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Planejamento Tributário
Créditos
Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial – Senac/SC
Departamento Regional em Santa Catarina
FECOMÉRCIO
Presidente
Bruno Breithaupt
Diretor Regional
Rudney Raulino
Conteudista
Jackson Pires
Colaboração
Luciano Bernardo
Coordenação Técnica
Setor de Educação a Distância
CONSIDERAÇÕES ������������������������������������������������������������ 46
Planejamento Tributário 5
1 A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO
Fazer um planejamento tributário é muito importante para a organização econômica de um contribuinte,
principalmente para aquele que pretende estruturar e manter o seu negócio. O foco principal está na questão
econômica, pois a carga tributária no Brasil é muito alta e conhecer as leis que regem a arrecadação tributária
é essencial para que esse contribuinte pague seus impostos da melhor maneira.
Importante
Vale lembrar que nem todas as manobras colocadas em ação com o objetivo de pagar menos impostos ao
ente público devem ser aceitas como planejamento tributário.
As empresas têm buscado cada vez mais o planejamento tributário com o objetivo de colocar em prática ações
que possam diminuir a carga tributária. Uma das questões primordiais que as organizações têm buscado num
planejamento tributário é o fato de este ser competitivo e ao mesmo tempo apresentar resultados positivos
(lucros). Também é comum empresas constituírem unidades produtivas (filiais) em Estados, Munícipios ou
Zonas Francas, que oferecem redução do ICMS e imunidade do IPTU.
Esse processo de buscar alternativas para diminuição da carga tributária tem demonstrado um diferencial
competitivo, com resultados favoráveis na melhoria dos processos e pagando menos tributos. A implantação
de um departamento tributário para debater, analisar e definir as ações a respeito da adequação do planeja�
mento tributário é um caminho importante nessa busca de alternativa, pois esse processo deve contar com
a participação das pessoas das áreas de controladoria, finanças, tributos, áreas estratégicas, novos negócios,
vendas, marketing, engenharia, dentre outras.
Veja a seguir quais são os principais conceitos relacionados ao planejamento tributário.
Antes de dar continuidade aos estudos, é importante que você conheça alguns conceitos relacionados ao
planejamento tributário. Veja a seguir a diferença entre Evasão Fiscal, Elisão Fiscal, Elusão Fiscal.
• Evasão Fiscal - podemos resumir a Evasão Fiscal como uma forma de sonegação fiscal, ou seja,
são procedimentos colocados em prática após o fato gerador, por exemplo, omitir os registros nos
livros específicos (fiscais), diminuição de valores devidos através de atos fraudulentos, omitir a
renda tributável.
• Elisão Fiscal - é o planejamento tributário propriamente dito, ou seja, é a execução dos processos
antes do fato gerador, dentro dos atos lícitos, com o objetivo de diminuir a base de cálculo ou
impedir o evento do fato gerador. Por exemplo: empresa optante pelo Lucro Presumido, e que obteve
Planejamento Tributário 6
1 - a importância do planejamento tributário
receita de vendas a prazo, pode escolher por calcular e pagar os tributos federais através do regime
de caixa, dessa forma o imposto seria recolhido mediante o recebimento das vendas parceladas.
• Elusão Fiscal - é quando o contribuinte pratica atos lícitos, mas que podem ter sido realizados
com fraudes ou fora dos preceitos da lei, segundo Tôrres1. Elusivo é aquele que tende a escapulir,
a furtar-se (em geral por meio de argúcia); que se mostra arisco, esquivo, evasivo. Assim, cogi�
tamos da elusão tributária como sendo o fenômeno pelo qual o contribuinte usa de meios dolosos
para evitar a subsunção do negócio praticado ao conceito normativo do fato típico e a respectiva
imputação dos efeitos jurídicos, de constituição da obrigação tributária, tal como previsto em lei.
Perceba, portanto, que Planejamento Tributário nada mais é que a Elisão Fiscal, em que o contribuinte busca
atender à legislação e pagar a menor carga tributária.
Não podemos considerar os atos que reduzam a carga tributária, como planejamento tributário, pois há algumas
exceções como incentivos e opções fiscais. Para que o planejamento tributário seja de fato considerado dentro
dos aspectos lícitos, precisa ser oponível ao fisco, ou seja, que os procedimentos executados e seus efeitos sejam
suportados e eficazes dentro dos preceitos da Legislação e do ente público.
Resumindo, o planejamento tributário tem princípios que direcionam para que o fato esteja dentro dos parâ�
metros da lei, de maneira lícita. Sempre com o objetivo de buscar o melhor resultado para atender ao fisco e
a empresa se beneficiar das possibilidades permitidas pela lei.
1 TÔRRES, Heleno. Limites ao Planejamento Tributário: Normas Antielusivas (Normas Gerais e Normas Preventivas). LC 104/01: uma Norma
Antissimulação (não publicado).
Planejamento Tributário 7
1 - a importância do planejamento tributário
O Estado (governo) tem o poder de instituir (criar) tributos. Com base na Constituição Federal, podemos
definir as competências tributárias, conforme o art. 6º da CTN (Código Tributário Nacional) visto na Lei
5.172, de 25 de outubro de 1966:
A atribuição constitucional de competência tributária compreende a competência legislativa plena, ressal-
vadas as limitações contidas na Constituição Federal, nas Constituições dos Estados e nas Leis Orgânicas
do Distrito Federal e dos Municípios, e observado o disposto nesta Lei. (BRASIL, 1966)
Para entender melhor essa afirmação, pense que a União tem autonomia para legislar sobre o Imposto de
Renda (IR), o Estado tem autonomia para legislar sobre o ICMS, assim como o Município tem autonomia
para legislar sobre o ISS.
Veja a seguir como art. 3° do CTN define tributo:
Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não
constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividades administrativa plenamente
vinculada. (BRASIL, 1966)
Com a ocorrência do fato gerador, o contribuinte estará obrigado a pagar o valor do tributo ao ente público.
No planejamento tributário, existe a opção de adequar a obrigação de recolher o tributo sem que o contribuinte
fique com débitos aos cofres públicos.
Saiba mais
Para saber mais sobre fato gerador do tributo acesse o Portal tributário, no link a seguir: <http://www.
portaltributario.com.br/tributario/fato_gerador.htm>.
Importante
É importante compreender que a finalidade principal da tributação é centralizar a arrecadação dos
tributos aos cofres públicos.
Planejamento Tributário 8
2 ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL
Escrituração contábil é o meio pelo qual procedemos ao registro de fatos contábeis. Embora haja diversas
maneiras de escriturar esses fatos, todas elas procedem de dois métodos fundamentais: o método das Partidas
Simples e o método das Partidas Dobradas.
Esses métodos dizem que, em cada lançamento em sistema de contabilidade, o valor total lançado nas contas
a débito deve ser sempre igual ao total do valor lançado nas contas a crédito. Ou seja, não há devedor sem
credor correspondente. A todo débito corresponde, um crédito de igual valor e vice-versa. Se aumentar de
um lado, deve consequentemente aumentar do outro lado também.
A seguir, você verá quem faz e quando se faz obrigatória a utilização de contabilidade, baseando-se nos códigos
comerciais, Código Civil, Código Tributário Nacional e Legislação do Imposto de Renda.
Como você pôde observar, com exceção do pequeno empresário, de acordo com a lei, caberá ao empresário e à
sociedade empresária elaboração de um sistema de contabilidade, o qual possua uma escrituração uniforme de
seus livros, de acordo com a documentação respectiva, realizando posteriormente o levantamento do balanço
patrimonial e o de resultado econômico (DRE), mantendo assim a importância legal da contabilidade.
Planejamento Tributário 9
2 - escrituração contábil
Na falta de cumprimento do disposto nesse artigo, a autoridade competente pode suspender a aplicação do
benefício. Dessa forma, a instituição que desejar obter a sua isenção deverá manter a devida escrituração, que
entendemos tratar-se da escrituração contábil devidamente revestida das formalidades a que estão sujeitos
os demais contribuintes.
Também é estabelecida pelo Código Tributário Nacional a inteira disponibilidade da escrituração contábil,
bem como é instruída a sua conservação no prazo mínimo da prescrição dos créditos tributários.
Diz o artigo 195 do referido instrumento legal:
Art. 195. Para os efeitos da legislação tributária, não tem aplicação quaisquer disposições legais excludentes ou
limitativas do direito de examinar mercadorias, livros, arquivos, documentos, papéis e efeitos comerciais ou fiscais,
dos comerciantes industriais ou produtores, da obrigação destes de exibi-los.
Parágrafo único. Os livros obrigatórios de escrituração comercial e fiscal e os comprovantes dos lançamentos neles efetuados
serão conservados até que ocorra a prescrição dos créditos tributários decorrentes das operações a que se refiram.
Pode-se destacar que a legislação fiscal estabelece a dispensa, para fins fiscais da manutenção e escrita fiscal. No
entanto, por se tratar de decreto de natureza fiscal, não pode contrariar ou dispensar uma obrigação prevista
em uma lei, como o código civil.
Planejamento Tributário 10
3 FUNDAMENTOS DE TRIBUTOS
Observam-se nos noticiários, jornais e nas conversas paralelas que a questão tributária constitui hoje o fio
condutor de toda problemática que envolve a administração pública brasileira. Nosso país nunca precisou
tanto de recursos para investir e fazer justiça social, mas, por outro lado, o país nunca necessitou tanto de uma
ampla reforma tributária que aliviasse a carga pesada de impostos e promovesse justiça social. Esse é mais
um dilema brasileiro atual.
Para a maioria dos brasileiros, esse é um assunto que, aparentemente, não lhe diz respeito. É senso comum
no Brasil se pensar que o conhecimento sobre tributo seja para a classe política, advogados e profissionais da
área. No entanto, a questão tributária está presente no cotidiano de todas as pessoas em suas mais variadas
atividades, como se alimentar, ir ao supermercado, salão de beleza, ler, dirigir, beber, tomar banho, entre outras.
Essa arrecadação, sobre a qual estamos falando, é fundamental para que o Estado possa cumprir seu papel
primordial com recursos financeiros provenientes, na sua maioria, dos tributos arrecadados, para prestar serviços
que atendam às necessidades públicas. Esses recursos vêm através do pagamento dos tributos pelas pessoas
e são transformados em bens e serviços, tais como: educação; saúde; segurança pública; habitação; estradas;
creches; saneamento básico, dentre outros.
Afinal, o que são tributos? Esses tributos, quando recebidos pela administração pública, devem gerar
uma contraprestação de serviço?
Conforme o artigo 3º do Código Tributário Nacional (CTN):
Tributo é toda prestação pecuniária (em dinheiro) compulsória (obrigatória), em moeda ou cujo valor nela
se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade
administrativa plenamente vinculada.
Quando o assunto tributo é tratado, a primeira legislação a ser mencionada, via de regra, é a Constituição
Federal. É ela que permite ao Governo Federal, Estadual e Municipal instituir e cobrar tributos da sociedade.
Veja o que diz o capítulo I do título V da Constituição Federal estabelece:
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:
I – impostos;
II – taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos
específicos e divisíveis, prestados ao contribuintes ou posto a sua disposição;
III – contribuições de melhorias, decorrentes de obras públicas.
§ 1º - Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do
contribuinte.
§ 2º – As taxas não poderão ter a base de cálculo própria de impostos.
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:
I – transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos (ITCMD);
II – operações relativas à circulação de mercadorias e sobre a prestação de serviços de transporte interestadual e
intermunicipal e de comunicação, ainda que se inicie no exterior. (ICMS);
III – propriedade de veículo automotor (IPVA).
Planejamento Tributário 11
3 - fundamentos de tributos
Após conhecermos todos os tributos, partiremos para o cálculo de tributos sobre o lucro líquido das empresas
e para tal, descobriremos adiante, como são feitos os cálculos nas seguintes modalidades de apuração do
lucro: Lucro Real, Lucro Presumido ou Lucro Arbitrado. A opção adotada determinará a forma de cálculo
do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).
Para que possamos planejar, precisamos saber as formas e como apurar e calcular tais valores. Afinal, não tem
como planejar algo que eu não saiba como e onde devo chegar, não é mesmo?
Assim, é importante que você conheça as formas de tributação do IRPJ e da CSLL, saiba como as empresas
calculam os seus tributos e como calculam os tributos sobre o resultado final (lucro ou prejuízo). Assuntos
que você verá a seguir. Prossiga!
ADIÇÕES EXCLUSÕES
• Depreciação • Lucros ou dividendos recebidos, de investimento
• Brindes avaliado pelo custo de aquisição.
• Lucro auferido do exterior • Reversão de provisões não dedutíveis.
• Ajustes de RTT.
O Imposto sobre a renda é amparado pela Constituição Federal de 1988 no art. 153, o qual determina que
seja de competência da união instituí-lo. O art. 6º do Decreto-Lei número 1.598, de 1977, em seu inciso I,
determina que:
Lucro real é o lucro líquido do exercício ajustado pelas adições, exclusões ou compensações prescritas ou
autorizadas pela legislação tributária.
Veja o que são adições e compensações:
• Adições- referem-se às depreciações, lucros auferidos do exterior etc.
• Compensações- referem-se aos prejuízos prescritos ou autorizados pelo decreto.
A Contribuição Social sobre o lucro líquido foi instituída pela Lei nº 7.689/88, também de competência da
União. Sua apuração é semelhante ao do Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e, com isso, a pessoa
jurídica que optar pela apuração do IRPJ por um regime de tributação, automaticamente, optará também o
mesmo para a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).
Planejamento Tributário 12
3 - fundamentos de tributos
Quais empresas estão obrigadas a calcular IRPJ e CSLL no modelo Lucro Real?
O artigo 14 da Lei nº 9.718, de 1998, define as pessoas jurídicas obrigadas a recolher os tributos na forma
do Lucro Real da seguinte forma:
I – cuja receita total, no ano-calendário anterior, seja superior a R$ 78.000.000,00 ou proporcional ao número de
meses do período;
II – cujas atividades sejam de instituições financeiras ou equiparadas;
III – que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital, oriundos do exterior;
IV – que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam benefícios fiscais relativos à isenção ou redução do
imposto;
V – que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado pagamento mensal pelo regime de estimativa, inclusive
mediante balanço ou balancete de suspensão ou redução de imposto;
VI – cuja atividade seja de factoring;
VII – que explorem as atividades de securitização de créditos imobiliários, financeiros e do agronegócio. (incluído
pela Lei nº 12.249, de 2010)
Saiba mais
Factoring é o contrato pelo qual um comerciante ou industrial cede, total ou parcialmente, a uma
instituição financeira créditos de vendas feitas a terceiros, em troca do pagamento de certa comissão,
assumindo a instituição o risco do não recebimento dos créditos.
Para as pessoas jurídicas não enquadradas no ato legal acima, o regime de tributação do Lucro Real poderá
ser adotado por opção. Podemos utilizar como exemplo uma empresa fictícia chamada “Vende Sempre Mais
Ltda.”, cuja receita total no ano-calendário anterior foi de R$ 10.000.000,00. Esta poderá optar pelo regime
de tributação do Lucro Real.
Exemplo
Se o lucro real for calculado no primeiro trimestre do ano (janeiro, fevereiro e março), logo o pagamento
do IR e da CSLL será feito em abril.
A apuração tem seus períodos encerrados de acordo com os trimestres civis, nos dias 31 de março,
30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano-calendário, conforme previsto no art.
220 do Regulamento do Imposto de Renda.
Porém, cada trimestre corresponde a um período, limitado à compensação do prejuízo fiscal em
30% sobre o lucro fiscal dos próximos trimestres.
Veremos esse assunto mais adiante, por hora é preciso compreender que
o prejuízo fiscal é o valor negativo do lucro real. Esse valor poderá ser
compensado pelo próprio contribuinte e demonstrado em sua escrituração
Planejamento Tributário 13
3 - fundamentos de tributos
Para as pessoas jurídicas que têm prejuízo fiscal, isso acaba sendo um malefício, pois no momento
da compensação, a pessoa jurídica poderá compensar apenas 30% do lucro real seguinte com o
prejuízo dos trimestres anteriores. Enquanto no lucro real anual, a pessoal jurídica pode compensar
os prejuízos fiscais integralmente dentro do mesmo calendário, ou seja, o que aconteceu, ao final,
foi que o desconto ficou limitado para as pessoas que resolveram calcular trimestralmente.
Reduzir o valor do imposto ao montante correspondente à diferença positiva entre o imposto devido no
período em curso, e a soma do imposto de renda pago, correspondente aos meses do mesmo ano-calendário,
anteriores àquele a que se refere o balanço ou balancete levantado. (BRASIL, 1997)
Observe que tanto no Lucro real trimestral como no Lucro real anual as alíquotas são as mesmas:
-- 15% para o IRPJ;
-- 10% para o adicional sobre o lucro que exceder R$ 20.000,00 ao mês;
-- 9% para a CSLL de pessoas jurídicas em geral;
-- 15% para a CSLL de pessoas jurídicas consideradas instituições financeiras, de seguros
privados e de capitalização.
No Lucro real trimestral e no Lucro real anual, as formas de apuração mudam, conforme veremos em seguida.
O recolhimento mensal por estimativa é semelhante ao regime do lucro presumido. Isso porque utiliza as
mesmas bases de presunção previstas no art. 15 da Lei nº 9.249/95, que são aplicadas sobre a receita bruta
do mês acrescida de ganhos de capital, demais receitas e resultados positivos, excetuados os rendimentos ou
ganhos tributados como de aplicações financeiras.
Saiba mais
O Lucro Presumido é uma forma de tributação simplificada para determinação da base de cálculo do
imposto de renda e da Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido - CSLL das pessoas jurídicas.
No final do ano-calendário, a pessoa jurídica irá apurar o Lucro Real anual. Se optar por fazer o recolhimento
mensal em balancete de redução ou suspensão, o recolhimento mensal poderá ser definido em qualquer período
do ano. Nesse caso, o resultado será comparado ao recolhimento mensal que foi calculado por estimativa:
• Caso o pagamento por estimativa tenha sido menor, a pessoa jurídica fará o recolhimento comple�
mentar através de Darf (Documento de Arrecadação das Receitas Federais) sem a incidência de
juros ou multa.
• Caso o pagamento por estimativa tiver sido maior, até a data do balanço ou balancete de suspensão
ou redução, a pessoa jurídica poderá deixar de recolher a estimativa (suspensão) ou mesmo recolher
a menor (redução).
Planejamento Tributário 14
3 - fundamentos de tributos
No caso da empresa somente efetuar seu balanço no final do ano, e tendo recolhido todos os meses por esti�
mativa, existem as seguintes situações:
• Caso o recolhimento mensal por estimativa seja maior do que o realmente devido pelo balanço, o
contribuinte poderá pedir restituição ou compensar a diferença no pagamento de outros tributos
da esfera federal com a entrega da PER/DCOMP (Declaração de Compensação de Tributos para
a Receita Federal do Brasil).
• Caso o recolhimento por estimativa tenha sido menor do que o realmente devido pelo balanço,
deverá recolher a diferença de acordo com as disposições legais.
Vale lembrar que, obrigatoriamente, se a empresa que tenha calculado o tributo tenha feito o cálculo maior do
que deveria, este deverá constar na Declaração de Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas, que é a declaração
anual de rendimentos e deveres das empresas.
A Secretaria da Receita Federal do Brasil estabelece percentuais a serem aplicados sobre a receita bruta como
forma de estimativa do lucro de acordo com a legislação vigente. O artigo 15 da Lei 9.240/95 e o artigo 25
da Lei 9.430/96 determinam os percentuais a serem aplicados sobre a receita bruta, como você pode ver na
Tabela 1:
Tabela 1 – Percentuais a serem aplicados sobre a receita bruta
Esses percentuais dificilmente são alterados, mas é importante estarmos sempre atentos junto ao site da
Secretaria da Receita Federal do Brasil para qualquer alteração ou dúvidas, bem como consultar um contador
de confiança.
Planejamento Tributário 15
3 - fundamentos de tributos
Exemplo
Imagina que você trabalha em uma empresa do Lucro Real e em março decidiu pedir o balanço patrimonial ao
contador para calcular o IRPJ (Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas) e CSLL (Contribuição Social sobre o
Lucro Líquido) na modalidade de balanço de suspensão. Para tanto, o contador lhe dará o balanço dos meses de
janeiro, fevereiro e março juntos. Caso lá em agosto você decida pedir novamente esse mesmo dado ao contador,
ele lhe dará o Balanço Patrimonial de janeiro, fevereiro, março, abril, maio, junho e julho juntos.
Planejamento Tributário 16
3 - fundamentos de tributos
O LALUR (Livro de Apuração do Lucro Real) é um livro de escrituração eminentemente fiscal, obrigatório
a todas as empresas jurídicas contribuintes do IR com base no lucro real. Ele é destinado à apuração extra�
contábil do Lucro Real sujeito à tributação para o Imposto de Renda em cada período de apuração, contendo
elementos que poderão impactar no resultado dos períodos futuros.
O LALUR é composto por duas partes:
• Parte A: destinada aos lançamentos de ajuste do lucro líquido do período (adições, exclusões e/
ou compensações).
• Parte B: destinada exclusivamente ao controle dos valores que não constem da escrituração
comercial, mas devem influenciar a determinação do Lucro Real dos períodos futuros (prejuízos
a compensar, depreciação acelerada, entre outros).
Cada empresa escolhe o seu software de gestão e controle que melhor se adeque às suas necessidades, e o livro de
apuração do lucro real é, hoje em dia, totalmente eletrônico. Veja na Tabela 2 um modelo o livro de apuração do lucro real.
Tabela 2 – Exemplo de Registro dos Ajustes do Lucro Real
Sobre as deduções do IRPJ e da CSLL, nos casos de recolhimento mensal dos tributos, a pessoa jurídica poderá
deduzir (descontar) do tributo apurado no mês, o imposto pago ou retido sobre as receitas que integram a
base de cálculo. Veja um exemplo:
A empresa de nome fictício “Prestando Serviços de Qualidade Ltda.” prestou serviço para a empresa, também fictícia,
“Comercial Ponto Alto Ltda.”, no valor de R$ 5.000,00. A empresa “Prestando Serviços de Qualidade Ltda.” emitiu
a Nota Fiscal desse valor e fez a retenção de impostos permitidos por lei. Essa empresa não recebeu os R$5.000,00,
conforme combinado, pois a empresa “Comercial Ponto Alto Ltda.” descontou os impostos antecipados e os repassará
aos cofres públicos. Quando a empresa “Prestando Serviços de Qualidade Ltda.” estiver calculando os seus impostos,
deverá abater ou compensar esses valores que já foram descontados dela dos impostos que deverá pagar.
Retenção refere-se à ideia de desconto. Em outro momento, estudaremos sobre as retenções de tributos.
Sobre o IRPJ e CSLL diferidos, é importante saber que diferimento da tributação do IRPJ (Imposto de
Renda da Pessoa Jurídica) é um método facultado ao contribuinte para postergar o recolhimento da tributação
já reconhecida até a realização da receita (pelo recebimento), fixado para alguns ramos de atividades. Temos
como exemplo as seguintes situações:
Diferimento refere-se ao verbo diferir: jogar para frente, protelar.
Planejamento Tributário 17
3 - fundamentos de tributos
a) o lucro inflacionário não realizado até 31/12/1995, ou seja, o saldo credor da conta de correção
monetária, ajustado de acordo com a legislação fiscal, já registrado contabilmente como receita,
mas que podia ser diferido para efeito de IR.
b) a receita contabilizada, mas não recebida, decorrentes de contratos a longo prazo de construção
por empreitada ou de fornecimento de bens e serviços, quando contratados com entidades
governamentais.
c) o ganho de capital na venda a prazo de bens do ativo imobilizado cujo preço deve ser recebido,
no todo ou em parte, após o término do ano-calendário subsequente.
Bens do ativo imobilizado são formados pelo conjunto de bens necessários à manutenção das ati�
vidades da empresa, caracterizados por apresentar-se na forma tangível: edifícios, máquinas etc.
Importante
O lucro ou o prejuízo de uma empresa, ou assim chamado como resultado do exercício, é apurado
mediante o confronto de Receitas com despesas e custos, através da DRE – Demonstrativo de Resultado
do Exercício.
Comparar o total das receitas contra o total dos custos e despesas. Se a minha receita for maior que a minha
despesa, eu tenho um lucro e se a minha despesa for maior que a minha receita, eu tenho um prejuízo.
Planejamento Tributário 18
3 - fundamentos de tributos
Conforme você pôde observar no exemplo, temos duas situações diferentes: a empresa obteve lucro na primeira
apuração e um prejuízo na segunda. Para que os profissionais da contabilidade pudessem padronizar a apuração
de lucro ou prejuízo, foi instituído pelo artigo 187 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, o instrumento
chamado DRE (Demonstração de Resultado do Exercício).
Para você compreender como se faz essa padronização, acompanhe a explicação do exemplo a seguir.
1) Vamos usar como exemplo a empresa comercial “X”, optante pelo lucro real trimestral, que apresenta
a seguinte Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) para o primeiro trimestre de 2018 vista
na Tabela 4:
Tabela 4 – Exemplo de Demonstração de Resultado do Exercício
Planejamento Tributário 19
3 - fundamentos de tributos
Note que o novo lucro real passou de R$ 76.000,00 para R$ 113.450,00. Isso ocorre porque a legislação não
permite que algumas despesas sejam consideradas redutoras do lucro. Note, portanto, que vamos calcular 15%
do IRPJ e 9% da CSLL sobre o valor de R$ 113.450,00 em vez dos R$ 76.000,00 anterior!
O novo lucro aumentou porque a empresa “X” tinha despesas que usava para abater da receita e apurar o
resultado do exercício, mas a legislação não permite algumas despesas, e, por isso essas despesas voltam para
a DRE como uma adição. É como se adicionássemos essas despesas de volta ao valor de R$ 76.000,00.
Devemos tomar nota quanto a um adicional que se paga de IRPJ sempre que a base de cálculo, ou seja, o valor
sobre o qual se aplicará uma alíquota, ultrapassar R$ 20.000,00 ao mês. Como devemos lembrar, estamos
calculando o lucro com base trimestral. Sendo assim:
R$ 20.000,00 x 3 meses = R$ 60.000,00
R: Pagaremos, portanto, o adicional de IRPJ sobre o que exceder a R$ 60.000,00.
Veja na Tabela 6 a seguir um exemplo da apuração do IR e CSLL da empresa “Fatura Alto Ltda.”, do primeiro
trimestre de 2015:
Planejamento Tributário 20
3 - fundamentos de tributos
Após apuração do saldo a recolher (que nesse caso foi R$ 22.362,50 de IRPJ e R$ 10.210,50 de CSLL), é
preciso escriturar o reconhecimento dos tributos devidos e o recolhimento destes na contabilidade. Veja a
seguir como será feito o lançamento (registro contábil dos tributos) da empresa “Fatura Alto Ltda.”:
1) Para criar a obrigação de IRPJ a ser pago:
Debita – IRPJ (conta de despesa)
Credita – IRPJ a recolher R$22.362,50 (conta do passivo)
A empresa fictícia “Fatura Alto Ltda.” poderá pagar o IRPJ e a CSLL em 3 quotas mensais, iguais e suces�
sivas, conforme determina o artigo 5º da Lei nº 9.430/96, com vencimentos nos últimos dias dos três meses
posteriores ao encerramento do período de apuração.
Veja na Tabela 7 a seguir como ficaria o pagamento parcelado do IRPJ e da CSLL:
Tabela 7 – Parcelamento do Imposto da “Fatura Alto Ltda.”
Planejamento Tributário 21
3 - fundamentos de tributos
Como já dito anteriormente, o pagamento será feito em 3 quotas. Todo pagamento que seja parcelado ou
pago em atraso vai compor-se de três elementos.
• Capital - diz respeito ao valor inicial devido ou parcelado.
• Juros - dizem respeito à atualização do valor entre uma data e outra. Exemplo: R$100,00 hoje
não terá o mesmo valor daqui a 30 dias.
• Multa - refere-se a uma punição por um descumprimento. Exemplo: deveria ter pagado uma
conta na data de ontem, mas esqueci e por isso pagarei a multa, por não ter cumprido com o
acordo que era ter pagado ontem.
Sendo assim, calcularemos os acréscimos financeiros a partir da taxa Selic.
Saiba mais
Para calcular a parte dos juros, a Receita Federal do Brasil, que é a responsável pelos cofres públicos do governo
federal, adota a taxa chamada de Selic (Sistema Especial de Liquidação e de Custódia). É conhecida como taxa
básica de juros da nossa economia brasileira e para esta serve de referência. Ela é usada nos empréstimos feitos
entre os bancos e também nas aplicações feitas por essas instituições bancárias em títulos públicos federais. A
taxa Selic poderá ser consultada diariamente no site da Secretaria da Receita Federal do Brasil.
A taxa Selic a ser utilizada será a do mês, conforme tabela a ser consultada na Secretaria da Receita Federal,
e os juros serão calculados em 0,33% limitados a 20% (supondo 30 dias, 9,90% entre a primeira e a segunda
parcela e 60 dias, entre a primeira e terceira parcela, 19,80%).
Supondo que a Selic de maio/2018 é de 0,777% e a de junho/2018 é de 0,766%, vemos que a conta do IRPJ
e CSLL da empresa “Fatura Alto Ltda.”, a ser parcelada em três, será calculada conforme a demonstração
da Tabela 8:
Tabela 8 – Cálculo do parcelamento da empresa “Fatura Alto Ltda.”
DATA DO
QUOTA TAXA DE JUROS + SELIC IRPJ CSLL
RECOLH.
Primeira 30/04/2018 0 7.454,17 3.403,50
Segunda 30/05/2018 9,90% juros + 0,777% Selic = 10,677% 8.250,05 3.766,89
Terceira 30/06/2018 19,8% juros + 0.766% Selic = 20,566% 8.987,19 4.103,46
Veja a seguir como será feito o lançamento (registro contábil dos tributos) do pagamento de imposto parcelado
da empresa “Fatura Alto Ltda.”:
1) Pagamento da primeira quota/parcela
Debita – IRPJ a recolher R$ 7.454,17 (conta do passivo)
Debita – CSLL a recolher R$ 3.403,50 (conta do passivo)
Credita – Banco ou caixa R$ 10.857,67. (conta do ativo)
Planejamento Tributário 22
3 - fundamentos de tributos
É importante observar que, para optar pelo Lucro Presumido, a empresa não poderá estar enquadrada no regime
de Lucro Real definido por lei. Para que possamos entender melhor o funcionamento do Lucro presumido,
temos que entender o que é uma receita. Pense na seguinte reflexão:
Se você é professor, o seu salário recebido mensalmente é a sua receita. Se você fosse um vendedor, o valor
das vendas seriam as suas receitas?
As receitas são recursos provenientes da venda de mercadorias ou de uma prestação de serviço. De forma mais
detalhada, as leis afirmam o seguinte:
Art. 224. A receita bruta das vendas e serviços compreende o produto da venda de bens nas operações de conta própria,
o preço dos serviços prestados e o resultado auferido nas operações de conta alheia (Lei 8.981/95, artigo 31).
Parágrafo único. Na receita bruta não se incluem as vendas canceladas, os descontos incondicionais concedidos e os
impostos não cumulativos 1cobrados, destacadamente, do comprador ou contratante dos quais o vendedor dos bens
ou o prestador dos serviços seja mero depositário (Lei 8.981/95, artigo 31, parágrafo único).
A Receita Federal do Brasil divulgou, em seu Manual Explicativo sobre o Lucro Presumido, o seguinte
conceito de receita bruta:
Considera-se como receita bruta total o produto da venda de bens nas operações de conta própria (que quer
dizer venda de mercadorias pertencentes à empresa), o preço dos serviços prestados e o resultado auferido
nas operações de conta alheia (que quer dizer a venda de mercadorias pertencentes a terceiros), acres-
cidos das demais receitas, tais como, rendimentos de aplicações financeiras, receita de locação de imóveis,
descontos ativos, variações monetárias ativas, juros recebidos como remuneração do capital próprio e dos
ganhos de capital.
Planejamento Tributário 23
3 - fundamentos de tributos
Na receita bruta se inclui o ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadoria e Serviços), que é o imposto
sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interes�
tadual, intermunicipal e de comunicação e deverão ser excluídas as vendas que a empresa tenha cancelado, os
descontos concedidos e os impostos não cumulativos.
Esse assunto é de grande discussão entre os profissionais de contabilidade e a fiscalização, uma vez que o
conceito de renda total e receita bruta são distintos. Vimos que o limite estabelecido em lei de R$ 78.000.000,00
é em relação à receita total e não sobre a receita bruta. Veja a seguir a diferença entre ambas:
• Receita Bruta - estão incluídos os serviços que a empresa preste e/ou as mercadorias que ela venda.
• Receita Total - estão compreendidas a receita bruta, outras receitas operacionais e as receitas não
operacionais, além dos ganhos de capital. A receita total, portanto, engloba a receita bruta.
Quando a empresa opta pelo lucro presumido, essa decisão é definitiva para todo o ano-calendário. O contador
responsável é quem define isto com a administração da empresa. O artigo 26 da Lei 9.430/96 define que a
adesão ao lucro presumido dar-se-á com o pagamento da primeira ou única quota do imposto devido corres�
pondente ao primeiro período de apuração de cada ano-calendário.
Como você pôde perceber, uma vez que a empresa optar pelo regime de caixa, deverá apurar todos os tributos
por esse mesmo regime.
Planejamento Tributário 24
3 - fundamentos de tributos
O lucro presumido é determinado, ainda, pela soma de outras parcelas, além do valor resultante da aplicação
desses percentuais mencionados, conforme o inciso II do artigo 25 da Lei 9.430/96.
II – os ganhos de capital, os rendimentos e ganhos líquidos auferidos em aplicações financeiras, as demais receitas e
os resultados positivos decorrentes de receitas não abrangidas pelo inciso anterior e determinados valores nesta lei,
auferidos naquele mesmo período.
Veja a seguir um exemplo de Cálculo do IRPJ de uma empresa prestadora de serviços com a base de cálculo
de 16%. A Tabela 10 traz o faturamento dessa empresa:
Tabela 10 – Empresa com base de cálculo de 16% (Prestação de Serviços)
Observe que, aplicando o percentual de 16% de IRPJ sobre o faturamento desta empresa, tem-se a base de
cálculo para o IRPJ (R$ 50.000,00 e R$ 60.000,00). Sobre essa base, aplica-se o percentual de 15% perfazendo
um total de R$1.200,00 no primeiro trimestre e R$1.440,00 no segundo trimestre.
Exemplo
Se eu comprei um carro dia 15/10/2011 e 02/11/2015, os anos-calendários serão 2011 e 2015.
Caso a empresa que calcula o tributo se enquadrar nas prestações de serviços em geral, cujo percentual de
presunção, ou de lucro presumido, seja de 16% e no decorrer do ano calendário exceder o limite anual esta�
Planejamento Tributário 25
3 - fundamentos de tributos
belecido de R$ 120.000,00, a empresa deverá recolher a diferença relativa aos trimestres anteriores em quota
única, por meio de Darf (Documento de Arrecadação da Receita Federal) separado, no código 2089 (IRPJ
lucro presumido), até o último dia do mês subsequente ao trimestre em que ocorrer o excesso e nas próximas
apurações deverá calcular com o percentual de 32%.
Vamos apurar a diferença a ser recolhida em quota única por meio de um exemplo para compreender melhor
essa questão. Observe os dados da Tabela 11 a seguir:
Tabela 11 – Exemplo de Cálculo de Tributos
Com o exemplo, vemos que a partir do trimestre 3, o limite de R$120.000,00 foi ultrapassado e, portanto, a
diferença deverá ser recolhida. Vejamos o cálculo da diferença na Tabela 12:
Tabela 12 – Cálculo da diferença no recolhimento do IRPJ (Cota Única)
As bases de cálculo do IRPJ das apurações, a partir do trimestre 3, serão apuradas com o percentual de 32%.
Planejamento Tributário 26
3 - fundamentos de tributos
Exemplo
Uma oficina mecânica presta os serviços de mão de obra e faz a venda das peças utilizadas no serviço.
Essa empresa deverá separar as receitas com as vendas das peças e com as prestações de serviços ou aqui
chamadas de mão de obra.
Atenção
1) A partir de 1º de setembro de 2003, o percentual da receita bruta considerado para efeito de
determinação da base de cálculo da CSLL, é de 32% (trinta e dois por cento), para as atividades de:
a. aprestação de serviços em geral, observado o disposto no item 2 desta caixa de atenção;
b. intermediação de negócios;
c. administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos de qualquer natureza;
d. prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito,
seleção de riscos, administração de contas a pagar e a receber, e compra de direitos creditórios
resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring).
Planejamento Tributário 27
3 - fundamentos de tributos
A partir de 19/06/2015, a Lei 13.137/2015 altera o valor do faturamento para R$ 215,05, em que deverá
ser aplicado a alíquota de 4,65% de retenção dos referidos tributos. O parágrafo 3º da referida lei diz que:
Fica dispensada a retenção de valor igual ou inferior a R$ 10,00 (dez reais), exceto na hipótese de Documento de
Arrecadação de Receitas Federais - Darf eletrônico efetuado por meio do Siafi.
Em outras palavras, se a base de cálculo for R$ 215,05, não haverá recolhimento. Para haver o recolhimento,
a base de cálculo precisa ser maior que R$ 215,06.
Exemplo:
R$ 215,05 x 4,65 = R$ 9,99
R$ 215,06 x 4,65% = 10,00
Dentre vários assuntos, a Lei 13.137/2015 altera os artigos 31 e 35 da Lei 10.833/2003, para reduzir o limite
legal de dispensa da retenção na fonte das contribuições sociais (CSLL, PIS, e Cofins), incidente sobre os
pagamentos efetuados pelas pessoas jurídicas a outras pessoas jurídicas de direito privado pela prestação de
serviços de limpeza, conservação, manutenção, segurança, vigilância, transporte de valores e locação de mão
de obra, pela prestação de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos,
administração de contas a pagar e a receber, bem como pela remuneração de serviços profissionais estão sujeitas
à retenção na fonte dos seguintes tributos: PIS 0,65%, Cofins 3% e CSLL 1%.
Importante
Os tributos retidos na fonte não sofrem alteração todos os dias, mas devemos ficar atentos para, quando
ocorrer, mantermos em dia as nossas obrigações. Poderá ser consultado pelo site da Receita Federal do
Brasil e lá será demonstrada qualquer alteração que ocorra.
Planejamento Tributário 28
3 - fundamentos de tributos
IRPJ
Faturamento líquido comercial (86.200,00 x 8%) = Lucro Presumido R$ 6.896,00
Faturamento líquido serviços (245.000,00 x 32%) = Lucro Presumido R$ 78.400,00
(+) Aluguéis recebidos R$ 1.500,00
(+) Ganho de capital sobre venda de imobilizado R$ 1.000,00
(+) Ganho sobre receita financeira R$ 500,00
(=) Base de cálculo IRPJ R$ 88.296,00
IRPJ (88.296,00 X 15%) R$ 13.244,40
IRPJ (Adicional (88.296,00 - 60.000,00) x 10% R$ 2.829,60
TOTAL IRPJ R$ 16.074,00
CSLL
Faturamento líquido comercial (86.200,00 x 12%) R$ 10.344,00
Faturamento líquido serviços (245.000,00 x 32%) R$ 78.400,00
(+) Aluguéis recebidos R$ 1.500,00
Ganho de capital sobre venda de
(+) R$ 1.000,00
imobilizado
(+) Ganho sobre receitas financeiras R$ 500,00
(=) Base de cálculo CSLL R$ 91.744,00
CSLL (91.744,00 X 9%) R$ 8.256,96
TOTAL CSLL R$ 8.256,96
Veja a seguir como se dá a contabilização do IRPJ e da CSLL (sem considerar que houve retenção dos
mesmos tributos):
1) Registro do IRPJ a ser pago:
D – Despesa IRPJ (conta de despesa)
C – IRPJ a recolher R$13.244,14 (conta do passivo)
2) Registro do adicional:
D – Despesa IRPJ (conta de despesa)
C – IRPJ a recolher R$ 2.829,60 (conta do passivo)
3.2.9 Contabilização das retenções de IRPJ e CSLL a serem utilizadas nas deduções dos
tributos a serem pagos.
Para você compreender a contabilização das retenções de IRPJ e CSLL a serem utilizadas nas deduções dos
tributos a serem pagos, acompanhe a explicação do exemplo a seguir.
Supondo que a empresa tomadora dos serviços Gama Leão Ltda. tenha efetuado as seguintes retenções
constantes da Nota Fiscal emitida por uma empresa prestadora de serviços:
Planejamento Tributário 29
3 - fundamentos de tributos
De acordo com os valores destacados na Tabela 14, a empresa tomadora de serviços Gama Leão Ltda. irá
pagar ao prestador o valor de R$ 5.750,02 , sendo que as retenções tributárias deverão ser recolhidas pelo
tomador em guias de pagamento. Veja a seguir como ocorre a contabilização:
• Debita – Clientes R$ 5.750,02
• Debita – IRRF a recuperar R$ 91,90
• Debita – CSLL a recuperar R$ 61,27
• Debita – PIS a recuperar R$ 39,82
• Debita – Cofins a recuperar R$ 183,80
• Credita – Receitas de serviços R$ 6.126,81
Agora, vamos verificar quais são os valores dos tributos devidos na apuração do Lucro Presumido, com base
no item anterior, considerando as retenções de IRRF e CSLL. Observe os dados da Tabela 15.
Tabela 15 – Valores dos Tributos Devidos.
IRPJ R$ 13.244,40
IRPJ (Adicional) R$ 2.829,60
(-) IRRF R$ 91,90
TOTAL IRPJ A PAGAR R$ 15.982,10
CSLL R$ 8.256,96
(-) CSLL retida na fonte R$ 61,27
TOTAL CSLL A PAGAR R$ 8.195,69
De acordo com os valores da tabela, será feita a seguinte compensação dos tributos retidos:
• Debita – IRPJ a recolher R$ 91,90 (Conta do Passivo)
• Credita – IRRF a compensar R$ 91,90 (Conta do Ativo)
• Debita – CSLL a recolher R$ 61,26 (Conta do Passivo)
• Credita – CSLL a compensar R$ 61,26 (Conta do Ativo)
Portanto, o pagamento dos tributos IRPJ e CSLL pelo valor líquido será da seguinte forma:
• Debita – IRPJ a recolher R$ 15.982,10 (Conta do Passivo)
• Debita – CSLL a recolher R$ 8.195,69 (Conta do Passivo)
• Credita – Banco ou caixa R$ 24.177,79 (Conta do Ativo)
Planejamento Tributário 30
3 - fundamentos de tributos
Reflita
Para compreender o que é arbitramento, pense em um árbitro de futebol que é quem decide se os lances
na partida são certos ou errados. Aqui o árbitro poderá ser o fiscal de tributos ou até mesmo o contador da
empresa quando percebe alguma irregularidade.
Quando a receita bruta não é conhecida, existem outras formas de arbitramento do lucro utilizadas somente
pelo fisco. A receita poderá ser conhecida pela venda da mercadoria ou pela prestação de serviços emitida
na nota fiscal, como por exemplo, quando você vai ao mercado comprar leite e pede a nota. Ela pode ser não
conhecida (ou desconhecida) quando pela venda de mercadoria ou prestação de serviços não é emitida a nota
fiscal, como por exemplo, quando você vai ao mercado comprar leite e não pede a nota fiscal.
É importante lembrar que qualquer empresa pode optar pelo lucro arbitrado (ou chamado de autoarbitramento,
pois não precisou de um fiscal para obrigá-la), quando se encontrar nas situações previstas em lei, desde que
a receita bruta seja hipóteses de o lucro ser arbitrado.
Quando tratamos de tributos federais, como o caso do IRPJ, existe um regulamento, um manual com normas
chamado de Regulamento do Imposto de Renda, do ano de 1999, mas que poderá sofrer alterações. Todas
as alterações serão expostas pela Secretaria da Receita Federal do Brasil e, por isso, é muito importante estar
sempre navegando pelo seu site ou por outros sites de confiança, especializados em tributos. Para que o fiscal
chegue à empresa e arbitre o seu lucro, ou seja, diga que você está calculando o seu lucro errado, poderá ser
por alguma das hipóteses abaixo conforme tratado pelo artigo 530 do RIR.
O artigo 530 do Regulamento do Imposto de Renda (RIR/99) prevê as seguintes hipóteses de arbitramento
do lucro:
Art. 530. O imposto devido trimestralmente, no decorrer do ano-calendário, será determinado com base nos
critérios do lucro arbitrado, quando (Lei 8.981, de 1995, artigo 47 e Lei 9.430, de 1996, artigo 1º):
I – o contribuinte, obrigado à tributação com base no lucro real, não mantiver escrituração na forma das leis
comerciais e fiscais, ou deixar de elaborar as demonstrações financeiras exigidas pela legislação fiscal;
II – a escrituração a quem estiver obrigado o contribuinte revelar evidentes indícios de fraudes ou contiver vícios,
erros ou deficiências que a torne imprestável para:
a) identificar a efetiva movimentação financeira, inclusive bancária ou;
b) determinar o lucro real.
III – o contribuinte deixar de apresentar à autoridade tributária os livros e documentos da escrituração comercial e
fiscal, ou o livro caixa, na hipótese do parágrafo único do artigo 527 (obrigatoriedade da apresentação);
IV – o contribuinte optar indevidamente pelo lucro presumido;
V – o comissário ou representante da pessoa jurídica estrangeira deixar de escriturar e apurar o lucro da sua atividade
separadamente do lucro do comitente residente ou domiciliado no exterior (artigo 398); (refere-se aos rendimentos
auferidos em virtude de remessa para o Brasil de mercadorias consignadas a venda no país-importador).
VI – o contribuinte não mantiver, em boa ordem e segundo as normas contábeis recomendadas, livro razão ou fichas
utilizados para resumir e totalizar, por conta ou subconta, os lançamentos efetuados no diário.
As hipóteses ou situações mencionadas poderão ser passíveis de arbitramento do lucro, por isso é importante
conhecer. Caso você venha a trabalhar com situações dessa natureza, deverá ter em mente as informações
sobre tais hipóteses.
Planejamento Tributário 31
3 - fundamentos de tributos
Dica
Se a empresa optar pelo lucro arbitrado, fará o cálculo do IRPJ da mesma forma que feito no lucro
presumido, acrescendo 20% a mais do valor da base de cálculo. Já na base de cálculo da CSLL, não haverá
modificação, portanto, será igual a do lucro presumido.
Planejamento Tributário 32
3 - fundamentos de tributos
Acima apresentamos para você ter conhecimento como seria feito o arbitramento do lucro caso o fiscal fosse
à empresa.
Note que o valor aplicado pelo fiscal será maior do que o autoarbitramento!
Em outras palavras, caso a empresa não tenha escrituração contábil com profissional da contabilidade, deverá
optar pelo lucro arbitrado ou se autoarbitrar.
Acompanhe a explicação por meio de um exemplo de como fazer o cálculo do IRPJ e da CSLL em empresa mista
com base no lucro arbitrado.
Empresa mista é aquela que possui duas receitas, a
de venda de mercadorias e a da prestação de serviços.
A empresa “Comércio de Peças e Serviços de Automóveis Ltda.” comercializa acessórios para carros e presta
serviços de manutenção e reparos. Ela é optante pelo lucro arbitrado e obteve os seguintes valores na apuração
do IRPJ e CSLL no 1º trimestre de 2018:
Tabela 16 – Apuração do IRPJ e CSLL da empresa “Comércio de Peças e Serviços de Automóveis Ltda.” (1º trimestre de 2018).
Planejamento Tributário 33
3 - fundamentos de tributos
Veja como foi feita a contabilização do IRPJ e da CSLL a partir dos dados da Tabela 16.
1) Pelo registro do IRPJ a ser pago:
Debita – Despesa com IRPJ R$ 6.055,44 (Conta de despesa)
Credita – IRPJ a recolher R$ 6.055,44 (conta do passivo)
Planejamento Tributário 34
4 PIS E COFINS
Como temos percebido, as empresas pagam tributos (IRPF e CSLL) sobre o seu lucro, mas também devem
pagar tributo sobre o faturamento com o PIS e Cofins. Veja o que significa PIS e Cofins:
• PIS - o Programa de Integração Social (PIS) tem por objetivo assegurar aos trabalhadores a inte�
gração na vida e no desenvolvimento das empresas. Foi instituído pela Lei Complementar nº 7/70.
• Cofins - a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) foi criada pela Lei
Complementar nº 70/91. Destina-se às despesas com atividades fins das áreas de saúde, previ�
dência e assistência social.
O PIS e a Cofins serão os tributos que a empresa deverá pagar sobre o faturamento. Esses tributos são apurados
e pagos mensalmente.
Quem está obrigado a pagar o PIS e a Cofins?
Segundo o artigo 22 da Lei nº 8.212, de 24/07/1991, as pessoas jurídicas de direito privado e as que lhes são
equiparadas pela legislação do Imposto de Renda, inclusive as empresas públicas, as sociedades de economia
mista e suas subsidiárias, estão obrigadas ao pagamento das contribuições PIS e Cofins.
Exemplo
As receitas de venda de álcool para fins carburantes, de venda de produtos sujeitos à substituição
tributária, de venda de veículos usados, de energia elétrica e outras dispostas em lei também poderão ser
consideradas de incidência cumulativa (Lei 10.637, de 2002, e Lei 10.833, de 2003).
A partir da Lei 10.637/2002 referente ao PIS e da Lei 10.833/2003 referente à Cofins, foi instituído a essas
contribuições sociais (visando evitar o efeito “cascata”) o regime não cumulativo, que consiste em uma siste�
mática de compensar-se o valor do tributo devido em cada operação com o montante cobrado na operação
anterior. As pessoas jurídicas e equiparadas que apuram o IRPJ com base no lucro real estão sujeitas à inci�
dência não cumulativa.
Planejamento Tributário 35
3 - pis e cofins
O Regulamento do Imposto de Renda em seu artigo 279 define receita bruta da seguinte forma:
Art. 279. A receita bruta das vendas e serviços compreende ao produto da venda de bens nas operações próprias de
conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado auferido nas operações de conta alheia.
Podemos concluir então que a base de cálculo para o PIS e a Cofins é a receita bruta de uma empresa.
Planejamento Tributário 36
4 - pis e cofins
4.5 ALÍQUOTAS
Você lembra qual o valor da porcentagem do IRPJ e da CSLL? Assim como eles, o PIS e Cofins possuem
porcentagens que são: PIS 0,65% e Cofins 3% para empresas enquadradas no Lucro Presumido.
Para as empresas enquadradas no Lucro Real, as alíquotas são: PIS 1,65% e Cofins 7,6%.
Informações
(=) Vendas totais de mercadorias R$ 130.000,00
(-) Devolução de vendas -R$ 10.000,00
(+) Aluguel recebido de um imóvel R$ 5.000,00
( ) Receitas Financeiras * R$ -
(=) TOTAL DA BASE DE CÁLCULO R$ 125.000,00
A partir de 01.07.2015, as alíquotas do PIS e COFINS sobre receitas financeiras, inclusive decorrentes de operações
realizadas para fins de hedge, auferidas pelas pessoas jurídicas sujeitas ao regime de apuração não-cumulativa das
referidas contribuições, serão de 0,65% e 4%, respectivamente.
Aplica-se tal tributação inclusive às pessoas jurídicas que tenham apenas parte de suas receitas submetidas ao
regime de apuração não-cumulativa da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS.
Ficam mantidas em 1,65% (um inteiro e sessenta e cinco centésimos por cento) e 7,6% (sete inteiros e seis
décimos por cento), respectivamente, as alíquotas da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS apli�
cáveis aos juros sobre o capital próprio.
Maiores informações vide Decreto 8.426/2015.
Até aqui, encontramos a receita bruta da empresa, com deduções e adições permitidas, comentadas anterior�
mente. Agora veja como se dá o cálculo e contabilização do PIS e da Cofins:
1) Pelos cálculos das contribuições:
PIS 125.000,00 X 0,65% R$ 812,50
Cofins 125.000,00 x 3% R$ 3.750,00
Planejamento Tributário 37
4 - pis e cofins
Com base no exemplo, pôde-se perceber que não é complexo o cálculo de PIS e da Cofins. A base de cálculo
é simples de apurar e logo se aplica a sua porcentagem devida.
Informações
(=) Vendas com IPI R$ 840.000,00
(-) IPI sobre as vendas -R$ 40.000,00
(=) Venda de produtos - sem IPI R$ 800.000,00
(-) Devolução de vendas -R$ 50.000,00
(+) Aluguel de maquinário recebido R$ 25.000,00
( ) Receitas Financeiras * R$ -
( ) Descontos obtidos sobre duplicatas * R$ -
(=) TOTAL DA BASE DE CÁLCULO R$ 775.000,00
Observe que em ambos os casos, comercial ou industrial, as formas de cálculo são as mesmas e mais simpli�
ficadas que o próprio IRPJ e a CSLL.
Planejamento Tributário 38
4 - pis e cofins
Informações
(=) Receita total R$ 938.000,00
(-) Receita prestação serviços exterior -R$ 40.000,00
(-) Resultado positivo avaliação de investimentos -R$ 30.000,00
(=) TOTAL DA BASE DE CÁLCULO R$ 868.000,00
A partir da análise dos dados da Tabela 19, temos os seguintes cálculos da contribuição:
Portanto, para realizar a contabilização das operações, foram abertas duas contas de despesas, sendo elas contas
de resultado, as quais devem ser encerradas quando se pretende efetuar a apuração do resultado e consequen�
temente a elaboração do balanço.
Já as contas de PIS e Cofins a recolher, são contas do Passivo Circulante que representam a obrigação que a
empresa tem frente ao Fisco, carecendo o recolhimento até a data do vencimento. É composto pelas dívidas
de curto prazo que devem ser pagas num prazo de até 12 meses.
Vimos o funcionamento da contabilização do PIS e da Cofins quando a apuração é de acordo com o regime
cumulativo, ou seja, não se apropria dos créditos de operações anteriores.
Saiba mais
Para saber mais sobre o conceito de passivo circulante, leia o seguinte artigo: O que é, Definição e
Significado: <http://conceito.de/passivo-circulante#ixzz3qjrqGisX>
Você estudou como funciona as apurações dos tributos das Empresas enquadradas no Lucro Real, Lucro
Presumido e no Lucro Arbitrado. A seguir, você verá como funciona a tributação das Empresas enquadradas
no Simples Nacional.
Planejamento Tributário 39
5 TRIBUTAÇÃO COM BASE NO SIMPLES NACIONAL
O Simples Nacional é um regime compartilhado de arrecadação, cobrança e fiscalização de tributos aplicável
às Microempresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP), previsto na Lei Complementar nº 123, de 14
de dezembro de 2006.
Abrange a participação de todos os entes federados: União, Estados, Distrito Federal e Municípios. É admi�
nistrado por um Comitê Gestor composto por oito integrantes: quatro da Secretaria da Receita Federal do
Brasil (RFB), dois dos Estados e do Distrito Federal e dois dos Municípios.
As condições necessárias para ingresso no Simples Nacional são:
• Enquadrar-se na definição de microempresa ou de empresa de pequeno porte.
• Cumprir os requisitos previstos na legislação.
• Formalizar a opção pelo Simples Nacional.
As características principais do Regime do Simples Nacional são:
• Ser facultativo.
• Ser irretratável para todo o ano-calendário.
• Abranger os seguintes tributos: IRPJ, CSLL, PIS/Pasep, Cofins, IPI, ICMS, ISS e a Contribuição
para a Seguridade Social destinada à Previdência Social a Cargo da Pessoa Jurídica (CPP).
• Recolher os tributos abrangidos mediante documento único de arrecadação – DAS.
• Disponibilizar as ME/EPP de sistema eletrônico para a realização do cálculo do valor mensal
devido, geração do DAS e, a partir de janeiro de 2012, para constituição do crédito tributário.
• Apresentar declaração única e simplificada de informações socioeconômicas e fiscais.
• Estipular prazo para recolhimento do Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS)
até o dia 20 do mês subsequente àquele em que houver sido auferida a receita bruta.
• Possibilitar aos Estados adotarem sublimites para EPP em função da respectiva participação no
PIB. Os estabelecimentos localizados nesses Estados, cuja receita bruta total extrapolar o respectivo
sublimite, deverão recolher o ICMS e o ISS diretamente ao Estado ou ao Município.
O regime de tributação com base no Simples Nacional atende às ME e EPP desde que estas atendam algumas
exigências. São elas:
a) Microempresas - ME
O empresário, a pessoa jurídica, ou a ela equiparada que tenha, em cada ano-calendário (ano anterior
ao exercício atual), receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais).
c) Natureza Jurídica
Empresas que não se enquadram como Microempresa e Empresas de Pequeno porte não podem optar
por este tipo de Regime tributário, como por exemplo, as Empresas de Sociedade Anônima (S.A.).
Planejamento Tributário 40
4 - tributação com base no simples nacional
e) Débito Tributário
A empresa não pode ter débitos junto ao fisco, exceto quando estes estão negociados ou em
processo de regularização.
f ) Quadro Societário
Quadro societário refere-se ao titular ou sócio que participa com mais de 10% (dez por cento) do
capital de outra empresa não beneficiada por essa Lei Complementar, desde que a receita bruta
global ultrapasse o limite de R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais).
g) Atividades Econômicas
Existem MEs e EPPs que, devido ao seu ramo de atividade, são vedadas por lei a optarem por
este regime de tributação, como por exemplo, aquelas que exercem atividade de Banco Comercial.
Saiba mais
Para conhecer mais impedimentos para aderir ao Sistema Simples, acesse o art. 17 da Lei 123/06.
Agora que já conhecemos os critérios e conceitos de enquadramento do regime de tributação Simples Nacional,
conheceremos os impostos e contribuições que são recolhidos mensalmente, de maneira unificada.
Veja a seguir os impostos que são recolhidos de forma unificada no regime de tributação do Simples Nacional:
• Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ).
• Imposto Sobre Produto Industrializado (IPI).
• Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).
• Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins).
• Programa de Integração Social/Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/Pasep).
• Contribuição Patronal Previdenciária (CPP).
• Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
• Imposto Sobre Serviços (ISS).
O recolhimento desses tributos não exclui a incidência de outros impostos ou contribuições devidos na
qualidade de contribuinte ou responsável. Em relação a outros tributos, deve ser observada a legislação apli�
cável às demais pessoas jurídicas (art. 13, § 1º).
As Empresas de Pequeno Porte (EPPs) que ultrapassarem o valor, de R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos
mil reais) de faturamento, terão o ICMS e o ISS calculados fora da tabela do Simples Nacional, conforme
regras estabelecidas pela lei complementar nº 155 de 27 de outubro de 2016.
Os limites para recolhimento do ICMS e do ISS na forma do Simples Nacional permaneceram em R$
3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais). Sendo assim, uma empresa com faturamento entre R$
3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais) e R$ 4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil reais)
poderá ser optante pelo Simples Nacional e, ao mesmo tempo, ter que cumprir suas obrigações relativas ao
ICMS e ao ISS no respectivo Estado, Distrito Federal ou Município.
Planejamento Tributário 41
4 - tributação com base no simples nacional
Os Anexos da Resolução CGSN (Comitê Gestor do Simples Nacional) nº 140 é o ato nor�
mativo que regulariza o Simples Nacional.
Vamos exemplificar como funciona para definir a alíquota a ser aplicada sobre o faturamento para apurar o tributo
do mês. Para isso, considere a receita bruta acumulada dos últimos 12 meses de uma empresa com a atividade
relacionada ao comércio, e que no mês de agosto 2015 obteve receita bruta de vendas de R$ 300.000,00.
Significa dizer que o valor do imposto é de fato o mês de agosto (quando ocorreu o faturamento). A referência
de 12 meses é para identificar a alíquota na tabela. Acompanhe o exemplo a seguir:
1) Uma empresa vendeu no mês de agosto R$ 300.000,00. Para identificar qual a alíquota do imposto
do Simples Nacional, ela precisa saber qual é o faturamento dos últimos 12 meses sem considerar
o mês de agosto. A Tabela 20 a seguir traz esse levantamento:
Tabela 20 – Levantamento do Faturamento de agosto de 2016 a julho de 2017
Período Valor
Agosto/16 50.000,00
Setembro/16 70.000,00
Outubro/16 100.000,00
Novembro/16 150.000,00
Dezembro/16 175.000,00
Janeiro/17 200.000,00
Fevereiro/17 300.000,00
Março/17 95.000,00
Abril/17 150.000,00
Maio/17 100.000,00
Junho/17 50.000,00
Julho/17 300.000,00
Total 1.740.000,00
Fonte: Elaborada pelo autor (2017).
2) De acordo com o valor total acumulado no período (12 meses), temos R$ 1.740.000,00. Agora,
precisamos identificar nos anexos da Lei Complementar nº 123/2006, o percentual de apuração
do tributo.
Saiba mais
Para conhecer a Lei Complementar Nº 123, de 14 de dezembro de 2006, acesse o link a seguir: <http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/lcp/lcp123.htm>.
Veja a Tabela 21 a seguir que traz as Alíquotas e Partilhas do Simples Nacional na modalidade
comércio, que passou a vigorar a partir de 01/01/2018.
Planejamento Tributário 42
5 � tributação com base no simples nacional
Receita Bruta em 12 Meses (em R$) Alíquota Valor a deduzir (em R$)
1ª Faixa Até 180.000,00 4,00% �
2ª Faixa Até 180.000,01 a 360.000,00 7,30%
3ª Faixa De 360.000,01 a 720.00,01 9,50% 13.860,00
4ª Faixa De 720.000,01 a 3.600.000,00 10,70% 22.500,00
5ª Faixa De 1.800.000,01 a 3.600.000,00 14,30% 87.300,00
6ª Faixa De 3.600.000,01 a 4.800.000,00 19,00% 378.000,00
Fonte: BRASIL (2016).
3) De acordo com a Tabela 21, a alíquota será de 10,70%, porque o valor acumulado está dentro do
intervalo de R$ 720.00,01 a 1.800.000,00, conforme podemos visualizar abaixo. Portanto, a base
de cálculo é o valor da receita bruta no mês corrente, que neste caso é R$ 300.000,00 (faturamento
de agosto 2017).
4) Depois de identificarmos a alíquota de apuração do tributo, temos que aplicar a seguinte fórmula
para identificar alíquota efetiva:
Em que:
• RBT12: receita bruta total acumulada dos últimos 12 meses
• ALÍQUOTA: alíquota nominal constante dos Anexos I a V da LC nº 123/2006.
• PD: parcela a deduzir constante dos Anexos I a V da LC nº 123/2006.
Vamos aos cálculos:
RBT12: R$ 1.740.000,00 (receita bruta total dos últimos 12 meses)
Alíquota: 10,7% (alíquota conforme tabela (faturamento acumulado dos últimos 12 meses de
R$ 720.000,01 a 1.800.000,00)).
PD: R$ 22.500,00 (parcela a deduzir conforme tabela).
Operação: R$ 1.740.000,00 x 10,7% � R$ 22.500,00 / 1.740.000,00 = 0,0940689
R$ 1.740.000,00 (receita bruta total dos últimos 12 meses) multiplicado pela alíquota de 10,7%
(faixa de receita bruta entre R$ R$ 720.000,01 a 1.800.000,00), diminuído por R$ 22.500,00
(parcela a deduzir conforme tabela) divido por R$ 1.740.000,00 (receita bruta total dos últimos
12 meses).
Valor da alíquota efetiva: 9,40689% (valor do resultado do cálculo acima 0,0940689 multiplicado
por 100)
5) Agora que sabemos o valor da alíquota efetiva, vamos calcular quanto a empresa deverá recolher.
A base de cálculo é o valor da receita bruta no mês corrente, que, nesse caso é R$ 300.000,00
(faturamento de agosto de 2017).
Base de cálculo: R$ 300.000,00 (faturamento de agosto de 2017)
Alíquota efetiva: 9,40689%
Operação: R$ 300.000,00 x 9,40689% (faturamento de agosto de 2017 multiplicado pela alíquota
efetiva)
Recolhimento: R$ 28.220,67.
Planejamento Tributário 43
5 - tributação com base no simples nacional
6) O recolhimento deve ser feito até o 20º dia do mês subsequente àquele em que houver sido
auferida a receita bruta. Na hipótese de a ME ou EPP possuir filiais, o recolhimento dos tributos
do Simples Nacional dar-se-á por intermédio da matriz. Quando não houver expediente bancário
no prazo, os tributos deverão ser pagos até o dia útil imediatamente posterior. O documento de
arrecadação do Simples Nacional é o DAS (Documento de Arrecadação do Simples).
Planejamento Tributário 44
6 OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS
Além do cálculo de tributos, o profissional que atua nessa área deverá cumprir outras formalidades, como
envio de declarações e apresentação de relatórios à fiscalização quando necessitar. Sendo assim, conforme
previsão no regulamento do Imposto de Renda (RIR/99) em seu artigo 527, a pessoa jurídica deverá manter
algumas informações dispostas na Lei 8.981, artigo 45.
Segundo a Lei 8.981, de 1995, artigo 45, a pessoa jurídica deverá manter:
I – escrituração contábil nos termos da legislação comercial;
II – Livro Registro de Inventário, no qual deverão estar registrados os estoques existentes no término do ano
calendário;
III – em boa guarda e ordem, enquanto não decorrido o prazo decadencial e não prescritas eventuais ações que lhes
sejam pertinentes, todos os livros de escrituração obrigatórios por legislação fiscal específica, bem como os demais
documentos e papéis que serviram de base para a escrituração comercial e fiscal.
Parágrafo único. O disposto no inciso I deste artigo não se aplica à pessoa jurídica que, no decorrer do ano-calendário,
mantiver Livro Caixa, no qual deverá estar escriturada toda a movimentação financeira, inclusive bancária.
A não necessidade de contador ou a dispensa da escrituração contábil (desde que mantenha o livro caixa) é
válida somente nos termos da legislação tributária, ou seja, para efeitos fiscais (lembra-se de que comentamos
sobre casos em que o dono da empresa cuida de tudo sem a necessidade de um profissional de contabilidade?)
Isso não elimina a necessidade de manter a contabilidade de acordo com o código civil, que em seus artigos 1.179
e seguintes obriga o empresário (a pessoa física que também poderá necessitar de contabilidade) e a sociedade
empresária, que é a empresa ou a pessoa jurídica, a manter e acompanhar o sistema de contabilidade a seguir:
Art. 1.179. O empresário e a sociedade empresária são obrigados a seguir um sistema de contabilidade, mecanizado
ou não, com base na escrituração uniforme de seus livros, em correspondência com a documentação respectiva, e a
levantar anualmente o balanço patrimonial e de resultado econômico.
A escrituração contábil, além de ser um exemplo de obrigação de acordo com a legislação comercial, é impor�
tante aos sócios da empresa, pois pode haver benefícios tributários na distribuição de lucros e, ainda, a falta
da escrituração é essencial em eventual decretação de falência, podendo até ser caracterizada como fraude.
Planejamento Tributário 45
CONSIDERAÇÕES
Você chegou ao final do curso de Planejamento Tributário, no qual pôde notar a complexidade da
legislação tributária e fiscal aliada a alta carga tributária em nosso país. Você viu que isso aumenta a
importância do departamento de escrituração fiscal em correspondência a um departamento contábil.
Lidar com altos valores tributários e com a complexidade da legislação requer profissionais sempre
bem-treinados e atualizados.
Na contabilidade de uma empresa, a escrituração fiscal é muito importante e, como vimos, dentre
tantas formas de apurar e calcular tributos, escolher uma que não seja ideal poderá comprometer as
atividades de uma organização. Essa carreira vai lhe exigir muita leitura e raciocínio para a aplicação
da legislação de tributos.
Estejam sempre atentos às modificações da legislação tributária, seja ela municipal, estadual ou federal,
pois esse é um papel importante para os que atuam ou atuarão na área. Esperamos que este curso o
ajude a alavancar a sua carreira e conte sempre conosco para as próximas formações.
Atenção
Você finalizou seus estudos neste curso. Agora, realize a atividade Avaliativa, que está disponível no menu
lateral esquerdo da Sala Virtual deste curso no Ambiente Virtual. Lembre-se que para ser aprovado e
receber o certificado, você deverá atingir um aproveitamento superior ou igual a 70%.
Planejamento Tributário 46
REFERÊNCIAS
Planejamento Tributário 47
BRASIL. Lei Complementar nº 155, de 27 de outubro de 2016.
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/lcp/
Lcp155.htm>. Acesso em: 07 jul. 2018.
BRASIL. Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006.
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/lcp/lcp123.
htm>. Acesso em: 02 JUL. 2018.
PORTAL NORMAS LEGAL. Disponível em: <http://www.normas�
legais.com.br/legislacao/simples-nacional-anexoI.html>. Acesso em:
14 abril 2016.
PORTAL TRIBUTÁRIO. Fato gerados do tributo. Disponível em:
<http://www.portaltributario.com.br/tributario/fato_gerador.htm>.
Acesso em: 02 jul. 2018.
RECEITA FEDERAL. Anexo VII da Resolução CGSN nº 94,
de 29 de novembro de 2011. (art. 8º, § 2º). Disponível em: <http://
www.receita.fazenda.gov.br/publico/Legislacao/Resolucao/2011/
ResolucaoCGSN/Anexo_VII_Resolucao_CGSN_94.doc>. Acesso
em: 26 fev. 2016.
RECEITA FEDERAL. Instrução Normativa SRF nº 51, de 31 de
outubro de 1995. Dispõe sobre a apuração do imposto de renda e da
contribuição social sobre o lucro das pessoas jurídicas no ano-calendário
de 1995. <http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.acti
on?visao=anotado&idAto=13885>. Acesso em: 26 fev. 2016.
RECEITA FEDERAL. Instrução Normativa SRF nº 104, de 24 de
agosto de 1998. Estabelece normas para apuração do Lucro Presumido
com base no regime de caixa. Disponível em: <http://www.normas�
legais.com.br/legislacao/tributario/insrf104.htm>. Acesso em: 26
fev. 2016.
RECEITA FEDERAL. Simples nacional. Disponível em: <http://
www8.receita.fazenda.gov.br/SimplesNacional/Servicos/Grupo.
aspx?grp=t&area=1>. Acesso em: 02 jul. 2018.
RECEITA FEDERAL. Resolução CGSN nº 140, de 22 de maio
de 2018. Disponível em: <http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut�
2consulta/link.action?visao=anotado&idAto=92278>. Acesso em: 02
JUL. 2018.
RECEITA FEDERAL. Contribuição Social sobre o Lucro Líquido
CSLL. Disponível em: <http://idg.receita.fazenda.gov.br/acesso�
-rapido/tributos/CSLL>. Acesso em: 02 jul 2018.
REIS, L. G.; GALLO, M. F.; PEREIRA, C.A. Manual de contabi-
lização de tributos e contribuições sociais. São Paulo: Atlas, 2010.
TABELA do simples nacional. In: PORTAL NORMAS LEGAL.
Anexo I (em negrito). 2012. Disponível em: <http://www.normas�
legais.com.br/legislacao/simples-nacional-anexoI.html>. Acesso em:
14 abr. 2016.
TÔRRES, Heleno. Direito Tributário Internacional - planeja-
mento tributário e operações transnacionais. São Paulo: Revista
dos Tribunais, 2001.
Planejamento Tributário 48
THINKSTOCK. Banco de Imagens. Disponível em: <http://www.
thinkstockphotos.com/>. Acesso em: 26 fev 2016.
SPED. O que é a ECF, obrigatoriedade e prazo de entrega. Disponível
em: <http://sped.rfb.gov.br/pagina/show/1285>. Acesso em: 02 jul. 2018.
Planejamento Tributário 49