais
(normalmente a modificação de uma decisão judicial). O que se tenta
por meio dos embargos é o esclarecimento das decisões judiciais,
pode ser que você consiga modificar, mas esta não é a sua finalidade.
Prazo de 5 dias.
Só poderá utilizar-se deste recurso quando houver: omissão,
obscuridade ou contradição, se na tiver nenhum destes 3 vícios, não
pode-se usar o embargo. Quem se manifesta é o próprio juiz. É cabida
contra toda e qualquer decisão judicial, alguns entendem que cabe
até contra despacho.
Em qualquer grau.

Embargos Infringentes (art. 530)


Contra os acórdãos julgados em grau de jurisdição.
Requisitos:
• Sentença de mérito
• Acórdão publicado em julgamento de apelação
• DIVERGÊNCIA NO SENTIDO DE REFORMAR A DECISÃO DE PISO
(de primeiro grau) – tem que ser uma maioria de votos contra a
decisão de primeiro grau, se fosse no sentido de manter a
decisão não cabe embargos infringentes.
Cabe, também, quando for julgada procedente a ação rescisória.

Resp (Recurso Especial)  Lei Federal  STJ  (105, III, a, b, c)


Re (Rext – Recurso Extraordinário)  CF/88  STF (102, III, a, b, c,
d)
Serão utilizados em ocasiões extremamente excepcionais. O normal é
que não lance mão destes recursos.
O recurso especial é somente no caso de descumprir uma Lei federal.
E ele será endereçado ao STJ.
Se houve violação da CF/88, é um recurso extraordinário e será
encaminhado para o STF.

23/09/2008 – terça-feira

RECURSO (continuação)

Formas de Impugnação
Duas formas de impugnar uma decisão judicial: Recurso e Ação
autônoma (ação judicial. Ex.: ação rescisória, começa na petição
inicial e acaba com uma sentença; mandado de segurança, quando
não for possível utilização de recurso; 527, inc. II; embargos de
terceiros, art. 1.046, quando a pessoa não é parte e seus bens estão
sendo penhorados). Vale ressaltar que não tem por que confundir o
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recurso com a contestação, pois está vai impugnar a petição inicial, o
recurso é utilizado para impugnar uma decisão judicial.
Até o trânsito em julgado pode utilizar o recurso, após o trânsito não
pode. Mas, a ação autônoma pode ser proposta antes e depois do
trânsito em julgado.

Razões da Existência dos Recursos (por que existem os recursos)


• Pois existe a possibilidade de erro por parte do magistrado;
• Pois é uma característica própria do ser humano de não se
conformar com decisões negativas, denegatórias.

Conceito
Recurso é um remédio voluntário e idôneo colocado à disposição das
partes, do terceiro prejudicado e do MP (art. 499, CPP - O recurso
pode ser interposto pela parte vencida, pelo terceiro prejudicado e
pelo Ministério Público), a ensejar dentro da mesma relação jurídica
processual, a reforma, a anulação, a integração e o esclarecimento de
uma decisão judicial.

Remessa Necessária (x Recurso)


Conceito – não é recurso (apesar de ser parecida), é uma condição
de eficácia da sentença. Art. 475, CPC: “Está sujeita ao duplo grau de
jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confirmada pelo
tribunal, a sentença:”
• I – proferida contra a União, o Estado, O Distrito Federal, o
Município, e as respectivas autarquias e fundações de direito
público; (Não vai produzir efeitos, se não após ser confirmada
pelo Tribunal) – não é recurso, pois não é voluntário, tem que ir
independente da pessoa querer ou não. Isso fere a isonomia,
mas leva-se em conta o principio da supremacia do interesse
público sobre o privado.
• II - que julgar procedentes, no todo ou em parte, os embargos à
execução de dívida ativa da Fazenda Pública (art. 585, VI); em
uma execução fiscal não apresenta contestação e sim
Embargos do Devedor (é uma ação, um processo), como toda
ação ela começa com uma petição e termina com uma
sentença, está sentença é dos embargos do devedor, se esta
sentença julgar procedente o pedido, significa que você não
precisará pagar, o processo deve ir ao Tribunal para a
confirmação da sentença (toda vez que a fazenda pública “se
ferrar” terá que ser primeiro remetida ao Tribunal, antes da
sentença obter efeitos).
• Exceção quanto à obrigatoriedade da remessa
necessária: §2º e 3º:
§ 2º - Não se aplica o disposto neste artigo sempre que a
condenação, ou o direito controvertido, for de valor certo não
excedente a 60 (sessenta) salários mínimos, bem como no
caso de procedência dos embargos do devedor na execução de
dívida ativa do mesmo valor.
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§ 3º - Também não se aplica o disposto neste artigo quando a
sentença estiver fundada em jurisprudência do plenário do
Supremo Tribunal Federal ou em súmula deste Tribunal ou do
tribunal superior competente. (já está pacificado no STF a
respeito desta decisão e o juiz fundamentou da mesma
maneira).

Função do Recurso
Prolongamento do exercício do direito de ação, recurso não forma
nosso processo. Tem como objetivo reformar anular integrar ou
esclarecer uma decisão judicial.
• Reformar – “error in judicando” (PROVA – ler doutrina), erro
de julgamento, ou seja, o juiz vai aplicar de maneira equivocada
as normas de direito material (normas de conduta, de
comportamento, Código Civil, Penal...). Quando a decisão ferir
essas normas materiais tem que reformar (corrigir).
• Anular – quando houver o “error in procedendo” (PROVA – ler
doutrina), erro de procedimento. Aplica de maneira
equivocada, ou descumprir normas de direito processual
(direito processual civil, penal...). Anula-se até a fase do erro,
aproveitando-se os atos possíveis. Ex.: quando não há
fundamentação jurídica do Juiz na sentença (art. 458, CPP).
• Integra – quando houver uma omissão vai preencher uma
lacuna deixada pelo Juiz, na decisão. Ex.: você faz 4 pedidos, e
o juiz aprecia somente 1. (Embargos de declaração).
• Esclarecer – quando houver obscuridade ou contradição na
decisão (Embargos de declaração).

CONCEITO DOS RECURSOS EM ESPÉCIE

APELAÇÃO – (162, §1º c/c 513) – é o meio processual que a lei coloca
à disposição das partes, do MP e de um terceiro, a viabilizar, dentro
da mesma relação jurídica processual, a anulação ou reforma da
sentença que extingue o procedimento em primeiro grau de
jurisdição, que tenha ou não resolvido o mérito da causa. (LUIZ
ORIONE NETO)

AGRAVO – é o recurso destinado a impugnar atos decisórios (decisões


interlocutórias) do juiz, causador de gravame ou prejuízo ao litigante.
(ERNANI FIDELIS DOS SANTOS)

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO – é o remédio jurídico que viabiliza,


dentro da mesma relação jurídica processual, a impugnação de
qualquer decisão judicial que contenha vicio de obscuridade,
contradição ou omissão, objetivando novo pronunciamento perante o
mesmo juízo prolator da decisão embargada, com fim de
complementá-la ou esclarecê-la. (LUIZ ORIONE NETO)

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EMBARGOS INFRIGENTES – são aqueles adequado para impugnar
acórdão proferido em apelação ou ação rescisória, tendo por objetivo
imediato o prevalecimento do voto vencido, e por objetivo mediato a
unanimidade do entendimento da turma ou câmara julgadora do
respectivo tribunal. (FLAVIO CHEIRM JORGE)

RECURSO ORDINARIO – “é uma apelação destinada aos tribunais


superiores”.
Apresenta-se com uma apelação para as causas de competência
originaria dos tribunais, quando denegatórias as decisões (539, I e II,
a; 540) e para as causas mencionadas no art. 539, II, b CPC, de
competência originaria dos juízes federais (109, II). (BARBOSA
MOREIRA)

RECURSO ESPECIAL – é o meio próprio para controlar a


fundamentação das decisões judiciais, proferidas pelos tribunais de
segundo grau, com o escopo de uniformizar, em âmbito nacional, o
entendimento das normas federais. (FLAVIO CHEIM)

RECURSO EXTRAORDINARIO – é aquele destinado a reformar / anular


decisões finais, proferidas em última ou única instância, que afrontem
a CF (102, III). (ERNANI FIDELIS)

EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA – recurso que tem cabimento no âmbito


do STJ e STF, quando existente a divergência de interpretação a
respeito da lei infraconstitucional ou da CF, respectivamente. (LUIZ
ORIONE)

Classificação dos Recursos


• Quanto à fundamentação
o Vinculado – são aqueles em que a fundamentação
utilizada no recurso deve estar tipificada na norma
jurídica. São eles: Recurso especial (só pode utilizar como
fundamento aquilo que o art. 105, III, a, b e c da CF
prevêem: Compete ao Superior Tribunal de Justiça: III -
julgar, em recurso especial, as causas decididas, em
única ou última instância, pelos Tribunais Regionais
Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito
Federal e Territórios, quando a decisão recorrida:
a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes
vigência;
b) julgar válido ato de governo local contestado em face
de lei federal;
c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe
haja atribuído outro tribunal), extraordinário (quando tem
que reformar ou anular decisões finais), embargos de
declaração (está vinculada a existência de uma omissão,
obscuridade ou contradição) e embargos divergentes.

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o Livre – são aqueles em que a matéria utilizada como
fundamento do recurso não estão tipificadas em Lei (pode
argüir qualquer coisa na fundamentação). São eles:
apelação, agravo, embargos infringentes e recurso
ordinário.

25/09/08 - quinta-feira

• Quanto ao objeto
o Extraordinários (ou excepcionais) – são aqueles que
visam tutelar o direito objetivo (que é um complexo,
conjunto de normas jurídicas, por exemplo, Leis
complementares, CF, Sentenças...). A preocupação deste
recurso é aplicar a lei independente se será justo ou não.
São eles: recurso extraordinário (visa resguardar a CF) e o
especial (visa resguardar a interpretação das Leis
federais). O que torna esses recursos especiais, quais
suas características que os outros não têm?
Características:
→ Visam à tutela imediata e exclusiva do direito
objetivo. Não pode alegar em um recurso
extraordinário, por exemplo, que a condenação em
danos morais foi injusta. Em rega não se utiliza o
extraordinário e o especial, pois eles vão para o STJ
e STF em Brasília, pois a preocupação deles é
exclusivamente, a de cumprir a Lei, e aplicar a Lei
adequada.
→ A utilização desses recursos somente poderá
ocorrer depois de esgotada a utilização de todos os
recursos ordinários. Só poderá utilizar estes
excepcionais depois de embargar, agravar, apelar...
Não existe recurso “per salto” (saltar uma
instância).
→ Nos recursos extraordinários não existe a
possibilidade de se discutir matéria fática e
probatória. Não será discutida questão de fato.
→ Estes recursos somente poderão apreciar as
matérias que foram pré-questionadas. Pré-
questionamentos – nenhuma matéria pode ser
levada ao STF e STJ, sem ter sido questionado no
processo. Se ficar quieto durante todo o processo e
quiser falar sobre algum assunto somente no STJ e
STF, não será aceito. Art. 543-A, CPC.

o Ordinários – visam tutelar o direito subjetivo da parte.


Pode discutir tudo. Se a decisão é justa ou injusta,
matéria de fato, probatória... Todos os demais: Agravo

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retido, de instrumento, apelação, recurso ordinário,
embargos...

• Quanto aos efeitos


o Suspensivos – é aquele que impede a produção
imediata dos efeitos da decisão judicial. Fator principal
que estimula a utilização dos recursos. São todos os
recursos, exceto: agravo, especial e o extraordinário. Vai
paralisar a ordem dada pelo juiz na decisão. A apelação
em regra tem efeitos suspensivos, mas já existe projeto
de Lei para retirar os efeitos suspensivos da apelação.
Causa muito prejuízo ao processo, por exemplo, as ações
de despejos, o juiz já decretava o despejo. Assim, a parte
recorria, e suspendia os efeitos, ficava na casa até o
julgamento do recurso. Foi decidido que não suspenderia
mais os efeitos, e diminuiu 80 % dos recursos. Quando
que o efeito da apelação será sempre suspensivo e
devolutivo? Art. 520, caput. Sempre, em regra. Quando
que o efeito não será suspensivo, e será somente
devolutivo, art. 520, inc. I ao VII:
“Será, no entanto, recebida só no efeito devolutivo,
quando interposta de sentença que:
I - homologar a divisão ou a demarcação;
II - condenar à prestação de alimentos;
III - julgar a liquidação de sentença;
IV - decidir o processo cautelar;
V - rejeitar liminarmente embargos à execução ou julgá-
los improcedentes;
VI - julgar procedente o pedido de instituição de
arbitragem;
VII - confirmar a antecipação dos efeitos da tutela.”

O correto é falar efeito OBSTATIVO, pois a sentença não


está produzindo efeitos até a data a interposição do
recurso.
o Não suspensivo (meramente devolutivo,
apenas/somente devolutivo, ou devolutivo) – vai ensejar a
propositura de uma execução provisória, é quando o
recurso não suspende os efeitos da decisão. Provisória
por que ainda é passível de uma ulterior alteração.
Recurso extraordinário, especial e o agravo. O recurso
inominado tem efeitos devolutivos, no Juizado
especial pode ir direto para a execução. Tem que dar
uma garantia pro Juiz, tem que depositar em juízo, pois se
você perder no recurso tem que repor o que executou.
Art. 475-O, CPC.

30/09/08 - terça-feira
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• Quanto ao momento
o Principal - Se somente uma das partes recorrer (recurso
principal) será devolvido para o Tribunal somente o limite
da sentença pra menos (se o réu recorrer) ou para mais
(se o autor recorrer). Art. 500, 1ª parte: “Cada parte
interporá o recurso, independentemente, no prazo e
observadas as exigências legais...”.
o Adesivo – não é uma espécie de recurso e sim uma
forma de interposição. É a maneira como vai protocolar o
recurso. É para evitar que a parte que sucumbiu, mas que
está satisfeita com a sentença, não recorra somente por
medo de a outra parte recorrer. Tenta desestimular a
apresentação de recurso.
Art. 500, parte final: “O recurso adesivo fica subordinado
ao recurso principal e se rege pelas disposições
seguintes”.
 Recursos (que pode interpor de forma
adesiva). Art. 500, inc. II:
• Apelação
• Embargos infringentes
• Especial
• Extraordinário
 Prazo – art. 500, inc. I: “será interposto perante a
autoridade competente para admitir o recurso
principal, no prazo de que a parte dispõe para
responder”. Ex.: tem uma sentença, alguém apela,
desta forma, a outra parte possui 15 dias para
contra-razoar (responder o recurso), esses mesmos
15 dias a pessoa possui para apelar. Tendo somente
1 prazo de 15 dias, e não 15 dias para cada peça.
Tem que apresentar neste prazo as contra-razões e
a apelação. As contra-razões são para manter a
sentença e a apelação é para aumentar o que tem
para receber, ou diminuir dependendo de que
recorre.
 Procedimento – se o recurso principal não for
admitido o recurso adesivo também não será.
 Sucumbência Recíproca – quando as duas partes
do processo saem derrotadas (as duas perderam).
Isso acontece quando aquilo que foi pedido pelas
partes não foi totalmente apreciado. Ex.: o autor
pede 100 reais, e o réu não quer pagar nada. O juiz
decide que tem que pagar 50 reais. As duas partes
perderam, mesmo se o juiz determinasse que o réu
tivesse que pagar 99 reais, ainda assim, o autor
poderia recorrer, pois ele é considerado perdedor.

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RECURSO NO JUIZADO ESPECIAL (9.099/95)

Novo sistema – é totalmente diferente do procedimento ordinário.


Somente 3 recurso (*PROVA* - não cabe de maneira nenhuma
o recurso especial):
• Recurso Inominado: não tem nome. Ataca a sentença
o Art. 41, Lei 9.099/95 - Da sentença, excetuada a
homologatória de conciliação ou laudo arbitral, caberá
recurso para o próprio Juizado.
§ 1º O recurso será julgado por uma turma composta por
três Juízes togados, em exercício no primeiro grau de
jurisdição, reunidos na sede do Juizado. (Não vai para o
tribunal de Justiça, vão para um Colégio Recursal, que é
composto por 3 magistrados de 1º grau). Instância é a
organização hierárquica do poder judiciário; grau de
jurisdição é a análise cognitiva da matéria. São coisas
distintas.
§ 2º No recurso, as partes serão obrigatoriamente
representadas por advogado.
o Efeitos – art. 43, lei 9.099/95 – “O recurso terá somente
efeito devolutivo, podendo o Juiz dar-lhe efeito
suspensivo, para evitar dano irreparável para a parte”.
Pode ir direto para a execução provisória, não precisa
esperar descer do recursal. Em regra é efeito devolutivo,
mas em exceção, o juiz pode dar efeito suspensivo (“ope
judicis” – Juiz decide qual efeito; quando a Lei que decide
é “ope legis”).
o Prazo – 10 dias. Art. 42
• Embargos de Declaração
o Art. 48 – “Caberão embargos de declaração quando, na
sentença ou acórdão, houver obscuridade, contradição,
omissão ou dúvida”.
o Art. 50 – “Quando interpostos contra sentença, os
embargos de declaração suspenderão o prazo para
recurso”. A grande diferença é que a interposição dos
embargos suspende (retoma o prazo de onde parou) o
prazo o prazo para interposição de outro recurso. No
ordinário interrompe (volta a contar do início).
• Rext (Recurso Extraordinário) – art. 102, inc. III e 105, inc.
III, CF. só pode ir para o STF.
Art. 105 – Compete ao STJ:
III – julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única
ou última instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos
tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios.
(RECURSO ESPECIAL – NÃO CABE EM JUIZADO).
Art. 102 – Compete ao Supremo Tribunal Federal,
precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:

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III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas
em única ou última instância. (RECURSO EXTRAORDINÁRIO –
CABE EM JUIZADO)
Interlocutória + Impugnação – no juizado especial não tem
agravo, as interlocutórias não são recorríveis no curso do processo.
Quando o juiz prolatar a sentença, se for recorrer, abre um tópico nas
preliminares e vai impugnar as decisões que quiser no próprio
recurso. O problema é quando uma decisão destas possa causar um
dano de difícil reparação, não há recurso, a solução é entrar com uma
nova ação de mandado de segurança para impugnar esta decisão.
Quem tem competência para julgar este mandado de segurança.

02/10/08 - quinta-feira (A PARTIR DESTA AULA NÃO CAI NA 1ª PROVA)

PRINCÍPIOS
Noções Gerais
São enunciações genéricas que servem de base para o juiz agir de
forma adequada.
• Duplo Grau de Jurisdição – possibilidade de recurso pelas
partes. Há uma pequena divergência, mas a maioria da
doutrina entende que deve ser aplicado esse princípio.
o Razões (para a criação do duplo grau de
jurisdição):
 As decisões proferidas no duplo grau de jurisdição,
em regra são dadas por juízes mais experientes
(revisadas por julgadores que já passaram por uma
carreira, por várias entrâncias). Entrância é a
classificação administrativa das comarcas.
 As decisões em segundo grau de jurisdição em
regra são proferidas por órgão colegiado (3
magistrados).
 Um tribunal funciona de forma “fiscalizadora” das
decisões de primeiro grau (o juiz sabendo que
“alguém” estará fiscalizando as suas decisões será
mais criterioso, cuidadoso).
o Razões Contrárias (existem doutrinadores que
entendem que não deveria existir o duplo grau de
jurisdição):
 Por ferir o princípio da economia processual quando
a sentença é mantida.
 Pode causar uma insegurança jurídica.
o Reexame da matéria (é o reexame da matéria)
 A doutrina esmagadora (dominante) diz que deve
ser feito por um órgão hierarquicamente superior
para que se configure o segundo grau de jurisdição.
(Nelson Nery)

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 A minoria da doutrina diz que basta o reexame para
que se configure o 2º grau, independente de por
que ele é feito. (José Carlos Barbosa Moreira)
o Recurso e Duplo Grau – é possível recurso sem duplo
grau de jurisdição? Sim. Pois no Juizado especial é sem
duplo grau, ação de competência originário do STF,
embargos de declaração...
o Inexistência de duplo grau – E duplo grau de jurisdição
sem recurso? Sim. Remessa necessária (manda a decisão
para o duplo grau de jurisdição sem ser recurso).
o 515, §3º - § 3º - Nos casos de extinção do processo sem
julgamento do mérito (art. 267), o tribunal pode julgar
desde logo a lide, se a causa versar questão
exclusivamente de direito (questões que não prova
matéria fática, não precisa audiência) e estiver em
condições de imediato julgamento. (não configura duplo
grau de jurisdição, pois não é reexame, pois o julgamento
foi sem mérito, o primeiro Juiz não examinou a questão).

14/10/2008 - terça-feira

• Princípio da taxatividade
o Noções gerais – para um recurso ser considerado como
tal deve estar previsto em Lei Federal. Estão todos
previstos em Lei. Não se pode criar recurso por
interpretação antológica ou extensiva, nem por norma
estadual ou regimental.
• Princípio da singularidade ou unirrecorribilidade ou
unicidade – fica estabelecida a utilização, apenas, de uma
espécie de recurso para cada decisão judicial (em regra). Visa
evitar a promiscuidade da utilização dos recursos.
o Exceções:
 A utilização dos embargos de declaração +
qualquer outro recurso (dependendo do tipo de
decisão). Se o juiz proferir uma sentença omissa,
por exemplo, a pessoa pode pedir que o juiz fale
sobre o que se omitiu, e após quiser recorrer, pode.
Sempre interrompendo o prazo do outro recurso,
salvo se for Juizado.
 A utilização do recurso especial + recurso
extraordinário contra um mesmo acórdão, desde
que o mesmo descumpra preceito constitucional e
Lei Federal.
 Art. 498, CPC – “Quando o dispositivo do acórdão
contiver julgamento por maioria de votos e
julgamento unânime, e forem interpostos embargos
infrigentes, o prazo para recurso extraordinário ou
recurso especial, relativamente ao julgamento
unânime, ficará sobrestado até a intimação da
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decisão nos embargos”. Isto quer dizer que pode
ser interposto embargos infringentes, recurso
especial e extraordinário, contra o mesmo acórdão.

16/10/08 - quinta-feira

• Princípio da Fungibilidade
o Noções gerais – um recurso utilizado em lugar de outro.
o Finalidade – evitar o excesso de formalismo em sede
recursal. É um desapego às formas.
o Requisitos
 É necessário que não exista erro grosseiro ou má-
fé. Ex.: após uma sentença, a pessoa apresenta o
agravo; ou está com dúvida em uma decisão
judicial perde o prazo de 10 dias para os embargos,
e apresenta um embargo com nome de agravo,
após os 10 dias.
 Existência de dúvida objetiva (ela se divide em 3
ordens):
• Quando o juiz proferir um pronunciamento no
lugar de outro.
• Quando a Lei utilizar uma nomenclatura
equivocada quanto ao recurso cabível. Ex.:
art. 930, §ú – “Quando for ordenada a
justificação prévia (art. 928), o prazo para
contestar contar-se-á da intimação do
despacho que deferir ou não a medida
liminar” – se o juiz defere ou não a liminar é
uma decisão, e não despacho.
• Quando existir divergência tanto em
sede doutrinária quanto jurisprudencial
acerca do recurso adequado. Nem a
doutrina, nem a jurisprudência sabem
qual o recurso cabível (É a única
hipótese, verdadeira, de dúvida objetiva
– segundo alguns doutrinadores).
 Tempestividade – há divergência entre doutrina e
jurisprudência. Por exemplo, se for um agravo (10
dias) e uma apelação (15 dias). A doutrina diz que o
recorrente vai usar o prazo do recurso que ele achar
adequado. A jurisprudência diz que no caso de
dúvida tem que o usar menor prazo.
• Princípio da vedação da reformatio in pejus (é vedado
reformar a decisão para pior)
o Noções gerais – em regra é proibida uma piora da
decisão proferida em favor do recorrente.
o Razões
 Princípio do dispositivo
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 Efeito devolutivo
o Exceções
 Existir recurso de ambas as partes.
 Quando for verificada matéria de ordem pública.
o Requisitos de admissibilidade (DECORAR TODOS OS
REQUISITOS)
 Cabimento
 Tempestividade
 Preparo
 Legitimidade
 Interesse em recorrer
 Regularidade formal
 Inexistência de fato impeditivo ou extintivo ao
poder de recorrer.

21/10/08 - terça-feira

PROVA 2º BI – MATÉRIA TODA. 20/11

Conhecer ou não conhecer o recurso, está relacionado aos requisitos


do recurso, se possui ou não todos os requisitos de admissibilidade.
Dar ou negar provimento está relacionado ao mérito do recurso, se a
decisão do juiz será ou não modificada.
É possível conhecer o recurso e dar ou negar provimento, mas jamais
o recurso não será conhecido e será dado ou negado o provimento do
mesmo.

TEMPESTIVIDADE

Preclusão temporal
É um ônus (suporta um encargo). Portanto se deixar de praticar
ocorre a preclusão temporal.
Prazos
• 5 dias – embargos de declaração + agravo regimental (art. 535
e 557);
• 10 dias – agravo de instrumento + agravo retido* (art. 522;
*vide artigo 523, §3º - § 3º Das decisões interlocutórias
proferidas na audiência de instrução e julgamento caberá
agravo na forma retida, devendo ser interposto oral e
imediatamente, bem como constar do respectivo termo (art.
457), nele expostas sucintamente as razões do agravante);
• 15 dias – todos os outros (art. 508).
Fluência do prazo (art. 506, CPC)
Art. 506 - O prazo para a interposição do recurso, aplicável em todos
os casos o disposto no art. 184 e seus parágrafos, contar-se-á da
data:
I - da leitura da sentença em audiência;

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II - da intimação às partes, quando a sentença não for proferida em
audiência;
III - da publicação do dispositivo do acórdão no órgão oficial.

Tempo (art. 172, CPC)


Os atos processuais podem ser praticados entre às 6hrs e às 20hrs.
Mas o expediente forense é de 12 às 18 horas. Pode ser em feriados,
domingos... desde que autorizado pelo juiz e respeitando a CF.
Art. 172 - Os atos processuais realizar-se-ão em dias úteis, das 6
(seis) às 20 (vinte) horas.
§ 1º - Serão, todavia, concluídos depois das 20 (vinte) horas os atos
iniciados antes, quando o adiamento prejudicar a diligência ou causar
grave dano.
§ 3º - Quando o ato tiver que ser praticado em determinado prazo,
por meio de petição, esta deverá ser apresentada no protocolo,
dentro do horário de expediente, nos termos da lei de organização
judiciária local.

Cômputo (art. 184 + 178, CPC)


Contagem do prazo processual com base nos artigos:
Art. 184 - Salvo disposição em contrário, computar-se-ão os prazos,
excluindo o dia do começo e incluindo o do vencimento.
§ 1º - Considera-se prorrogado o prazo até o primeiro dia útil se o
vencimento cair em feriado ou em dia em que:
I - for determinado o fechamento do fórum;
II - o expediente forense for encerrado antes da hora normal.
§ 2º - Os prazos somente começam a correr do primeiro dia útil após
a intimação (art. 240 e parágrafo único)
Art. 178 - O prazo, estabelecido pela lei ou pelo juiz, é contínuo, não
se interrompendo nos feriados. (os feriados, sábados e domingos só
serão “pulados” se cair no primeiro dia de contagem do prazo. Se for
no meio da contagem eles serão “atropelados”, ou seja, serão
contados normalmente, como qualquer dia, e prazo acabará no
primeiro dia útil subseqüente).

MP (art. 236, §2º, CPC)


Art. 236, § 2º - A intimação do Ministério Público, em qualquer caso
será feita pessoalmente. (não será feita por diário oficial, nem de
outra maneira)
Art. 188, CPC - Computar-se-á em quádruplo o prazo para contestar
e em dobro para recorrer quando a parte for a Fazenda Pública ou o
Ministério Público.
• Contra-razões – Para recorrer o prazo é em dobro, mas para
contra-razoar é normal, ou seja, 15 dias.

Revel (art. 322, CPC)


Art. 322. Contra o revel que não tenha patrono nos autos, correrão
os prazos independentemente de intimação, a partir da publicação de

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cada ato decisório. (quando possui advogado, este será intimado
normalmente).

Litisconsórcio (art. 191, CPC)


Possuem prazo em dobro para recorrer, contestar, contra-razoar, e
falar nos autos, entre outros, desde que tenha procuradores distintos.
Art. 191 - Quando os litisconsortes tiverem diferentes procuradores,
ser-lhes-ão contados em dobro os prazos para contestar, para
recorrer e, de modo geral, para falar nos autos.

Interrupção de prazo (art. 507, CPC)


Art. 507 - Se, durante o prazo para a interposição do recurso,
sobrevier o falecimento da parte ou de seu advogado, ou ocorrer
motivo de força maior, que suspenda o curso do processo, será tal
prazo restituído em proveito da parte, do herdeiro ou do sucessor,
contra quem começará a correr novamente depois da intimação.
(se acontecer a morte do autor, do advogado, motivo de força maior
ou embargos de declaração, durante o prazo para propositura do
recurso isto será caso de interrupção do prazo do recurso. Mas se
ocorrer durante outras fases do processo será o prazo suspenso).

Suspensão (art. 179, CPC)


A lei que irá falar se o prazo será suspenso ou interrompido.
Art. 179 - A superveniência de férias suspenderá o curso do prazo; o
que Ihe sobejar recomeçará a correr do primeiro dia útil seguinte ao
termo das férias.
*férias = recesso.

23/10/08 - quinta-feira

Justa causa ou Justo impedimento


Serve para a tempestividade e para o preparo.
Art. 183, CPC - Decorrido o prazo, extingue-se, independentemente
de declaração judicial, o direito de praticar o ato, ficando salvo,
porém, à parte provar que o não realizou por justa causa.
Não depende de declaração judicial quando o prazo acaba e você não
praticou o ato, ou seja, preclui.
Salvo quando provar que não praticou o ato por justa causa.
Conceito: art. 183, § 1º, CPC - Reputa-se justa causa o evento
imprevisto, alheio à vontade da parte, e que a impediu de praticar o
ato por si ou por mandatário.
§ 2º - Verificada a justa causa o juiz permitirá à parte a prática do ato
no prazo que Ihe assinar.
Conceito aberto e subjetivo, não existe uma resposta objetiva, ara “o
que é justa causa”. Os tribunais têm sido muito rigorosos em suas
interpretações.

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É utilizado o critério comparativo: outro advogado nas mesmas
circunstâncias teria passado pela mesma situação? Se sim, é justa
causa, se não, não é.
Ex.: fizeram carga do processo para outro advogado e o prazo está
correndo para você. Outro advogado, sem ver o processo, conseguiria
fazer o recurso? Não. Configura justa causa.
Art. 519, CPC - Provando o apelante justo impedimento, o juiz
relevará a pena de deserção, fixando-lhe prazo para efetuar o
preparo.
Parágrafo único - A decisão referida neste artigo será irrecorrível,
cabendo ao tribunal apreciar-lhe a legitimidade.
Caso você ache que está sendo prejudicado, pode impetrar com
mandado de segurança.

PREPARO
Conceito
É o pagamento prévio e imediato a cargo do recorrente dos valores
das custas processuais relativas ao processamento do recurso.
Pagamento do processamento do recurso.
Porte de Remessa e de Retorno
Conceito – é expressão que representa os valores devidos pelo envio
e pelo retorno dos autos do recurso ao órgão que tem competência
para o seu julgamento.
Não está incluído dentro do valor do preparo. Deslocamento físico do
processo, se a parte consegue levar não precisa pagar nada.
Ausência de Preparo
• Pena – deserção. O recurso será considerado deserto. Art.
511, CPC - No ato de interposição do recurso, o recorrente
comprovará, quando exigido pela legislação pertinente, o
respectivo preparo, inclusive porte de remessa e de retorno,
sob pena de deserção.
Momento
No momento de interposição do recurso. No juizado tem um prazo de
48 horas.
Art. 511, CPC - No ato de interposição do recurso, o recorrente
comprovará, quando exigido pela legislação pertinente, o respectivo
preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, sob pena de
deserção.
Isenção (quem não precisa efetuar o preparo)
• Critério objetivo (quem não precisa efetuar o preparo? MP,
União, Estado, Município, respectivas autarquias e quem goza
de isenção legal).
• Critério Subjetivo (quais recursos não dependem de preparo
(dentro de CPC)? agravo retido, embargos de declaração e o
agravo regimental; e agravo de instrumento no caso de
inadmissibilidade de recurso especial e extraordinário). Fora de
CPC, ou seja, em Leis extravagantes, existem alguns: embargos
infringentes de alçada...
Valor e Complementação
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Art. 511, § 2º, CPC - A insuficiência no valor do preparo implicará
deserção, se o recorrente, intimado, não vier a supri-lo no prazo de
cinco dias.
O valor pode ser fixo ou variado (depende da organização judiciária):
- 1% valor da causa (Estadual) – tem que fazer a pesquisa no site do
Estado. Valor fixo: por exemplo, Rio de Janeiro, Espírito Santo.
Segundo a letra fria da Lei, é possível pagar menos, e depois ser
intimado para providenciar o restante do pagamento. Mas a melhor
interpretação para jurisprudência e doutrina, é de que quando o valor
for VARIADO é que cabe este artigo, ou seja, o advogado será
intimado para pagar o restante; desde que o valor não seja com uma
diferença maior do que 50% (margem de erro não pode ser superior a
50%). Mas no caso de valor fixo o recurso será deserto, por menor
que seja a diferença do valor pago e do valor restante.

REGULARIDADE FORMAL
Noções Gerais
É associado à elaboração do recurso (a forma como ele será feito).
Petição escrita
É admitido recurso oral do Agravo retido, contra as decisões
proferidas em audiência (art. 523, §3º - Das decisões interlocutórias
proferidas na audiência de instrução e julgamento caberá agravo na
forma retida, devendo ser interposto oral e imediatamente, bem
como constar do respectivo termo (art. 457), nele expostas
sucintamente às razões do agravante). Nos juizados pode haver
também os embargos.
Fundamentação ≠ Pedido
Tem que ser fundamentado. Se fizer menção a alguma folha o ideal é
copiar e colar, ou seja, repetir o que já foi falado, mas não pode
remeter a leitura da contestação (“vide fls. tais”). Tem que pedir
reforma ou anulação, depende do recurso e do caso.
Recurso via fax (art. 2º, 9.800/99)
É possível, desde que apresente os originais no prazo de 5 dias (o STJ
pacificou, que o prazo será contado a partir do esgotamento do prazo
recursal, e não a partir do envio por fax).
Peças Obrigatórias
Alguns recursos dependem da juntada de peças obrigatórias, e a
ausência dessas peças, acarreta a inadmissibilidade do recurso.
Art. 541, Parágrafo único, CPC. Quando o recurso fundar-se em
dissídio jurisprudencial, o recorrente fará a prova da divergência
mediante certidão, cópia autenticada ou pela citação do repositório
de jurisprudência, oficial ou credenciado, inclusive em mídia
eletrônica, em que tiver sido publicada a decisão divergente, ou ainda
pela reprodução de julgado disponível na Internet, com indicação da
respectiva fonte, mencionando, em qualquer caso, as circunstâncias
que identifiquem ou assemelhem os casos confrontados.

No agravo é obrigatório juntar: copia da decisão agravada, certidão


da respectiva intimação e procuração do agravante e agravado. Dica:

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*Se for utilizar o agravo, tira uma cópia do processo todo e manda pro
Tribunal.

28/10/08 - terça-feira

INTERESSE DE RECORRER
Necessidade + Utilidade
O interesse de recorrer será observado sob a perspectiva deste
binômio:
Necessidade – é quando só puder obter a reforma de uma decisão
judicial por meio de recurso.
Utilidade – é uma melhora na situação. Só pode utilizar o recurso se
tiver a possibilidade de melhorar sua situação.
Incompatibilidade lógica
• 267, VIII, CPC (desistência da ação)
• 269, II, III, V, CPC (quando o réu reconhecer o pedido do
autor, quando houver acordo entre as partes e o autor
renunciar ao direito sobre que se funda a ação).
• Situações excepcionais – Existem exceções. Ex.: se alguém
coloca uma arma na cabeça do filho de uma das partes, e
manda fazer um acordo, ou renunciar ao direito e etc. Neste
caso a parte pode recorrer.

CABIMENTO
Utilização do recurso adequado
É a utilização do recurso correto para cada decisão judicial.

Sentença – 99% apelação; 1% Recurso Ordinário


Interlocutória – Agravo.
Acórdão – Recurso especial; recurso extraordinário;
embargos infringentes e embargos divergentes.
Monocrática – Agravo regimental.
E contra todas as decisões cabe Embargos de Declaração.
Preclusão
Ocorre a preclusão Consumativa, caso apresente o recurso errado. Ou
seja, não há como recorrer depois de apresentar o recurso errado,
independentemente se ainda possuir prazo ou não.

INEXISTÊNCIA DE FATO IMPEDITIVO OU EXTINTIVO AO PODER


DE RECORRER (único requisitos negativo – não pode estar presente
para a admissibilidade do recurso).
Impeditivo
• Aquiescência = aceitar (art. 503) - A parte, que aceitar
expressa ou tacitamente a sentença ou a decisão, não poderá
recorrer. Parágrafo único - Considera-se aceitação tácita a
prática, sem reserva alguma, de um ato incompatível com a
vontade de recorrer.

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• Renúncia (art. 502) – A renúncia ao direito de recorrer
independe da aceitação da outra parte.
Extintivo
• Desistência (art. 501) - O recorrente poderá, a qualquer
tempo, sem a anuência do recorrido ou dos litisconsortes,
desistir do recurso. (você já tem que ter protocolado o recurso,
e depois desistiu).

JULGAMENTO NOS TRIBUNAIS (MUITO IMPORTANTE – NÃO


ESTÁ NO CÓDIGO, SOMENTE DOUTRINA)
“A quo” (Órgão que profere a decisão) e “ad quem” (órgão
que reexamina a decisão)
2 fases de admissibilidade
• 1ª fase do Juízo de admissibilidade – é a verificação da
presença dos requisitos de admissibilidade, feito pelo juiz de 1º
grau. O juiz/desembargador verá se o recurso preenche os
requisitos para ser admitido. Esta primeira fase é no órgão “a
quo”. Ele pode dizer que todos os requisitos estão presentes
(conhece o recurso, então ele manda para o tribunal), ou não
conhecer o recurso (quando faltar um ou alguns dos requisitos
de admissibilidade). Neste ultimo caso, pode agravar
(instrumento) – nos casos de: a decisão proferida causar à parte
lesão grave de difícil ou incerta reparação (questões de
urgência); nos casos relativos aos efeitos em que a apelação é
recebida (normalmente efeitos suspensivos e devolutivos); e
nos casos de inadmissibilidade da apelação (quando a apelação
não for conhecida) – quando o juiz entender que a apelação é
intempestiva.
• 2ª Fase do Juízo de admissibilidade – os desembargadores
presentes na Câmara sorteada, vão decidir se irão reformar,
anular ou integrar a decisão. O primeiro voto será do Relator,
que é o primeiro desembargador sorteado.
Julgamento monocrático
• 557 - O relator negará seguimento a recurso manifestamente
inadmissível, improcedente, prejudicado ou em confronto com
súmula ou com jurisprudência dominante do respectivo
tribunal, do Supremo Tribunal Federal ou de Tribunal Superior.
o 1 – Quando o recurso for manifestamente inadmissível
(não possuir algum dos requisitos de admissibilidade).
o 2 – Quando o recurso for manifestamente improcedente
(no mérito o recurso é improcedente. Ex.: prender por
dívida).
o 3 – Quando o recurso for prejudicado (é aquele que se
perde o objeto. Ex.: se a pessoa pediu uma liminar e o juiz
da causa indeferiu, a pessoa agrava e vai para o TJ, mas
após o juiz da causa se retrata, deferindo a liminar. Desta
forma fica sem objeto).

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o 4 – Quando o recurso estiver em manifesto confronto
com Súmula e Jurisprudência dominante do STF, dos
Tribunais superiores, ou dos respectivos tribunais.
Art. 557, § 1º-A - Se a decisão recorrida estiver em manifesto
confronto com súmula ou com jurisprudência dominante do Supremo
Tribunal Federal, ou de Tribunal Superior, o relator poderá dar
provimento ao recurso.
Da mesma forma, se a decisão for em manifesto confronto com
súmula ou com jurisprudência dominante do Supremo Tribunal
Federal, ou de Tribunal Superior, o relator poderá proferir uma
decisão monocrática dando provimento ao recurso.

TRABALHO INDIVIDUAL PRÓXIMA AULA – QUINTA-FEIRA

30/11/2008 – quinta-feira

Professor não veio - exercício

04/11/2008 – terça-feira

JULGAMENTO DE MÉRITO DO RECURSO

Regra
A regra é que o mérito do recurso seja analisado pelo órgão “ad
quem”, até por que seria um contra-senso se o juiz prolator da
decisão fosse analisar se ela deve ou não ser modificada.
Mérito do recurso x Mérito da demanda
Mérito do recurso – é aquilo que se pede no recurso.
Mérito da demanda – é aquilo que se pede na demanda.
Exceções
• 296 - Indeferida a petição inicial, o autor poderá apelar,
facultado ao juiz, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas,
reformar sua decisão. (neste caso, o juiz pode fazer um exame
de mérito do recurso, ou seja, o órgão “ad quo” fará o reexame
da decisão).
• 285-A - Quando a matéria controvertida for unicamente de
direito e no juízo já houver sido proferida sentença de total
improcedência em outros casos idênticos, poderá ser
dispensada a citação e proferida sentença, reproduzindo-se o
teor da anteriormente prolatada. § 1º Se o autor apelar, é
facultado ao juiz decidir, no prazo de 5 (cinco) dias, não manter
a sentença e determinar o prosseguimento da ação. (no caso do
julgamento prima facie, o próprio juiz pode se retratar e
modificar a decisão).
Mérito

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• Provimento - Está ligado a “dar” (significa que a sentença está
errada e o recurso está certo) ou “negar” (que decisão está
correta e o recurso está errado) provimento do recurso.

RECURSOS EM ESPÉCIE

APELAÇÃO
Sentença
Art. 513, CPC – Da sentença caberá apelação.
Forma
Art. 514 - A apelação, interposta por petição dirigida ao juiz, conterá:
I - os nomes e a qualificação das partes;
II - os fundamentos de fato e de direito;
III - o pedido de nova decisão. (pedir para reformar, “error in
judicando” ou anular, “error in procedendo”).

Efeito
Em regra é aceita nos dois efeitos. Mas existe exceção:
• Suspensivo (520) - A apelação será recebida em seu efeito
devolutivo e suspensivo. Será, no entanto, recebida só no efeito
devolutivo, quando interposta de sentença que:
I - homologar a divisão ou a demarcação;
II - condenar à prestação de alimentos;
III - julgar a liquidação de sentença;
IV - decidir o processo cautelar;
V - rejeitar liminarmente embargos à execução ou julgá-los
improcedentes;
VI - julgar procedente o pedido de instituição de arbitragem;
VII - confirmar a antecipação dos efeitos da tutela.

Art. 558 - O relator poderá, a requerimento do agravante, nos casos


de prisão civil, adjudicação, remição de bens, levantamento de
dinheiro sem caução idônea e em outros casos dos quais possa
resultar lesão grave e de difícil reparação, sendo relevante a
fundamentação, suspender o cumprimento da decisão até o
pronunciamento definitivo da turma ou câmara. Parágrafo único -
Aplicar-se-á o disposto neste artigo as hipóteses do art. 520.
(quando a apelação for recebida no efeito certo, mas for causar um
grave dando, ou seja, se quiser modificar o efeito da apelação utiliza-
se este artigo, tendo em vista o parágrafo único).

• Devolutivo
o Extensão – é a delimitação da matéria devolvida ao
Tribunal, é aquilo que está sendo devolvido ao Tribunal
(será devolvida apenas a parte impugnada). O que? (o
que vai ser devolvido? Esta é a pergunta que seve ser
feita para diferenciar os dois) Art. 515 - A apelação
devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria
impugnada.
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o Profundidade – é a análise da matéria devolvida ao
Tribunal. Como? (Esta é a pergunta que seve ser feita
para diferenciar os dois). § 1º - Serão, porém, objeto de
apreciação e julgamento pelo tribunal todas as
questões suscitadas e discutidas no processo, ainda
que a sentença não as tenha julgado por inteiro. (só pode
ser discutido em 2º grau o que já foi discutido no
processo.
Conseqüências do efeito devolutivo:
1) A impossibilidade de inovação na apelação. (não pode chegar
em grau de apelação e pedir o que não foi pedido em primeiro
grau).
2) Uma vedação (proibição) a reformatio in pejus (reformar para
pior). Pois o tribunal tem que ficar adstrito ao que foi devolvido.
Art. 515.
§ 2º - Quando o pedido ou a defesa tiver mais de um fundamento e o
juiz acolher apenas um deles, a apelação devolverá ao tribunal o
conhecimento dos demais.
§ 3º - Nos casos de extinção do processo sem julgamento do mérito
(art. 267), o tribunal pode julgar desde logo a lide, se a causa versar
questão exclusivamente de direito e estiver em condições de
imediato julgamento. (Teoria da causa madura).

Súmula Impeditiva de Recurso


Art. 518, § 1º - O juiz não receberá o recurso de apelação quando a
sentença estiver em conformidade com súmula do Superior Tribunal
de Justiça ou do Supremo Tribunal Federal.
O juiz não pode ou não deve receber o recurso? Pelo que diz o artigo
o juiz não pode receber. Mas, a Súmula (desde que não seja
vinculante) é uma mera orientação, sendo assim, a doutrina (mas há
divergência) tem entendido que não, que o juiz pode analisar o caso
concreto, e decidir se recebe ou não.

AGRAVO
Regra (Retido)
Art. 522, 1ª parte - Das decisões interlocutórias caberá agravo, no
prazo de 10 (dez) dias, na forma retida (...).
O agravo de Instrumento só será utilizado nas exceções (no resto do
artigo).
Sempre que for interposto um agravo, a regra é de utilizar na
modalidade retido.
Forma
Antes de entrar no mérito da apelação, ou seja, nas preliminares, vai
reiterar o agravo que ficou retido.
Diz-se que tem um efeito diferido, pois o agravo é em um momento, e
ele só será julgado em outro momento totalmente diferente.
O agravo retiro depende da admissibilidade da apelação, mas a
apelação não depende da apreciação do agravo retido (chamado de
efeito translativo).

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Art. 523 - Na modalidade de agravo retido o agravante requererá
que o tribunal dele conheça, preliminarmente, por ocasião do
julgamento da apelação.
§ 1º - Não se conhecerá do agravo se a parte não requerer
expressamente, nas razões ou na resposta da apelação, sua
apreciação pelo Tribunal.
No juizado pode deixar pra alegar tudo no Recurso Inominado.
Retratação
Diferentemente da apelação (exceto julgamento prima facie e
indeferimento da petição inicial), no agravo pode se retratar. O
agravo é utilizado para haver uma retratação do Juiz. Tem como
função a retratação.
Art. 523, § 2º - Interposto o agravo, e ouvido o agravado no prazo de
10 (dez) dias, o juiz poderá reformar sua decisão (se retratar), não
tem prazo certo. O agrava será ouvido o prazo de 10 dias. O juiz
poderá se retratar até que ele pratique um ato incompatível com a
intenção de se retratar.
Finalidade
Evitar a preclusão, pois, se não alega na hora, preclui.
Momento (quando deve interpor o agravo retido)
Art. 523, § 3º Das decisões interlocutórias proferidas na audiência
de instrução e julgamento caberá agravo na forma retida, devendo
ser interposto oral e imediatamente, bem como constar do respectivo
termo (art. 457), nele expostas sucintamente as razões do agravante.
• 10 dias
• Imediato: em audiência de Instrução e Julgamento, deve ser
imediato. Tem que fazer uma breve argumentação, expor os
motivos e fazer um pedido de reforma da decisão, se não, não
será um recurso (o único que pode ser na via oral, e os
embargos de declaração no Juizado Especial). É para evitar
muitos recursos, pois é muito mais difícil o advogado recorrer
na hora, via oral, do que ficar 10 dias pensando no que recorrer.

INSTRUMENTO (arts. 534, e seguintes)


Cabimento
Art. 522, 2ª partes – 1) quando se tratar de decisão suscetível de
causar à parte lesão grave e de difícil reparação, 2) bem como nos
casos de inadmissão da apelação e 3) nos relativos aos efeitos em
que a apelação é recebida, quando será admitida a sua interposição
por instrumento.
Forma
Art. 524 - O agravo de instrumento será dirigido diretamente ao
tribunal competente, através de petição com os seguintes requisitos:
I - a exposição do fato e do direito;
II - as razões do pedido de reforma da decisão;
III - o nome e o endereço completo dos advogados, constantes do
processo.
Peças obrigatórias

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• Art. 525 – obrigatoriamente, com cópias da decisão
agravada, da certidão da respectiva intimação e das
procurações outorgadas aos advogados do agravante e
do agravado. (Facultativamente, com outras peças que o
agravante entender úteis). Os autos ficam na comarca de
origem, por isso necessita da juntada de documentos. A
certidão da intimação é para ver se é tempestivo, e a
procuração é para saber se tem capacidade postulatória e para
constar o endereço dos advogados. Se faltar qualquer dessas
peças, o recurso não será conhecido, por falta de regularidade
formal.
§ 1º - Acompanhará a petição o comprovante do pagamento
das respectivas custas e do porte de retorno, quando devidos,
conforme tabela que será publicada pelos tribunais. (tem que
juntar a guia de custas também).
§ 2º - No prazo do recurso, a petição será protocolada no
tribunal, ou postada no correio sob registro com aviso de
recebimento, ou, ainda, interposta por outra forma prevista na
lei local. (é o único que vai direto para o Tribunal, órgão ad
quem; pode ser postado pelo correio, é para ajudar quem
mora/trabalha longe da capital, onde fica o Tribunal, conta da
data da postagem no correio, não do momento que chega ao
Tribunal; admite-se também por fax, e-mail, entre outros, desde
que previsto na Lei local).
Comunicação
Para que o juiz fique sabendo do agravo, e para forçar a retratação.
• 526 – O agravante, no prazo de 3 (três) dias, requererá juntada,
aos autos do processo de cópia da petição do agravo de
instrumento e do comprovante de sua interposição, assim como
a relação dos documentos que instruíram o recurso.
Parágrafo único. O não cumprimento do disposto neste artigo,
desde que argüido e provado pelo agravado, importa
inadmissibilidade do agravo.
(Não é um dever, nem uma faculdade é um ÔNUS, se o
agravado argüir e provar, o agravante terá que arcar com as
conseqüências)
Art. 185 - Não havendo preceito legal nem assinação pelo juiz,
será de 5 (cinco) dias o prazo para a prática de ato processual a
cargo da parte. (prazo de o agravante argüir é de 5 dias a partir
da intimação dele)
Procedimento
• 527 – Recebido o agravo de instrumento no tribunal, e
distribuído incontinenti, o relator:
I - negar-lhe-á seguimento, liminarmente, nos casos do art. 557
(casos de julgamento monocrático);
o Irrecorribilidade (Decisões Irrecorríveis)
 II - converterá o agravo de instrumento em agravo
retido, salvo quando se tratar de decisão suscetível
de causar à parte lesão grave e de difícil reparação,
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bem como nos casos de inadmissão da apelação e
nos relativos aos efeitos em que a apelação é
recebida, mandando remeter os autos ao juiz da
causa;
(não cabe recurso se o órgão ad quem, converter o
agravo de instrumento em retido. Neste caso
utiliza-se o mandado de segurança).
 III - poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso
(art. 558), ou deferir, em antecipação de tutela,
total ou parcialmente, a pretensão recursal,
comunicando ao juiz sua decisão;
(quando agrava e não o juiz não concede efeito
suspensivo; ou quando é indeferida antecipação de
tutela – agravo com efeito ativo).
 IV - poderá requisitar informações ao juiz da causa,
que as prestará no prazo de 10 (dez) dias.
 V - mandará intimar o agravado, na mesma
oportunidade, por ofício dirigido ao seu advogado,
sob registro e com aviso de recebimento, para que
responda no prazo de 10 (dez) dias (art. 525, § 2o),
facultando-lhe juntar a documentação que entender
conveniente, sendo que, nas comarcas sede de
tribunal e naquelas em que o expediente forense for
divulgado no diário oficial, a intimação far-se-á
mediante publicação no órgão oficial; (vide 236,
237 e 238)
 VI - ultimadas as providências referidas nos incisos
III a V do caput deste artigo, mandará ouvir o
Ministério Público, se for o caso, para que se
pronuncie no prazo de 10 (dez) dias.
 Parágrafo único. A decisão liminar, proferida nos
casos dos incisos II e III do caput deste artigo,
somente é passível de reforma no momento do
julgamento do agravo, salvo se o próprio relator a
reconsiderar. (se não reconsiderar a decisão de
converter um agravo de instrumento em agravo
retido, ela só poderá ser analisada no caso de
apelação).

11/11/2008 – terça-feira – MATÉRIA DA PROVA: TUDO DE


RECURSOS.

EMBARGOS INFRINGENTES
Cabimento
Art. 530 - Cabem embargos infringentes quando o acórdão não
unânime houver reformado, em grau de apelação, a sentença de
mérito, ou houver julgado procedente ação rescisória. Se o desacordo
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for parcial, os embargos serão restritos à matéria objeto da
divergência.
Requisitos:
• Decisão proferida no julgamento da apelação;
• Não pode ser uma sentença terminativa, tem que ser uma
sentença e mérito (o que caberia é o recurso especial e
extraordinário se for a hipótese);
• O acórdão não pode ser unânime, ou seja, divergente (tem que
ser 2 desembargadores votando de um jeito e 1 e outro)
• Tem que ser um acórdão no sentido de reformar a decisão de
piso;
 (PROVA) Quando for hipótese de procedência da ação rescisória,
pode utilizar os embargos infringentes (não cabe apelação, pois já
começa no Tribunal). De qualquer forma tem que preencher todos os
requisitos, por exemplo, tem que haver divergência, e etc.
Para utilizar o extraordinário e o especial, tem que, antes, ter
esgotados as vias recursais. Não adianta não ter utilizado os
embargos infringentes e tentar interpor recurso especial ou
extraordinário.
Efeitos
Irão acompanhar os mesmos efeitos da apelação.
Ou seja, em regra serão aceitos nos efeitos devolutivos e
suspensivos.
Procedimento
Art. 531, CPC - Interpostos os embargos, abrir-se-á vista ao
recorrido para contra-razões; após, o relator do acórdão embargado
apreciará a admissibilidade do recurso.
Após publicado o acórdão o começa a contar o prazo de 15 dias para
recorrer, e depois 15 dias para as contra-razões.
Art. 532 - Da decisão que não admitir os embargos caberá agravo,
em 5 (cinco) dias, para o órgão competente para o julgamento do
recurso.
O artigo trata de Agravo Regimental.
Art. 533 - Admitidos os embargos, serão processados e julgados
conforme dispuser o regimento do tribunal.
Parágrafo único - A escolha do relator recairá, quando possível, em
juiz que não haja
participado do julgamento da apelação ou da ação rescisória.
Art. 534 - Caso a norma regimental determine a escolha de novo
relator, esta recairá, se possível, em juiz que não haja participado do
julgamento anterior.
Tudo depende do regimento interno do Tribunal.

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
“Matar o rei não é crime.” ≠ “Matar o rei não! É crime.”
Como uma vírgula, um ponto, modifica todo o sentido da frase.
Alguns doutrinadores (minoria) entendem que não é recurso, pois,
não tem finalidade de modificar a decisão, e não há o contraditório.
Cabimento
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• Quando houver omissão (ele não julga);
• Quando houver obscuridade (ele julga, mas deixa de esclarecer
várias coisas. Ex.: condena a pagar, mas não fala quanto, a
partir de quando e etc.);
• Quando houver contradição (quando tiver duas afirmações que
se anulam).
Pode ser utilizado em qualquer decisão (apesar da lei falar somente
acórdão e sentença), pode ser, sentença, interlocutória, acórdão... De
acordo com todas as doutrinas.
É para esclarecer, em regra, não muda a decisão judicial.
Procedimento
• Art. 536 – Os embargos serão opostos, no prazo de 5 (cinco)
dias, em petição dirigida ao juiz ou relator, com indicação do
ponto obscuro, contraditório ou omisso, não estando sujeitos a
preparo.
Interrupção do prazo
• Art. 538, CPC - Os embargos de declaração interrompem o
prazo para a interposição de outros recursos, por qualquer das
partes.
Exceto nas hipóteses em que forem intempestivos. No juizado
especial o prazo não é interrompido, é suspenso.
Efeitos Infringentes ou modificativos
Não tem relação alguma com os embargos infringentes. Pode ser que
os embargos de declaração modifiquem a sentença, apesar de não
ser esta a finalidade, e será somente nos casos de omissão (o nome
será assim: “embargos de declaração com efeitos infringentes”). É
muito usado. Para tentar inibir esse tipo de atitude das partes colocou
uma multa. Art. 538, Parágrafo único - Quando manifestamente
protelatórios os embargos, o juiz ou o tribunal, declarando que o são,
condenará o embargante a pagar ao embargado multa não excedente
de 1% (um por cento) sobre o valor da causa. Na reiteração de
embargos protelatórios, a multa é elevada a até 10% (dez por cento),
ficando condicionada a interposição de qualquer outro recurso ao
depósito do valor respectivo.
• Contraditório – quando modifica a decisão, tem que intimar a
outra parte para se manifestar. PROVA  Em regra embargos
de declaração não possuem o contraditório? Sim. Em regra não
possuem o contraditório. Mas pode haver quando modificar a
decisão.

RECURSO ORDINÁRIO
Cabimento:
Art. 539 - Serão julgados em recurso ordinário:
I - pelo Supremo Tribunal Federal, os mandados de segurança, os
habeas data e os
mandados de injunção decididos em única instância pelos Tribunais
superiores, quando denegatória a decisão;
II - pelo Superior Tribunal de Justiça:

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a) os mandados de segurança decididos em única instância pelos
Tribunais Regionais
Federais ou pelos Tribunais dos Estados e do Distrito Federal e
Territórios, quando
denegatória a decisão;
b) as causas em que forem partes, de um lado, Estado estrangeiro ou
organismo
internacional e, do outro, Município ou pessoa residente ou
domiciliada no País.
Parágrafo único - Nas causas referidas no inciso II, alínea b, caberá
agravo das decisões
interlocutórias.

STJ (Pode ser MS (mandado de Denegatória  Recurso


qualquer segurança) Ordinário Constitucional -
tribunal MI (mandado de Injunção) STF
superior) HD (habeas data)

TJ MS (mandado de Denegatória  Recurso


segurança) Ordinário Constitucional
– STJ

Estado Município Vai ser imperado na Justiça Federal, e


estrangeiro ou será proferida uma Sentença, e não cabe
ou organismo pessoa apelação, cabe recurso ordinário
internacional residente Constitucional e vai para o STJ
no Brasil

Procedimento
O mesmo da apelação.

13/11/08 - quinta-feira

RECURSOS EXCEPCIONAIS (ESPECIAL e EXTRAORDINÁRIO)


Características (filtros que evitam chegar uma “avalanche” de
processos no STJ e STF)
• Visam a tutela do direito objetivo, norma jurídica, CF, emenda,
Lei Federal... Não visam a justiça, e sim a preservação da
norma;
• Prévio esgotamento (exaurimento) das instâncias (recursos)
ordinárias;
• Proibição de discussão de matéria fática ou probatória;
• Pré-questionamento da matéria (discussão anterior do mesmo
assunto. Até mesmo matérias de ordem pública têm que ser
pré-questionadas. Esta é a posição da maioria da doutrina, a
jurisprudência também é pacífica neste sentido). É uma
interpretação da expressão do Código “causas decididas em
última ou única instância”. O STJ exige uma manifestação
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explícita da questão, e o Tribunal tem que se manifestar, se não
se manifestar tem que apresentar Embargos de Declaração. O
STF entende que basta suscitar, relatar, ventilar a matéria que
já está pré-questionada, mesmo sem manifestação do Tribunal.
Fundamentação
• Art. 102, III, a, b, c, d, CF – Razões dos Recursos
• Art. 105, III, a, b, c, CF – Razões dos Recursos
Procedimento
• Art. 541 – O recurso extraordinário e o recurso especial, nos
casos previstos na Constituição Federal, serão interpostos
perante o presidente ou o vice-presidente do tribunal
recorrido (órgão “a quo”), em petições distintas, que conterão:
I - a exposição do fato e do direito;
Il - a demonstração do cabimento do recurso interposto;
III - as razões do pedido de reforma da decisão recorrida;
Parágrafo único. Quando o recurso fundar-se em dissídio
jurisprudencial, o recorrente fará a prova da divergência
mediante certidão, cópia autenticada (não há necessidade
mais, pois a jurisprudência é adquirida em sites oficiais) ou pela
citação do repositório de jurisprudência, oficial ou credenciado,
inclusive em mídia eletrônica, em que tiver sido publicada a
decisão divergente, ou ainda pela reprodução de julgado
disponível na Internet, com indicação da respectiva fonte,
mencionando, em qualquer caso, as circunstâncias que
identifiquem ou assemelhem os casos confrontados.
Art. 542 – Recebida a petição pela secretaria do tribunal, será
intimado o recorrido, abrindo-se-lhe vista, para apresentar
contra-razões (prazo de 15 dias).
§ 1º - Findo esse prazo, serão os autos conclusos para admissão
ou não do recurso, no prazo de 15 (quinze) dias, em decisão
fundamentada (para saber se vai admitir ou não o recurso).
§ 2º - Os recursos extraordinário e especial serão recebidos no
efeito devolutivo.
§ 3º - O recurso extraordinário, ou o recurso especial, quando
interpostos contra decisão interlocutória em processo de
conhecimento, cautelar, ou embargos à execução ficará retido
nos autos e somente será processado se o reiterar a parte, no
prazo para a interposição do recurso contra a decisão final, ou
para as contra-razões.
Admitido
• Art. 543 - Admitidos ambos os recursos, os autos serão
remetidos ao Superior Tribunal de Justiça.
Se os recursos forem admitidos eles serão remetidos à Brasília.
§ 1º - Concluído o julgamento do recurso especial, serão os
autos remetidos ao Supremo Tribunal Federal, para apreciação
do recurso extraordinário, se este não estiver prejudicado (no
caso de conseguir o que quer com o Recurso especial).
§ 2º - Na hipótese de o relator do recurso especial considerar
que o recurso extraordinário é prejudicial àquele (o especial
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influência no julgamento do extraordinário), em decisão
irrecorrível sobrestará o seu julgamento e remeterá os autos
ao Supremo Tribunal Federal, para o julgamento do recurso
extraordinário.
§ 3º - No caso do parágrafo anterior, se o relator do recurso
extraordinário, em decisão irrecorrível, não o considerar
prejudicial, devolverá os autos ao Supremo Tribunal de Justiça,
para o julgamento do recurso especial.
Não admitido
• Art. 544 – Não admitido o recurso extraordinário ou o recurso
especial, caberá agravo de instrumento, no prazo de 10
(dez) dias, para o Supremo Tribunal Federal ou para o Superior
Tribunal de Justiça, conforme o caso.
o § 1º - O agravo de instrumento será instruído com as
peças apresentadas pelas partes, devendo constar
obrigatoriamente, sob pena de não conhecimento,
cópias do acórdão recorrido, da certidão da respectiva
intimação, da petição de interposição do recurso
denegado, das contra-razões, da decisão agravada, da
certidão da respectiva intimação e das procurações
outorgadas aos advogados do agravante e do agravado.
As cópias das peças do processo poderão ser declaradas
autênticas pelo próprio advogado, sob sua
responsabilidade pessoal. (não será cobrado na prova
as peças que deverão ser juntadas no agravo).
*PROVA* – PECULIARIDADES DO AGRAVO DE
INSTRUMENTO UTILIZADO NOS CASOS DE INADMISSÃO
DO RECURSO ESPECIAL E RECURSO EXTRAORDINÁRIO.
SÃO DUAS: 1) NÃO DEPENDE DE PREPARO (É DE GRAÇA);
2) O AGRAVO É PROTOCOLADO NO ÓRGÃO “A QUO” –
EXCEÇÃO.
o §2º Características – A petição de agravo será dirigida à
presidência do tribunal de origem, não dependendo do
pagamento de custas e despesas postais. O
agravado será intimado, de imediato (o órgão “a quo”
só recebe, não examina, pode ser intempestivo... isso só
será analisado no órgão “ad quem”), para no prazo de 10
(dez) dias oferecer resposta, podendo instruí-la com
cópias das peças que entender conveniente. Em seguida,
subirá o agravo ao tribunal superior, onde será
processado na forma regimental.
o § 3º - Poderá o relator, se o acórdão recorrido estiver em
confronto com a súmula ou jurisprudência dominante do
Superior Tribunal de Justiça, conhecer do agravo para
dar provimento ao próprio recurso especial; poderá
ainda, se o instrumento contiver os elementos
necessários ao julgamento do mérito, determinar sua
conversão, observando-se, daí em diante, o procedimento
relativo ao recurso especial.
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(agravo mutante – pois ele deixa de ser agravo de
instrumento para ser transformado em recurso especial).
o §4º - O disposto no parágrafo anterior aplica-se também
ao agravo de instrumento contra denegação de recurso
extraordinário, salvo quando, na mesma causa, houver
recurso especial admitido e que deva ser julgado em
primeiro lugar.
(O mesmo do §3º se aplica ao recurso extraordinário).
Repercussão Geral
É a verificação da existência ou não de questões relevantes do ponto
de vista econômico político e social ou jurídico que ultrapasse os
interesses subjetivos (se ultrapasse a intenção dos litigantes) da
causa enfrentada. Será uma preliminar no recurso excepcional. São
decisões irrecorríveis, por no mínimo 4 ministros.
• Art. 543-A – O Supremo Tribunal Federal, em decisão
irrecorrível, não conhecerá do recurso extraordinário, quando a
questão constitucional nele versada não oferecer repercussão
geral, nos termos deste artigo.
§ 3º Haverá repercussão geral sempre que o recurso impugnar
decisão contrária a súmula ou jurisprudência dominante do
Tribunal.
§ 4º Se a Turma decidir pela existência da repercussão geral
por, no mínimo, 4 (quatro) votos, ficará dispensada a remessa
do recurso ao Plenário. (A turma é composta por 5 ministros).
§ 6º O Relator poderá admitir, na análise da repercussão geral,
a manifestação de terceiros, subscrita por procurador
habilitado, nos termos do Regimento Interno do Supremo
Tribunal Federal. (amicus curiae)
Recursos Repetitivos

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