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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ANATOMIA

1. Conceito
Anatomia é a ciência que estuda macro e microscopicamente a constituição e o
desenvolvimento dos seres organizados. Descreve conjunto de órgãos que
desempenham a mesma função agrupados em sistemas (anatomia sistêmica ou
descritiva) ou estudo por regiões (anatomia topográfica).

2. Normalidade e Variação Anatômica

- Normalidade: corresponde ao que ocorre na maior parte dos casos e, ao mesmo tempo,
ao que se considera o melhor para o desempenho da função.

- Variação Anatômica: qualquer alteração morfológica que não trás prejuízo da função.

2.1. Fatores gerais de variação

 Idade
 Sexo
 Raça
 Biótipo (somatório dos caracteres herdados geneticamente ou adquiridos do
meio ambiente e de sua inter-relação).
 Longilíneo
 Brevilíneo
 Mediolíneo
 Evolução

3. Anomalia e Monstruosidade

- Anomalia: qualquer alteração morfológica que trás prejuízo da função. (indivíduo com
um dedo a menos na mão).

- Monstruosidade: alteração morfológica muito grande, incompatível com a vida.


(ausência de encéfalo).

4. Nomenclatura Anatômica

Conjunto de termos utilizados para designar e descrever o organismo ou suas


partes.

5. Divisão do Corpo Humano


Corpo -
Humano Cabeça
-
Pescoço
- Tronco - tórax
- abdome
- pelve

- - Superiores Raiz:
Membro (torácicos) ombro - braço
s Parte livre: - antebraço
- mão
- Inferiores Raiz:
(pélvicos) quadril - coxa
Parte Livre: - perna
- pé
6. Posição Anatômica

É a posição padrão utilizada em anatomia. É a posição em que o indivíduo está


ereto com a face voltada para frente, olhar dirigido para o horizonte, membros inferiores
unidos com as pontas dos dedos dos pés voltadas para frente, membros superiores
estendidos e acolados ao tronco com as palmas das mãos voltadas para frente.

7. Planos do Corpo Humano

7.1. Planos de Delimitação

São aqueles planos que tangenciam a superfície do corpo do indivíduo quando este
se encontra na posição anatômica.

 Plano anterior ou ventral (tangente ao ventre)


 Plano posterior ou dorsal (tangente ao dorso)
 Plano lateral (direito e esquerdo)
 Plano superior ou cranial ou cefálico
 Plano inferior ou podálico (tangente à planta dos pés)
 Plano caudal (tronco isolado, tangente ao vértice do cóccix).

7.2. Planos de Secção

São planos que atravessam o corpo do indivíduo, quando este se encontra em


posição anatômica.

 Plano mediano ou sagital mediano (divide o corpo em metades direita e


esquerda)
 Plano sagital paramediano (paralelo ao mediano, divide o corpo em partes
direita e esquerda)
 Plano frontal (paralelo aos planos anterior e posterior, divide o corpo em
partes anterior e posterior)
 Plano horizontal (paralelo aos planos superior e inferior, divide o corpo em
partes superior e inferior)

8. Termos de Posição e Direção

 medial (mais próxima ao plano mediano)  proximal (mais próxima à raiz do


membro)
 intermédia  médio
 lateral (mais próxima ao plano lateral)  distal (mais afastada da raiz do
membro)

anterior  superior  superficial


 interno
média  média  média
 médio
posterior  inferior  profundo
 externo

OSTEOLOGIA

1. Generalidades

Osteologia é o estudo dos ossos, inclui também o estudo das estruturas


cartilagíneas o que constitui o esqueleto. Esqueleto é o conjunto de ossos e
cartilagens que se unem entre si para formar o arcabouço do corpo do indivíduo.

2. Funções dos ossos

 Proteção (órgãos importantes)


 Sustentação e conformação do corpo (suporte para as partes moles)
 Sistema de alavancas (ampliam a força gerada durante as contrações
musculares)
 Armazenamento de íons
 Produção de células sangüíneas (medula óssea)
Nos indivíduos jovens toda a medula óssea é rubra, ativa na produção
de células do sangue, já em indivíduos mais velhos a maior parte da medula
óssea se torna flava. Alguns ossos no adulto apresentam medula óssea rubra,
como é o caso do esterno, clavícula, osso do quadril.

3. Divisão do esqueleto

 Esqueleto axial (ossos da cabeça, pescoço e tronco).


 Esqueleto apendicular (ossos dos membros superiores e inferiores)

Unindo essas duas porções temos o Cíngulo do membro superior (cíngulo


peitoral), formado pela escápula e clavícula e o Cíngulo do membro inferior
(cíngulo pélvico) formado pelo osso do quadril. Os cíngulos fazem parte do
esqueleto apendicular.

4. Número de ossos

O corpo humano é formado por 206 ossos. Este número pode variar devido à
idade, fatores individuais e o critério de contagem.

5. Tipos de substância óssea

 Compacta: as células ósseas estão em contato íntimo, não havendo espaço


entre elas, dessa forma o osso é mais denso e resistente. Está localizada na
periferia dos ossos.
 Esponjosa: os elementos constituintes deixam entre si lacunas que se
comunicam entre as outras, sendo preenchidas por medula óssea.

6. Classificação dos ossos

O critério para a classificação leva em consideração a forma dos ossos, de


acordo com a predominância de suas dimensões (comprimento, largura e
espessura).

6.1. Ossos longos

Apresentam o comprimento maior que a largura e a espessura (C > L e E).


Ex. ossos do esqueleto apendicular (tíbia, úmero).
Os ossos longos apresentam duas extremidades denominadas de epífeses,
sendo uma proximal e outra distal, e um corpo denominado de diáfise. No interior
da diáfise existe um espaço denominado de cavidade medular, que é preenchido
por medula óssea que pode ser rubra ou flava.
Nos ossos longos em desenvolvimento entre a epífise e a diáfise existe um
disco cartilagíneo denominado de disco epifisial, responsável pelo crescimento
em comprimento desses ossos.

6.2. Ossos alongados


Apresentam o comprimento maior que a largura e a espessura, porém não
encontramos epífises, diáfise e cavidade medular. Ex. clavícula e costela.

6.2. Ossos planos

Apresentam o comprimento semelhante à largura, porém maiores que a


espessura. Ex. osso parietal.

6.3. Ossos curtos

Apresentam as três dimensões semelhantes. Ex. ossos carpais e tarsais.

6.4. Ossos irregulares

Não apresentam uma forma geométrica conhecida. Ex. vértebras, osso


temporal.

Esses tipos morfológicos ainda podem apresentar características adicionais


podendo ser classificados como:

6.5. Ossos pneumáticos

São ossos que apresentam uma ou mais cavidades, revestidas de mucosa e


contendo ar, que são denominadas seios. Os ossos pneumáticos são: frontal,
maxila, esfenóide, etmóide e temporal.

6.6. Ossos sesamóides

São ossos que se desenvolvem no interior de certos tendões musculares ou


ao redor de cápsula articular. Ex. patela, hióide.

7. Periósteo

É uma delgada membrana conectiva que reveste externamente todos os


ossos, com exceção das superfícies articulares.
É constituído por dois folhetos: um externo e um interno. A camada mais
interna recebe o nome de camada osteogênica, capaz de formar osso, sendo
responsável pelo crescimento ósseo em espessura dos ossos, e na reparação de
fraturas, essa camada é responsável pela nutrição do osso.
A camada mais externa recebe o nome de camada fibrosa, sendo
responsável pela inserção de ligamentos e tendões musculares.
ARTROLOGIA

1. Generalidades

É o estudo das junturas ou articulações; que correspondem à união de


quaisquer partes rígidas do esqueleto, sejam ossos ou cartilagens, ou mesmo
dentes.

2. Classificação das Articulações

O critério utilizado para a classificação, é o que leva em conta o tipo de


tecido que se interpõe entre as superfícies que se articulam. Basicamente existem
três tipos de articulação: fibrosas, cartilagíneas e sinoviais.

2.1. Articulações Fibrosas

São articulações que apresentam tecido conjuntivo fibroso interposto entre as


superfícies que se articulam. A grande maioria dessas articulações estão
localizadas no crânio e possuem pouquíssima mobilidade.

A. Suturas: são articulações fibrosas que ocorrem exclusivamente no crânio.

 Ex.: sutura palatina mediana, sutura sagital.

B. Sindesmoses: são articulações fibrosas que ocorrem principalmente fora


do crânio, onde temos uma maior quantidade de tecido conjuntivo fibroso.
Ex.: sindesmose tibiofibular.

C. Gonfoses: são articulações entre os dentes e seus respectivos alvéolos,


denominadas de articulação dentoalveolar.

2.2. Articulações Cartilagíneas

São articulações que apresentam tecido cartilaginoso interposto entre as


superfícies que se articulam.

A. Sincondroses: o tecido interposto é cartilagem do tipo hialina.


Geralmente são temporárias. Ex.: sincondrose esfenoccipital.

B. Sínfises: o tecido interposto é fibrocartilagem (cartilagem fibrosa). Ex.:


sínfise intervertebral; sínfise púbica.

2.3. Articulações Sinoviais


São articulações que apresentam grande mobilidade. Nelas o tecido interposto é
o líquido sinovial.
A Cápsula Articular é uma membrana conjuntiva que envolve a articulação, é
o principal meio de união entre os segmentos que se articulam. Apresenta duas
camadas: uma membrana fibrosa externa, resistente; e uma membrana
sinovial interna, responsável pela produção do líquido sinovial encontrado em
um espaço virtual denominado de cavidade articular, sendo este espaço
delimitado pela cápsula articular.
As superfícies que entram em contato numa articulação sinovial são
denominadas de faces articulares ou superfícies articulares. Estas faces são
revestidas em toda sua extensão por cartilagem hialina (cartilagem articular).
Algumas articulações sinoviais podem apresentar reforços formados por feixe de
tecido fibroso denominados de ligamentos. Podemos encontrar os ligamentos
intracapsulares e os ligamentos extracapsulares.
Outra característica de algumas articulações sinoviais é a presença de discos e
meniscos articulares; ambos são formações fibrocartilagíneas que estão
localizados entre as faces articulares, com a função de torná-las congruentes e
também funcionar como um amortecedor de choques mecânicos.
Os meniscos apresentam a forma de meia-lua e são encontrados na articulação
do joelho; os discos apresentam forma elipsóide como é o caso do disco encontrado
na articulação temporomandibular (ATM).
MIOLOGIA

1. Generalidades

Os músculos são formados pelo conjunto de células musculares, que são


células especializadas em contração e relaxamento. Os músculos se fixam por suas
extremidades e são responsáveis por movimentar os segmentos do corpo pelo
encurtamento da distância entre suas extremidades.

2. Tipos Musculares

 Voluntário: a contração depende de um ato de vontade.


 Involuntário: a contração foge ao controle consciente do indivíduo.

Histologicamente e topograficamente os músculos distinguem-se em:

 Estriado esquelético: são voluntários, apresenta estriações transversais, e


geralmente estão fixados ao esqueleto por pelo menos uma de suas
extremidades.
 Liso: são involuntários, não apresentam estriações, e são encontrados nas
paredes das vísceras.
 Estriado cardíaco: é involuntário, e se assemelha histologicamente com o
estriado esquelético, forma o coração.

3. Componentes Anatômicos dos Músculos Estriados Esqueléticos

 Ventre Muscular: é a parte carnosa do músculo, formada por fibras


musculares, responsáveis pela contração.
 Fáscia Muscular: camada de tecido conectivo que envolve o ventre muscular,
essa camada possui espessura variável. Possui como função:
• facilitar o deslizamento dos músculos entre si;
• bainha elástica de contenção, pois mantém próximas as fibras
musculares entre si.
 Tendão Muscular: são formados por tecido conectivo denso, não possuem
elasticidade, estão localizados nas extremidades dos músculos sendo
responsáveis pela fixação destes ao esqueleto. Os tendões possuem a forma
cilíndrica (fita); quando apresentam um aspecto laminar são denominados de
aponeuroses.

4. Origem e Inserção

 Origem: extremidade do músculo presa à peça óssea que não se desloca em


um determinado movimento (ponto fixo).
 Inserção: extremidade dos músculos presa à peça óssea que se desloca em
um determinado movimento (ponto móvel).
5. Classificação dos Músculos Estriados Esqueléticos

5.1. Quanto sua forma e ao arranjo de suas fibras

5.1.1. Disposição paralela das fibras

 M. longo: comprimento predominante. Ex.: m. sartório, m.


esternocleidomastóideo.
 M. largo: comprimento é semelhante à largura. Ex.: m. glúteo
máximo.
 M. fusiforme: apresenta uma convergência das fibras para as
extremidades, dessa forma o diâmetro da região central do músculo é
maior que nas extremidades. Ex.: m. braquial.
 M. leque: forma de leque; possuem em uma extremidade uma
aponeurose, e na outra um tendão, para onde as fibras convergem. Ex.:
m. temporal, m. peitoral maior.

5.1.2. Disposição oblíqua das fibras

 M. semipeniforme: as fibras musculares dispostas obliquamente se


fixam em um dos lados do tendão. Ex.: m. extensor longo do hálux.
 M. peniforme: as fibras musculares se fixam nos dois lados do tendão.
Ex.: m. reto femoral.
 M. multipeniforme: apresentam vários feixes em forma de pena,
como se fossem vários músculos peniforme em um só. Ex.: m. deltóide.

5.2. Quanto ao número de origens

 Bíceps: apresentam 2 origens e 1 inserção. Ex.: m. bíceps braquial.


 Tríceps: apresentam 3 origens e 1 inserção. Ex.: m. tríceps sural.
 Quadríceps: apresentam 4 origens 1 inserção. Ex.: m. quadríceps femoral.

5.3. Quanto ao número de inserções

 Bicaudados: apresentam 1 origem e 2 inserções. Ex.: m. flexor curto do


hálux.
 Policaudados: apresentam 1 origem e 3 ou mais inserções. Ex.: m. extensor
dos dedos.

5.4. Quanto ao número de ventres

 Digástricos: apresentam 2 ventres musculares, que estão unidos por um


tendão intermediário. Ex.: m. digástrico.
 Poligástricos: apresentam 3 ou mais ventres musculares. Ex.: m. reto do
abdome.
SISTEMA CIRCULATÓRIO
1. Generalidades

Uma das funções básicas do sistema circulatório é transportar suprimento nutritivo,


absorvido após a digestão dos alimentos, às células de todo organismo. Além disso,
também ocorre transporte de oxigênio, incorporado ao sangue quando este circula pelos
pulmões, até as células por meio desse sistema.
Além dessas funções, o sangue circulante transporta também os resíduos
metabólicos, desde os locais onde foram produzidos até os órgãos excretores.
O sangue apresenta ainda células especializadas na defesa orgânica contra
substâncias estranhas e microorganismos, além de ser responsável pela manutenção da
temperatura corpórea.
O sistema circulatório é um sistema fechado de tubos (vasos sangüíneos), no
interior dos quais circulam humores (sangue e linfa). Para que esses humores possam
circular através dos vasos, há um órgão central, o coração que funciona como uma
bomba contrátil-propulsora e, sendo um sistema fechado de tubos, as trocas entre o
sangue e os tecidos vão ocorrer em extensas redes de vasos de calibre bem reduzido e
de paredes muito finas chamados capilares sangüíneos.
O material nutritivo e o oxigênio passam dos capilares para os tecidos e os resíduos
metabólicos e o CO2 passam dos tecidos para o interior dos capilares.

2. Divisão

O sistema circulatório pode ser dividido em:

CORAÇÃO
artérias
VASOS SANGÜÍNEOS veias
capilares sangüíneos

3. Coração

É um órgão muscular oco que funciona como uma bomba contrátil-propulsora. A


parede do coração é constituída por três camadas: a média, mais espessa, constituída
de músculo estriado cardíaco, é denominada miocárdio. Revestindo internamente o
miocárdio temos uma camada epitelial denominada endocárdio. Externamente o
miocárdio é coberto por uma camada serosa denominada epicárdio.

3.1. Morfologia externa

O coração tem a forma aproximada de uma pirâmide invertida, apresentado base,


ápice e faces (esternocostal, diafragmática e pulmonar).
A base, dirigida superiormente, corresponde à porção em que chegam ou saem
vasos de grande calibre conhecidos como vasos da base. O ápice, oposto à base, é a
porção mais afilada, voltada para esquerda e ligeiramente mais anterior em relação à
base. A face esternocostal relaciona-se com o esterno e as costelas, a face diafragmática
com o diafragma e a face pulmonar com o pulmão esquerdo.
Externamente pode-se notar um sulco horizontal, o sulco coronário que marca a
separação entre a região dos átrios (superiores) e os ventrículos (inferiores). Esse sulco é
percorrido pelas artérias coronárias (direita e esquerda), responsáveis pela irrigação
da parede cardíaca. Na região posterior do sulco, entre o átrio e o ventrículo esquerdo,
há uma pequena bolsa venosa, o seio coronário, onde desembocam as veias que
drenam o sangue da parede cardíaca. Cada átrio apresenta um apêndice que se
assemelha à orelha de um animal, por isso denominado aurícula.
3.2. Localização

O coração está localizado na cavidade torácica, posteriormente ao osso esterno e


superiormente ao diafragma, no espaço compreendido entre os dois sacos pleurais
denominado mediastino.
Sua maior porção fica à esquerda do plano mediano. O coração fica disposto
obliquamente de tal forma que a base é medial e o ápice lateral.

3.3. Morfologia interna

Ao abrir um coração, nota-se que a cavidade do coração apresenta septos a que


subdividem em quatro câmaras. O septo horizontal, septo atrioventricular, divide o
coração em duas porções, superior e inferior. A porção superior apresenta ainda um
septo sagital, o septo interatrial, que a divide em duas câmaras: átrios direito e
esquerdo.
A porção inferior da cavidade cardíaca apresenta também um septo sagital, o
septo interventricular, que a divide em duas câmaras: ventrículo direito e esquerdo
O septo atrioventricular apresenta dois orifícios, um à direita e outro à esquerda, os
óstios atrioventriculares direito e esquerdo, que possibilitam a comunicação do
átrio direito com o ventrículo direito e do átrio esquerdo com o ventrículo esquerdo
respectivamente.
Os óstios atrioventriculares são providos de dispositivos, as valvas
atrioventriculares, que permitem a passagem do sangue somente do átrio para o
ventrículo. Cada valva é subdividida em válvulas ou cúspides.
A valva atrioventricular direita possui geralmente três cúspides ou válvulas,
sendo por isso denominada tricúspide. A valva atrioventricular esquerda geralmente
possui duas válvulas, denominando-se bicúspide ou mitral.
Quando ocorre sístole (contração) ventricular a tensão nesta câmara aumenta
bastante o que poderia provocar eversão da valva para o átrio e conseqüente refluxo de
sangue para esta câmara. Isso não ocorre porque existe uma série de filamentos
denominados cordas tendíneas, responsáveis por prender as valvas aos músculos
papilares, que são projeções da parede do miocárdio encontradas nas paredes internas
dos ventrículos.

3.4. Vasos da base

Os vasos da base correspondem a uma série de vasos de grande calibre, que


chegam ou saem do coração através de sua base. São eles: a artéria aorta, que sai do
ventrículo esquerdo; a artéria tronco pulmonar, que sai do ventrículo direito; as veias
cavas superior e inferior, que chegam no átrio direito; e as veias pulmonares
direitas e esquerdas que chegam no átrio esquerdo.

3.5. Pequena e grande circulação

3.5.1. Pequena circulação

Todo sangue impuro proveniente do átrio direito passa para o ventrículo direito
onde se inicia a pequena circulação. O sangue então é levado aos pulmões através do
tronco pulmonar (que se ramifica em artérias pulmonares direita e esquerda) onde
sofre o fenômeno da hematose. Em seguida o sangue retorna ao coração através das
veias pulmonares direitas e esquerdas, chegando no átrio esquerdo, onde termina a
pequena circulação. Portanto, essa é uma circulação coração – pulmão – coração.

3.5.2. Grande circulação

O sangue oxigenado que chega ao átrio esquerdo vai para o ventrículo esquerdo e
aí tem início a grande circulação. Através da aorta o sangue é distribuído para todo o
corpo, e nos tecidos ocorrem então as trocas (entre sangue e tecidos). O sangue rico
em oxigênio (O2) torna-se rico em gás carbônico (CO2) e retorna ao átrio direito do
coração através das veias cavas superior e inferior, onde então termina a grande
circulação. Portanto, essa é uma circulação coração – tecidos – coração.

3.6. Pericárdio

O pericárdio é um saco fibrosseroso que envolve o coração.


A porção fibrosa, o pericárdio fibroso, é a mais superficial e a porção serosa, o
pericárdio seroso, é a porção mais profunda. Esta por sua vez, é constituída por duas
lâminas: lâmina parietal, que reveste internamente o pericárdio fibroso, e lâmina
visceral, que reveste o próprio coração, também conhecida como epicárdio.
Entre as duas lâminas do pericárdio seroso, existe uma cavidade virtual conhecida
como cavidade do pericárdio. Esse espaço encontra-se preenchido por uma pequena
camada de líquido lubrificante, que evita o atrito entre essas duas lâminas durante os
batimentos cardíacos.
O pericárdio, além da sua função protetora, à medida que isola o coração das
estruturas vizinhas absorvendo choques que incidam na região, também é responsável
por evitar a hipertrofia do órgão.
SISTEMA RESPIRATÓRIO

1. Definição: conjunto de órgãos responsáveis pela condução do ar (entre o meio


externo e o meio interno e vice-versa) e pelas trocas gasosas (absorção de O2 e
eliminação de CO2).

2. Nariz:

Está localizado no plano mediano da face, possui a forma de uma pirâmide de base
triangular, onde o vértice da pirâmide, a raiz, está voltado para cima, e a base, voltada
para baixo, apresenta 2 aberturas, as narinas. A porção mais anterior da base é
denominada ápice, enquanto o dorso se estende desde a raiz até o ápice. As asas do
nariz correspondem às duas dilatações laterais às narinas.
O nariz é formado por uma porção óssea (ossos nasais e processos frontais das
maxilas) e por uma porção cartilagínea (cartilagens do nariz).

3. Cavidade Nasal:

- Limite Anterior: narinas


- Limite Posterior: cóanos

Função: Olfação; condução, aquecimento e umidificação do ar inspirado.

Na parede medial da cavidade nasal existe um septo mediano, o septo nasal, que a
divide em metades direita e esquerda. Esse septo apresenta constituição
osteocartilagínea (vômer, etmóide e cartilagem do septo nasal).

Na parede lateral da cavidade nasal podemos observar:

Conchas Nasais: projeções ósseas revestidas por mucosa, com a função de


aumentar a área de contato com o ar. São elas:
- Concha nasal superior
- Concha nasal média
- Concha nasal inferior

Meatos Nasais: são espaços localizados abaixo de cada concha nasal, portanto
temos:
- Meato nasal superior – abaixo da concha nasal superior.
- Meato nasal médio - abaixo da concha nasal média.
- Meato nasal inferior – abaixo da concha nasal inferior.

Recesso Esfenoetmoidal: região localizada súpero-posteriormente à concha nasal


superior.

A cavidade nasal é dividida em:


- Vestíbulo do Nariz: 1ª parte da cavidade nasal, situado posteriormente às narinas.
Possui revestimento de pele e há a presença de pelos denominados vibrissas.

- Região olfatória: porção revestida por mucosa que corresponde à região da concha
nasal superior e terço superior do septo nasal. Nessa região chegam filetes do nervo
olfatório para captação de odores.

- Região respiratória: restante da cavidade nasal, também revestida por mucosa. O ar


normalmente inspirado passa por essa região em sentido à faringe.

4. Seios Paranasais:

São cavidades no interior de alguns ossos revestidas de mucosa e cheias de ar.


Estão localizadas ao redor da cavidade nasal mantendo comunicação (drenando em) com
esta cavidade.

- Seio Frontal: drena no meato nasal médio.

- Seio Esfenoidal: drena no recesso esfenoetmoidal.

- Seio Maxilar: drena no meato nasal médio.

- Células Etmoidais: drena nos meatos nasais superior e médio.

Função: ressonância da voz.

5. Faringe: (condução do ar)

Órgão tubular constituído por músculo esquelético, comum ao sistema respiratório


e ao sistema digestório. Tem início nos cóanos e se estende até a região da 6ª vértebra
cervical. Está localizada posteriormente à cavidade nasal, cavidade oral e laringe.

Portanto, pode ser dividida em 3 partes:

- Parte nasal da faringe (Nasofaringe): posterior à cavidade nasal


- Parte oral da faringe (Orofaringe): posterior à cavidade oral
- Parte laríngea da faringe (Laringofaringe): posterior à laringe.

6. Laringe: (condução do ar e fonação.)

Órgão tubular, localizado na região mediana e anterior do pescoço, anteriormente à


faringe. Possui um esqueleto formado pelas seguintes cartilagens:
- Cartilagem Tireóidea (1): em forma de escudo (“livro aberto” ou letra “V”).
- Cartilagem Cricóidea (1): em forma de anel.
- Cartilagem Epiglote (1): em forma de folha.
- Cartilagem Aritenóidea (2): semelhante a uma pequena pirâmide de base
triangular.

Internamente a laringe possui:


- 2 pregas Vestibulares (superiores): com função de proteção das vias
aéreas inferiores.
- 2 pregas Vocais (inferiores): com função de fonação.

** O espaço localizado entre uma prega vestibular e uma vocal do mesmo lado é
denominado ventrículo da laringe.
** A região constituída pelas pregas vocais e o espaço entre elas recebe o nome de
glote.
7. Traquéia: (condução do ar).

Órgão tubular, formado por anéis cartilagíneos incompletos, as cartilagens


traqueais. Essas cartilagens estão sobrepostas e ligadas entre si pelos ligamentos
anulares.
A parede posterior da traquéia não possui cartilagem e sim músculo liso (parte
membranácea da traquéia), e está em contato com o esôfago.
A traquéia, na porção inferior, sofre uma bifurcação dando origem aos brônquios
principais.

8. Brônquios: (condução do ar).

Órgãos tubulares com constituição semelhante à da traquéia.

- Brônquios Principais: (direito e esquerdo). O direito é mais curto e


mais vertical que o esquerdo.
- Brônquios Lobares: (2 esquerdos e 3 direitos).
- Brônquios Segmentares: (aprox. 10 de cada lado).

9. Pulmões:

Órgãos onde ocorre a hematose (trocas gasosas). Estão localizados no interior da


cavidade torácica, lateralmente ao mediastino. Possuem a forma de um cone com a base
voltada para baixo e ápice voltado para cima.

Partes:
Ápice do pulmão: voltado superiormente
-
Face diafragmática: (“base”) em contato com o diafragma.
-
Face costal: em contato com as costelas.
-
Face mediastinal: voltada para o mediastino. Nesta face encontra-se
-
uma abertura chamada de “HILO PULMONAR”.

- Pulmão Direito:

Superior Oblíqua

Lobos Médio Fissuras

Inferior Horizontal

- Pulmão Esquerdo:

Superior

Lobos Fissura Oblíqua


Inferior
9. Pleura:

Membrana serosa, fechada, que reveste externamente os pulmões. A pleura possui


2 lâminas:

PARIETAL: reveste intimamente a parede interna da cavidade torácica.

VISCERAL: reveste a superfície do pulmão.

** Entre as lâminas parietal e visceral da pleura, há um espaço “virtual”


denominado cavidade pleural. Este espaço é preenchido por um líquido (líquido
pleural), que tem como função diminuir o atrito entre as 2 lâminas durante os
movimentos respiratórios.
SISTEMA DIGESTÓRIO
1. Generalidades

Como já é sabido, para que o organismo se mantenha vivo e funcionante é


necessário que ele receba um suprimento constante de material nutritivo. Muitos
alimentos ingeridos precisam ser solubilizados e sofrer modificações químicas para que
sejam absorvidos e assimilados, e nisso consiste a digestão, ou seja, um conjunto de
fenômenos que tem por finalidade transformar os alimentos ingeridos em compostos
químicos mais simples e assimiláveis pelo organismo.
Ao conjunto de órgãos especialmente adaptados para que estas funções ocorram,
denomina-se sistema digestório. Então suas funções são: preensão, mastigação,
deglutição, digestão e absorção de alimentos, bem como a eliminação de
resíduos sob forma de fezes.

2. Divisão do sistema digestório

Identifica-se no sistema digestório um canal alimentar, denominado tubo


digestório, e as glândulas anexas.
Os órgãos situados na cabeça, pescoço, tórax, abdome e pelve, por onde o
alimento transita e sofre transformações, constituem o tubo digestório. Fazendo parte
das glândulas anexas estão as glândulas salivares, fígado e pâncreas.

3. Cavidade oral

É a primeira porção do tubo digestório.

3.1. Limites

- Anterior: lábios
- Lateral: bochechas
- Superior: palato
- Inferior: músculos que constituem o soalho da boca.
- Posterior: istmo das fauces (passagem que comunica a cavidade oral com a
orofaringe)

3.2. Divisão

A cavidade oral é dividida em duas porções: vestíbulo da boca e cavidade


própria da boca.
O vestíbulo da boca é o espaço situado entre os lábios e bochechas de um lado e as
gengivas e dentes do outro. O restante, até o limite posterior, constitui a cavidade
própria da boca.

3.3. Lábios
Os lábios da boca, superior e inferior, são constituídos de músculos
(principalmente o orbicular da boca) e glândulas, e cobertos por pele
(externamente) e mucosa (internamente).
Os lábios, superior e inferior, unem-se no nível do ângulo da boca.
A pele dos lábios termina numa linha evidente e ligeiramente elevada, sendo
substituída por uma zona de transição entre a pele e a mucosa, denominada zona
vermelha dos lábios.
3.4 Bochechas

As bochechas, que constituem os limite laterais da cavidade oral, são constituídas


por músculos (principalmente o bucinador) e revestidas internamente por mucosa e
externamente por pele.

3.5 Palato

O palato constitui o limite superior da cavidade oral, vulgarmente chamado céu da


boca. O palato divide-se em palato duro e palato mole (ou véu palatino).
O palato duro corresponde à parte anterior e óssea do palato, enquanto que o
palato mole é posterior e muscular.
No palato mole nota-se uma saliência cônica mediana, a úvula palatina.

3.6 Soalho da boca

No soalho oral, observa-se na linha mediana, uma prega delgada que se estende
até a face inferior da língua, denominada frênulo da língua.
O órgão mais evidente e saliente no soalho da boca é a língua. A língua é um
órgão muscular revestido por mucosa, exercendo importantes funções na
mastigação, na deglutição, como órgão gustativo e na própria articulação da
palavra. Sua face superior é denominada dorso da língua. Observando-se a
mucosa que reveste o dorso da língua nota-se a presença de vários tipos de
projeções, as papilas linguais, as quais conferem um aspecto aveludado servindo
como meio de atrito com o alimento durante a mastigação e apresentando
terminações nervosas para sensibilidade gustativa.
No terço posterior da língua situam-se duas tonsilas linguais, tecidos linfáticos
que fornecem proteção à mucosa dessa região contra substâncias estranhas ao
corpo.

3.7 Istmo das fauces

Comunica a cavidade oral com orofaringe.


Limites:
- Superior: palato mole
- Laterais: arcos palatoglossos
- Inferior: dorso da língua

4. Faringe

É importante lembrar mais uma vez que a parte oral da faringe (orofaringe)
comunica-se com a cavidade própria da boca através do istmo das fauces; a parte
laríngea (laringofaringe) comunica-se com a laringe; e, além disso, a faringe é continuada
pelo esôfago.
Nas paredes laterais da orofaringe nota-se a existência de duas pregas de cada
lado, que correspondem aos arcos palatoglossos e palatofaríngeos. O arco palatoglosso
encontra-se numa situação mais anterior, dirigindo-se à língua. O arco palatofaríngeo
ocupa uma posição mais posterior, dirigindo-se à parede lateral da faringe. O recesso
triangular existente entre os dois arcos é denominado fossa tonsilar e aloja a tonsila
palatina (“amígdala”).
5. Esôfago

O esôfago é um tubo muscular com cerca de 25 a 30 cm de comprimento, que se


estende da extremidade inferior da faringe até o estômago. Podemos distinguir três
porções no esôfago: parte cervical, torácica (a maior destas) e abdominal. No tórax, o
esôfago situa-se anteriormente à coluna vertebral e posteriormente à traquéia. Para
atingir o abdome, atravessa o diafragma e quase imediatamente desemboca no
estômago. A luz do esôfago aumenta durante a passagem do bolo alimentar, o qual é
impulsionado por contrações da parede esofágica. Esses movimentos são denominados
movimentos peristálticos.

6. Estômago

O estômago é uma dilatação do tubo digestório que se segue ao esôfago e se


continua no intestino. Está situado logo abaixo do diafragma, com sua maior porção à
esquerda do plano mediano. Inicia a digestão das proteínas e absorve líquidos
(principalmente água e álcool). Costuma-se considerar no estômago as seguintes partes:
- Cárdia: corresponde a junção com o esôfago.
- Fundo gástrico: situado superiormente a um plano horizontal que tangencia a
junção gastroesofágica. O fundo normalmente contém ar deglutido durante a
alimentação.
- Corpo gástrico: corresponde à maior parte do órgão.Limita-se à porção entre a
cárdia, fundo e parte pilórica.
- Parte pilórica: parte terminal, continuada pelo intestino delgado. (Na parte
pilórica ocorre uma condensação de feixes musculares longitudinais e circulares
que constituem um mecanismo de abertura e fechamento do óstio para regular
o trânsito do bolo alimentar. Este dispositivo é denominado piloro).

7. Intestino

O estômago é continuado pelo intestino delgado e este pelo intestino grosso.


Essas denominações logicamente se devem ao calibre que apresentam.

7.1. Intestino delgado

Corresponde ao local onde ocorre a maior parte da digestão e absorção dos


alimentos.
O intestino delgado subdivide-se em três partes: duodeno, jejuno e íleo.
O duodeno segue-se à parte pilórica do estômago e termina numa brusca
angulação denominada flexura duodenojejunal. O duodeno tem a forma
semelhante a uma letra C, com a abertura voltada para esquerda e superiormente.
Apresenta no seu interior uma saliência cônica onde se abrem os ductos
pancreático e colédoco, denominada papila maior do duodeno.
O jejuno por não apresentar um limite nítido na sua continuação com o íleo,
geralmente é descrito em conjunto com este. Então, costuma-se considerar o
jejuno-íleo com início na flexura duodenojejunal e término no início do intestino
grosso, o ceco. Embora não haja limite nítido entre jejuno e íleo, costuma-se
considerar que os dois quintos proximais constituem o jejuno e os três quintos
distais o íleo.
7.2. Intestino grosso

Constitui a porção terminal do tubo digestório sendo mais calibroso e mais curto
que o intestino delgado. Sua função compreende a formação, transporte e
eliminação das fezes.
O intestino grosso é subdividido nos seguintes segmentos:
- Ceco: é o segmento inicial em fundo cego que se continua no colo ascendente.
Destacando-se do ceco há um prolongamento cilindróide denominado apêndice
vermiforme.
- Colo ascendente: segue-se ao ceco e estende-se superiormente em direção ao
fígado, onde se dobra sob este para continuar como colo transverso.
- Colo transverso: estende-se em direção ao baço e onde se dobra para continuar
inferiormente como colo descendente, que dá continuação ao colo sigmóide.
- Colo sigmóide: apresenta trajeto descendente e sinuoso dirigindo-se ao plano
mediano da pelve, onde é continuado pelo reto, que através da sua parte final
estreitada denominada canal anal, atravessa o conjunto de partes moles que
oblitera inferiormente a pelve óssea e se abre no exterior através do ânus.

8. Peritônio

Os órgãos abdominais são revestidos por uma membrana serosa em maior ou


menor extensão denominada peritônio, que apresenta duas lâminas: peritônio parietal
(reveste as paredes da cavidade abdominal) e peritônio visceral (envolve as vísceras).
As duas lâminas são contínuas, permanecendo entre elas uma cavidade virtual, a
cavidade peritoneal, que contém uma pequena quantidade de líquido. Alguns órgãos
abdominais situam-se junto à parede posterior do abdome e, nesses casos, o peritônio
parietal é anterior a eles, diz-se então que essas vísceras são retroperitoneais, como por
exemplo os rins e o pâncreas.

9. Glândulas salivares

As glândulas salivares são responsáveis pela secreção da saliva. Anatomicamente


podemos dividi-las em glândulas salivares maiores e menores.
As glândulas salivares maiores são: parótida, submandibular e sublingual. Todas
essas glândulas são pares.
As glândulas salivares menores compreendem as glândulas labiais, da bochecha,
molares, palatinas, e linguais. Essas glândulas são pequenas e situam-se nos lábios, nas
bochechas, no palato e na língua.
O conjunto das secreções de todas essas glândulas, maiores e menores, denomina-
se saliva. A saliva tem em parte função física e em parte função química. A função física
corresponde à propriedade que tem a saliva de umedecer e lubrificar os alimentos. A
função química corresponde à ação das enzimas existentes na saliva que iniciam a
primeira fase da digestão. Segue-se abaixo a descrição das glândulas salivares maiores.

- Glândula parótida: é a maior das três glândulas salivares maiores. Situa-se


ântero-inferiormente ao meato acústico externo e posteriormente ao ramo da
mandíbula. O canal excretor da parótida, o ducto parotídeo, apresenta cerca
de 5cm de comprimento, sai da face lateral da glândula dirigindo-se
anteriormente sobre o masseter e após dobrar-se em ângulo quase reto perfura
o músculo bucinador e abre-se na cavidade oral no nível da coroa do segundo
molar superior.

- Glândula submandibular: apresenta-se como um corpo arredondado biconvexo


situado próximo à face interna do ângulo da mandíbula. O ducto
submandibular sai da glândula, dirige-se anteriormente e abre-se na cavidade
oral ao lado do frênulo da língua.

- Glândula sublingual: é um órgão longo e achatado localizado na face interna da


mandíbula próxima aos dentes anteriores. A glândula sublingual apresenta de 8
a 20 ductos sublinguais menores, que se abrem separadamente no soalho da
boca, e o ducto sublingual maior que desemboca junto com o ducto
submandibular ao lado do frênulo da língua.
.

10. Fígado

É a maior glândula do corpo. Está situado logo abaixo do diafragma, quase todo no
hipocôndrio direito (quadrante superior direito da cavidade abdominal). O fígado
apresenta duas faces, a diafragmática e a visceral. A face diafragmática apresenta-se
convexa e voltada para o diafragma e a face visceral é aplanada e voltada inferiormente
para as vísceras. Na face visceral do fígado podemos identificar quatro lobos: direito,
esquerdo, caudado e quadrado. Entre o lobo direito e o quadrado situa-se a vesícula
biliar, formação saculiforme responsável pelo armazenamento da bile secretada pelo
fígado.
Entre o lobo caudado e o quadrado existe uma fenda denominada porta do
fígado. Os elementos que passam por esta porta são denominados em conjunto de
pedículo hepático e fazem parte dele: a artéria hepática, a veia porta, os ductos
hepáticos, os nervos e linfáticos.
Na face diafragmática pode-se identificar os lobos hepáticos direito e
esquerdo separados por uma prega do peritônio. O fígado tem várias funções: a
primeira delas, já comentada, é a secreção da bile, que ajuda (através dos sais biliares)
na digestão e absorção da gordura; síntese de proteínas; mecanismos de
coagulação; desintoxicação; armazenamento de ferro cobre, vitaminas e
glicogênio; e é um importante órgão hematopoiético no feto.
A bile produzida no fígado sai do fígado através da porta do fígado pelo ducto
hepático comum que se une ao ducto cístico da vesícula biliar e forma o ducto colédoco.
Portanto, a bile que sai do fígado pelo ducto hepático comum e desce pelo colédoco,
retorna e entra na vesícula pelo ducto cístico, onde é armazenada e concentrada. Isso é
possível graças a um mecanismo muscular do ducto colédoco que faz com que a bile vá
em direção à vesícula biliar. Posteriormente a bile é eliminada no duodeno.

10. Pâncreas

Situa-se posteriormente ao estômago e divide-se em cabeça, corpo e cauda. A


cabeça encontra-se acoplada ao duodeno, o corpo disposto transversalmente e a cauda é
a extremidade esquerda, afilada, que continua o corpo.
O pâncreas é uma glândula endócrina à medida que secreta insulina e glucagon, e
exócrina já que produz o suco pancreático.
O suco pancreático é recolhido pelo ducto pancreático, que se estende no interior
do pâncreas e drena juntamente com o ducto colédoco na papila maior do duodeno.
Algumas vezes existe um ducto pancreático acessório, que drena isoladamente na
papila menor do duodeno.
SISTEMA URINÁRIO
1. RIM:

ÓRGÃO PAR(2), RETROPERITONIAL


FORMA DE GRÃO DE FEIJÃO
LOCALIZADO LATERALMENTE À COLUNA VERTEBRAL NA CAVIDADE ABDOMINAL;
O RIM DIREITO É MAIS INFERIOR QUE O ESQUERDO.

MORFOLOGIA EXTERNA:

FACES: ANTERIOR (+ CONVEXA) E POSTERIOR (+PLANA)


MARGENS: MEDIAL (CÔNCAVO-CONVEXO) E LATERAL (CONVEXA)
PÓLOS: SUPERIOR (+AMPLO) E INFERIOR (+ AFILADO)
CÁPSULA FIBROSA: MEMBRANA DE TECIDO FIBROSO QUE REVESTE O RIM EXTERNAMENTE.

MORFOLOGIA INTERNA:

CÓRTEX RENAL: REGIÃO PERIFÉRICA MAIS CLARA


- COLUNAS RENAIS: PROJEÇÕES DO CÓRTEX EM SENTIDO AO INTERIOR DO RIM
MEDULA RENAL: REGIÃO INTERNA MAIS ESCURA, É CONSTITUÍDA POR:
- PIRÂMIDES RENAIS: REGIÕES TRIANGULARES AO CORTE, SEPARADAS
ENTRE SI PELAS COLUNAS RENAIS.
A FILTRAGEM DO SANGUE PARA FORMAR A URINA OCORRE NA REGIÃO DE CÓRTEX E MEDULA. APÓS
A FORMAÇÃO, A URINA É GOTEJADA ATRAVÉS DAS PAPILAS RENAIS NO INTERIOR DE:
 CÁLICES RENAIS MENORES: ESTÃO ADAPTADOS AO ÁPICE DAS PIRÂMIDES (PAPILAS RENAIS)
PARA COLHER A URINA.
 CÁLICES RENAIS MAIORES: SÃO FORMADOS PELA UNIÃO DOS CÁLICES RENAIS MENORES.
 PELVE RENAL: ESTRUTURA EM FORMA DE FUNIL FORMADA PELA UNIÃO DOS CÁLICES RENAIS
MAIORES E LOCALIDADOS NA ABERTURA DA MARGEM MEDIAL. DÁ ORIGEM AO URETER.

2. URETER:

TUBO MUSCULAR QUE SE ORIGINA NA MARGEM MEDIAL DO RIM, A PARTIR DA PELVE RENAL; DESCE
ACOMPANHANDO A PAREDE POSTERIOR DO ABDOME, ENTRA NA CAVIDADE PÉLVICA E DESEMBOCA NA
REGIÃO PÓSTERO-INFERIOR DA BEXIGA URINÁRIA.
CONDUZ A URINA DO RIM À BEXIGA URINÁRIA.

3. BEXIGA URINÁRIA:

BOLSA DE MÚSCULO LISO, SITUADA POSTERIORMENTE À SÍNFESE PÚBICA E ANTERIOR AO RETO (NO
HOMEM), OU ANTERIOR AO ÚTERO E A VAGINA ( NA MULHER). RESPONSÁVEL POR ARMAZENAR A URINA
ATÉ O MOMENTO DA MICÇÃO.
INTERNAMENTE, APRESENTA MUCOSA PREGUEADA COM EXCEÇÃO DA REGIÃO DO TRÍGONO DA
BEXIGA QUE É LIMITADO POR:
 1 ÓSTIO INTERNO DA URETRA
 2 ÓSTIOS DOS URETERES

4. URETRA:

CANAL FIBROMUSCULAR MEDIANO, RESPONSÁVEL PELA ELIMINAÇÃO DA URINA CONTIDA NA BEXIGA


URINÁRIA PARA O MEIO EXTERNO, NO HOMEM TAMBÉM CONDUZ ESPERMA. TEM INÍCIO NO ÓSTIO INTERNO
DA URETRA (NA BEXIGA) E TÉRMINO NO ÓSTIO EXTERNO DA URETRA, QUE NO HOMEM ESTÁ LOCALIZADO
NA EXTREMIDADE DO PÊNIS E NA MULHER LOCALIZADO NA REGIÃO DO VESTÍBULO DA VAGINA. A URETRA
É MAIOR NO HOMEM (18 A 20 CM) QUE NA MULHER ( + 4 CM).
SISTEMA GENITAL MASCULINO
1. CONCEITO:

CONJUNTO DE ÓRGÃOS MASCULINOS RESPONSÁVEIS PELA REPRODUÇÃO.

2. ÓRGÃOS GENITAIS INTERNOS:

TESTÍCULO:

ÓRGÃO PAR (2). FORMA OVAL. LOCALIZADO NO INTERIOR DO ESCROTO.


PRODUZ GAMETAS (ESPERMATOZÓIDES) E HORMÔNIO (TESTOSTERONA).

EPIDÍDIMO:

ÓRGÃO PAR (2), EM FORMA DE “C”, SITUADO SÚPERO-POSTERIORMENTE AO TESTÍCULO E


COMPOSTO POR UM CANAL RETORCIDO. DIVIDIDO EM 3 PARTES: CABEÇA, CORPO E CAUDA. NA CAUDA,
OS ESPERMATOZÓIDES SÃO ARMAZENADOS E TERMINAM DE SE DESENVOLVER.

DUCTO DEFERENTE:

CANAL FIBROMUSCULAR. CONDUZ OS GAMETAS DA CAUDA DO EDPIDÍDIMO ATÉ A REGIÃO


POSTERIOR À PRÓSTATA. DESDE SEU INÍCIO É ACOMPANHADO, ATÉ A REGIÃO INGUINAL (“VIRILHA”),
POR VASOS, NERVOS E MÚSCULO. ESSE CONJUNTO TODO, INCLUSIVE O DUCTO DEFERENTE, É
DENOMINADO DE FUNÍCULO ESPERMÁTICO.

GLÂNDULA SEMINAL:

ÓRGÃO PAR (2) DE FORMA SACULIFORME LOCALIZADO PÓSTERO-INFERIORMENTE À BEXIGA


URINÁRIA.
SEU DUCTO EXCRETOR SE UNE AO DUCTO DEFERENTE FORMANDO O DUCTO EJACULATÓRIO.
PRODUZ E LIBERA UMA SECREÇÃO QUE ATIVA OS GAMETAS (ADQUIREM MOBILIDADE).

DUCTO EJACULATÓRIO:

ÓRGÃO PAR (2) FORMADO NA PAREDE POSTERIOR DA PRÓSTATA PELA UNIÃO DO DUCTO
DEFERENTE COM O DUCTO EXCRETOR DA GLÂNDULA SEMINAL. QUASE TODO O SEU TRAJETO SITUA-
SE NO INTERIOR DA PRÓSTATA.
CONDUZ OS GAMETAS ATÉ A PARTE PROSTÁTICA DA URETRA.

PRÓSTATA:

ÓRGÃO FIBROMUSCULAR QUE CONTÉM GLÂNDULAS. POSSUI A FORMA DE CASTANHA.


LOCALIZADA INFERIORMENTE À BEXIGA URINÁRIA.
SUAS GLÂNDULAS PRODUZEM E LIBERAM O SUCO PROSTÁTICO NO INTERIOR DA PARTE
PROSTÁTICA DA URETRA, QUE SERVIRÁ PARA NUTRIR OS GAMETAS. ESTA SECREÇÃO É
RESPONSÁVEL PELO ODOR CARACTERÍSTICO DO SÊMEN.

GLÂNDULA BULBOURETRAL:

ÓRGÃO PAR (2). FORMA DE ERVILHA. LOCALIZADA PÓSTERO-LATERALMENTE À PARTE


MEMBRANÁCEA DA URETRA. PRODUZ E LIBERA SUA SECREÇÃO NA URETRA, NEUTRALIZANDO O PH DA
URETRA ANTES DA PASSAGEM DOS GAMETAS.
URETRA:

É DIVIDA EM 4 PARTES: INTRAMURAL (NA PAREDE DA BEXIGA URINÁRIA), PROSTÁTICA (ATRAVESSA


A PRÓSTATA), MEMBRANÁCEA (ATRAVESSA O SOALHO DA PELVE) E ESPONJOSA (ATRAVESSA O CORPO
ESPONJOSO DO PÊNIS).

3. ÓRGÃOS GENITAIS EXTERNOS:

ESCROTO:

BOLSA QUE ABRIGA OS TESTÍCULOS, EPIDÍDIMOS E FUNÍCULO ESPERMÁTICOS. LOCALIZADO


POSTERIORMENTE AO PÊNIS. EXTERNAMENTE É CONSTITUIDO DE PELE (HIPERPIGMENTADA) E
INTERNAMENTE APRESENTA UMA CAMADA DE MÚSCULO LISO DENOMINADA TÚNICA DARTOS
(RESPONSÁVEL PELA REGULAÇÃO DA TEMPERATURA NO INTERIOR DOS TESTÍCULOS).

PÊNIS:

ÓRGÃO DE CÓPULA DO HOMEM.


POSSUI UMA RAIZ (PARTE FIXA) E UM CORPO (PARTE MÓVEL). A RAIZ É CONSTITUIDA PELOS 2
RAMOS DO PÊNIS, FIXADOS AO OSSO DO QUADRIL, E 1 BULBO DO PÊNIS, FIXADO AO SOALHO DA
PELVE. O CORPO DO PÊNIS É CONSTITUIDO POR 3 CORPOS CILÍNDRICOS DE TECIDO ERÉTIL: 2 CORPOS
CAVERNOSOS (CONTINUAÇÃO DOS RAMOS) E 1 CORPO ESPONJOSO (CONTINUAÇÃO DO BULBO DO
PÊNIS). O CORPO ESPONJOSO DILATA-SE NA EXTREMIDADE DO PÊNIS PARA FORMAR A GLANDE DO
PÊNIS, RECOBERTA POR UMA CAMADA DUPLA DE PELE DENOMINADA PREPÚCIO DO PÊNIS.
SISTEMA GENITAL FEMININO

1. CONCEITO:

CONJUNTO DE ÓRGÃOS FEMININOS RESPONSÁVEIS PELA REPRODUÇÃO.

2. ÓRGÃOS GENITAIS INTERNOS:

OVÁRIO:

ÓRGÃO PAR (2). FORMA OVAL. LOCALIZADO POSTERIORMENTE AO LIGAMENTO LARGO DO ÚTERO.
PRODUZ GAMETAS (ÓVULOS) E HORMÔNIOS (ESTRÓGENOS E PROGESTERONA).

TUBA UTERINA:

ÓRGÃO PAR (2). ASSEMELHA-SE A UMA CORNETA. LOCALIZADO NA MARGEM SUPERIOR DO


LIGAMENTO LARGO.
CONDUZ O ÓVULO EM DIREÇÃO AO ÚTERO E OS ESPERMATOZÓIDES NO SENTIDO CONTRÁRIO. É O
LOCAL ONDE NORMALMENTE OCORRE A FECUNDAÇÃO.
A TUBA É SUBDIVIDIDA EM 4 PARTES QUE DO ÚTERO AO OVÁRIO SÃO: UTERINA, ISTMO DA TUBA
UTERINA, AMPOLA DA TUBA UTERINA E INFUNDÍBULO DA TUBA UTERINA.

ÚTERO:

ÓRGÃO EM FORMA DE PÊRA. LOCALIZADO PÓSTERO-SUPERIORMENTE À BEXIGA URINÁRIA.


RESPONSÁVEL POR ABRIGAR O ÓVULO FECUNDADO ATÉ O NASCIMENTO. SUA PAREDE É FORMADA
POR 3 CAMADAS: ENDOMÉTRIO (MUCOSA), MIOMÉTRIO (MÚSCULO), PERIMÉTRIO (SEROSA).
APRESENTA 4 PARTES: FUNDO, CORPO, ISTMO E COLO. ESTÁ FIXADO À PAREDE DA CAVIDADE
PÉLVICA PELO LIGAMENTO LARGO DO ÚTERO.
NO COLO DO ÚTERO ENCONTRAMOS UMA ABERTURA QUE COMUNICA A CAVIDADE DO ÚTERO
COM A VAGINA DENOMINADA ÓSTIO DO ÚTERO.

VAGINA:

ÓRGÃO DE CÓPULA FEMININO. TUBO FIBROMUSCULAR QUE CONSTITUI JUNTO COM O ÚTERO O
CANAL DO PARTO E TAMBÉM O DUCTO EXCRETOR PARA OS PRODUTOS DA MENSTRUAÇÃO.
SUA PAREDE, AO ENCONTRAR O COLO DO ÚTERO, FORMA UM ESPAÇO AO REDOR DESSE COLO
DENOMINADO FÓRNICE DA VAGINA.
A VAGINA SE ABRE INFERIORMENTE PELO ÓSTIO DA VAGINA NO ESPAÇO ENTRE OS 2 LÁBIOS
MENORES DO PUDENDO DENOMINADO VESTÍBULO DA VAGINA. NAS MULHERES VIRGENS, O ÓSTIO
DA VAGINA É FECHADO PARCIALMENTE POR UMA PREGA DENOMINADA HÍMEN, MEMBRANA DE TECIDO
CONECTIVO FORRADA POR MUCOSA INTERNA E EXTERNAMENTE.

3. ÓRGÃOS GENITAIS EXTERNOS (PUDENDO OU VULVA):

MONTE DO PÚBIS:

SALIÊNCIA CONSTITUÍDA POR TECIDO ADIPOSO REVESTIDO POR PELE, LOCALIZADA


ANTERIORMENTE À SÍNFISE PÚBICA.
COBERTO POR PÊLOS A PARTIR DA PUBERDADE.
LÁBIOS MAIORES DO PUDENDO:

2 PREGAS DE PELE PREENCHIDAS COM TECIDO ADIPOSO QUE SE ESTENDEM DO ÂNUS AO


MONTE DO PÚBIS.
COBERTOS POR PÊLOS NA FACE EXTERNA A PARTIR DA PUBERDADE.

LÁBIOS MENORES DO PUDENDO:

2 PEQUENAS PREGAS DA PELE LOCALIZADAS ENTRE OS LÁBIOS MAIORES.


NÃO POSSUEM PÊLOS NEM TECIDO ADIPOSO. SÃO VERMELHOS, LISOS E ÚMIDOS.

CLITÓRIS:

ÓRGÃO DE TECIDO ERÉTIL QUE CORRESPONDE AO PÊNIS DO HOMEM.


SUA MAIOR PARTE FICA COBERTA PELO ENCONTRO DOS LÁBIOS MENORES; APENAS SUA
GLANDE FICA EXPOSTA.
É UM ÓRGÃO ALTAMENTE INERVADO, POR ISSO RELACIONADO À EXCITABILIDADE FEMININA.

VESTÍBULO DA VAGINA:

ESPAÇO ENTRE OS LÁBIOS MENORES DO PUDENDO.


APRESENTA:  ÓSTIO EXTERNO DA URETRA (ANTERIOR)
 ÓSTIO DA VAGINA (POSTERIOR)
 ÓSTIOS DOS DUCTOS DAS GLÂNDULAS VESTBULARES MAIORES (RESPONSÁVEIS
PELA LUBRIFICAÇÃO DURANTE A CÓPULA).

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