Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
Filosofia
Sinopse
Este livro reúne, em sucessivas etapas, análises que se
combinam para constituir um caminho para descobrir
momentos históricos e sistemáticos de uma filosofia
crítica, já redimida de qualquer objetivismo ingênuo.
Como visão unificadora da marcha da exposição, o autor
interfere na exposição dos núcleos centrais, com sua
visão de uma Filosofia da finitude. Uma introdução à
Filosofia deve, além de tudo isso, apontar para o ethos
do filósofo. Sem ele regredimos ao mundo dos sofistas.
Sinopse
Na presente obra a autora "se dá ao luxo de mergulhar
fundo nas obras de Hegel à procura de uma resposta
para uma questão ainda pouco explorada, e delas
emergir serena, com um texto breve, claro como
poucos, capaz de iluminar a questão abordada por
múltiplos ângulos. A autora tem por objeto de pesquisa
justamente o problema da consumação da linguagem.
Consumação nos dois sentidos da palavra: de um lado, a
plenificação da linguagem, o que conduz à superação do
que há de contingente e arbitrário na cognição humana,
dando lugar a um possível pensamento puro, capaz de
realizar a autofundamentação do saber absoluto, de
outro lado, a supressão da linguagem, destituída como
seria de sua função se a meta da superação radical da
experiência fosse de fato possível. O que está em
questão é, portanto, o pretenso apriorismo da dialética
hegeliana".
Eduardo Luft
Sinopse
“Hegel não chega a indicar precisamente o lugar e a
importância da linguagem em seu sistema filosófico, o
que não implica que este tema esteja nele ausente ou
receba um tratamento secundário. Mas, sem dúvida, a
inexistência de um capítulo ou um texto especialmente
referentes à linguagem contribuiu ao relativo descaso
dos comentadores, cuja abordagem hegeliana foi, até
mesmo, negligenciada nos debates correntes da Filosofia
ou Teoria da Linguagem. A relevância da obra de Henri
Lauener é justamente suprir a demasiada simplificação,
senão nulidade, com que o conceito hegeliano de
Linguagem vem sendo tratado [...]”.
Vânia Lisa Fischer Cossetin
Sinopse
Esta obra foi pensada a partir do intuito de reunir parte
da diversidade de leituras que estão sendo feitas no
Brasil em torno de Nietzsche. Afinal, o seu texto permite
uma diversidade de interpretações, mas apresenta-se
como algo a ser decifrado. Para a autora esse decifrar
pode ser visto como um exercício de experimentação em
que cada elemento encontrado abre novas possibilidades
de combinação no sentido do interpretar e, portanto, da
experimentação que se realiza com o próprio pensar.
Sinopse
Este é o segundo livro de autoria do Grupo de Trabalho
Ética e Cidadania, que congrega professores da área de
Filosofia de diferentes universidades brasileiras. Busca
homenagear José Sotero Caio, “um cidadão da Filosofia”,
um nome intimamente ligado à Filosofia Latino-
Americana e à Filosofia da Libertação. Toda a energia
reflexiva de Sotero se debruça sobre a vontade de
pensar a realidade do oprimido, do excluído, do pobre,
daquele a quem a beleza e a fortuna são ausências
assustadoras. E esse pensar se traduz na urgência de
uma práxis filosófica, que deseje e realize um projeto de
justiça e solidariedade.
Sinopse
O "estar crucificado com Cristo" é expressar uma
experiência da vida que não coincide com a vida
objetivamente concebida, mas a proclamação do
"escândalo da cruz" é também um contraponto às outras
concepções religiosas do mundo que, aliás, são
possibilidades de seu esmorecimento. O conceito de cruz
é o cerne do "tornar-se cristão" e, enquanto
proclamação, ele antecipa-se ao cristianismo como
doutrina. Desse modo, as teologias são a diluição da
proclamação do "escândalo da cruz".
Sinopse
Hermenêutica e Crítica... reúne as principais discussões
do projeto hermenêutico de Friedrich Schleiermacher,
reconhecido como clássico da Filosofia Alemã, que
inaugura uma tradição hermenêutica que, ao longo da
história, recebe diversos desdobramentos e,
particularmente hoje, ocupa lugar importante no cenário
filosófico.
Sinopse
Esta obra reúne escritos diversos de Stein. Começa
recapitulando artigos sobre filósofos clássicos saídos em
suplementos de jornais do Rio e São Paulo. A segunda
parte reúne algumas conferências do autor, enquanto a
terceira enfrenta a delicada tarefa de pensar a
"aplicação" da Filosofia a outras áreas do pensamento,
desembocando num projeto filosófico de
interdisciplinariedade entre a Filosofia e as ciências.
Além disso, inclui a peculiar seção "A minha descoberta
da filosofia", na qual Stein mostra alguns ângulos do que
chama de "meu conturbado caminho filosófico". Por fim,
o livro propõe pensar o lugar da Faculdade de Filosofia
no coração da universidade.
Sinopse
Diferentes perspectivas estão presentes neste livro.
Diversas formas caracterizam cada exposição. Mas há
certamente pontos de confluência nos discursos aqui
expressos que se efetivam em torno do pensamento de
Nietzsche. Trata-se da publicação dos ensaios
apresentados por ocasião dos Encontros Nietzsche pelo
Grupo de Estudos Nietzsche (GEN), coordenado pela
professora Scarlett Marton. Os Encontros Nietzsche
realizam-se duas vezes por ano em todo o país, visando
a promover a discussão acerca do pensamento do autor
de Assim falava Zaratustra. Com periodicidade anual, o
livro organiza-se em consonância com os temas dos
Encontros.
Sinopse
O Ceticismo e a possibilidade da Filosofia traz ao público
a discussão em torno da significação do papel do
ceticismo tanto na atualidade quanto no conjunto da
História da Filosofia. O livro reúne textos de filósofos
brasileiros que investigam questões atinentes ao
ceticismo na atualidade, mas também na história do
pensamento ocidental, quer dizer, as questões
enfocadas referem-se à tradição antiga, moderna e
contemporânea, expondo temas que tratam desde a
Epistemologia à Filosofia da Linguagem.
Sinopse
O livro tem como tarefa articular a teoria cartesiana da
verdade nas três primeiras Meditações, isto é, desde o
momento inicial até aquela etapa em que ela se
completa na estrita esfera da razão humana (até,
portanto, a formulação do critério de verdade da clareza
e distinção). O objetivo é mostrar que a concepção
cartesiana da verdade é uma só e a mesma desde sua
origem. Busca-se, então, propor uma releitura de alguns
aspectos da metafísica cartesiana, tais como o cogito e a
concepção cartesiana de ideia.
Sinopse
O filósofo alemão Martin Heidegger desenvolveu toda a
sua obra num caminho que deveria conduzir à
explicitação de um outro pensar, um pensar não mais
metafísico, não mais objetificador. Esse pensar seria o
pensar da diferença, da diferença ontológica. Neste livro,
Paulo Schneider desenvolveu, de uma maneira profunda
e sutil, diversos aspectos desse caminho heideggeriano.
Utilizou, basicamente, para o trabalho, o livro de
Heidegger, “Que significa pensar?”, acrescido pelo
ensaio “A época da imagem do mundo”, conferência que
foi censurada pelo governo nazista em 1938.
Sinopse
Para Rousseau, considerado o filósofo da autenticidade e
da transparência, a questão da verdade e da mentira
constitui um assunto de primeira grandeza, e os que
buscam um motivo unificador de seu pensamento não
estarão de todo equivocados se o relacionarem ao
eterno desacordo entre o que os homens são e o que
fingem ser aos olhos uns dos outros. Percorrendo um
leque de tópicos abertos por seu tema central, o livro,
de natureza interdisciplinar, apresenta um amplo e
variado panorama do pensamento de Rousseau,
contribuindo significativamente para a apreciação do
impacto de suas ideias no imaginário social que lhe é
posterior, tanto político quanto social.
Sinopse
“Para a filosofia, a experiência especulativa foi desde
sempre o tema propriamente dito. E, apesar disso, não
foi realizável até Kant, nem mesmo na filosofia, uma
clara separação entre experiência natural e experiência
especulativa. A razão para essa não realizabilidade foi
descoberta por Heidegger na diferença ontológica.”
(W. Szilasi)
Sinopse
A cultura ocidental concebe o Tempo associado à
História, porque sem a ciência de Clio não seria possível
conter a força devoradora de Cronos e não haveria
também a memória dos eventos humanos que
perpetuam o mundo civilizado. Em contrapartida, esta
relação reduz o Tempo à dimensão cronológica; o
mesmo ocorre com a História que é reduzida à narrativa.
A Filosofia se encarrega de refletir sobre as
representações de Tempo e de História com o propósito
de alcançar a compreensão desses conceitos para além
das limitações cronológicas e documentais. Este livro
apresenta diversas concepções desses conceitos,
situando-os no horizonte teórico do pensamento
ocidental, possibilitando ao leitor diferentes abordagens
para ampliar a discussão sobre o sentido racional da
História.
Sinopse
A obra de Husserl é uma inesgotável fonte de estudo. A
fecundidade de seu pensamento oferece uma ampla
análise da Filosofia do seu tempo, e do nosso também.
Na sua trajetória, o mundo da vida foi uma das
categorias fundamentais tanto na denúncia do
objetivismo cientificista quanto na orientação do
pensamento ocidental. Com esse conceito, Husserl abre
novas formas de compreensão da realidade histórico-
social. Nesse âmbito, o mundo se apresenta na sua
diversidade, seja como horizonte de sentido, substrato
de evidências originárias, conteúdo das vivências e
significados e como pano de fundo para o agir.
Sinopse
Os desafios atuais são muito maiores que em qualquer
outra época da nossa História. Enquanto a política vai
perdendo a confiança, a ética consolida seu
protagonismo. Essa dicotomia gera uma série de
temores diante do futuro da sociedade. É por isso que o
início do século 21 provoca interrogações de todos os
tipos, as quais se apresentam como grandes desafios
tanto para a ética quanto para a política.
Sinopse
Este livro é um dos principais clássicos da Filosofia
contemporânea. Ernildo Stein o apresenta como a obra
que mudou a postura da Filosofia europeia diante da
Filosofia analítica. Vertida por Ronai Pires da Rocha, esta
é a segunda tradução integral da obra, depois da edição
inglesa. O volume origina-se nas lições que Ernst
Tugendhat, um dos filósofos mais importantes da
atualidade, ministrou em Heidelberg no verão de 1970.
Mesmo as tendo reescrito para a edição do livro,
Tugendhat considerou adequado manter o volume na
forma de lições em respeito ao modo como se originou.
O autor direciona o livro para três tipos de leitores:
primeiramente, ao “iniciante em Filosofia, para quem ele
pode servir como uma introdução ao modo de pensar
filosófico”. Em segundo, “ao leitor que já é versado em
análise da linguagem”. Em terceiro, e principalmente –
ele enfatiza –, “àqueles que, sendo mais ou menos
familiarizados com as concepções tradicionais da
Filosofia, não encontram na Filosofia analítica uma
questão fundamental que possa ser comparada com as
grandes abordagens tradicionais”. Com isso, Tugendhat
intenciona “mostrar que a Filosofia analítica contém uma
questão fundamental que não apenas pode ser
comparada com as abordagens tradicionais, mas que, na
verdade, mostra-se superior a elas”.
Sinopse
“Esta obra nos mostra, de modo cuidadoso e com muito
rigor, o modo pelo qual a diferença e a diversidade
constituem, na obra de Montesquieu, princípios
orientadores de seu pensamento político, na forma do
equilíbrio dos poderes e da correlação de forças no plano
institucional, e, desse modo, incidem também sobre a
importância do debate de ideias, do diálogo entre os
costumes, e levam assim à afirmação da tolerância
como necessária para a realização do bem comum, fim
máximo da república.”
Maria das Graças de Souza
Sinopse
O interesse pela Filosofia de David Hume (1711-1776)
no Brasil tem aumentado muito nos últimos anos.
Compõem este volume os ensaios Da imortalidade da
alma e Do suicídio e, ainda, a autobiografia Minha vida.
Os dois primeiros ensaios foram impressos em 1755, e
até mesmo circularam, mas, diante das ameaças de
alguns religiosos e da proibição pela própria polícia de
Londres, foram retirados do volume para evitar um
possível processo contra Hume, e só puderam ser
publicados dois anos após a morte do autor, ocorrida em
1776.
Além desses três textos póstumos de Hume, estão
traduzidos aqui dois importantes relatos sobre os seus
últimos dias de vida, os quais dão ênfase especial ao seu
bom humor diante da morte iminente: a Carta a William
Strahan, escrita pelo famoso economista Adam Smith -
que além de ter sido influenciado pela Filosofia de Hume,
foi também um amigo muito próximo -, e a Última
entrevista com David Hume, do escritor James Boswell.
Pode-se afirmar que os textos aqui reunidos têm um
tema comum. No ensaio sobre o suicídio, Hume
apresenta algumas razões para o não impedimento de
uma morte voluntária; no texto sobre a imortalidade da
alma ele alega a falta de razões para a crença numa
vida após a morte; a autobiografia sugere o único tipo
de imortalidade no qual Hume talvez acreditasse: o da
fama literária; finalmente, os dois relatos de seus
amigos são os primeiros a contribuir para garantir a
imortalidade de Hume, que afirmou não termos razões
para a crença na imortalidade. (Extratos das
apresentações de Jaimir Conte).
Sinopse
É possível observar que o § 44 tem uma intenção
profundamente inovadora e, ao mesmo tempo,
profundamente original, isto é, de colocar a questão da
verdade num outro patamar. Num patamar fundante,
em que não é mais um fundamento seguro e subjetivo
que se procura, mas um fundamento ligado às condições
concretas, históricas, do modo de ser-no-mundo. Essa
questão faz, então, com que Heidegger, dentro de toda
tradição filosófica, ainda que se situe numa certa
corrente ontológico-transcendental, contudo supere essa
corrente num ponto: não existe mais um lugar seguro
para a verdade. Não há mais um fundamento último
para a verdade. Há uma historicização da questão da
verdade, mediante a própria condição da revelação, que
é um existencial e que é um elemento dinâmico, ligado à
historicidade. É nesse sentido, então, que se faz o
completamento do paradigma heideggeriano com
relação à verdade...
Sinopse
Este livro é uma introdução, para leitores não
especializados, às principais categorias da ontologia do
ser social, teoria criada pelo filósofo húngaro Georg
Lukács. Inicia pela discussão das três esferas ontológicas
(a inorgânica, a orgânica e a social), prossegue com a
exposição das categorias do trabalho, reprodução,
ideologia e alienação e conclui com um capítulo que
aborda a relação entre o trabalho enquanto categoria
fundante do ser social e as classes sociais no capitalismo
contemporâneo. Com o mérito de ser escrita de forma
clara e articulada, agrega também textos sobre as
principais questões teóricas e críticas que foram dirigidas
ao pensamento de Lukács no debate atual.
Sinopse
Poderia a vida humana escapar dos males da existência
por meio de um saber ético fundado em regras precisas?
A virtude traz a felicidade ou apenas uma vida cinzenta?
A vida feliz seria aquela repleta de prazeres ou, ao
contrário, aquela que sabe escapar das dores mais
terríveis que assolam os mortais? Existiria uma justa
medida, saber quase divino, que pode articular com
rigor prazer e felicidade? Neste volume apresentam-se
as contribuições que foram voltadas exclusivamente
para o diálogo Filebo, de Platão. Especialistas neste
autor, filiados à Sociedade Brasileira de Platonistas e à
International Plato Society, refletem aqui sobre este
diálogo que medita, particularmente, sobre o prazer e a
felicidade na vida dos homens.
Sinopse
Ao longo do tempo, a Filosofia desenvolveu larga
experiência na formação de docentes para o seu ensino
na educação básica e superior. Por isso se propõe agora
que essa formação seja foco de debate intenso; seja
quando ela ocorre na etapa inicial dos estudos, quanto
na continuidade desse processo formativo ao longo do
exercício da docência. Com a recente obrigatoriedade do
ensino de Filosofia no Brasil, ressurgem velhas
perguntas e novos desafios sobre a docência deste saber
milenar. Diante desse desafio, este livro destaca a
preocupação com a formação inicial de futuros
professores de filosofia e também daqueles que já estão
no exercício da docência sem a devida qualificação.
Sinopse
Na aposta de que uma posição filosófica enquanto ponto
focal determinante e subjacente esteja a determinar
todo o percurso teórico de Walter Benjamin
aparentemente em dispersão acelerada, a presente obra
almeja indiciar, elucidar, apresentar e tematizar, num
percurso meditativo e crítico imanente aos textos, a sua
concepção de Filosofia como a contradição da
linguagem. Tal posição filosófica vai bem mais além do
que a mera assunção, discussão ou defesa de grupos de
conceitos epistemológicos, dando a estes, exatamente
por isso, as condições de um diálogo que não esteja
pautado pelo desejo fundamental de competição e de
eliminação mútuas.
Mais do que apenas um verniz epistemológico sofisticado
em favor de uma retórica de manutenção da Filosofia no
ápice da cultura, ela permanece na retaguarda e em
meio ao exercício da escuta, da notícia mútua em
admiração e da organização concreta de inter-relações.
Independentemente das aproximações com a arte, a
Teologia, a História e a política, a Filosofia para
Benjamin é um determinado âmbito de abstração
reflexiva que se expressa numa postura de avaliação de
autocompreensão como jeito de ser à medida que
constantemente se dá conta e descobre a contradição da
linguagem.
Sinopse
Este ensaio pode ser considerado uma apresentação de
questões em torno da Antropologia filosófica, procurando
levar em consideração os debates no contexto do novo
século. Não se pretende entrar nas análises que são feitas
para configurar uma Antropologia filosófica que procura um
tipo de completude que poderia representar a estrutura de
uma disciplina. Sobre este aspecto, as discussões se
estendem por muitos autores que apostam num campo que
pode ser delimitado no contexto de uma Filosofia do
homem. Têm sido empreendidos esforços notáveis nessa
direção, não para repetir modelos antigos, mas para
organizar um novo conjunto de temas e problemas que
surgem no contexto das biociências, das ciências
evolucionárias e outras ciências positivas e mesmo das
Ciências Humanas. A Filosofia, certamente, não pode isolar-
se desse mundo novo que as ciências estão produzindo em
tantos campos específicos.
Na forma de uma prosa filosófica, o livro tem como objetivo
descrever o confronto de vários problemas de
conhecimento. Trata-se de tentativas de introduzir
diferenças importantes entre as diversas Antropologias, não
simplesmente descrevendo possíveis objetos, mas
distinguindo formas de conhecimento. Ainda que não
queiramos negar as flagrantes interações de campos de
pesquisa sobre o ser humano, traremos argumentos para a
importância da reflexão filosófica sobre as diferentes
formas de conhecimento das ciências. Trata-se de mostrar
como os métodos limitados do conhecimento científico
esperam da Filosofia uma presença universalizante, que
elas não trazem com seu método, e que as complementa
sem lhes tirar a autonomia.
Sinopse
Este livro apresenta um exame das condições de
possibilidade do discurso informativo sobre o ser
esboçadas no Sofista de Platão e da reformulação
ontológica sugerida no diálogo para satisfazer estas
condições. Ao entender a concepção sofística de discurso
como uma ameaça ao caráter informativo da linguagem,
o Estrangeiro de Eléia se vê obrigado a reconhecer
Parmênides como um forte aliado do sofista contra sua
própria compreensão de discurso filosófico: um dizer o
que as coisas são. A tarefa do Estrangeiro de Eléia será,
então, preservar o caráter objetivista da concepção de
discurso de Parmênides e reformular as noções de ser e
não ser e a relação entre ser e discurso, de modo a
garantir que a ontologia forneça o fundamento para que
o discurso diga o ser.
Sinopse
Este livro está dividido em três partes. Na primeira
são abordados alguns temas que elucidam a
compreensão e a prática da Filosofia em Arendt.
Apesar de formada em Filosofia, nossa autora rejeitou
ser chamada de filósofa; preferia ser tomada como
teórica da política ou escritora política. Com isso, ela
queria expressar que a sua preocupação não era com
as ideias e nem estava interessada em erudição. O
seu intuito era compreender. Compreender o que
estava acontecendo foi o desafio do seu pensamento
até o final da sua vida.
Nas outras duas partes abordamos os temas éticos
propriamente ditos na autora. Apesar de não ter
escrito nenhum tratado de Ética, é inegável o teor
ético das reflexões arendtianas. Não é à toa o fato de
o seu primeiro projeto de pesquisa versar sobre as
possibilidades da dignidade humana após Auschwitz e
resultar na sua primeira e grande obra, Origens do
Totalitarismo. O senso de justiça adquire nesse
período, na autora, um sentido peculiar, diferente da
perspectiva niveladora em voga.
Na última parte fomos conduzidos pela percepção do
filósofo italiano Giorgio Agamben, segundo a qual a
obra de Hannah Arendt é germinal na compreensão
biopolítica das sociedades contemporâneas. Embora
jamais tenha empregado o termo biopolítica, a autora
percebeu muito bem que estamos perdendo a
capacidade de existência política e nos reduzindo a
seres viventes.
Sinopse
O título desta obra, Filosofia e Literatura: uma
Relação Transacional, já expressa seu conteúdo e
concomitante metodologia. Entre essas duas áreas
do conhecimento há uma relação que não é de
dominação nem de submissão, mas de
entrelaçamento, de fusão, de procriação, de
proliferação de sentidos. Com suas idiossincrasias,
enquanto áreas próprias do conhecimento, elas
possibilitam um encontro criativo e criador entre
filósofos e literatos, não apenas no âmbito dos
temas que comungam – a linguagem, o tempo, o
sentido, a estética, a morte, o amor, o ódio, a
liberdade – mas, também, no modo de expressá-
los, posto que cada leitor pode neles projetar-se,
refletir-se e se reconfigurar em sua humanidade.
Um olhar mais atento à origem da Filosofia nos
revela que lá estavam e se encontravam
articulados conjuntamente metáforas, aforismos,
poemas, diálogos, o que não minimizou a força do
exercício filosófico, nem impossibilitou sua
elaboração sistemática com caráter
intertransdisciplinar. Aliás, sobre a alma humana,
não há como não olhar e dizer senão deste modo.
Nessa perspectiva, o confronto crítico entre a
Filosofia e a Literatura é gerador incessante de
sentidos, seja para seus escritores, seja para seus
leitores. Enfim, tanto as obras literárias quanto as
filosóficas são como que variações imaginativas
acerca do ser, do real, da vida humana.
Sinopse
Quarenta anos depois da segunda edição da Dialética do
Esclarecimento, em pleno movimento estudantil na Alemanha do
pós-guerra, seis professores brasileiros, especialistas na assim
chamada “Escola de Frankfurt”, perguntam novamente sobre a
relação entre verdade e história dessa obra, um marco
fundamental da Filosofia no século 20. Respondem com Adorno
e Horkheimer que, se não se pode abstrair do “núcleo de
história” de toda teoria, portanto do contexto dramático de sua
publicação (a primeira edição data de 1947), deve-se também
apontar tanto as críticas possíveis a essa sombria descrição da
razão instrumental quanto seus acertos proféticos. Dividido em
seis capítulos que se atêm as seis partes da obra, sem esquecer
os “Elementos do Anti-Semitismo” e as “Notas e Esboços” finais,
o livro revela tomadas de posição bastante diversificadas. Todos
os autores concordam, entretanto, com um “núcleo” histórico e
igualmente natural comum: não pode haver sujeito humano que
mereça esse nome sem a “rememoração da natureza no
sujeito”, isto é, uma autoreflexão sobre a radical inscrição do
bicho homem dentro da natureza, longe, portanto, do orgulho de
uma consciência racional dominadora e autosuficiente; e não
pode haver nenhum pensamento verdadeiro que não seja
também luta contra o sofrimento e negação da injustiça. Essas
exigências continuam definindo um exercício da Filosofia,
certamente rigoroso, mas que não se exaure na análise técnica
dos clássicos nem na reprodução do previamente dado: uma
Filosofia crítica.
Sinopse
Nesta obra, que promove uma leitura itinerante do
pensamento levinasiano por meio de seus
principais momentos, com uma cadência quase
narrativa e alguma fulguração poética, trata-se de
recuperar a sensibilidade como chave
paradigmática para uma abordagem ética da
subjetividade enquanto responsabilidade ou um-
para-o-Outro. E, a partir e em torno da categoria
de sensibilidade, ensejar uma ampla descrição da
dimensão encarnada - corporal e afetiva - do
humano, aprofundando suas implicações éticas. A
importância fulcral da encarnação, de modo algum
alheia ao percurso do pensamento de Levinas,
talvez possa assim resumir-se: "mais espiritual,
mais sensível". Movendo-se na contracorrente de
uma tradição ocidental que remonta a fontes
órfico-platônicas, o filósofo judeu assume o
pressuposto de que é no seio da condição carnal e
sensível - e das relações intercarnais e
intersensíveis - que o humano se constitui e se
afirma como tal. Nesse sentido, dizer "tu" - levar a
sério este Outro, único, que me obsta a violência,
ordena justiça e chama à responsabilidade - é
descobrir que a alma não é "paralítica" e abriga
inauditos "poderes de acolhimento, dom, mãos
cheias, hospitalidade".
Sinopse
Este Diário é um sucinto relatório de uma obra
filosófica pessoal e, ao mesmo tempo, um
testemunho histórico e político da maneira como
os filósofos tiveram de fazer suas filosofias na
mudança do milênio na parte sul-americana do
planeta, onde se assumir como filósofo foi
considerada uma postura arrogante e
irresponsável. Na primeira parte estuda-se a
conhecida frase “Não há filósofos no Brasil” em
três etapas: o que é “Filosofia”, o que é o “Brasil”
e o que significa “não haver”; na segunda, é
narrada a trajetória que levou o autor a sua teoria
lógica lexical, à ética negativa e à teoria logopática
do cinema; na terceira, são postas as questões do
homem cordial, a originalidade (descobrir a
pólvora), a fenomenologia do brasileiro e a
possibilidade de uma Filosofia Pau Brasil, num
diálogo com Sérgio Buarque de Holanda, Oswald
de Andrade, Vilém Flusser e Paulo Margutti.
Sinopse
Este livro mostra com sucesso a relação nem
sempre explícita entre ética e estética, a partir da
qual beleza, educação e ação se entrelaçam para
“provocar transformações vivenciais no ambiente
pedagógico”. Munido de uma leitura atenta da
obra de Schiller, mas interpretando-a a partir das
contribuições do pensamento habermasiano no
contexto pós-metafísico em que vivemos,
Mauricio Cristiano de Azevedo aponta a arte
como infra-estrutura capaz de garantir e preparar
um projeto pedagógico voltado para o teor
comunicativo da razão.
Trata-se de outra racionalidade, isto é, uma
racionalidade atenta aos processos
intersubjetivos irredutíveis ao monólogo da razão
e da ciência modernas. Mais do que um saber
totalizante que daria sentido às partes que o
compõem, e para além de um modelo de teoria
que faz do sistema a chave de leitura para os
fenômenos possíveis, esta obra orienta-se por
uma hermenêutica atenta às singularidades
humanas, com seus segredos, dores e desejos...
Marcelo Fabri
Sinopse
A profunda análise filosófica que esse livro
empreende refere-se a um fenômeno que nós todos
conhecemos. Os seus inícios estendem-se pelo menos
até a era do paleolítico e já na Antiguidade ele teve
um tratamento especializado, mas apenas no século
20 foi submetido a padrões científicos: o sonho. Nós
sonhamos quando paramos de pensar e, mesmo
assim, o sonho não é sem pensamento. Ele revela um
pensamento abaixo do pensamento. A sua forma de
mídia massificada, voltada para o exterior, é o filme
que coopta o observador para uma espécie de vida de
sonho acordado. O próprio sonho, entretanto, é a
essência da interioridade. Somente quem está
ensimesmado pode sonhar.
Há, porém, um momento histórico em que essas
oposições se tangenciaram de modo explosivo. Em
1895 foram mostrados os primeiros filmes em Paris.
Em Viena, no entanto, no dia 24 de julho de 1895
“revelou-se ao Dr. Sigmund Freud o segredo do
sonho”, como o próprio “revelador” posteriormente
por carta admitiu. Que coincidência na véspera do
século 20! Para Christoph Türcke ela se torna o
ponto de partida para uma arqueologia mental
filosófica. Ela fareja no sonho os processos primários
do pensar, até mesmo a formação total da cultura,
os quais estão ameaçados cada vez mais pelo
canhoneio de sensações da mídia de massa. A
análise do sonho de Türcke leva ao fundo até a vida
impulsiva, derivando daí as duas forças
fundamentais humanas – a força da imaginação e a
linguagem – de tal modo que se abrem perspectivas
completamente novas no limite entre Filosofia e
Psicanálise.
Sinopse
Tratar da questão do sujeito é tratar de um tema
central à Filosofia e à História da Filosofia. Poder-se-ia
mesmo elegê-la como fio condutor de boa parte do
pensamento filosófico ou como forma de
caracterização de seus vários períodos. Com efeito,
muito se poderia dizer sobre a presença ou sobre a
ausência, aqui e acolá, da noção de sujeito, bem como
a respeito do modo como ela toma corpo e posição,
recebe críticas, enfim, a partir das diversas maneiras
de ser entendida e de ser examinada.
Sem pretender, com a presente coletânea, oferecer
algo que se assemelhe a tal empreitada ou a uma
história da noção de sujeito, encontram-se, aqui,
reflexões que apontam para a viabilidade dessa
perspectiva. Tomados neles mesmos, os diferentes
artigos apresentam tópicos ou problemas relacionados
a essa questão maior, sempre circunscritos a
determinados pensadores, dando-nos, com isso, uma
amostra da riqueza do tema e da sua irradiação e
articulação conceituais.
Filosofia
e Ensino
Sinopse
O livro é composto pelos textos apresentados no V
Simpósio Sul-Brasileiro sobre o Ensino de Filosofia,
realizado em maio de 2005 na Unifra, em Santa Maria. O
volume está organizado em quatro unidades temáticas:
o processo de formação dos professores de Filosofia na
universidade; as metodologias de ensino e as
concepções de Filosofia atinentes a esse ensino; a
Filosofia na escola pensada a partir do trabalho na
educação básica; e um conjunto de reflexões sobre a
questão da ética no ensino de Filosofia. Trata-se de uma
obra coletiva que contribui substancialmente para
afirmar o estreitamento das relações entre o saber
universitário e a educação na rede escolar.
Sinopse
Os textos deste livro originam-se do I Simpósio sobre
Ensino de Filosofia da Região Sudeste, realizado na
Universidade Metodista de Piracicaba em 2002. O
volume está organizado em quatro partes: questões
históricas e de legislação brasileira, que situam o debate
atual sobre o ensino de Filosofia; questões de "didática
teórica", ou seja, o pensar conceitual interno sobre a
relação da Filosofia com seu ensino; questões de
"didática prática", ou seja, uma discussão sobre
metodologias e sistemáticas concretas para se ensinar
Filosofia. Finalmente, o livro traz questões de estética e
de cultura em sua relação com o ensino de Filosofia.
Sinopse
Uma Introdução ao Ensino da Filosofia apresenta uma
série de temas inevitáveis numa discussão séria sobre o
ensino da Filosofia. Algumas são históricas, como
quando Guillermo Obiols descreve os antecedentes
europeus e nacionais do ensino da Filosofia nos níveis
universitário e médio. Outras são políticas, como quando
apresenta e avalia a reforma educacional da década de
90 em nossos países. Outras têm caráter teórico, como
quando discute com Kant e Hegel acerca da
aprendizagem filosófica ou com Abelardo, Schopenhauer
e Gilson a respeito do ensino de Filosofia como “mal
menor” ou quando sustenta a “ruptura do dualismo”
ensinar Filosofia/filosofar. Outras questões, por fim, têm
o caráter de propostas explícitas. O modelo geral formal
para o ensino de Filosofia apresentado que considera
“compatível com qualquer posição filosófica”, é descrito
“como um chão sólido com raízes na Filosofia mesma e
em algumas ideias e teorias pedagógicas
contemporâneas para pensar o ensino da Filosofia”.
Sinopse
Este livro é constituído por textos apresentados no II
Simpósio Sul-Brasileiro Sobre o Ensino de Filosofia,
realizado de 23 a 25 de abril de 2003, na Pontifícia
Universidade Católica do Paraná (PUC; Curitiba, PR). O
Simpósio, promovido pelo Fórum de Cursos de Filosofia,
teve, como tema geral, “Filosofia e ensino:
possibilidades e desafios” e, como objetivo geral,
ampliar e consolidar os espaços de interlocução sobre
Filosofia e as atividades filosóficas nas instituições
educacionais.
Sinopse
O livro reúne artigos numa dupla intenção. Em primeiro
lugar, estabelecer um debate filosófico sobre a
educação, especialmente no que diz respeito às
implicações transdisciplinares e interdisciplinares. Em
segundo lugar, a própria Filosofia e o seu ensino, bem
como as interfaces aí envolvidas, são alvos de discussão
acirrada em torno de sua atualidade e suas
responsabilidades. A obra resulta dos estudos do IV
Simpósio Sul-Brasileiro sobre o Ensino de Filosofia,
realizado em maio de 2004 na Unisinos, cujas pesquisas
e discussões estão articuladas com a luta pelo retorno
do ensino de filosofia à educação básica brasileira.
Sinopse
Como anda a Filosofia na universidade brasileira? A que
resultado os esforços de formação têm conduzido? Faz-
se Filosofia ou apenas comentário das obras dos grandes
filósofos? Este livro traz textos que intencionam
provocar uma reflexão sobre esses temas. Nomes
reconhecidos como Ernst Tugendhat, Oswaldo Porchat
Pereira, Renato Janine Ribeiro e José Crisóstomo de
Souza opinam diversamente sobre como tem evoluído a
Filosofia universitária no Brasil, como ela se compara a
de centros mundialmente reconhecidos, e como pode ser
melhorada. O livro inclui, ainda, uma apresentação de
Tugendhat como um filósofo analítico interessado em
problemas humanos.
Sinopse
É preciso refletir sobre a formação do professor de
Filosofia. É necessário olhar a própria prática dos cursos,
o perfil dos alunos que os estão frequentando, a
inserção desses estudantes nas escolas, o tipo de
Filosofia que nelas está sendo trabalhada, a
receptividade que a Filosofia está tendo, os livros
didáticos de Filosofia e o seu uso.
Sinopse
Voltada ao enfoque mais específico de pensar a condição
da Filosofia na universidade, esta obra traz diversas
contribuições de professores e pesquisadores que têm se
dedicado ao assunto. Em linhas gerais, seu conteúdo
discute a noção de Estado republicano em relação à
Filosofia e às instituições de ensino. Pensa os currículos,
a especificidade da aprendizagem e do saber filosóficos,
bem como os parâmetros da pesquisa em Filosofia na
universidade. Além disso, reflete sobre as condições de
inserção da Filosofia na Educação Básica e no contexto
das novas tecnologias, que traz a modalidade do ensino
a distância.
Sinopse
“Filosofia e ensino, singularidade e diferença: entre
Lacan e Deleuze é uma obra que procura apresentar
uma acurada problematização acerca do ensino-
aprendizagem de Filosofia no Ensino Médio, buscando
apreender as dificuldades que constituem o ato de
ensinar/aprender Filosofia para adolescentes e, ao
mesmo tempo, procurando evidenciar os processos de
singularidade e diferença que constituem o ato
educativo. Cumpre assinalar que é uma obra do nosso
tempo e das nossas preocupações, principalmente no
que diz respeito aos atos de singularidade, diferença e
criação. A autora, na análise de escritos de alunos do
Ensino Médio, observa a relação subjetiva paradoxal que
estes mantêm com o ensino de Filosofia, posto que se
mostram, ao mesmo tempo, atraídos e resistentes,
revelando dificuldades para com o mesmo. Tal análise
leva a autora a pensar uma proposta para o ensino de
Filosofia como um espaço possível de potencializar a
singularidade, a diferença e a criação. O trabalho de
Cláudia Cisiane Benetti insere-se numa interface
inovadora, pois não é muito usual pensar Deleuze e
Lacan juntos. Creio que o modo como tais autores foram
articulados nos acena com novidades, principalmente no
que diz respeito aos atos de singularidade, diferença e
criação.”
Margareth Schäffer (UFRGS)
Sinopse
Vem de longa data o debate sobre a necessidade da
presença da disciplina de Filosofia na formação básica,
traduzindo-se, em 2006, na sua obrigatoriedade legal no
Ensino Médio. Trata-se de uma condição bastante
específica, pois a trama das relações entre Filosofia e
sociedade impregna, de muitos modos, a própria história
do pensamento. Este é o lugar, o tópos, no Brasil, desde
onde outros lugares e não lugares poderão, talvez, ser
indiciados a partir da condição ética e política do livre
exercício do pensar.
Pensar nas interfaces entre Filosofia e sociedade no
contexto de um espaço legalmente conquistado é refletir
sobre o modo como esse espaço será ocupado – e, em
seu dinamismo, transformado. Esta obra propõe-se a
pensar a Filosofia do ensino de Filosofia e sua práxis,
refletindo sobre as interlocuções que este ensino
mantém com outros saberes e com a problemática
social.
Sinopse
Para onde conduzir o ensino de Filosofia? O que
significa ensinar Filosofia com excelência
pedagógica e acadêmica? Qual é a prática social de
referência da Filosofia e de seu ensino? Qual é a
especificidade e distinção da Filosofia em relação à
ciência e à arte sob o ponto de vista da
transposição didática? Essas e outras questões são
objeto de reflexão do presente livro. Procura-se,
principalmente, mostrar de que forma, por meio do
ensino da Filosofia, pode-se contribuir para a
ressignificação da experiência do aluno. Primeiro,
instigando seu posicionamento e intervenção no
meio social como cidadão que participa da
construção do processo histórico; segundo,
possibilitando-lhe a constituição de uma visão
crítica sobre a realidade, interpretando-a e
ajuizando-a e, portanto, permitindo ampliar sua
Weltanschauung – visão de mundo –,
ressignificando sua existência.
Sinopse
O que é pensar?”, eis a questão orientadora deste livro, que,
pelas linhas de força da filosofia de Gilles Deleuze, responde-
a: pensar é uma violência sobre as faculdades. Resposta
inspirada, sobretudo, na obra Diferença e repetição, cujo
tema kantiano do conflito entre as faculdades é o lugar de
explicação desse leitmotiv que atravessa a filosofia de
Deleuze e que pode violentar o pensamento sobre o ensino
de filosofia em seus diferentes níveis. Tratar da violência
sobre as faculdades implica estabelecer uma doutrina das
faculdades, o que, conforme Deleuze, só pode ser feito por
meio de um empirismo transcendental. O livro defende que
Deleuze produziu sua própria doutrina nas obras anteriores à
Diferença e repetição, em seus escritos monográficos, obras
nas quais desenvolveu as bases do seu programa filosófico
quando procurou engendrar a gênese do pensar, isto é, fazer
a descrição genética das condições de efetividade da
experiência, edificando uma teoria diferencial das faculdades.
Desenvolvimento levado a termo na conjunção: com
Nietzsche, Kant, Proust, Sacher-Masoch e na intersecção
entre Filosofia e Arte e Ciência, formas do pensamento ou da
criação que só existem mediante experiências-limites,
quando o pensamento e as demais faculdades são abaladas
por forças heterogêneas a elas, tornando-as sensíveis ao
impensado.
Conceber o ensino de filosofia a partir do sentido produzido
por Deleuze para esse problema – “O que é pensar?” –
requer, portanto, privilegiar as relações agonísticas
presentes nas três formas de pensamento e embaralhá-las
de modo que delas se possa extrair novos movimentos de
pensamento, de escrita e de possibilidades de existência.
Sendas e
Veredas
Sinopse
Tanto quanto Zaratustra ou Dioniso, o Nietzsche de Ecce
Homo é uma criação conceitual e uma construção
topológica, que se confunde com a própria obra em que
é criado. Pois quem é esse livro senão uma hierarquia
bem-lograda de instintos, conduzida a partir das
exigências de um instinto dominante, que se quer
sempre mais forte. Essa hierarquia tem de manifestar a
si mesma retratando-se como um filósofo trágico, ou
seja, um filósofo como "expressão" de forças
poderosíssimas que, através de seus transbordamentos
de potência, tomam a palavra para dizer um ilimitado e
dionisíaco Sim ao eterno curso circular do universo. O
Nietzsche retratado em Ecce Homo é um homônimo do
filósofo "Nietzsche" que, como seus heterônimos, é a
personificação conceitual e tipológica de um estado
afirmativo de forças que encontrou ali a ocasião de
exprimir-se.
Sinopse
O problema que se apresenta para o autor de O
Anticristo é duplo: levar a bom termo um ataque
fulminante contra o projeto de domesticação das
finalidades vitais arregimentado pela moralidade cristã
e, ao mesmo tempo, excedê-lo positivamente. No
presente estudo, pretende-se investigar as condições de
possibilidades teórico-especulativas da vertente positiva
da transvaloração de todos os valores e indicar que a
dupla ambição que cruza a polêmica “anticristã” não se
perde nas águas de sua própria corrosibilidade. Cumpre
revelar, por fim, que tais condições foram viabilizadas e
asseguradas precisamente porque fizeram, no corpo e
no sangue de Nietzsche, a experiência de extrapolar o
seu âmbito exclusivamente conceitual.
Sinopse
A presente obra é resultado de um curso, com duração
de dois semestres, na cadeira de Teoria do
Conhecimento, no Departamento de Filosofia do
Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade
Federal do Rio de Janeiro. A intenção, segundo o autor,
é apresentar o conhecimento como um problema que
coincide com a própria questão da realidade e com a
própria pergunta norteadora de toda a Filosofia, a saber:
O que é real? Com isso, e levado por uma determinada
compreensão de fundamento ou de princípio, o propósito
é desvincular o problema do conhecimento da teoria do
conhecimento, que vê a partir do sujeito versus objeto.
Sinopse
A análise nietzschiana da moral mostra a existência de
tendências morais distintas, cujos valores estabelecidos
expressam modos diferentes de ser e de viver.
Conforme o autor, cumpre averiguar a serviço de que
tipo de vida se coloca a moral: a uma vida ascendente
ou a uma vida em declínio, requerendo a interpretação e
a avaliação remetida à vontade de potência.
Sinopse
A principal ideia que sustenta esta obra é feita do
conceito de perspectivismo, podendo resumir-se nas
seguintes asserções: a característica mais fundamental
do pensamento filosófico da época moderna até nossos
dias é seu perspectivismo, e Nietzsche é o autor que
radicalizou até um extremo essa característica; o
perspectivismo tem uma qualidade niilista, na medida
em que supõe a consciência generalizada do caráter
instrumental dos instrumentos de conhecimento; no
entanto, essa qualidade niilista proporciona um
autoconhecimento que é condição de superação do
próprio niilismo.
Sinopse
Partindo do fato de que o estilo pelo qual a Filosofia de
Nietzsche se expressa é fundamental para a
compreensão de seus argumentos, o objetivo deste
estudo é explicitar a indissociabilidade entre forma e
conteúdo na sua obra, por meio do estudo comparado
de Humano, demasiado humano e para além de bem e
mal. Por possuírem campo temático comum – a crítica
da moral – e estilos diferentes, esses livros indicam
como as mudanças de concepção que ocorreram entre
eles foram necessariamente acompanhadas por uma
correspondente variação estilística.
Sinopse
Frequentar os textos de Nietzsche, familiarizar-se com o
seu pensar resultou em trabalhos de exegese. Conviver
com esse filósofo tão singular, por décadas, acabou por
surpreender com uma experiência de filiação. A sua
reflexão não pude ficar imune. A suspeita e a des-
confiança marcam o pensamento; a afirmação
incondicional do que advém determina uma atitude na
vida. Ter ciência do caráter transitório de ideias e
experiências leva a alterar pontos de vista; saber de
suas muitas marcas e sentidos faz multiplicar
perspectivas. Ao olhar impõem-se mudanças, quiçá
superações. Assim é que estes escritos hoje se me
aparecem. E por isso eu me permito tais extravagâncias.
Sinopse
O niilismo torna-se a questão mais radical da Filosofia de
Nietzsche, à medida que leva a repensar a relação entre
os seus esforços afirmativos e críticos. A radicalização do
pessimismo e do niilismo – do século 19 e de toda a
história ocidental – é vista, desse modo, como uma
tarefa necessária para a posição de um novo sentido de
criação. Cumpre investigar, nos extremos da Filosofia de
Nietzsche, para onde conduzem os caminhos da criação
e do aniquilamento.
Sinopse
A obra “Nietzsche na Alemanha”, propondo-se como um
espaço aberto para o confronto de interpretações,
persegue o objetivo de trazer a lume ensaios de
especialistas renomados e pesquisadores experientes
pouco conhecidos entre nós. Acholhendo diferentes
linhas interpretativas do pensamento nietzschiano, “sem
desconto, exceção e seleção”, quer ensejar novas
possibilidades de leitura, justamente a diversidade que
constitui a sua maior riqueza.
Sinopse
Segundo Nietzsche: “A vida sem a música é
simplesmente um erro, uma tarefa cansativa, um exílio”.
Essa frase, resume toda a importância que ele atribuiu à
música, para o pensamento e para a vida, na qual
pessoas estabelecem um convívio constituído de
“inconscientes relações musicais”. A discussão da
presente obra visa a estabelecer uma relação entre
música e palavra, subordinada à questão música e vida.
O estudo está dividido em duas partes: Música e
Tragédia (relação entre música e palavra e música e
vida na tragédia grega); e Música e Drama (mostra
como as relações música e palavra ressurgem na análise
de Nietzsche sobre o drama musical wagneriano).
Sinopse
O que Nietzsche privilegia em sua visão dionisíaca do
mundo é o lado terrível que revela a face aniquiladora
do deus; mas traz à tona também o outro lado, aquele
que é capaz justamente de não deixar o homem
sucumbir. Dioniso é o deus do caos, mas também é a
divindade do vinho e dos festejos. Tendo sido o culto ao
deus a causa de uma época trágica na Grécia, a
superioridade da cultura grega, do modo como Nietzsche
a concebe, é justamente a de erigir uma concepção de
mundo que estava, por um lado, exposta ao
descomunhal e desmedido, mas que, por outro, criava
uma poesia com a de Homero e a dos trágicos como
resposta a tal visão.
Sinopse
Constelações é uma boa palavra, quando se trata da
recepção de Nietzsche na América do Sul. Constelações
de maneiras de conceber e interpretar a filosofia
nietzschiana, que não formam nem poderiam formar
sistema, mas que revelam, em que pese a diferença de
abordagens, pontos em comum.
Até o final da década de 80, nós e nossos vizinhos
vivíamos num curioso estado de isolamento. Nós
tivemos por interlocutores tradicionalmente a França, a
Alemanha e, bem mais tarde, a Inglaterra e os Estados
Unidos; nossos vizinhos, a Espanha – como era de se
esperar. É, pois, perseguindo o intuito de contribuir para
a construção da comunidade filosófica na América do
Sul, que hoje trago a público este volume.
Scarlett Marton
Sinopse
A obra trata da recepção do pensamento de Nietzsche
na Itália. Ligada inicialmente ao nome de Gabriele
D’Annunzio, a fortuna de sua obra toma outra direção
com Benedetto Croce, para ser uma vez mais
redirecionada com Giovanni Gentile. Os socialistas
abrem para ela um novo caminho, que os fascistas se
empenham rapidamente em desviar. Um momento
decisivo, porém, foi a edição crítica das obras completas
do filósofo e a fundação dos Nietzsche-Studien.
Responsáveis por trazer a pesquisa internacional sobre
Nietzsche ao ponto em que se encontra hoje, as
iniciativas de Giorgio Colli e Mazzino Montinari vieram
determinar em escala planetária os rumos dos estudos
nietzschianos.
Sinopse
Este livro parte da ideia de que a questão da
cultura/formação (Bildung) perpassa os três grandes
momentos da obra do filósofo alemão Friedrich
Nietzsche, ao contrário de outras interpretações que
preferem o binômio cultura/civilização (Kultur). O autor
explica que civilização teria para Nietzsche um sentido
negativo em virtude dos limites que ela traria para a
livre expressão dos instintos humanos, pois erigiria um
corpus normativo que alteraria de forma definitiva a
"natureza" do homem.
A formação não é um "direito universal". Ela é privilégio
de um determinado segmento da sociedade; depende,
pois, da condição social. Assim afirma Wilhelm,
protagonista de Os anos de aprendizagem de Wilhelm
Meister, de Goethe. Não é de modo diferente que pensa
Nietzsche. Acreditando que a verdadeira formação
caberia apenas aos nobres, critica a burguesia erudita do
século 19, que visava a atrelar a cultura aos novos
rumos da sociedade alemã. Ocorre, no entanto, que
Nietzsche - como Wilhelm - era burguês. O filósofo
investe assim com conhecimento de causa contra seu
próprio segmento social, a fim de se pôr para além dele.
Mas teria sido bem-sucedido?
Nietzsche
em Perspectiva
Sinopse
Nietzsche entrou para a discussão acadêmica na
segunda metade dos anos 60. Não é possível, todavia,
por certo, falar em Nietzsche; não num único Nietzsche.
São vários a existir no tempo e no espaço. Pois
Nietzsche se diz de várias maneiras. Tanto é que ele
encontra tradução na literatura, na música, nas artes
plásticas, na Psicanálise, nas chamadas ciências
humanas. De maneiras várias, Nietzsche se diz no
Brasil. Assim é que ele se deixa expressar e apropriar no
meio acadêmico. Os textos reunidos neste volume são,
todos eles, originados no Grupo de Trabalho Nietzsche,
em sua maioria apresentados quando do último
Congresso Nacional de Filosofia organizado pela Anpof.
Sinopse
...Os impulsos ou forças, ou seja, os quanta de potência,
são entendidos como fisiológicos, mas não em um
dualismo cultura/biologia: o fisiológico, em Nietzsche, é
a própria luta dos impulsos por mais potência – impulsos
que constituem não apenas organismos, mas a própria
efetividade, o vir-a-ser: seres vivos, o mundo
inorgânico, produções humanas, etc. O fisiológico, no
pensamento do filósofo alemão, não constitui uma esfera
biológica em oposição a uma esfera cultural: o fisiológico
nietzschiano rompe a dualidade biologia/cultura.
Nietzsche dissolve a questão da predominância da
biologia ou da cultura.
Sinopse
Este livro não pretende ser um investimento histórico ou
mesmo filológico. Ele quer mostrar como a obra de
Nietzsche, voltando-se para o legado grego, restitui a
cena daquela origem, conectando-a com a decadência
do espírito trágico. E faz isso pondo em cena a ambígua
relação de Nietzsche com Sócrates, concebido como o
grande consumador dessa decadência. O Sócrates da
maiêutica não quer só convencer seu interlocutor, mas
vencê-lo pelo raciocínio. Nietzsche, todavia, apresenta
também um Sócrates musicante, que deixa entrever
uma outra verdade: a razão não será divina, se não
souber dançar. E este livro ensina a crer nessa verdade,
pela própria habilidade hermenêutica de suas linhas
Sinopse
Pensar a educação e a Filosofia a partir de Nietzsche
constitui o objetivo central desta coletânea. Ela foi
idealizada desde a pressuposição de que as ideias do
pensador alemão acerca do ensino ainda ressoam em
nossos dias. Nesse sentido, há uma atualidade do seu
pensamento que nos permite repensar a educação de
hoje assim como o ensino e os temas da Filosofia.
Podemos pensar com Nietzsche e, então, deixarmo-nos
educar por ele no sentido de tomá-lo como um exemplo.
Não queremos pensar a educação e a Filosofia como
Nietzsche o fez, mas refletir a partir do que ele fez nesse
âmbito e, assim, assumir um pensar com o filósofo mais
do que sobre ou como o filósofo. Trata-se de se imbuir
da atmosfera gerada pelas noções do autor de Assim
falava Zaratustra para dirigir o olhar à educação e à
Filosofia.
Sinopse
Na Filosofia de Nietzsche há uma interpretação que
conduz da dissolução da metafísica à ética do amor fati.
A sua Filosofia, mormente a que se inicia com Assim
falava Zaratustra, tem como questão central a
construção de uma ética apresentada, nesse livro, como
ética do amor fati. Os temas que constituem a vertente
positiva do seu pensamento – vontade de potência,
eterno retorno e além-do-homem – inter-relacionam-se
a partir da perspectiva dessa ética que requer, como
condicionante de sua compreensão, a superação da
metafísica. O móvel condutor de suas análises está
determinado pela afirmação incondicional da vida e é
nessa afirmação que julgamos encontrar elementos para
sustentar a hipótese da presença de uma ética no
conjunto de sua obra afirmativa, ainda que se configure
de modo diverso das formulações anteriores.
Sinopse
(...) A moral que se pretende suplantar é aquela
que inverte a relação de valor entre moral (dever)
e homem. Como tem ocorrido na história recente
do Ocidente, quando a lei moral foi colocada para o
homem como algo dado, anterior a ele, em relação
à qual seu campo de possibilidades estaria
reduzido a agir de acordo ou em desacordo
com ela. Sem se esquecer que, dessa liberdade,
extremamente restrita, adviria “automaticamente”
o “castigo” ante uma ação que estivesse em
desacordo com a lei moral. Trata-se, assim, de
suplantar a moral do “sujeito livre”, que tem por
pressuposto o “querer livre” e a responsabilidade
associada às intenções, a moral do “melhoramento
do homem”, ou da domesticação do homem, que
se associa a conceitos como “culpa”, “castigo”,
“pecado”. Uma moral que exige o “cumprimento
maquinal do dever”, que toma a lei como algo a
ser cumprido independentemente de qualquer
questionamento e avaliação, mesmo da
possibilidade de ser uma exigência “além de toda
utilidade, deleite, conveniência...”.
Sinopse
Nietzsche Asceta é uma leitura que parte dos escritos
do próprio filósofo alemão para apresentar um tipo
humano em que a luta é a sua marca de vida. A ascese,
para esse homem, é todo um disciplinamento do corpo
que o leva a criticar um outro exercício que castiga o
corpo em nome de uma vida no além: ele questiona o
ascetismo cristão e todo ascetismo que se parece com
este. Nietzsche asceta é um “hoplita”, um guerreiro, e
toda a sua ascese visa a se tornar forte com a vida,
sem perder o seu amor maior por ela. Mesmo frágil, o
filósofo era um forte. Mesmo doente, era saudável.
Porque ele amou seu destino (seu corpo), ele disse
amor fati (amor ao destino): um sentimento sem
reservas à vida. Era um afirmador... Ao mesmo tempo,
ele amou a música, a dança, porque são movimentos,
os quais são vida. Desse modo, o Nietzsche deste livro
é um asceta que sabe ser duro, flexível e leve, tudo
isso a um só tempo, tal como uma “bailadora” andaluza
ou como um lutador da arte marcial Wu-Chu (mais
conhecida como Kung-fu). Nele flui a própria vida como
vontade de poder, isto é, vida que se afirma como
relações de energia, de força.
Sinopse
"Toda a obra de Rousseau tem, como um de seus fios
condutores, a crítica à desigualdade. Quando o filósofo
esposa a causa dos simples, dos inocentes, daqueles que
se colocam num grau zero da cultura e da civilização.
Quando o filósofo se põe na resoluta defesa da natureza
contra a desnaturação, do grau (e do grau zero) contra
a degradação, o que ele faz é criticar a desigualdade".
Renato Janine Ribeiro
Sinopse
No cerne da modernidade está o problema do
conhecimento e a crítica da modernidade é a crítica da
pretensão de se estabelecer definitivamente a ideia da
razão, em que se retome o projeto da modernidade com
outras armas: as armas da razão plural assentada no
mundo prático, o mundo vivido das interações entre os
homens.
Sinopse
Em sua vida, Norberto Bobbio foi um defensor de uma
“filosofia militante”, como uma “filosofia da dúvida”,
combatendo as pretensões absolutizantes. Constituída
pelos ensaios de um colóquio ocorrido na Universidade
Federal de Santa Maria, esta obra presta uma
homenagem ao pensador italiano, falecido em 9 de
janeiro de 2004. Os textos examinam conceitos como os
de realismo político, normas jurídicas e morais,
racionalismo, razão e argumentação jurídica. O volume
disponibiliza, ainda, a leitores e pesquisadores
interessados, uma breve síntese biográfica do autor e
uma lista bibliográfica das principais obras de Bobbio em
italiano, bem como das editadas em português.
Sinopse
A obra Compreensão e Finitude pode ser comparada a
um brilhante passeio descritivo-reflexivo por todos os
escritos de Heidegger à disposição na época. Guiado
pela pretensão de apresentar a estrutura e o movimento
da interrogação heideggeriana, o autor conduz a sua
reflexão sempre em direção à compreensão e à finitude.
Trata-se, muito provavelmente, da obra sistemática
mais importante de Stein sobre Heidegger.
Sinopse
A disciplina de Introdução à Filosofia formaliza-se como
um exercício crítico a tematizar todas as áreas da
manifestação do humano e do saber, como verificação
de pressupostos de blocos teóricos, colocados como
fixos em si e desvinculados da racionalidade
tematizante, a promover a crença do absoluto de si. O
exercício crítico proposto promove a liquidação da falsa
positividade esquecida de seu criador e promotor que é
o homem, em favor da construção coletiva do
significado da realidade.
Sinopse
"Este é um livro corajoso. Scarlett Marton, minha colega
de Graduação, depois e para sempre minha amiga,
andava em 1970 quando nos conhecemos com um livro
de Nietzsche, falando da necessidade de ligar vida e
obra. Pois bem, ela levou a sério o intento. Nesses 30
anos, além de consolidar os estudos nietzschianos no
país, realizou um trabalho exegético inaugural, que lhe
valeu merecido reconhecimento no Brasil e no exterior.
E agora, por ocasião de seu concurso para Titular da
USP, levou a termo o seu ousado projeto de juventude e
escreveu uma autobiografia intelectual."
Renato Janine Ribeiro
Sinopse
Parece que toda a história da Filosofia comete uma
injustiça profunda, tematizando várias formas do Mesmo
e esquecendo o Outro. Como, então, tematizar o Outro?
A resposta passaria por um questionamento do
essencialismo da Filosofia e da cultura até as últimas
consequências e, em lugar do sujeito, em lugar dessa
forma moderna da identidade, precisaria pensar a
diferença. A perspectiva para uma nova cultura poderia
ser, então, o pensamento da diferença. Afirmando a
diferença, a Filosofia ajuda o homem a sair do deserto
do pensamento metafísico, que não abre espaço para o
novo, mas no qual se repetem as estruturas
dominantes.
Sinopse
Jean-Paul Sartre apresenta a má-fé e a autenticidade
como categorias filosóficas fundamentais para a análise
da existência e da liberdade. A possibilidade de ser livre
não é inteiramente compreensível senão no horizonte da
má-fé, que constitui ameaça permanente à radicalidade
da liberdade humana.
Sinopse
Ao mesmo tempo em que o autor se afasta criticamente
das concepções tradicionais, ele pretende desenvolver
parâmetros novos para discussão antropológica. A
consciência de estar a caminho, num processo de
afastamento do antigo e de aproximação do novo, é
sustentada por um projeto de Antropologia Filosófica
que está sendo escrita. Há um outro sentido de
ambiguidade que vem expresso em certas passagens:
trata-se da questão da relação entre Antropologia e
Teologia.
Sinopse
Odete Maria de Oliveira nos traz um dos mais
significativos contributos da visão antropológica que
contempla o ser em sua inteireza biopsico, sociocultural
e espiritual. Resultado de sua vasta e fecunda carreira
como docente e pesquisadora, retrata, com maestria, as
principais teorias, nas quais o Ser e o Não ser são
questionados e revelados na trama do conhecimento de
nossa humanidade. Uma leitura indispensável a todos
que têm nas Ciências Humanas a sua expressão
profissional e que desejam aprofundar os conhecimentos
sobre o ser humano. A autora envolve o leitor em suas
indagações e reflexões e o leva, continuamente, a seguir
com ela em seu percurso literário. Uma leitura que
agrega, acrescenta ao nosso Ser o conhecimento, aliado
à esperança de sermos mais transpessoais para que, de
fato, possamos nos tornar mais verdadeiramente
humanos.
Vera Saldanha
Sinopse
Na pós-modernidade o deslocamento paradigmático do
horizonte de fundamentação da razão para o âmbito do
discurso implica reabilitação da dinâmica interativa,
subjacente desde sempre como pano de fundo das ações
humanas, prenunciando que a razão não se esgota na
instrumentalidade moderna. Em contraposição ao
caráter monológico da subjetividade moderna, a
Racionalidade Comunicativa, articulada pela
processualidade dialógica, fecunda a ação a partir da
intersubjetividade, possibilitando a renovação da
tradição, o estabelecimento da solidariedade e a
socialização.
Sinopse
Esta coletânea é uma homenagem aos 70 anos do
professor Ernildo Stein, atualmente docente do
Departamento de Filosofia da Pontifícia Universidade
Católica do Rio Grande do Sul, autor de diversas obras e
filósofo reconhecido no Brasil e no exterior. Nela
colaboram professores de diversas universidades
brasileiras e os pensadores estrangeiros Ernst
Tugendhat, Hans Ineichen, John Sallis, Manfred Frank e
William J. Richardson.
Sinopse
Filosofar é exercitar criticamente a reflexão com o
objetivo de desenvolver uma compreensão mais ampla
da realidade e da existência. Esse exercício crítico é
motivado pela perplexidade do ser humano diante de
sua situação no mundo e dos eventos da natureza.
Neste sentido, autores de várias universidades escrevem
neste livro 24 ensaios comemorativos ao meio século do
Curso de Filosofia da Unijuí, coligidos propositalmente
sob o título Filosofia e crítica para assinalar a trajetória
de um fazer filosófico aberto à investigação séria e
questionadora, epistemológica e ética, interessado em
refletir sobre problemas relativos às condições do
conhecimento e da existência humana.
Sinopse
Com esse texto, o autor se aventura pela primeira vez
naquilo que em sua obra posterior irá aparecer como a
superação do paradigma das teorias da consciência e da
representação. O trabalho começa a lidar com um modo
próprio de paradigma para introduzir a visão hermenêutica
da Filosofia e das Ciências Humanas. Trata-se de introduzir
com precaução a herança que a Filosofia hermenêutica
recebeu da Escola Histórica Alemã. A questão da
compreensão é analisada a partir de Wilhelm Dilthey, e
recorre a elementos do pensamento de Heidegger,
sobretudo à questão da historicidade. Para introduzir no
ambiente da hermenêutica é realizado um confronto com
Kant e as teorias do conhecimento. Ao mesmo tempo em
que se abre o ambiente hermenêutico, o trabalho procura
situar nele a discussão do método das Ciências Humanas,
conduzindo, porém, para além de uma pura visão
instrumental. As comparações que se apresentam entre os
tipos de racionalidade na questão do conhecimento visam,
em primeiro lugar, a dar destaque aos elementos essenciais
do modo de conhecer nas Ciências Humanas. Quando se
acentua a impossibilidade de uma completa separação entre
sujeito e objeto no seu modo de conhecimento, já se está
apontando para o fato de que nelas já vem inserido um
modo de conhecer no ambiente da hermenêutica. O livro se
apresenta como um desenho do ambiente hermenêutico
para as Ciências Humanas e a Filosofia e, ao mesmo tempo,
pretende levar a uma compreensão da Filosofia sem
pretensão de ortodoxia, mas convidando para um diálogo as
racionalidades coexistentes.
Sinopse
Sem abrir mão da reflexão teórico-filosófica, os autores
desta coletânea de textos incidiram, nos últimos dez
anos, nos mais variados temas do cotidiano.
Construíram no espaço público a discussão sobre o
espaço acadêmico, fortalecendo-o como especificidade, e
abordaram os assuntos inerentes à sociedade brasileira.
A atividade de escrever seguidamente em jornais, no
instante em que os textos foram organizados e
sistematizados, revelou uma outra contribuição: como
livro, expressa a memória social regional rio-grandense
e nacional. O que ocorreu de importante na última
década está nesta obra.
A prática de atuar persuasivamente na sociedade
demonstra que os autores desta coletânea não fazem da
Universidade um refúgio. Eles situam-se na dimensão da
Filosofia também como práxis, cuja ação complementa-
se pelo discurso do texto publicizado na imprensa, traços
insubstituíveis do homem político, contribuindo,
principalmente, com a desvulgarização do interesse
público e comum.
Tau Golin