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Livros:
José Carlos Barbosa Moreira – CPC Comentado (MUITO BOM)
Flávio Cheim Jorge – Teoria Geral dos Recursos
Araken de Assis – Manual dos Recursos
Luiz Orione Neto – Recursos Cíveis (mais didático e completo)
Fredie Didier Jr. – Curso de Direito Processual – Vol. III (mais didático e
completo)
Nelson Luiz Pinto – Manual dos Recursos Cíveis
Qualquer Livro de Processo Civil
CPC
Livro I – Processo de Conhecimento (5º + 6º período)
Conceito:
É aquele que visa descobrir o detentor/titular do direito material
discutido em juízo.
31/07/08 - quinta-feira
JURISDIÇÃO
É o poder-dever-função do Estado, de dizer o direito, de forma
imparcial, substituindo a vontade das partes diante de um caso
concreto. Existe a ação e o autor aciona o Estado para dizer do
direito, por meio do processo.
05/08/08 - terça-feira
Petição Inicial (art. 282) – assim que tira o Estado da inércia, quando
ele é acionado pela petição inicial. Há uma antinomia do art. 99 do
CPC com o art. 109 da CF, com este conflito aplica-se a CF/88. O juiz
deve fazer um juízo de admissibilidade, ver se há os pressupostos, se
não houver o processo será extinto, e se houver vai determinar a
citação.
• Art. 267, 269 (prescrição e decadência, única forma de julgar
com mérito – deve falar de ofício 119, §5º), 285-A (julgamento
prima-facie – excepcional)
• Citação (art. 213) – ato pelo qual o juiz vai preencher a relação
processual.
Art. 213 – conceito de citação.
Art. 214 – comparecimento espontâneo do réu (princípio da
instrumentalidade – art. 250, §único – Dar-se-á o
aproveitamento dos atos praticados, desde que não resulte
prejuízo à defesa).
Art. 215 – quem deve ser citado – réu.
Art. 216 – local da citação – qualquer lugar.
Art. 217 – dilação da citação – hipóteses em que a citação
deverá esperar.
Art. 219 – efeitos da citação:
• Processuais:
o Tornar prevento o juízo;
o Induzir a litispendência;
o Tornar litigiosa a coisa.
• Materiais:
o Constituir o devedor em mora;
o Interromper a prescrição.
Art. 221 – modalidades de citação – como a citação será
realizada.
• Em regra pelos Correios.
Art. 222/224 – citação por oficial de justiça.
Art. 225 – conteúdo do mandado.
Art. 226 – formas de realização da citação.
Art. 227/229 – citação por hora certa.
Art. 231 – citação por edital.
o Revelia (art. 319) – ausência de contestação. No art. 320
não haverá os efeitos da revelia.
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Julgamento antecipado da lide (330)
o Resposta do réu (297)
- Contestação (300 e 301) – antes de enfrentar o mérito
argumentar as preliminares de mérito. Deve impugnar ato
por ato da inicial.
- Exceção (304) – incompetência relativa – a absoluta
deve ser argüida na preliminar da contestação (112),
suspeição (135) e impedimento (134).
- Reconvenção (315) – é um contra-ataque (é uma ação)
que o réu propõe em face do autor dentro da mesma
relação jurídica processual.
- Impugnação do valor da causa (261) – será utilizado
quando o valor da causa for estabelecido de forma
estimativa.
Audiência preliminar (331) – tentativa de acordo. Se
houver extingue o processo. Se não houver o juiz irá
proferir o “Despacho” saneador, fixando o ponto
controvertido, e se necessário, deferirá as provas...
• Audiência de instrução e julgamento (450) –
pode haver a sentença em audiência (prazo
de 10 dias para sentenciar).
o Sentença (458)
07/08/08 - quinta-feira
SENTENÇA
14/08/08 - quinta-feira
COISA JULGADA
Noções gerais
Nosso ordenamento jurídico foi estruturado pela segurança jurídica, e
ela sem sempre anda de mãos dadas com a justiça. Segurança
jurídica e justiça são coisas totalmente diferentes. E a coisa julgada é
uma forma de manter a segurança jurídica.
Conceito
É uma qualidade que é dada a uma decisão judicial que a torna
imutável e indiscutível (art. 467, CPC – o conceito do código está
equivocado, não é a coisa julgada que dá eficácia e sim a sentença).
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Coisa julgada é ação que não caiba mais recurso (art. 301, §1º, 2º e
3º).
Formação (quando surge a coisa julgada)
• Quando ocorrer a preclusão (perda da possibilidade de se
praticar um ato processual) em grau de recurso;
o Preclusão temporal – ocorre em virtude da perda dos
prazos, do tempo;
o Preclusão consumativa – ocorre em virtude de a pessoa
ter praticado o ato processual (não pode praticar o ato
novamente) – na propositura da contestação e da
reconvenção, pois as 2 devem ser protocoladas
simultaneamente, se for protocolar uma não pode
protocolar a outra depois;
o Lógica – ocorre quando houver incompatibilidade com os
atos do processo. Ex.: pagar o determinado na sentença e
depois recorrer.
• Quando ocorrer o esgotamento das vias recursais
Classificação
• Formal – é aquela decorrente da sentença terminativa (art.
267, CPC). A coisa julgada formal não impede a repropositura
da ação, pois o mérito ainda não foi discutido. Exceções:
perempção e litispendência. Possui efeitos endoprocessuais,
não traz efeitos fora do processo.
• Material – proveniente das sentenças definitivas (art. 269,
CPC). A coisa julgada material impede a repropositura da ação,
uma vez que o mérito já foi apreciado.
Limite subjetivo (subjetivo – sujeito) quais os sujeitos que serão
alcançados pela coisa julgada? Somente as partes que participaram
do processo, do litígio, serão afetadas.
• Art. 472, CPC – não vai beneficiar nem prejudicar terceiros (cai
muito em prova de concurso).
Limite Objetivo (objetivo – objeto) o que vai fazer coisa julgada? A
única parte da sentença que transita em julgado é o dispositivo, isso
não tem explícito no código.
• Art. 469, CPC – inc.III – questão prejudicial é aquela que vai
influenciar na forma como o juiz vai decidir a demanda (cai
muito em prova de concurso). Ex.: em uma ação de alimentos,
saber se é pai é fundamental, isso é uma questão prejudicial.
Se ela for decidida incidentemente no processo, ela não faz
coisa julgada. Se quiser que ela tenha força tem que entrar com
uma Ação Declaratória Incidental.
É aquela que visa atribuir à questão prejudicial a qualidade da
coisa julgada (art. 470).
Cumprimento de Sentença
Obrigações de fazer e não fazer;
Entrega de coisa;
Pagamento de quantia certa.
AÇÃO RESCISÓRIA
Noções Gerais
Não é um recurso é uma ação de conhecimento. A única semelhança
que tem com o recurso é que visam atacar uma decisão judicial. Só é
utilizada quando tem uma decisão que não cabe mais recurso, que já
transitou em julgado. Sem coisa julgada não se fala em ação
rescisória. Não há necessidade de esgotar as vias recursais para que
se possa falar em ação rescisória.
Conceito
Ação rescisória é uma ação de conhecimento que tem por objetivo
desconstituir uma ação transitada em julgado e eventualmente,
promover o rejulgamento da decisão impugnada.
Pressuposto
Um pressuposto essencial a coisa julgada. Se não for decisão
transitada em julgado não se pode falar em ação rescisória.
Natureza Jurídica
Ação de conhecimento
Legitimidade (art. 487, CPC)
• I - quem foi parte no processo ou o seu sucessor a título
universal ou singular;
• II - o terceiro juridicamente interessado; (não é interesse moral,
nem financeiro, pois o processo será extinto sem resolução de
mérito por falta de legitimidade, como um processo comum; já
o devedor solidário, fiador, sócio... podem entrar com o
processo, pois são legítimos)
• III - o Ministério Público:
o a) se não foi ouvido no processo, em que Ihe era
obrigatória a intervenção; Art. 82, CPC: Compete ao
Ministério Público intervir:
I - nas causas em que há interesses de incapazes;
II - nas causas concernentes ao estado da pessoa, pátrio
poder, tutela, curatela, interdição, casamento, declaração
de ausência e disposições de última vontade;
III - nas ações que envolvam litígios coletivos pela posse
da terra rural e nas demais causas em que há interesse
público evidenciado pela natureza da lide ou qualidade da
parte;
o b) quando a sentença é o efeito de colusão (conluio – vide
art. 129, CPC) das partes, a fim de fraudar a lei.
Competência
Não interessa onde a ação tenha começado, a propositura da ação
rescisória será onde ela transitou em julgado. Com uma única
exceção, se ela transitar em 1º grau, pois ela será proposta no
Tribunal de Justiça.
Está prevista na CF:
Competência do STF (art. 102, I, “j”, CF)
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Competência do STJ (art. 105, I, “e”, CF)
Competência do TRF (art. 108, I, “b”, CF)
Julgamento
Como funciona o julgamento? Passa por 2 Fases:
1º - Juízo rescindente (os desembargadores vão analisar se é o
caso de “quebrar” ou não a coisa julgada; verificação de
desconstituição da coisa julgada ou não). O juiz rescindente é
preliminar ao juízo rescisório. A natureza jurídica da decisão é
constitutiva negativa (pois vai desconstituir)
Hipóteses de cabimento (art. 485, CPC) (ex.: juiz incompetente)
• Juiz Peitado – aquele que está cometendo algum destes
crimes: prevaricação, concussão ou corrupção do juiz (art. 485,
I). Não é necessária ação penal, mas se houver pode
influenciar. Se a ação penal for julgada procedente (juiz
culpado) – a ação rescisória deverá ser julgada procedente. Se
ação for julgada improcedente por insuficiência de provas, não
irá influenciar no julgamento da ação rescisória; mas se for
julgada improcedente por inexistência material do ilícito, a ação
rescisória será julgada improcedente.
O juiz de 1º grau é um juiz peitado, a parte recorreu, foi para o
Tribunal, e os desembargadores deram a decisão que eles
acharam mais acertada, o acórdão irá substituir a sentença com
vício (art. 512).
• Tribunal – se o juiz de 2º grau for peitado, só poderá haver a
ação rescisória caso o voto deste desembargador tenha
influenciado na decisão (voto de minerva e etc.).
2º - Juízo rescisório (é o reexame da decisão impugnada, da
sentença). A natureza jurídica depende do que está sendo pedido
(condenação, declaração...).
Toda ação rescisória terá o juízo rescindente, mas pode-se ter um
juízo rescisório (nem sempre terá).
(Obs.: Coisa julgada formal – não faz coisa julgada, é sentença sem
mérito terminativa; Coisa julgada material – faz coisa julgada, é
sentença de mérito, definitiva).
21/08/08 - quinta-feira
26/08/08 - terça-feira
RECURSOS
Apelação
Está diretamente ligada à sentença (art. 513, CPC). Sentença de
mérito ou sem mérito (art. 162, §1º - 267 e 269, CPC – DECORAR).
Deve ser proposta em um prazo de 15 dias, após a intimação (exclui
o dia do início e inclui o do fim).
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Efeitos (art. 520, caput), em regra tem efeitos suspensivos e
devolutivos:
• Suspensivos – suspende a ordem dada na sentença. É aquele
que impede a produção imediata da eficácia da decisão.
• Devolutivos – Todo recurso tem. Devolver a matéria para o
tribunal reavaliar. Decorre do direito Romano.
Agravo
Está diretamente ligada à Interlocutória (art. 162, §2º). Este é o
recurso desafiador da interlocutória (não falar “decisão
interlocutória”, é redundante, falar somente “interlocutória”).
• Retido – REGRA (art. 522, 1ª parte, CPC). Prazo de 10 dias. Só
será analisado caso quem teve seu pedido negado (ex.:
requereu a prova) “perca” a ação. Na apelação ele abre uma
preliminar reiterando o agravo que ficou retido no processo. O
agravo fica dentro da apelação (art. 523, CPC).
o Finalidade: evitar a preclusão.
Instrumento – EXCEÇÃO. Os autos continuarão correndo nos autos
de origem. Serão tiradas cópias da decisão agravada, da certidão da
respectiva intimação e das procurações outorgadas aos advogados do
agravante e do agravado (art. 525, I, CPC). Será formado um novo
instrumento. Os recursos em regra serão protocolados junto ao órgão
“a quo” é o juiz prolator da decisão (vai servir como um filtro), que
serão reexaminados no órgão “ad quem” (reexame). COM EXECEÇÃO
DO AGRAVO DE INSTRUMENTO (pois envolve questão de urgência, o
recurso irá direto para o órgão “ad quem”).
o Hipóteses de cabimento (art. 522, 2ª parte –
existem outros que serão falados no decorrer do
curso):
Quando a decisão proferida for suscetível de causar
à parte lesão grave de difícil ou incerta reparação
(questões de urgência).
Nos casos relativos aos efeitos em que a apelação é
recebida (normalmente efeitos suspensivos e
devolutivos).
Nos casos de inadmissibilidade da apelação
(quando a apelação não for conhecida) – quando o
juiz entender que a apelação é intempestiva...
• Regimental – é o recurso cabível contra as decisões
monocráticas do relator do recurso. Pode ser uma decisão
monocrática, quando o recurso for manifestamente inadmissível
(art. 557, §1º CPC). O recurso quanto à esta decisão é o agravo
regimental.
04/09/08 - quinta-feira
PROVA: 09/10/2008
10 questões objetivas. Sem consulta.
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Entrega de exercícios. Correção.
23/09/2008 – terça-feira
RECURSO (continuação)
Formas de Impugnação
Duas formas de impugnar uma decisão judicial: Recurso e Ação
autônoma (ação judicial. Ex.: ação rescisória, começa na petição
inicial e acaba com uma sentença; mandado de segurança, quando
não for possível utilização de recurso; 527, inc. II; embargos de
terceiros, art. 1.046, quando a pessoa não é parte e seus bens estão
sendo penhorados). Vale ressaltar que não tem por que confundir o
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recurso com a contestação, pois está vai impugnar a petição inicial, o
recurso é utilizado para impugnar uma decisão judicial.
Até o trânsito em julgado pode utilizar o recurso, após o trânsito não
pode. Mas, a ação autônoma pode ser proposta antes e depois do
trânsito em julgado.
Conceito
Recurso é um remédio voluntário e idôneo colocado à disposição das
partes, do terceiro prejudicado e do MP (art. 499, CPP - O recurso
pode ser interposto pela parte vencida, pelo terceiro prejudicado e
pelo Ministério Público), a ensejar dentro da mesma relação jurídica
processual, a reforma, a anulação, a integração e o esclarecimento de
uma decisão judicial.
Função do Recurso
Prolongamento do exercício do direito de ação, recurso não forma
nosso processo. Tem como objetivo reformar anular integrar ou
esclarecer uma decisão judicial.
• Reformar – “error in judicando” (PROVA – ler doutrina), erro
de julgamento, ou seja, o juiz vai aplicar de maneira equivocada
as normas de direito material (normas de conduta, de
comportamento, Código Civil, Penal...). Quando a decisão ferir
essas normas materiais tem que reformar (corrigir).
• Anular – quando houver o “error in procedendo” (PROVA – ler
doutrina), erro de procedimento. Aplica de maneira
equivocada, ou descumprir normas de direito processual
(direito processual civil, penal...). Anula-se até a fase do erro,
aproveitando-se os atos possíveis. Ex.: quando não há
fundamentação jurídica do Juiz na sentença (art. 458, CPP).
• Integra – quando houver uma omissão vai preencher uma
lacuna deixada pelo Juiz, na decisão. Ex.: você faz 4 pedidos, e
o juiz aprecia somente 1. (Embargos de declaração).
• Esclarecer – quando houver obscuridade ou contradição na
decisão (Embargos de declaração).
APELAÇÃO – (162, §1º c/c 513) – é o meio processual que a lei coloca
à disposição das partes, do MP e de um terceiro, a viabilizar, dentro
da mesma relação jurídica processual, a anulação ou reforma da
sentença que extingue o procedimento em primeiro grau de
jurisdição, que tenha ou não resolvido o mérito da causa. (LUIZ
ORIONE NETO)
25/09/08 - quinta-feira
• Quanto ao objeto
o Extraordinários (ou excepcionais) – são aqueles que
visam tutelar o direito objetivo (que é um complexo,
conjunto de normas jurídicas, por exemplo, Leis
complementares, CF, Sentenças...). A preocupação deste
recurso é aplicar a lei independente se será justo ou não.
São eles: recurso extraordinário (visa resguardar a CF) e o
especial (visa resguardar a interpretação das Leis
federais). O que torna esses recursos especiais, quais
suas características que os outros não têm?
Características:
→ Visam à tutela imediata e exclusiva do direito
objetivo. Não pode alegar em um recurso
extraordinário, por exemplo, que a condenação em
danos morais foi injusta. Em rega não se utiliza o
extraordinário e o especial, pois eles vão para o STJ
e STF em Brasília, pois a preocupação deles é
exclusivamente, a de cumprir a Lei, e aplicar a Lei
adequada.
→ A utilização desses recursos somente poderá
ocorrer depois de esgotada a utilização de todos os
recursos ordinários. Só poderá utilizar estes
excepcionais depois de embargar, agravar, apelar...
Não existe recurso “per salto” (saltar uma
instância).
→ Nos recursos extraordinários não existe a
possibilidade de se discutir matéria fática e
probatória. Não será discutida questão de fato.
→ Estes recursos somente poderão apreciar as
matérias que foram pré-questionadas. Pré-
questionamentos – nenhuma matéria pode ser
levada ao STF e STJ, sem ter sido questionado no
processo. Se ficar quieto durante todo o processo e
quiser falar sobre algum assunto somente no STJ e
STF, não será aceito. Art. 543-A, CPC.
30/09/08 - terça-feira
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• Quanto ao momento
o Principal - Se somente uma das partes recorrer (recurso
principal) será devolvido para o Tribunal somente o limite
da sentença pra menos (se o réu recorrer) ou para mais
(se o autor recorrer). Art. 500, 1ª parte: “Cada parte
interporá o recurso, independentemente, no prazo e
observadas as exigências legais...”.
o Adesivo – não é uma espécie de recurso e sim uma
forma de interposição. É a maneira como vai protocolar o
recurso. É para evitar que a parte que sucumbiu, mas que
está satisfeita com a sentença, não recorra somente por
medo de a outra parte recorrer. Tenta desestimular a
apresentação de recurso.
Art. 500, parte final: “O recurso adesivo fica subordinado
ao recurso principal e se rege pelas disposições
seguintes”.
Recursos (que pode interpor de forma
adesiva). Art. 500, inc. II:
• Apelação
• Embargos infringentes
• Especial
• Extraordinário
Prazo – art. 500, inc. I: “será interposto perante a
autoridade competente para admitir o recurso
principal, no prazo de que a parte dispõe para
responder”. Ex.: tem uma sentença, alguém apela,
desta forma, a outra parte possui 15 dias para
contra-razoar (responder o recurso), esses mesmos
15 dias a pessoa possui para apelar. Tendo somente
1 prazo de 15 dias, e não 15 dias para cada peça.
Tem que apresentar neste prazo as contra-razões e
a apelação. As contra-razões são para manter a
sentença e a apelação é para aumentar o que tem
para receber, ou diminuir dependendo de que
recorre.
Procedimento – se o recurso principal não for
admitido o recurso adesivo também não será.
Sucumbência Recíproca – quando as duas partes
do processo saem derrotadas (as duas perderam).
Isso acontece quando aquilo que foi pedido pelas
partes não foi totalmente apreciado. Ex.: o autor
pede 100 reais, e o réu não quer pagar nada. O juiz
decide que tem que pagar 50 reais. As duas partes
perderam, mesmo se o juiz determinasse que o réu
tivesse que pagar 99 reais, ainda assim, o autor
poderia recorrer, pois ele é considerado perdedor.
PRINCÍPIOS
Noções Gerais
São enunciações genéricas que servem de base para o juiz agir de
forma adequada.
• Duplo Grau de Jurisdição – possibilidade de recurso pelas
partes. Há uma pequena divergência, mas a maioria da
doutrina entende que deve ser aplicado esse princípio.
o Razões (para a criação do duplo grau de
jurisdição):
As decisões proferidas no duplo grau de jurisdição,
em regra são dadas por juízes mais experientes
(revisadas por julgadores que já passaram por uma
carreira, por várias entrâncias). Entrância é a
classificação administrativa das comarcas.
As decisões em segundo grau de jurisdição em
regra são proferidas por órgão colegiado (3
magistrados).
Um tribunal funciona de forma “fiscalizadora” das
decisões de primeiro grau (o juiz sabendo que
“alguém” estará fiscalizando as suas decisões será
mais criterioso, cuidadoso).
o Razões Contrárias (existem doutrinadores que
entendem que não deveria existir o duplo grau de
jurisdição):
Por ferir o princípio da economia processual quando
a sentença é mantida.
Pode causar uma insegurança jurídica.
o Reexame da matéria (é o reexame da matéria)
A doutrina esmagadora (dominante) diz que deve
ser feito por um órgão hierarquicamente superior
para que se configure o segundo grau de jurisdição.
(Nelson Nery)
14/10/2008 - terça-feira
• Princípio da taxatividade
o Noções gerais – para um recurso ser considerado como
tal deve estar previsto em Lei Federal. Estão todos
previstos em Lei. Não se pode criar recurso por
interpretação antológica ou extensiva, nem por norma
estadual ou regimental.
• Princípio da singularidade ou unirrecorribilidade ou
unicidade – fica estabelecida a utilização, apenas, de uma
espécie de recurso para cada decisão judicial (em regra). Visa
evitar a promiscuidade da utilização dos recursos.
o Exceções:
A utilização dos embargos de declaração +
qualquer outro recurso (dependendo do tipo de
decisão). Se o juiz proferir uma sentença omissa,
por exemplo, a pessoa pode pedir que o juiz fale
sobre o que se omitiu, e após quiser recorrer, pode.
Sempre interrompendo o prazo do outro recurso,
salvo se for Juizado.
A utilização do recurso especial + recurso
extraordinário contra um mesmo acórdão, desde
que o mesmo descumpra preceito constitucional e
Lei Federal.
Art. 498, CPC – “Quando o dispositivo do acórdão
contiver julgamento por maioria de votos e
julgamento unânime, e forem interpostos embargos
infrigentes, o prazo para recurso extraordinário ou
recurso especial, relativamente ao julgamento
unânime, ficará sobrestado até a intimação da
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decisão nos embargos”. Isto quer dizer que pode
ser interposto embargos infringentes, recurso
especial e extraordinário, contra o mesmo acórdão.
16/10/08 - quinta-feira
• Princípio da Fungibilidade
o Noções gerais – um recurso utilizado em lugar de outro.
o Finalidade – evitar o excesso de formalismo em sede
recursal. É um desapego às formas.
o Requisitos
É necessário que não exista erro grosseiro ou má-
fé. Ex.: após uma sentença, a pessoa apresenta o
agravo; ou está com dúvida em uma decisão
judicial perde o prazo de 10 dias para os embargos,
e apresenta um embargo com nome de agravo,
após os 10 dias.
Existência de dúvida objetiva (ela se divide em 3
ordens):
• Quando o juiz proferir um pronunciamento no
lugar de outro.
• Quando a Lei utilizar uma nomenclatura
equivocada quanto ao recurso cabível. Ex.:
art. 930, §ú – “Quando for ordenada a
justificação prévia (art. 928), o prazo para
contestar contar-se-á da intimação do
despacho que deferir ou não a medida
liminar” – se o juiz defere ou não a liminar é
uma decisão, e não despacho.
• Quando existir divergência tanto em
sede doutrinária quanto jurisprudencial
acerca do recurso adequado. Nem a
doutrina, nem a jurisprudência sabem
qual o recurso cabível (É a única
hipótese, verdadeira, de dúvida objetiva
– segundo alguns doutrinadores).
Tempestividade – há divergência entre doutrina e
jurisprudência. Por exemplo, se for um agravo (10
dias) e uma apelação (15 dias). A doutrina diz que o
recorrente vai usar o prazo do recurso que ele achar
adequado. A jurisprudência diz que no caso de
dúvida tem que o usar menor prazo.
• Princípio da vedação da reformatio in pejus (é vedado
reformar a decisão para pior)
o Noções gerais – em regra é proibida uma piora da
decisão proferida em favor do recorrente.
o Razões
Princípio do dispositivo
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Efeito devolutivo
o Exceções
Existir recurso de ambas as partes.
Quando for verificada matéria de ordem pública.
o Requisitos de admissibilidade (DECORAR TODOS OS
REQUISITOS)
Cabimento
Tempestividade
Preparo
Legitimidade
Interesse em recorrer
Regularidade formal
Inexistência de fato impeditivo ou extintivo ao
poder de recorrer.
21/10/08 - terça-feira
TEMPESTIVIDADE
Preclusão temporal
É um ônus (suporta um encargo). Portanto se deixar de praticar
ocorre a preclusão temporal.
Prazos
• 5 dias – embargos de declaração + agravo regimental (art. 535
e 557);
• 10 dias – agravo de instrumento + agravo retido* (art. 522;
*vide artigo 523, §3º - § 3º Das decisões interlocutórias
proferidas na audiência de instrução e julgamento caberá
agravo na forma retida, devendo ser interposto oral e
imediatamente, bem como constar do respectivo termo (art.
457), nele expostas sucintamente as razões do agravante);
• 15 dias – todos os outros (art. 508).
Fluência do prazo (art. 506, CPC)
Art. 506 - O prazo para a interposição do recurso, aplicável em todos
os casos o disposto no art. 184 e seus parágrafos, contar-se-á da
data:
I - da leitura da sentença em audiência;
23/10/08 - quinta-feira
PREPARO
Conceito
É o pagamento prévio e imediato a cargo do recorrente dos valores
das custas processuais relativas ao processamento do recurso.
Pagamento do processamento do recurso.
Porte de Remessa e de Retorno
Conceito – é expressão que representa os valores devidos pelo envio
e pelo retorno dos autos do recurso ao órgão que tem competência
para o seu julgamento.
Não está incluído dentro do valor do preparo. Deslocamento físico do
processo, se a parte consegue levar não precisa pagar nada.
Ausência de Preparo
• Pena – deserção. O recurso será considerado deserto. Art.
511, CPC - No ato de interposição do recurso, o recorrente
comprovará, quando exigido pela legislação pertinente, o
respectivo preparo, inclusive porte de remessa e de retorno,
sob pena de deserção.
Momento
No momento de interposição do recurso. No juizado tem um prazo de
48 horas.
Art. 511, CPC - No ato de interposição do recurso, o recorrente
comprovará, quando exigido pela legislação pertinente, o respectivo
preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, sob pena de
deserção.
Isenção (quem não precisa efetuar o preparo)
• Critério objetivo (quem não precisa efetuar o preparo? MP,
União, Estado, Município, respectivas autarquias e quem goza
de isenção legal).
• Critério Subjetivo (quais recursos não dependem de preparo
(dentro de CPC)? agravo retido, embargos de declaração e o
agravo regimental; e agravo de instrumento no caso de
inadmissibilidade de recurso especial e extraordinário). Fora de
CPC, ou seja, em Leis extravagantes, existem alguns: embargos
infringentes de alçada...
Valor e Complementação
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suelencmm@hotmail.com
Art. 511, § 2º, CPC - A insuficiência no valor do preparo implicará
deserção, se o recorrente, intimado, não vier a supri-lo no prazo de
cinco dias.
O valor pode ser fixo ou variado (depende da organização judiciária):
- 1% valor da causa (Estadual) – tem que fazer a pesquisa no site do
Estado. Valor fixo: por exemplo, Rio de Janeiro, Espírito Santo.
Segundo a letra fria da Lei, é possível pagar menos, e depois ser
intimado para providenciar o restante do pagamento. Mas a melhor
interpretação para jurisprudência e doutrina, é de que quando o valor
for VARIADO é que cabe este artigo, ou seja, o advogado será
intimado para pagar o restante; desde que o valor não seja com uma
diferença maior do que 50% (margem de erro não pode ser superior a
50%). Mas no caso de valor fixo o recurso será deserto, por menor
que seja a diferença do valor pago e do valor restante.
REGULARIDADE FORMAL
Noções Gerais
É associado à elaboração do recurso (a forma como ele será feito).
Petição escrita
É admitido recurso oral do Agravo retido, contra as decisões
proferidas em audiência (art. 523, §3º - Das decisões interlocutórias
proferidas na audiência de instrução e julgamento caberá agravo na
forma retida, devendo ser interposto oral e imediatamente, bem
como constar do respectivo termo (art. 457), nele expostas
sucintamente às razões do agravante). Nos juizados pode haver
também os embargos.
Fundamentação ≠ Pedido
Tem que ser fundamentado. Se fizer menção a alguma folha o ideal é
copiar e colar, ou seja, repetir o que já foi falado, mas não pode
remeter a leitura da contestação (“vide fls. tais”). Tem que pedir
reforma ou anulação, depende do recurso e do caso.
Recurso via fax (art. 2º, 9.800/99)
É possível, desde que apresente os originais no prazo de 5 dias (o STJ
pacificou, que o prazo será contado a partir do esgotamento do prazo
recursal, e não a partir do envio por fax).
Peças Obrigatórias
Alguns recursos dependem da juntada de peças obrigatórias, e a
ausência dessas peças, acarreta a inadmissibilidade do recurso.
Art. 541, Parágrafo único, CPC. Quando o recurso fundar-se em
dissídio jurisprudencial, o recorrente fará a prova da divergência
mediante certidão, cópia autenticada ou pela citação do repositório
de jurisprudência, oficial ou credenciado, inclusive em mídia
eletrônica, em que tiver sido publicada a decisão divergente, ou ainda
pela reprodução de julgado disponível na Internet, com indicação da
respectiva fonte, mencionando, em qualquer caso, as circunstâncias
que identifiquem ou assemelhem os casos confrontados.
28/10/08 - terça-feira
INTERESSE DE RECORRER
Necessidade + Utilidade
O interesse de recorrer será observado sob a perspectiva deste
binômio:
Necessidade – é quando só puder obter a reforma de uma decisão
judicial por meio de recurso.
Utilidade – é uma melhora na situação. Só pode utilizar o recurso se
tiver a possibilidade de melhorar sua situação.
Incompatibilidade lógica
• 267, VIII, CPC (desistência da ação)
• 269, II, III, V, CPC (quando o réu reconhecer o pedido do
autor, quando houver acordo entre as partes e o autor
renunciar ao direito sobre que se funda a ação).
• Situações excepcionais – Existem exceções. Ex.: se alguém
coloca uma arma na cabeça do filho de uma das partes, e
manda fazer um acordo, ou renunciar ao direito e etc. Neste
caso a parte pode recorrer.
CABIMENTO
Utilização do recurso adequado
É a utilização do recurso correto para cada decisão judicial.
30/11/2008 – quinta-feira
04/11/2008 – terça-feira
Regra
A regra é que o mérito do recurso seja analisado pelo órgão “ad
quem”, até por que seria um contra-senso se o juiz prolator da
decisão fosse analisar se ela deve ou não ser modificada.
Mérito do recurso x Mérito da demanda
Mérito do recurso – é aquilo que se pede no recurso.
Mérito da demanda – é aquilo que se pede na demanda.
Exceções
• 296 - Indeferida a petição inicial, o autor poderá apelar,
facultado ao juiz, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas,
reformar sua decisão. (neste caso, o juiz pode fazer um exame
de mérito do recurso, ou seja, o órgão “ad quo” fará o reexame
da decisão).
• 285-A - Quando a matéria controvertida for unicamente de
direito e no juízo já houver sido proferida sentença de total
improcedência em outros casos idênticos, poderá ser
dispensada a citação e proferida sentença, reproduzindo-se o
teor da anteriormente prolatada. § 1º Se o autor apelar, é
facultado ao juiz decidir, no prazo de 5 (cinco) dias, não manter
a sentença e determinar o prosseguimento da ação. (no caso do
julgamento prima facie, o próprio juiz pode se retratar e
modificar a decisão).
Mérito
RECURSOS EM ESPÉCIE
APELAÇÃO
Sentença
Art. 513, CPC – Da sentença caberá apelação.
Forma
Art. 514 - A apelação, interposta por petição dirigida ao juiz, conterá:
I - os nomes e a qualificação das partes;
II - os fundamentos de fato e de direito;
III - o pedido de nova decisão. (pedir para reformar, “error in
judicando” ou anular, “error in procedendo”).
Efeito
Em regra é aceita nos dois efeitos. Mas existe exceção:
• Suspensivo (520) - A apelação será recebida em seu efeito
devolutivo e suspensivo. Será, no entanto, recebida só no efeito
devolutivo, quando interposta de sentença que:
I - homologar a divisão ou a demarcação;
II - condenar à prestação de alimentos;
III - julgar a liquidação de sentença;
IV - decidir o processo cautelar;
V - rejeitar liminarmente embargos à execução ou julgá-los
improcedentes;
VI - julgar procedente o pedido de instituição de arbitragem;
VII - confirmar a antecipação dos efeitos da tutela.
• Devolutivo
o Extensão – é a delimitação da matéria devolvida ao
Tribunal, é aquilo que está sendo devolvido ao Tribunal
(será devolvida apenas a parte impugnada). O que? (o
que vai ser devolvido? Esta é a pergunta que seve ser
feita para diferenciar os dois) Art. 515 - A apelação
devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria
impugnada.
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o Profundidade – é a análise da matéria devolvida ao
Tribunal. Como? (Esta é a pergunta que seve ser feita
para diferenciar os dois). § 1º - Serão, porém, objeto de
apreciação e julgamento pelo tribunal todas as
questões suscitadas e discutidas no processo, ainda
que a sentença não as tenha julgado por inteiro. (só pode
ser discutido em 2º grau o que já foi discutido no
processo.
Conseqüências do efeito devolutivo:
1) A impossibilidade de inovação na apelação. (não pode chegar
em grau de apelação e pedir o que não foi pedido em primeiro
grau).
2) Uma vedação (proibição) a reformatio in pejus (reformar para
pior). Pois o tribunal tem que ficar adstrito ao que foi devolvido.
Art. 515.
§ 2º - Quando o pedido ou a defesa tiver mais de um fundamento e o
juiz acolher apenas um deles, a apelação devolverá ao tribunal o
conhecimento dos demais.
§ 3º - Nos casos de extinção do processo sem julgamento do mérito
(art. 267), o tribunal pode julgar desde logo a lide, se a causa versar
questão exclusivamente de direito e estiver em condições de
imediato julgamento. (Teoria da causa madura).
AGRAVO
Regra (Retido)
Art. 522, 1ª parte - Das decisões interlocutórias caberá agravo, no
prazo de 10 (dez) dias, na forma retida (...).
O agravo de Instrumento só será utilizado nas exceções (no resto do
artigo).
Sempre que for interposto um agravo, a regra é de utilizar na
modalidade retido.
Forma
Antes de entrar no mérito da apelação, ou seja, nas preliminares, vai
reiterar o agravo que ficou retido.
Diz-se que tem um efeito diferido, pois o agravo é em um momento, e
ele só será julgado em outro momento totalmente diferente.
O agravo retiro depende da admissibilidade da apelação, mas a
apelação não depende da apreciação do agravo retido (chamado de
efeito translativo).
EMBARGOS INFRINGENTES
Cabimento
Art. 530 - Cabem embargos infringentes quando o acórdão não
unânime houver reformado, em grau de apelação, a sentença de
mérito, ou houver julgado procedente ação rescisória. Se o desacordo
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for parcial, os embargos serão restritos à matéria objeto da
divergência.
Requisitos:
• Decisão proferida no julgamento da apelação;
• Não pode ser uma sentença terminativa, tem que ser uma
sentença e mérito (o que caberia é o recurso especial e
extraordinário se for a hipótese);
• O acórdão não pode ser unânime, ou seja, divergente (tem que
ser 2 desembargadores votando de um jeito e 1 e outro)
• Tem que ser um acórdão no sentido de reformar a decisão de
piso;
(PROVA) Quando for hipótese de procedência da ação rescisória,
pode utilizar os embargos infringentes (não cabe apelação, pois já
começa no Tribunal). De qualquer forma tem que preencher todos os
requisitos, por exemplo, tem que haver divergência, e etc.
Para utilizar o extraordinário e o especial, tem que, antes, ter
esgotados as vias recursais. Não adianta não ter utilizado os
embargos infringentes e tentar interpor recurso especial ou
extraordinário.
Efeitos
Irão acompanhar os mesmos efeitos da apelação.
Ou seja, em regra serão aceitos nos efeitos devolutivos e
suspensivos.
Procedimento
Art. 531, CPC - Interpostos os embargos, abrir-se-á vista ao
recorrido para contra-razões; após, o relator do acórdão embargado
apreciará a admissibilidade do recurso.
Após publicado o acórdão o começa a contar o prazo de 15 dias para
recorrer, e depois 15 dias para as contra-razões.
Art. 532 - Da decisão que não admitir os embargos caberá agravo,
em 5 (cinco) dias, para o órgão competente para o julgamento do
recurso.
O artigo trata de Agravo Regimental.
Art. 533 - Admitidos os embargos, serão processados e julgados
conforme dispuser o regimento do tribunal.
Parágrafo único - A escolha do relator recairá, quando possível, em
juiz que não haja
participado do julgamento da apelação ou da ação rescisória.
Art. 534 - Caso a norma regimental determine a escolha de novo
relator, esta recairá, se possível, em juiz que não haja participado do
julgamento anterior.
Tudo depende do regimento interno do Tribunal.
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
“Matar o rei não é crime.” ≠ “Matar o rei não! É crime.”
Como uma vírgula, um ponto, modifica todo o sentido da frase.
Alguns doutrinadores (minoria) entendem que não é recurso, pois,
não tem finalidade de modificar a decisão, e não há o contraditório.
Cabimento
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• Quando houver omissão (ele não julga);
• Quando houver obscuridade (ele julga, mas deixa de esclarecer
várias coisas. Ex.: condena a pagar, mas não fala quanto, a
partir de quando e etc.);
• Quando houver contradição (quando tiver duas afirmações que
se anulam).
Pode ser utilizado em qualquer decisão (apesar da lei falar somente
acórdão e sentença), pode ser, sentença, interlocutória, acórdão... De
acordo com todas as doutrinas.
É para esclarecer, em regra, não muda a decisão judicial.
Procedimento
• Art. 536 – Os embargos serão opostos, no prazo de 5 (cinco)
dias, em petição dirigida ao juiz ou relator, com indicação do
ponto obscuro, contraditório ou omisso, não estando sujeitos a
preparo.
Interrupção do prazo
• Art. 538, CPC - Os embargos de declaração interrompem o
prazo para a interposição de outros recursos, por qualquer das
partes.
Exceto nas hipóteses em que forem intempestivos. No juizado
especial o prazo não é interrompido, é suspenso.
Efeitos Infringentes ou modificativos
Não tem relação alguma com os embargos infringentes. Pode ser que
os embargos de declaração modifiquem a sentença, apesar de não
ser esta a finalidade, e será somente nos casos de omissão (o nome
será assim: “embargos de declaração com efeitos infringentes”). É
muito usado. Para tentar inibir esse tipo de atitude das partes colocou
uma multa. Art. 538, Parágrafo único - Quando manifestamente
protelatórios os embargos, o juiz ou o tribunal, declarando que o são,
condenará o embargante a pagar ao embargado multa não excedente
de 1% (um por cento) sobre o valor da causa. Na reiteração de
embargos protelatórios, a multa é elevada a até 10% (dez por cento),
ficando condicionada a interposição de qualquer outro recurso ao
depósito do valor respectivo.
• Contraditório – quando modifica a decisão, tem que intimar a
outra parte para se manifestar. PROVA Em regra embargos
de declaração não possuem o contraditório? Sim. Em regra não
possuem o contraditório. Mas pode haver quando modificar a
decisão.
RECURSO ORDINÁRIO
Cabimento:
Art. 539 - Serão julgados em recurso ordinário:
I - pelo Supremo Tribunal Federal, os mandados de segurança, os
habeas data e os
mandados de injunção decididos em única instância pelos Tribunais
superiores, quando denegatória a decisão;
II - pelo Superior Tribunal de Justiça:
Procedimento
O mesmo da apelação.
13/11/08 - quinta-feira