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Noções Básicas

de
Administração

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Índice

1. Evolução histórica ........................................................03


1.1. Influências no processo de evolução ............................03
1.2. Teorias administrativas ..............................................04
1.3. A participação do homem nesse contexto .....................05
1.4. Resumo ...................................................................06

2. Administração e seus atores ..........................................07


2.1. Administração ...........................................................07
1. Conceito ..............................................................07
2. Princípios gerais da administração ...........................08
2.2. Atores ......................................................................08
1. Administrador ......................................................09
1.1. Quem é? ...........................................................09
1.2. Características ...................................................09
2. Organização .........................................................10
2.3. Resumo ...................................................................10

3. Funções administrativas ................................................12


3.1. Trabalho humano na
organização – diferenciação do trabalho ..............................12
3.2. Funções administrativas .............................................13
3.3. Planejamento ............................................................13
3.4. Organização .............................................................14
3.5. Direção ....................................................................15
3.6. Controle ...................................................................15
3.7. Resumo ...................................................................16

4. Áreas de atuação .........................................................19


4.1. Administração geral ...................................................19
Função e estrutura organizacional ...............................19
4.2. Administração de produção .........................................19
4.3. Administração de marketing ........................................20
4.4. Administração financeira ............................................21
4.5. Recursos humanos ....................................................22
1. Importância do RH nas instituições .........................22
2. Processo de administração de pessoal .....................23
4.6. Resumo ...................................................................24

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1 - Evolução Histórica

Nesse Capítulo iremos aprender um pouco sobre a história da Administração, sua


evolução, seus principais pensadores e teorias, além da importante participação do
homem nesse processo de crescimento.

Ao termino deste Capítulo você deverá saber sobre:

• O desenvolvimento do pensamento da Administração como ciência;


• As principais teorias influentes na sua evolução; e
• Como é a participação do homem nesse contexto.

Boa Aula!

1.1 - Influências no Processo de Evolução


A Administração, atualmente estudada e integrada à sociedade, nada mais é do que
um processo evolutivo resultante da contribuição de uma série de estudiosos, como
por exemplo, filósofos, físicos, economistas, além de estadistas, e até mesmo
empresários, que cada um, a partir de suas experiências, compreendeu e
desenvolveu uma “Teoria”.

Por esse motivo, podemos observar que a Administração utiliza, em sua estrutura,
conceitos das mais diversas áreas das ciências humanas e das ciências exatas. Tal
característica faz com que a Administração seja um campo de estudo amplo e de
aplicação generalizada, tanto na esfera particular, como por exemplo, nas
empresas, quanto na esfera pública, como a administração pública.

O filósofo grego Sócrates ( 470 a. C. – 399 a.C.) em seu ponto de vista afirmava
ser a Administração uma habilidade pessoal separada do conhecimento técnico e da
experiência.(Platão, Discurso de Sócrates, Livro III, cap. 04, Porto Alegre, Ed.
Globo, 1955)

Da Igreja Católica adveio a experiência da organização hierárquica, uma vez que a


mesma mostrava-se tão simples e eficiente, capaz de fazer funcionar toda a
organização mundial desta. Esse modelo de funcionamento foi utilizado por
inúmeras organizações que buscavam experiências bem-sucedidas para aprimorar
o seu funcionamento.

Mas foi na Revolução Industrial que a Administração como Ciência teve seu auge.
No período do século XVIII, na Europa Ocidental, foram “iniciados” os avanços
tecnológicos, de cultivo e mecanização das fábricas. A invenção e o uso da maquina
permitiram o aumento da produtividade, a diminuição dos preços e o crescimento
do consumo e dos lucros.

A Inglaterra foi o país pioneiro da industrialização. Como conseqüência da


mecanização da produção surgiu a figura do proletariado rural e urbano, composto
de homens, mulheres e crianças, submetido a um trabalho diário exaustivo, no
campo ou nas fábricas.

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Com a Revolução Industrial, consolidou-se o sistema capitalista, baseado no capital
e no trabalho assalariado, surgindo um grande número de novas e desorganizadas
fábricas, resultando no inicio dos “estudos” da organização institucional.

1.2 – Teorias Administrativas


No período em que se apresentou a Revolução Industrial, houve um enorme
crescimento no estudo da Administração, passando, inclusive, a ser vista como uma
ciência. Tal crescimento deu-se em um momento onde foi observada a necessidade
de sofisticação dos princípios tradicionais de organização.

Os primeiros trabalhos desenvolvidos sob a visão da Administração foram


realizados por dois engenheiros, Frederick Winslow Taylor e Henri Fayol, que deram
início à Teoria Clássica da Administração.

Essa abordagem clássica da Administração foi uma das conseqüências geradas pela
Revolução Industrial, que conforme já foi dito, foi o ponto de partida para o
crescimento acelerado e desorganizado das empresas, e a necessidade de
aumentar a eficiência e a competência das organizações.

Frederick Taylor, americano, desenvolveu a Escola da Administração Científica, que


preocupava-se principalmente em aumentar a eficiência da indústria por meio da
racionalização do trabalho. Essa racionalização, estudada por Taylor, dava ênfase
principalmente na análise e na divisão do trabalho dos operários.

Por outro lado, Henry Fayol, europeu, criou a chamada Escola de Anatomia e
Fisiologia da Organização. A Escola de Fayol preocupava-se em aumentar a
eficiência da empresa por meio de sua organização e da aplicação de princípios
gerais de Administração em bases científicas. Fayol preocupou-se com a empresa
por meio de sua forma e disposição de seus órgãos, assim como suas inter-relações
estruturais. Para melhor entender, a anatomia estudada por essa Escola é a
estrutura da empresa, enquanto fisiologia é seu funcionamento.

Tanto a Escola de Taylor quanto a de Fayol tinham como fim maior a melhor
organização da instituição, onde o primeiro se preocupa com a produtividade e o
segundo volta-se à estrutura organizacional da instituição.

Ainda na Teoria Clássica encontramos o trabalho de Henry Ford, o qual, através da


racionalização dos elementos de produção, idealizou e aplicou a linha de
montagem, permitindo o desenvolvimento industrial da produção em série. Para
tanto, Ford adotou alguns princípios básicos em sua linha de produção, qual sejam:

• Intensificação: diminuir o tempo de produção, fazendo com que os produtos


fabricados fossem de imediato colocados à venda;
• Economicidade: reduzir ao mínimo o volume no estoque; e
• Produtividade: aumentar a capacidade de produção por intermédio da
especialização.

Com a inovação de sua linha de produção, Ford conseguiu aumentar suas vendas e
principalmente seus lucros. A especialização se dava no momento em que cada
funcionário tinha apenas uma unica função, fazendo-a de maneira correta e rápida.

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Como toda ciência a Administração está em constante evolução, sendo que durante
o período da Teoria Clássica houve, ainda, a abordagem humanística, por meio da
teoria das relações humanas, que tinha como enfoque a psicologia organizacional,
que tinha como principal objetivo o estudo da liderança. Houve também a
abordagem Neoclássica da Administração, que segundo Chiavenato(1997, p. 195)
é:

“a redenção da Teoria Clássica devidamente atualizada e redimensionada aos


problemas administrativos atuais e ao tamanho das organizações.”

Dentre uma série de Teorias originadas, durante a evolução da ciência da


Administração, é importante ressaltar, ainda, a Teoria Geral dos Sistemas e a
Teoria da Contingência. A primeira afirma que as organizações fazem parte de uma
sociedade maior, um sistema, constituída de partes menores, subsistemas. Já a
Teoria Contingencial, segundo Chiovenato, diz que:

“a estrutura de uma organização e seu funcionamento são dependentes das


características do ambiente externo, que a envolve. É o tipo de ambiente externo
que determina as características organizacionais mais adequadas à sobrevivência”

Em outras palavras, o ambiente põe as limitações ao funcionamento da


organização, cabendo ao administrador adequar a sua gestão ao meio, para assim
alcançar o seu objetivo.

1.3 - A Participação do Homem nesse Contexto


Com o aumento das fábricas nas cidades houve a necessidade de contratar pessoas
para trabalhar, surgindo a classe operária. Tal classe não tinha o respeito que lhe
era merecido, chegando a trabalhar em turnos longos e sem benefício algum.

Sabe-se que o conceito de capital humano vem sofrendo modificações nas últimas
décadas, e com isso pode-se observar que há uma preocupação generalizada com o
recurso vivo de uma organização.

Tal apreensão se dá em um momento que o desenvolvimento tecnológico está cada


vez mais desenfreado, e a busca por pessoas mais qualificadas em constante
crescimento. As instituições percebem que é menos oneroso aprimorar seu capital
humano, do que ter uma alta rotatividade de funcionários.

O artigo escrito pela HSM Managment, o mundo coorporativo está ciente de que “as
pessoas são o ativo mais importante” para as instituições. Essa visão atual ocorre,
pois são as pessoas, também, as responsáveis por fazer a imagem da instituição, e
também por onde as empresas podem obter vantagens no mercado competitivo.

Segundo Idalberto Chiavenato, em sua obra Recursos Humanos – O Capital


Humano das Organizações, as pessoas “constituem o único recurso vivo e dinâmico
da organização”, e ainda segundo o autor, são elas que decidem manipular os
demais recursos, constituindo o único com vocação para o crescimento e
desenvolvimento da instituição.

As grandes organizações dificilmente tem a capacidade de quantificar os efeitos de


cada prática relacionada ao capital humano, sobre os resultados empresariais. Isso
porque as instituições, em uma mentalidade voltada para os resultados financeiros
não fazem conexão entre o capital humano e o capital “lucrativo” da empresa.

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Em continuidade ao pensamento, instituição x capital humano, Chiovenda afirma
que há uma “interação psicológica” entre o indivíduo e a empresa, que pode ser
representado por um processo de reciprocidade, espécie de troca entre ambas as
partes, onde uma espera da outra o melhor desempenho da sua função, naquilo
que lhe couber. O que se percebe é que, ma maioria das organizações, a força de
trabalho, o capital humano é considerado uma área propícia para cortes de custos.

Pode-se observar, que os parâmetros para o capital humano vem sofrendo


alterações. A criação de uma estratégia para se trabalhar com o mesmo necessita
de fatores específicos, colhidos na própria empresa.

Observa-se nesse momento a preocupação de dar ao funcionário a atenção que lhe


é merecida, vez que preocupa-se com real perfil do profissional, trabalhando, com
isso, o aumento dos rendimentos para ambos.

Sendo assim, pode-se afirmar, que quanto antes a empresa agir, para identificar e
mensurar os fatores humanos, mais rápido serão os resultados positivos que ela
terá. O resultado positivo acontece pelo fato de que a empresa passará a buscar
melhores “condições” para o capital humano, fazendo com que o mesmo seja mais
produtivo e participe melhor da cultura institucional.

Finalizando podemos destacar que a importância do tema para a sociedade


organizacional vem ganhando espaço a cada dia, e evoluindo, assim como a ciência
da Administração. A melhor utilização do capital humano gera o aprimoramento dos
processos dentro da instituição, sendo que as empresas ganham em lucratividade,
e os funcionários ganham em bem-estar e melhoria nas condições de trabalho.

1.4 - Resumo
Nesse primeiro capítulo vimos que:

• A administração é utilizada para organizar as instituições empresarias,


fazendo com as mesmas sejam capazes de ser mais eficiente e
competitivas;
• A Administração que conhecemos e estudamos atualmente é um composto
de Teorias, estudos e experiências de pessoas das mais diversas áreas das
ciências;
• As principais teorias sobre a Administração são resultantes das Escolas de
Taylor e Fayol, onde um se preocupava com a produção e outro com a
organização, respectivamente; Ford foi o primeiro a estabelecer a linha de
montagem para fabricação em série; e
• O homem é peça importante para o crescimento e aprimoramento das
empresas, sendo que no período de evolução da organização das instituições
tanto seu comportamento, quanto sua forma de pensar são vistas como
peça chave para o lucro da empresa.

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2 – Administração e seus Atores
Neste capítulo iremos estudar um pouco mais sobre a administração como uma
ciência. Assim veremos sua conceituação e seus principais atores.

Ao final você deverá saber sobre:

• A definição de Administração e seus princípios;


• As funções do Administrador;
• O quem vem a ser uma organização.

Boa Aula!

2.1 - Administração
1. CONCEITO

O termo administração vem do latim, ad (junto de) e ministratio (prestação de


serviço), portanto, administração é uma ação de prestar um serviço. Com o
decorrer dos tempos, a administração não pôde ser somente relacionado ao
governo ou a condução de uma empresa, mas sim a todas as atividades que
envolvem planejamento, organização, direção e controle

(...) a tarefa da administração é a de interpretar os objetivos propostos pela


organização e transformá-los em ação organizacional por meio de planejamento,
organização, direção e controle de todos os esforços realizados em todas as áreas e
em todos os níveis da organização, a fim de alcançar tais objetivos de maneira
mais adequada à situação

Assim, Administrar uma organização, ou qualquer outro ramo de atividade,


caracteriza-se pelo processo de trabalho com as pessoas e com os recursos que a
integram, tornando possível alcançar os objetivos estipulados. Administrar requer,
então, a tomada de decisões e a realização de ações.

Segundo STONER (1999, p.5) a administração já foi chamada como a arte de fazer
coisas através de pessoas. Até hoje, nenhuma definição para a Administração foi
universalmente aceita, pois as definições mudam com o passar do tempo. Ainda
segundo o autor, Administração é o processo de planejar, organizar, liderar e
controlar os esforços realizados pelos membros da organização e o uso de todos os
outros recursos organizacionais para alcançar os objetivos estabelecidos.

Chiavenato, citando Rensis Likert, considera a administração como:

(...) um processo relativo onde não existem normas e princípios válidos para todas
as circunstâncias e ocasiões. Ao contrário, a Administração nunca é igual em todas
as organizações e pode assumir feições diferentes, dependendo das condições
internas e externas da organização.

Segundo Chiavenato “a tarefa básica da administração é a de fazer as coisas por


intermédio de pessoas”. As novas concepções da administração estão sendo
consideradas pelos autores, pesquisadores e profissionais a chave para a solução
de muitos problemas no mundo moderno.

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Drucker (1970), citado por Chiavenato, afirma que:

Não existem países desenvolvidos e países subdesenvolvidos, mas sim países que
sabemadministrar a tecnologia existente e seus recursos disponíveis e potenciais e
países que ainda não o sabem. Em outros termos, existem países administrados e
países subadministrados.

Em suma, a Administração é uma Ciência que está em constante mutação, sendo


que apresenta características diferentes dependendo do local onde a organização se
encontra, seus funcionários e principalmente seu administrador.

2. PRINCÍPIOS GERAIS DA ADMINISTRAÇÃO

No ambiente globalizado, competitivo e de constante mudanças em que vivemos a


administração tornou-se uma das mais importantes áreas da atividade humana, vez
que seus princípios são aplicados em diversas áreas, mas sempre buscando a
eficiência e a eficácia.

No que se refere aos princípios da Administração, Chiavenato afirma que a


administração não é uma ciência exata. Ela não pode se basear em leis rígidas.
Portanto, a administração deve pautar-se em princípios flexíveis.

Sendo assim, ainda segundo o autor ora citado os princípios são condições ou
normas dentro das quais o processo administrativo deve ser aplicado e
desenvolvido. Não esquecendo que tais condições devem observar as
peculiaridades de cada organização e o meio ambiente com a qual esta se inter-
relaciona.

Dentre uma série de princípios que norteiam a Administração, destacam-se a


seguir:

• Princípio da divisão do trabalho e da especialização – princípio que visa


racionalizar o trabalho, decompondo-o em partes para resolução em áreas
específicas da empresa;
• Princípio da autoridade e responsabilidade – explicita a importância da
definição de competências para a tomada de decisão, vinculando assim a
responsabilidade;
• Princípio da hierarquia – estabelece a cadeia de comando e orienta o fluxo
de decisões;
• Princípio da unidade de comando – o subordinado só responde a um
superior hierárquico, para evitar duplicidade de comando; e,
• Princípio da amplitude administrativa – limita o número de subordinados
diretos do administrador, pois além de destes o administrador deve
gerenciar diversos processos.

Com os princípios apresentados fica claro no que resultou a influência que essa
Ciência teve no decorrer dos tempos. Como já vimos, a Administração como ciência
é resultado de diversas teorias, advindas das mais diferentes áreas e experiências
do homem, resultantes em escolas e períodos.

2.2 – Atores
Após o conceito da ciência chamada Administração, é importante sabermos quais
são os personagens principais da mesma. Tais atores são: o administrador e a
organização.

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1. ADMINISTRADOR

Desde os primórdios, o homem se associou a outros para conseguir atingir seus


objetivos. O homem, portanto, aprendeu desde cedo que precisava de outro
homem para trabalhar em conjunto e atingir determinadas metas, o que modificou
completamente as estruturas sociais e comerciais da época, provocando profundas
mudanças. Deste trabalho em conjunto surgiram as empresas rudimentares, que
datam da época dos assírios, babilônicos, fenícios, egípcios, gregos e romanos.

Observa-se nesse período a necessidade de haver uma pessoa capaz de passar


comandos e definir atribuições. Assim, desde os tempos antigos a figura do
Administrador já se mostra importante para o funcionamento organizado das tribos
e cidades.

1.1 QUEM É?

Na Gestão Organizacional o administrador é a pessoa responsável pelas atividades


principais de comando, podendo ser classificado pela amplitude de sua direção que
é definido pelo cargo que exerce, por exemplo o diretor geral que define as metas e
objetivos gerais da organização, e o gerente de departamento que é responsável
pela definição de como o setor deve funcionar (operar) para chegar ao objetivo
definido pelo diretor geral.

Assim é oportuno afirmar que independente do grau hierárquico do administrador,


do porte da organização, ou número de funcionários, a função dos administradores
são equivalentes, ou seja, aqueles que exercem a função de administrar o
andamento dos trabalhos possuem obrigações e responsabilidades semelhantes.

Em qualquer nível que se encontre o administrador, ele desenvolve as quatro


funções do processo administrativo, quais sejam: planejar, organizar, comandar e
controlar.

Dependendo da estrutura organizacional, existem diferentes maneiras do


administrador exercer suas funções no processo administrativo, tornando, assim,
impossível haver uma forma padrão de gestão organizacional eficiente.

O administrador que tenha sob sua direção subordinados, apenas conseguirá


alcançar os objetivos e metas propostas pela organização com a cooperação de
todos, pois todos fazem parte de um sistema e devem trabalhar juntos para o
sucesso da empresa. Portanto, Chiavenato afirma que todos os que obtêm
resultados por meio do desempenho dos subordinados subscrevem basicamente a
função de administrador.

1.2 CARACTERÍSTICAS

No que diz respeito à característica básicas do administrador, Bateman e Snell


(1998), afirma que um administrador precisa ter várias habilidades, Dentre as
quais estão a habilidade técnica, a interpessoal ou humana, além da habilidade
conceitual.

A habilidade técnica é a capacidade de usar o conhecimento, ferramentas e técnicas


de uma disciplina ou um campo específico. A habilidade interpessoal ou humana é a
capacidade necessária para compreender outras pessoas e interagir efetivamente
com elas (comandar e coordenar). A habilidade conceitual é a visualização geral da
organização, onde há a necessidade de efetivar o planejamento da gestão, a

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contratação de novos funcionários, o controle, em suma é a capacidade de gerir
todos os subsistemas da organização.

Essas habilidades apresentadas não são as únicas que um administrador precisa


para ser bem sucedido. As características exigidas de um administrador são as mais
diversas possíveis e apresentam-se com destaque diferentes dependendo das
características da organização gerenciada, no entanto as apresentadas nesse tópico
são essenciais para uma boa administração.

A administração tem como objetivos proporcionar efetividade às empresas. Este


termo efetividade é novo e diz que uma empresa deve ser eficiência ou eficaz
sempre. A gestão buscada pelo administrador deve interpreta os objetivos da
empresa e buscar meios para alcançá-los através da ação administrativa, que
compreende o planejamento, organização, direção e controle.

2. Organização

Parte de nossas vidas fazemos parte de algumas organizações, sejam elas formais
ou informais. Ambas as organizações possuem objetivos e metas, além do método
utilizado para se chegar ao fim definido, e existem verbas para que esses objetivos
sejam alcançados, ainda que estes “conceitos” não sejam conhecidos ou ainda que
não estejam claramente definidos pelos membros da organização.

Existem alguns aspectos em comum nas organizações, mas há um que é essencial,


toda e qualquer organização é formada de pessoas que a administram e mantém
uma relação de interdependência. As organizações estão inseridas na sociedade e
mais ainda em nossa vida sendo essenciais ao funcionamento da sociedade. As
empresas servem aos indivíduos fornecendo-os cultura, lazer, bens de consumo,
serviços, ocupação, renda e conhecimento.

Chiovenato, citando Gulick Mooney, afirma que:

A organização é a forma de toda associação humana para a realização de um fim


comum. A técnica de organização pode ser descrita como a técnica de correlacionar
atividades específicas ou funções num todo coordenado.

Por ser formada por uma associação humana, a organização funciona por um
processo de reciprocidade, onde a organização espera que as pessoas realizem
suas tarefas, já definidas, concedendo às mesmas, incentivos e recompensas. Em
contrapartida as pessoas oferecem seu trabalho e sua atividade esperando
satisfações pessoais.

Finalizando, a organização é uma de associação humana, que funciona por meio de


prestações e contra-prestações. As empresas pagam ao funcionário um
determinado valor, e em contra-partida o funcionário emprega sua mão-de-obra
para a execução dos trabalhos.

2.3 - Resumo
Chegamos ao fim do Capítulo II, o qual fala sobre o conceito de administração e
seus atores. Após esse estudo você deverá saber:

• Administrar uma organização, ou qualquer outro ramo de atividade,


caracteriza-se pelo processo de trabalho com as pessoas e com os recursos

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que a integram, tornando possível alcançar os objetivos estipulados.
Administrar requer, então, a tomada de decisões e a realização de ações;
• Existem vários princípios que regem a ciência da Administração, mas os
mais importantes são: Princípio da divisão do trabalho e da especialização;
Princípio da autoridade e responsabilidade; Princípio da hierarquia; Princípio
da unidade de comando; e Princípio da amplitude administrativa;
• Os personagens principais da mesma. Tais atores são: o administrador e a
organização;
• Na Gestão Organizacional o administrador é a pessoa responsável pelas
atividades principais de comando, podendo ser classificado pela amplitude
de sua direção que é definido pelo cargo que exerce;
• No que diz respeito à característica do administrador este precisa ter várias
habilidades, dentre as quais estão a habilidade técnica, a interpessoal ou
humana, e a habilidade conceitual.
• O conceito de organização é: A organização é a forma de toda associação
humana para a realização de um fim comum. A técnica de organização pode
ser descrita como a técnica de correlacionar atividades específicas ou
funções num todo coordenado.

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3 - Funções Administrativas
Neste Capítulo você irá conhecer alguns conceitos importantes para aquele que
exerce um cargo de gerência, seja em uma organização particular ou então em
uma repartição pública.

Ao final você deverá saber sobre:

• Trabalho humano na organização, diferenciação do trabalho técnico e


trabalho administrativo;
• As funções Administrativas: Planejar, Organizar, Dirigir e Controlar.

3.1 - Trabalho Humano na Organização - Diferenciação do Trabalho


Técnico e do Trabalho Administrativo

No que se refere ao trabalho humano, este é a aplicação do esforço de um


indivíduo a fim de alcançar seus objetivos. Em outras palavras: o objetivo do
trabalho humano é conseguir resultados, pela aplicação do esforço mental e físico.

Os seres humanos, que possuem a atividade de comandar, garantem os resultados


por dois meios:

a. Diretamente - por meio de seus próprios esforços; e

b. Indiretamente - através dos esforços dos outros.

Quando se fala em garantir diretamente os resultados a serem alcançados,


podemos relacionar esses esforços com o trabalho técnico, qual seja a aplicação
direta do esforço físico e mental a fim assegurar resultados através da pessoa que
o está realizando. Tal trabalho pode ser executado com ou sem ajuda direta de
máquinas, equipamentos ou quaisquer outros instrumentos.

O trabalho administrativo, o qual relaciona-se com a obtenção de resultados de


forma indireta, é a aplicação do esforço físico e mental por uma pessoa, em uma
função de gerência, com o propósito de garantir os resultados por meios de outras
pessoas (seus gerenciados).

No que se refere à escolha da melhor alternativa, a Organização precisa coletar e


processar o maior número de informações. No entanto, o tempo hábil para a coleta
de informações, que auxiliam o administrador na tomada de decisão é limitado.

Tendo em vista tal disposição, o tomador de decisão, segundo Chiavetato (1999,


220), não possui condições de analisar todas as situações muito menos procurar
todas as alternativas possíveis para a solução de tal ocorrência. Sendo assim, o
comportamento do homem, na função administrativa, não é otimizado, nem
procura a melhor maneira, mas procura a maneira satisfatória entre aquelas que
conseguir comparar.

Apesar de ser observado como Homem Administrativo, dentro de uma instituição,


qualquer cargo ou função em uma organização que tenha como responsabilidade a
chefia de pessoas é entendida como de natureza gerencial. Sendo assim, além de

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ser o Homem Administrativo, aquele que procura a satisfação, aquele que ocupa
posto de liderar outras pessoas é o Homem Gerencial.

Sendo assim, no processo de divisão e subdivisão do trabalho, dentro de uma


organização, são estabelecidos vários níveis intermediários de chefia desde o mais
alto até o mais baixo. De acordo com recomendação da ABNT, têm-se cinco níveis
gerenciais, a saber: diretoria, departamento, divisão, seção e setor. As
denominações para os titulares dos cargos varia muito: diretor, gerente,
superintendente, supervisor, encarregado, chefe e assim por diante.

3.2 - Funções Administrativas


De uma forma geral são quatro as funções administrativas, que são denominadas
de: Planejamento, Organização, Direção e Controle.

Das funções administrativas apresentadas, cabe ressaltar que é através da função


de Organização que se estabelece a divisão e subdivisão do trabalho dentro de uma
instituição. Isto se materializa no organograma e descrições de Funções das
diversas unidades orgânicas do Sistema-Empresa, sendo que em toda e qualquer
organização humana, são desempenhadas funções técnicas e administrativas.

O chamado Sistema-Empresa é dividido em subsistemas, que podem ser chamados


de subsistema administrativo, ou gerencial, e o subsistema técnico, ou operacional.
O gerencial, conforme o próprio nome diz, tem a responsabilidade de gerir, tomar
decisões, sobre todos os assuntos relacionados à organização, dependo do posto
que ocupa na cadeia hierárquica da empresa. O segundo, operacional, tem a função
de “fazer funcionar” a empresa, é o que recebe as diretrizes da gerência e as coloca
em prática. A soma dos subsistemas procura a melhor combinação dos recursos
disponíveis a fim de alcançar as metas estipuladas pela instituição.

As funções administrativas, listadas acima, estão relacionadas diretamente com o


subsistema de Gerência das Organizações, também denominado subsistema
gerencial.

Basicamente este tem como objetivo conseguir a cooperação permanente das


pessoas, nas diversas áreas de especialização, para alcançar os objetivos
organizacionais.

Ao contrário das funções técnicas, que se distinguem conforme as particularidades


de cada empresa, as funções administrativas se aplicam sem exceção a qualquer
tipo de organização.

3.3 - Planejamento
Dentre as Funções Administrativas, que norteiam as organizações destaca-se
aquela que vislumbra o futuro das instituições. Essa função que pensa a frente diz
respeito a ter-se algum tipo de controle sobre o futuro, colocam-se atividades como
a elaboração de previsões, fixação de objetivos, programação, orçamento e a
definição de políticas e procedimentos.

Tal função administrativa identifica-se pelo Planejamento que por definição, deve
preceder todas as ações, de fato, no início de grande parte das ações humanas,
individuais ou coletivas, percebe-se algum tipo de planejamento. O planejamento

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de uma organização pode ser sistemático ou assistemático, externalizado ou
internalizado e a curto, médio ou longo prazo.

Planejamento sistemático é aquele que se realiza através de técnicas apropriadas e


em prazos regulares. Por outro lado, o Planejamento se diz externalizado quando
participam de sua elaboração as pessoas envolvidas no processo, e seu prazo
depende do horizonte de tempo sobre o qual a organização pretende ter algum tipo
de controle.

O Planejamento é geralmente considerado a principal função dentro do processo


administrativo. A sua importância não se limitada ao simples atendimento dos
objetivos organizacionais. Ele é também responsável por determinar os métodos e
tipos de controle necessários, bem como que mecanismos administrativos a
empresa deve adotar.

O planejamento ocorre em todos os tipos de atividades e pode ser conceituado


como o processo básico pelo qual se decidem quais são os objetivos e como iremos
atingi-los.

Seria muito conveniente se o planejamento não precisasse ser mudado, uma vez
que ele foi definido. Mas, em virtude das condições externas sempre mutáveis, o
planejamento deve ser um processo contínuo no qual devem-se adequar os
mecanismos internos aos cenários externos. Por essa razão flexibilidade é um fator
importante no processo de planejamento sendo indispensável a um sucesso
organizacional duradouro, não podemos esquecer que o Planejamento reflete acima
de tudo perspectivas futuras.

Antes de começar a organizar uma empresa, a liderar, a controlar, devem ser


elaborados planos que estabeleçam propósitos e direções a essas atividades. Um
planejamento bem elaborado é a chave de uma administração eficiente. “O Bom
estrategista traz um exército dentro da cabeça (A pessoa que sabe improvisar e
planejar com habilidade é tão poderosa quanto um exército)”.

O planejamento é o processo de determinar como a organização pode chegar onde


deseja e o que fará para executar seus objetivos. Em termos, mais formais,
planejamento é:

“o desenvolvimento sistemático de programas de ação destinados a alcançar


objetivos de negócio estabelecidos de comum acordo por meio de análise, da
avaliação e da seleção das oportunidades previstas”.

O planejamento é uma gerência fundamental, independentemente do tipo de


organização que esteja sendo gerenciado. Os gerentes modernos enfrentam o
desafio de realizar um planejamento sólido tanto em organizações pequenas e
relativamente simples, quanto nas grandes e mais complexas, e tanto em
organizações não lucrativas, como em bibliotecas, quanto em organizações com fins
lucrativos.

3.4 - Organização
Em continuidade ao estudo das Funções Administrativas, identificamos a função de
Organizar, que decorre de algum tipo de Planejamento. Tal fato se dá, tendo em
vista que ao se planejar uma ação que será desenvolvida por uma coletividade de
pessoas, cooperando de forma permanente, define-se também a forma como as
pessoas estarão agrupadas e a forma como irão trabalhar.

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Certos autores discutem se a função de Organização que, embora não seja menos
importante em relação às outras, não poderia ser considerada como parte da
função de Planejamento, desde que o seu trabalho resulte em planos permanentes
da Organização, na forma de organogramas, definições de relações hierárquicas e
funcionais, descrições de cargos e funções etc, em outras palavras, a organização
referida seria o planejamento do quadro funcional da empresa.

Dentro desta função, encontram-se as atividades de definição da estrutura: de


unidades orgânicas a serem criadas, para desempenhar as diversas finalidades; a
definição das responsabilidades a serem atribuídas a cada uma dessas unidades; as
relações hierárquicas e funcionais entre as mesmas.

Em suma, a forma de organizar depende em grande parte dos pressupostos que o


“organizador” tem sobre o comportamento das pessoas, sua capacidade de se
envolver com o trabalho, de assumir responsabilidades, motivação etc. O
responsável por organizar uma empresa necessita estar ciente da capacidade
intelectual de cada um de seus colaboradores, para assim fazer com que a empresa
funcione de forma eficiente.

3.5 - Direção
Após a definição do plano e da estrutura do empreendimento, podemos aprender
um pouco mais sobre a função de Dirigir, que também pode ser relacionada a fazer
com que as coisas se façam. Em fim a Função de Direção é a aquela que conduz a
ação para que se alcance o objetivo planejado.

Esta função engloba atividades como a tomada de decisão, a comunicação com os


subordinados, superiores e pares, a obtenção, motivação e desenvolvimento de
pessoal. O gestor que exercita a função de direção necessita ter características
específicas de gerente, no que diz respeito ao processo de aplicação de recursos e
principalmente no relacionamento com os subordinados, clientes, fornecedores,
concorrentes e também com representantes das entidades governamentais.

Nesse sentido, aquele que exerce a Função de Direção está em posição de destaque
e seus atos estão em constante acompanhamento por parte dos demais membros
da organização.

Assim, aquele que exerce a função de Direção tem que ter habilidades e atitudes
que condizem com sua função, os quais aglutinam os interesses e mitigam os
conflitos naturais e os derivados do processo produtivo.

Em suma, aquele que tem a competência da Função Administrativa há que ter um


posicionamento claro e objetivo afinado com as metas e estratégias da Organização
em que atua, transite bem por todos os setores da organização, atue com justiça,
tenha capacidade de influenciar os comandos e acima de tudo dê exemplos
positivos.

3.6 - Controle
Esta função está intimamente associada com o Planejamento. Uma vez que o
planejamento define os objetivos a serem alcançados, cabe ao Controle as
atividades de estabelecer os padrões de desempenho, manter registros de
processos e resultados alcançados, avaliar resultados e estabelecer as medidas
corretivas necessárias para o melhor desempenho da empresa.

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Assim, podemos afirmar que a Função de Controle tem como objetivo a garantia de
que o trabalho executado corresponda ao que foi planejado, em outras palavras,
que o trabalho alcance as metas estipuladas.

Como as organizações não devem operar na base da improvisação e nem ao acaso,


elas precisam ser devidamente controladas, requerendo considerável esforço de
controle em suas várias operações e atividades. O controle constitui a última das
funções administrativas, tendo em vista que todas as outras requerem, ao final,
uma forma de cumprimento do que foi definido.

Controlar significa garantir que o planejamento seja bem executado e que os


objetivos estabelecidos sejam alcançados adequadamente. A função administrativa
de controle está relacionada com a maneira pela qual os objetivos devem ser
alcançados através da atividade das pessoas que compõem a organização.

A Função Administrativa de Controle tem o condão de monitorar, acompanhar,


avaliar, medir e assegurar que a organização esteja no rumo certo, produzindo os
resultados esperados e alcançando os objetivos propostos.

O controle é algo universal: todas as atividades humanas – quaisquer que sejam –


sempre fazem uso do controle, consciente ou inconscientemente. Quando uma
pessoa dirige o automóvel, dança ou escreve uma carta, ela compara
continuamente a direção, o ritmo ou o significado; e se a atividade de dirigir o
carro, dançar ou escrever a carta não estiver de acordo com seus planos, ela efetua
as devidas correções.

O controle consiste basicamente em um processo que guia a atividade exercida


para um fim previamente determinado. A essência do controle reside em verificar
se a atividade controlada está ou não alcançando os resultados desejados. Quando
se fala em resultado, pressupõe-se que eles sejam conhecidos e previstos
(definidos no planejamento). Isso significa que o conceito de controle não pode
existir sem o conceito de planejamento.

Aliás, os controles requerem planos. Na verdade, o controle é o outro lado da


moeda do planejamento.

Em suma, o controle é o processo pelo qual são fornecidas as informações e


retroação para manter as funções dentro de suas respectivas trilhas. É a atividade
integrada e monitorada que aumenta a probabilidade de que os resultados
planejados sejam atingidos da melhor maneira.

3.7 - Resumo
Chegamos ao final de mais um capítulo do nosso estudo sobre as Noções Básicas
da Administração. Sendo assim, vamos revisar alguns pontos importantes do que
estudamos.

• O Homem é peça chave no processo de evolução de uma organização,


cabendo a ele todas as funções administrativas estudadas neste capítulo;
• Apesar de ser observado como Homem Administrativo, dentro de uma
organização, qualquer cargo ou função em uma instituição que tenha como
responsabilidade a chefia de pessoas é entendida como de natureza
gerencial. Em outras palavras, além de ser o Homem Administrativo, ou
seja, aquele que procura a satisfação, o homem também é aquele que ocupa
posto de liderar outras pessoas, é o Homem Gerencial;

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• São quatro as Funções Administrativas, Planejar, Organizar, Dirigir e
Controlar;
• O planejamento serve para definir os objetivos, traçar as estratégias para
alcançá-los e estabelecer os plano de ação. A organização serve para
estruturar as pessoas e recursos de maneira a se trabalhar de forma
organizada e racional. A direção mostra os rumos e dinamiza as pessoas
para que utilizem os recursos da melhor maneira possível. Por fim, o
controle serve para que tudo funcione da maneira certa e no tempo certo
(pré-definidos);

Cabe ao Planejamento*:

i) Determinar Procedimentos;

ii) Definir Cronograma;

iii) Definir Orçamento;

iv) Definir Políticas;

v) Elaborar Previsões;

vi) Determinar Objetivos; e

vii) Programar.

o Cabe à Organização*:

i) Estabelecer Relações;

ii) Definir Estrutura; e

iii) Delegar Funções e Atribuições.

o Cabe à Direção*:

i) Tomar Decisão;

ii) Comunicação;

iii) Obter Pessoal;

iv) Motivação de Pessoal; e

v) Desenvolvimento de Pessoal.

o E por fim, cabe ao Planejamento*:

i) Definir Padrões de Desempenho;

ii) Medir Resultados;

iii) Avaliar Resultados; e

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iv) Corrigir Desempenho.

*FONTE: Administração Profissional - Louis A.Allen.

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4 - Áreas de Atuação
Neste Capítulo iremos aprender como a Ciência da Administração pode ser
trabalhada. Assim teremos uma base das principais áreas de atuação da mesma,
seus requisitos e peculiaridades.

Ao final você deverá saber um pouco mais sobre:

• Administração Geral;
• A importância do Marketing e dos Recursos Humanos;
• A questão Financeira e Orçamentária de uma instituição.

Boa Aula!

4.1 – Administração Geral


FUNÇÃO E ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

Como já foi dito no Capítulo I, a Administração é utilizada para organizar as


instituições empresarias, fazendo com as mesmas sejam capazes de ser mais
eficientes e competitivas. Nesse momento é de extrema importância,
complementado a afirmativa feita, dizer que uma organização considerada mais
eficiente e competitiva é “dividida” em quatro áreas de atuação, quais sejam, a
Produção, o Marketing, a Financeira, e a de Recursos Humanos, também chamadas
de Funções Organizacionais.

As Funções Organizacionais, nada mais são do que o conjunto de tarefas essenciais


e interdependentes que têm como objetivo contribuir para a realização da missão
da instituição, sendo que, por tal motivo podem ser encontradas em quase todas as
organizações.

Cada uma dessas Funções representa uma tomada de decisão diferente dentro de
uma instituição. Em outras palavras, em cada uma dessas áreas existe um fluxo de
“interesse” que funciona respeitando uma hierarquia, onde inicialmente são
tomadas as decisões estratégicas, que conseqüentemente darão início às
estratégias que serão a base para a tomada das decisões táticas, ou práticas.

Em suma, a organização de uma instituição por meio das Funções Organizacionais


faz com que a mesma se apresente de uma forma estruturado e conseqüentemente
capaz de lidar com as dificuldades do mercado competitivo.

4.2 - Administração de Produção


Tendo em vista que toda organização é criada para a produção de algo, sejam
produtos ou serviços, a Administração de Produção e Sistemas tem relativa
importância dentro da meta a ser alcançada pela instituição. Neste contexto, cabe
ressaltar que embora as empresas possuam Funções Organizacionais distribuídas
semelhantemente, o que se refere à Produção e Sistemas, esses diferem de

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empresa para empresa, dependendo do produto ou serviço o qual a organização
produz.

A Administração de Produção caracteriza um sistema, sendo que este é formado


por sub-sistemas. Os sub-sistemas da Produção podem ser caracterizados pelo
planejamento da produção, pela engenharia do produto e pela engenharia do
processo.

Tendo como parâmetro a função organizacional do planejamento, que trata do


planejamento da organização como um todo, desde a sua criação, o planejamento
de produção refere-se à localização física do empreendimento e o que está a seu
redor, assim como a sua capacidade de produção, o mercado consumidor do
produto, as horas em que a fábrica estará operando, em outras palavras, o
Administrador de Produção é responsável pelo produto desde o momento inicial de
sua criação, até o bem estar do funcionário que fabrica aquele produto.

Ainda no que diz respeito ao planejamento da produção, não podemos deixar de


falar sobre a programação do produto, o controle de qualidade do mesmo e o custo
da produção. A programação do produto é a etapa que procura combinar as
necessidades de produção com os recursos e equipamentos disponíveis. No que se
refere à qualidade do produto, a preocupação principal é atingir as exigências do
mercado, fixando padrões de qualidade necessárias ao produto e estabelecer um
programa para inspeção, que tem como meta estabelecer o responsável pela
inspeção, a quantidade de verificações e o local da mesma.

Cabe à Engenharia do Produto o desenvolvimento de pesquisas para que seja


possível a realização detalhada do planejamento do produto em si. Assim, as
atividades gerenciais nesse sub-sistema concentram-se na elaboração de um novo
produto, ou apenas na melhoria de um produto já existente, ou, ainda, na
resolução de problemas de produção em relação ao projeto do produto que se
encontra em fase de execução (Kwasnicka, 2004).

Por fim, na Engenharia de Processo há a definição do arranjo físico da fábrica,


levando em consideração o fluxo de materiais, ao longo do sistema produtivo, e a
escolha do arranjo físico das instalações. Pode-se afirmar que a engenharia de
processo busca a melhor forma de elaboração de seus produtos, unindo o físico da
organização com o produto que pretende criar.

Apesar do relevante papel que desempenha em uma organização, a administração


de produção vem perdendo seu espaço para a administração de projetos, tendo em
vista a flexibilidade da mesma oferecida pelo conceito de projeto. No entanto cabe
ressaltar, que uma produção bem planejada e organizada traz benefícios
inquestionáveis à empresa.

4.3 - Administração de Marketing


Continuando a descrever as áreas de Atuação da Administração, vamos agora falar
um pouco sobre a Administração de Marketing. Antes, porém, de entrarmos
diretamente no tema em questão precisamos saber o que é representado pela
palavra Marketing.

Segundo Philip Kottler Marketing é:

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Um processo social e gerencial pelo qual indivíduos e grupos obtêm o que
necessitam e desejam através da criação, oferta e troca de produtos de valor com
outros .

Complementando o conceito apresentado, o Autor ainda afirma que tal conceito é


embasado dos conceitos gerais de necessidade, custo, troca, relacionamento entre
outros. Cada um desses conceitos gerais representa um tipo de influência para o
marketing, visto que o mesmo é voltado para o que individualmente e ou
conjuntamente esses conceitos anseiam.

Agora que já sabemos o qual a definição de Marketing, podemos entrar na questão


específica do que venha a ser Administração de Marketing. Segundo Kottler, a
administração de marketing se dá quando pelo menos uma parte de uma troca em
potencial reflete sobre os meios de atingir as respostas desejadas de outras partes.

Assim podemos definir Administração de Marketing como sendo o:

Processo de planejamento e execução da concepção preço, promoção e distribuição


de idéias, bens e serviços para criar trocas que satisfaçam metas individuais e
organizacionais ..

No mercado consumidor o administrador responsável por gerenciar essa tarefa


pode ser chamado de gerente de vendas, vendedores, gerentes de propaganda e
promoção, pesquisadores de Marketing, gerentes de produtos e marcas, entre
outras. Os administradores ocupantes desses postos possuem obrigações distintas,
ou seja, cada nomenclatura apresentada representa uma forma de programar a
administração de marketing.

Podemos observar que para muitos o gerente de marketing é visto como aquele
que tem a tarefa principal de estimular a demanda pelos produtos da empresa. No
entanto, além de estimular a demanda, tem também a “obrigação” de influenciar o
nível, o momento e a composição da demanda de forma a ajudar a organização a
atingir as metas estipuladas no planejamento da empresa.

Assim, podemos afirmar que os gerentes de marketing administram a demanda


realizando pesquisas de marketing, planejamento, e controle. Os gerentes de
marketing tem todas as funções administrativas necessárias para um bom
desempenho de suas funções.

A Administração de Marketing deve preocupar-se basicamente em fazer a


prospecção de clientes potenciais para determinar produtos/serviços, traduzindo a
mesma em produtos e ou linhas de produtos, desenvolvendo e implementando um
plano que torne o produto disponível sob a forma de oferta.

Finalizando, a função principal da Administração de Marketing é criar oportunidades


de lucro e oferecer idéias sempre melhores, que visem a ampliação da vantagem
competitiva da empresa no mercado.

4.4 - Administração Financeira


Vista como uma das áreas mais complicadas, a Administração Financeira trata da
análise e solução de problemas associados a aquisição, conservação e uso eficiente
dos recursos financeiros de uma empresa. Em outras palavras, a Administração
Financeira cuida do dinheiro da instituição.

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Para se ter uma Administração Financeira consistente e voltada para a consecução
das metas da organização, há a necessidade de os administradores tomarem
decisões voltadas para a escolha de investimentos, distribuição de lucros e
financiamento do empreendimento. Para tanto, é necessário que se busque
informações internas e externas à organização, com vistas a fundamentar a escolha
feita, daí a necessidade de se ter um planejamento financeiro fundamentado nas
outras funções da organização.

A principal, e constante, preocupação para o Administrador Financeiro, é a


obtenção de capital suficiente para o bom funcionamento da organização, não
podendo deixar de fora a os meios para multiplicar e conservar os recursos obtidos.
Assim, a função do

Administrador financeiro é de extrema importância, sem desmerecer as outras


formas de administração, pois é por meio de um planejamento financeiro que se
terá recursos financeiros suficientes para fomentar todas as outras áreas da
Administração, seja o Marketing, o Recursos Humanos ou algum outro.

A Administração Financeira está diretamente relacionada à tomada de três tipos de


decisão, quais sejam: a decisão sobre a distribuição de dividendo, preocupada com
a percentagem de lucro relativa a cada acionista; a decisão de investimento, decidir
e priorizar os novos investimentos da empresa; e a decisão de financiamento, que
busca selecionar a origem dos recursos que financiarão as atividades da empresa.

Em suma, a Administração Financeira, como importante área de atuação em uma


empresa, possui uma série de atividades especializadas, como por exemplo a
tesouraria, a área de controladoria e auditoria, além da diretoria financeira e dos
comitês financeiros. A Administração Financeira é aquela que busca a melhor
maneira de alocar os recursos da empresa de maneira equilibrada e sem prejuízos.

4.5 - Recursos Humanos


Atualmente a Administração em Recursos Humanos vem garantindo seu espaço no
mundo coorporativo, vez que as instituições estão começando a observar a
importância de tal área para o bom andamento do empreendimento.

1. IMPORTÂNCIA DO RH NAS INSTITUIÇÕES

A área de Recursos Humanos, mas conhecida como RH, pode ser considerada, para
muitos, como uma peça fundamental para o sucesso de uma organização, vez que
a mesma é responsável por cuidar do elemento vivo da instituição, qual seja as
pessoas, ou o elemento humano.

Conforme já afirmado, o elemento humano dentro da empresa é o único que pode


ser visto como dinâmico e realmente capaz de comprometer a organização, seja de
forma positiva ou negativa. Assim, é correto afirmar que as pessoas que fazem
parte de uma instituição são a sua maior riqueza, não podendo ser deixada em
segundo plano.

Vez que vem sendo crescente a importância dada ao RH dentro de uma


organização, podemos observar que a mesma possui características que de certa
forma implementam as demais funções administrativas, encontradas dentro da
empresa.

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Dentre as características mais marcantes da Administração em Recursos Humanos,
podemos afirmar que a valorização do funcionário é a principal, sendo há a
necessidade de que a mesma há de manter-se em sincronia com a realidade dos
negócios, cada vez mais complexos, mutáveis e dinâmicos. A Administração em RH
efetivamente acredita que o capital humano faz a diferença, tratando do assunto
com a mesma relevância com que tratam assuntos estratégicos.

O sucesso de uma organização bem sucedida está basicamente em alinhar o seu


capital humano e a realidade do empreendimento, fazendo com que caminhando
juntos ambos sejam capazes de gerar mais satisfação a todos os integrantes do
processo de produção, tornando o mesmo eficaz e eficiente.

Conclui-se então que se envolver diretamente com o capital humano, atuando nos
processos é agir pro-ativamente para a melhoria continua e, conseqüentemente,
para o sucesso empresarial. A constatação de que capital humano é importante
para a empresa é o primeiro passo para o sucesso da mesma, vendo que é por
meio do reconhecimento e valorização de seus funcionários que a instituição
possuirá o melhor marketing, os melhores produtos, e os melhores serviços
oferecidos aos clientes.

Vez que é por meio da valorização dos funcionários que se tem a excelência dos
serviços de uma maneira geral tem-se nesse momento que a importância dada a
essa área resulta no alcance da qualidade da instituição como um todo, seja no
atendimento ao cliente, na elaboração dos produtos, ou na qualidade de vida dos
funcionários. Todos saem vitoriosos.

2. PROCESSO DE ADMINISTRAÇÃO DE PESSOAL

Na Administração em Recursos Humanos há uma série de fatores que influenciam o


bom desempenho da administração de pessoal em uma organização. Por tal motivo
o gerente de RH há que trabalhar com um conjunto de questões relevantes para
que assim possa desempenhar sua função da maneira mais adequada, tornando a
organização ainda mais competitiva.

Tais questões podem ser caracterizadas por:

• Identificar as necessidades em termo de pessoal das áreas funcionais da


organização;
• Escolher o candidato mais adequado para ocupar determinada função;
• Administrar demissões;
• Poder aumentar o nível de lealdade e motivação do funcionário;
• Encontrar a melhor maneira de avaliar o desempenho de cada indivíduo;
• Definir uma equipe bem treinada para atuar com alta qualidade e
produtividade;
• Garantir a saúde física e mental da força de trabalho; e
• Acompanhar as regulamentações que afetam as práticas da administração
de pessoal.

Há que se ressaltar que em tempos de competição acirrada, o segredo de um bom


gerente de RH, está na escolha de onde melhor alocar pessoas certas em locais
certos, para que assim possa obter uma certa vantagem competitiva, vez que com
as pessoas nos lugares certos há o melhor implemento financeiro, pois com essa
dinâmica o perfil da pessoa é melhor utilizado, não havendo assim gastos extras.

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Como afirmado em outro capítulo, existem as funções administrativas que tratam
do funcionamento da empresa como um todo. Na administração em RH há também
a influência de algumas dessas funções, para que o trabalho do gerente possa
ocorrer da forma mais harmônica possível.

Para tanto, podemos destacar que na primeira etapa do processo de administração


em RH ocorre o planejamento, no qual são observadas a necessidade e a qualidade
adequada do pessoal, para atuar nos inúmeros setores da organização. Com esse
planejamento o administrador verificará a necessidade contratação ou desligamento
de funcionários.

Complementando, para melhor qualificar o funcionário há o processo de


treinamento, o qual ocorre geralmente após o processo de seleção de novos
candidatos, ou quando se avalia o desempenho dos funcionários.

Em suma, o gerente de RH tem que estar disposto a lidar com as necessidades


individuais de cada elemento humano e aplicá-las, de maneira mais eficiente ao
funcionamento da organização. Segundo Lamcombe e Heilborn (2006, p.240),
podemos afirmar que:

“ (...) a sobrevivÊncia e o processo de uma grande empresa dependem, em grande


parte da sua capacidade de selecionar, treinar e posicionar corretamente, no
presente, as pessoas para atuar, no futuro, na administração superior da empresa,
assumindo responsabilidades e agindo como uma equipe integrada”.

4.6 - Resumo
Após vermos quais os ramos de atuação na Administração, temos que ter em
mente alguns pontos importantes, quais sejam:

• A aplicação da Administração em nossas organizações pode ser divida em


vários ramos, quais sejam: a área de Produção, a de Marketing, a
Financeira, a de Recursos Humanos, dentre outras, que surgem a cada dia;
• A necessidade de se ter dentro de uma instituição essas áreas ocorre pelo
motivo de que uma é complemento da outra, e trabalhando juntas, a
eficiência da empresa é salutar;
• Em todas as áreas apresentadas, o gerente responsável tem que ter a
capacidade de tomar decisões de forma rápida sem esquecer a importância
que a tomada de decisão tem para o bom andamento dos trabalhos da
organização.

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